A Vida & Morte De Renato - Capítulo 16

Parte da série A Vida & Morte De Renato

Boa Tarde...

Bem, como eu disse a vocês, eu vou fazer uma viagem amanhã, na verdade, na madrugada de quarta, e só volto no sábado a noite. Vou a praia com minha família e vou ficar fora por uns dias, ou seja, não teria como postar os capítulos aqui no site nos dias certos, então resolvi o problema da seguinte forma.

Hoje, como perceberam, postei um capítulo novo, e ao invés de postar o próximo no sábado, quando eu chegar, posto ele amanhã, então quando eu estiver em casa no final de semana, posto o terceiro, já que sempre posto três por semana, ou seja, posto um hoje, outro amanhã e o terceiro no sábado a noite, dependendo da hora que eu chegar.

Hoje eu vou poder responder o comentário de vocês porque estou com tempo, mas amanhã não irei conseguir responder os comentários do capítulo postado hoje, então eu peço desculpa a todos vocês por isso.

Espero que todos estejam bem e que gostem do capítulo de hoje, e no mais, um beijão para vocês.

― diegocampos: Há uma história por trás do Yan que explicará esse comportamento dele, então espere, porque eu também não gostei dele no começo. Hahahaha. No mais, vamos ver se eu continuo te deixando ansioso. Um beijão.

― Nando martinez: Qual ideia? Hahahahaha. Acho que você está é me enrolando querendo que eu te fale o que é... Um beijão.

Obrigado por tudo gente. Gosto muito de vocês...

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Depois do início das imagens, Renato havia pausado o vídeo. Ele não estava sabendo como lhe dar com toda aquela nova informação. Ver Caled tão tranquilo daquele jeito lhe parecia que tudo o que ele estava prestes a saber era simples, mas algo dizia a Renato que a situação só iria se complicar.

― Antes de tudo, o meu nome é realmente Caled Erico. ― Renato volta a assistir o vídeo. ― Pelo menos é assim que se pronuncia em seu país, pois onde nasci, era chamado de Iricus. ― Renato observa o sorriso de Caled. ― Sei que não vai acreditar no que vou lhe contar agora, mas eu nasci no ano de mil setecentos e trinta e dois, há aproximados duzentos e oitenta e cinco anos.

Renato pausa o vídeo outra vez, tomando fôlego para respirar.

― Você se lembra daquela história que lhe contei no restaurante? Aquela sobre um jovem príncipe que se tornou rei mesmo não se sentindo preparado? ― Renato se lembrava muito bem daquela história. ― Essa é a minha história, a história que eu vivi naquela época, um tempo dominado pela guerra. Essa é a verdade, e eu espero que acredite em mim, e caso me ache louco, procure por Caled Iricus nas enciclopédias, ou até mesmo na internet. Eu fiz isso há alguns anos e me deparei com alguns retratos meus feitos a mão na época, e se os encontrar, irá notar a semelhança. ― Ele sorri.

Depois de pausar o vídeo outra vez, Renato o minimiza e abre uma página da internet. Com os dedos tremendo sobre o teclado, ele hesitava em procurar o que sua mente mandava, e depois de minutos naquela dúvida, seus dedos começam a se mover. A primeira coisa que ele digita é Caled Erico, e com poucos resultados e não encontrando nada, ele resolve procurar por Caled Iricus, e depois de olhar algumas páginas, Renato entra em estado de choque. Ele havia encontrado uma pintura muito antiga feita a mão de um homem, sua esposa e seus três filhos. Esse homem estava sentado com sua esposa e os filhos ao redor, e esse mesmo homem trajava vestimentas reais, aparentando ser alguém importante, um rei, e quando Renato prestou atenção em seu cabelo e barba ruivos, finalmente olhou para o rosto, constatando a incrível semelhança com Caled.

Negando tudo o que viu, acreditando que aquilo era pura coincidência ou até mesmo que Caled era descendente das pessoas daquela foto, Renato resolveu esquecer aquela foto que acabara de ver e voltar a seguir com o vídeo, acreditando que tudo aquilo era uma brincadeira.

― Dito tudo isso, lhe esclarecendo quem eu sou, eu vou lhe dizer, sem rodeios, o que está acontecendo com você... ― Ele faz uma longa pausa, tomando coragem. ― Renato, você é um renascente. ― Ele para um pouco. ― Esse foi o único termo que encontrei para o que eu fui, e para o que agora você é. Você se tornou um renascente no momento em que lhe empurrei daquela ponte. ― Ele faz outra pausa. ― Você se tornou renascente porque eu passei essa sina, essa maldição, esse carma para você. Passei para você o que o jovem guerreiro me passou naquela época, e agora, esse dom e maldição são seus.

Renato teve que pausar o vídeo outra vez. Seu ar parecia não circular mais, era como se ele estivesse sufocado, com dificuldades para respirar. A aflição estava estampada em seus olhos, em seu corpo, em seus movimentos.

― Para lhe provar que estou lhe dizendo a verdade, eu sei que você perdeu a noção do tempo, que acordou no meio daquela floresta sem saber como foi parar lá. Que acordou sem nenhuma fratura, sem nenhum machucado aparente, e saiba que eu realmente te empurrei, eu realmente te matei, então tente se lembrar daquela parte da história onde, depois de um vislumbre do futuro, onde o renascente consegue enxergar seu sucessor, ele é obrigado a matar essa pessoa com as próprias mãos, e foi isso que eu fez, eu lhe empurrei, causando sua morte, e por esse motivo você está ai hoje.

― Não pode ser verdade, isso é impossível... ― Renato pausa o vídeo, soando frio e tremendo.

― Sei que deve estar achando que tudo isso é impossível, e você está certo em duvidar, porque foi o que eu fiz na primeira vez em que acordei nu no meio da floresta, foi o que eu fiz nas outras três vezes que sucederam esse fato, até que eu acreditei. ― Ele estava sério agora. ― Mas saiba de uma coisa Renato, você é um renascente, e não confunda tal definição com imortal, porque você é capaz de morrer, mas renasce outra vez, essa é a verdade. Você irá morrer, e sempre que isso acontecer, você renascerá. Mas pensando a respeito disso agora, olhando para todos os anos em que vivi, talvez consiga encaixar essa outra palavra no que você é...

Ele faz outra longa pausa e parece pensar sobre o que disse.

― Seu corpo é incapaz de envelhecer e contrair alguma doença, seja ela qual for. Você nunca mais terá uma gripe, nunca mais sentirá uma dor de cabeça... E tudo isso também serve para as doenças mais graves, como câncer, hepatite e até mesmo o vírus do HIV. Você nunca ficará doente, nunca mais, e isso é uma certeza, uma certeza que eu mesmo descobri nesses duzentos e oitenta e cinco anos em que estive vivo. Seu corpo está imune, completamente imune a doenças.

― Não é verdade, simples... ― Renato dizia para ele mesmo. ― Eu nem o conheço direito, ele deve ser um louco, deve ser, essa é a única explicação.

― Nesse primeiro vídeo quero lhe alertar sobre outra coisa. Seu corpo se regenera com extrema velocidade. Não sei se até esse ponto você se machucou e se perguntou onde estavam as marcas, e se não as encontrou, é por esse motivo que lhe acabei de falar. ― Ele dá um meio sorriso. ― Eu pensei em não fazer esses vídeos, de o deixar descobrir tudo sozinho, mas aí te conheci e passei a gostar de você, então me desculpe por isso, desculpe por ser você, por lhe deixar com esse carma em suas costas. ― Ele para. ― Eu te peço, por favor, que não assista a mais vídeos hoje, pois sua confusão só irá aumentar. O que eu quero que faça nesse momento é que provoque algum corte em sua pele. Seja com uma faca, tesoura, estilete, não importa, o que eu preciso é que você provoque algum ferimento em sua derme e observe o que irá acontecer, e quando acontecer, você vai passar a acreditar em mim. ― Ele fica sério outra vez. ― Por favor, Renato, faça isso. Se estiver duvidando, esse será um meio de acreditar ou não nas minhas palavras... Agora vou encerrar esse vídeo, e só assista o próximo quando cumprir o que lhe pedi... ― Ele se aproxima mais da câmera a sua frente. ― Me perdoe por tirar a sua decisão naquela ponte. Me perdoe por não lhe deixar escolhas, me perdoe por não estar mais ao seu lado para lhe explicar tudo, e o motivo eu irei contar num próximo vídeo. Agora eu vou, preciso dormir... ― Ele sorri. ― Fique bem...

Depois que o vídeo se fecha automaticamente, Renato tira o dispositivo móvel do computador e se levanta as pressas, pagando o rapaz dono do estabelecimento e saindo dali as pressas, apavorado.

O jovem para no passeio, com as mãos nos joelhos, recuperando o fôlego. Renato olhava para os lados, procurando por algo que lhe deixava preso na realidade, algo que lhe dissesse que tudo aquilo que acabara de ver era mentira, mas ele não encontrou, ele não conseguiu identificar algo que lhe assegurasse da total irrealidade que acabará de ver.

Já dentro do ônibus, no cair da noite, ele mantinha os olhos fechados, se lembrando dos últimos acontecimentos. Renato se recorda da agressão do pai, de ter acordado no outro dia sem um arranhão sequer. Renato sabia que isso tinha acontecido, não era coisa da sua cabeça, mas o que Caled lhe contou não era a explicação para isso. O móvito para tal acontecimento provavelmente foi o fato de seu pai não ter lhe batido tão forte quanto das outras vezes, essa é a explicação plausível para tudo.

No momento em que entra em casa, Renato corre diretamente para cozinha, e lá, não consegue mais parar de beber água. Sua garganta estava seca de mais, como se tivesse passado dias sem tomar uma gota de líquido.

Quando o jovem se vira, ainda com o corpo de água em mãos e encostado na pia, ele se depara com o faqueiro sobre a bancada. Renato estuda os objetos cortantes, analisando um por um, com sua mente longe dali, e sem nem ao menos notar, se aproxima das facas, colocando seu copo de água ao lado delas.

Com cautela, o rapaz pega uma das facas de inox, extremamente amoladas, e a segura em mãos, encarando a sua lâmina. Ele então a aproxima da palma de sua mão direita, que estava aberta, e ao encostar a ponta do objeto na sua pele, um calafrio percorre seu corpo.

― Eu vou provar que você está errado. ― Renato diz ao se preparar.

Quando o jovem faz um pequeno corte na palma de sua mão, sorri de alegria quando ele permanece sangrando, mas sua alegria durou apenas três segundos, o tempo exato de a ferida se fechar e apenas o sangue continuar ali, sujando sua pele. Em completo pavor, ele volta a repetir o corte, no mesmo lugar, e em três segundos, o mesmo se fecha, e nesse momento, Renato passa a faca em seu braço, fazendo um corte ainda maior, e da mesma forma, três segundos depois, o corte começa a cicatrizar sozinho, juntando sua pele.

― Não! Não! Não! ― Renato começa a chorar de pavor, com a faca ainda em suas mãos e o braço sujo de sangue, mas não havia mais corte algum. ― Isso é impossível! Eu estou vendo de mais! Não pode ser! ― Ele começa a chorar ainda mais.

Diante do acontecimento, Renato, que se encontrava em intenso horror, faz um corte de extrema profundidade em seu braço, achando que sua pele não se recuperaria daquilo, e quando sentiu uma dor tremenda, achou que o corte não fecharia, mas para a sua surpresa, nos mesmos três segundos ela voltou a se regenerar.

O garoto estava apavorado, com a faca em mãos, sem saber como proceder.

Renato ainda pensava que tudo não passava de um sonho, que aquilo era irreal, uma fantasia, mas para a sua infelicidade, não era. Tudo aquilo era a sua mais nova realidade. Tudo aquilo agora faria parte da sua vida, quer ele ou não.

Decido ainda a provar errada a situação, ele pensava em algum local para cortar, pela última vez.

Ele sabia que se passasse a faca no pescoço ela cortaria alguma artéria importante, mas para ele, apenas o braço não confirmaria tudo o que estava acontecendo, então foi quando, de supetão e imediato, que Renato, com toda a sua força, passa a faca amolada em seu pescoço, e em milésimos de segundos, seu corpo vai ao chão, mas outra vez, quando o terceiro segundo chega, tudo volta a ficar como antes, e sentindo o enorme corte se fechar em seu pescoço, Renato passa a chorar outra vez, em extrema agonia.

― Eu não acredito que isso está acontecendo comigo... ― Ele se coloca sentado, aos prantos. ― Como isso é possível? ― Ele olhava para os locais onde estavam os cortes.

Depois de ter ficado cerca de vinte minutos ali, sentando no chão, furando suas pernas e cortando seus braços, ele finalmente se deu por vencido.

O jovem então se limpa com alguns papeis toalha e os joga no lixo.

Quando ele se levanta e vai para a sala, dá de cara com seu pai passando pela porta.

― O que está fazendo com essa faca? ― Ele pergunta ao ver a faca cheia de sangue.

― Brincando de médico... ― Renato soa extremamente frio.

― O que você fez? ― O homem pergunta.

― Me cortei, mas como você não se importa, isso não é da sua conta.

― Se cortou onde moleque? ― Ele parecia bravo.

― Cortei meu pau fora. ― Renato estava fora de si. ― Você não me chama de Renatinha? Então, agora vou virar uma mocinha...

― Olha aqui seu desgraçado... ― O homem, depois de jogar sua bolsa no chão, caminha até o filho, o pegando pelo pescoço. ― Não brinca comigo, ou eu te arregaço todo, e dessa vez vou deixar marcas em você.

― Faça o que você quiser Rodolfo... ― Renato nem mesmo o encarava.

― Eu ainda vou te matar seu filho de uma puta... ― Ele tinha extremo ódio na voz.

― Se você conseguir me dar um fim, vou lhe agradecer eternamente por isso, mas enquanto não cumprir com sua palavra, me dê licença que eu tenho que descansar. ― Renato se solta do pai.

― Você está brincando com fogo seu desgraçado! Você não sabe do que sou capaz!

― Eu sei muito bem do que você é capaz, você já me mostrou isso várias vezes! ― Renato grita. ― Você já me deu tapas na cara! Já me socou o rosto! Já me deu chute nas costas! Já me espancou! Já urinou em mim, e sabe o que mais? Eu sei que você me estuprou! ― Renato grita ao se recordar de algo que lhe aconteceu há cinco anos, deixando o homem surpreso. ― Eu sei que você fez, eu sei! Você me bateu tanto aquele dia a ponto de me deixar desacordado, mas eu senti tudo, eu senti o que você fez comigo seu desgraçado! Eu sei! ― Renato começa a chorar. ― Você se diz tão macho, mas violentou o próprio filho! Cadê o macho agora?

Renato se impõe ainda mais sobre o pai, era como se ele tivesse crescido, adquirido uma estatura maior, um corpo maior.

― Eu sei de tudo o que você é capaz “pai”, eu sei! Mas eu sou diferente agora, eu sou! ― Renato grita. ― E agora você não sabe do que eu sou capaz! Cansei de ter medo de você, de me sentir um filhote amedrontado! Cansei! Quer me espancar? Vá em frente e me bata até eu morrer, mas eu vou voltar de novo! Quer me estuprar de novo? Quer?

Renato começa a tirar a roupa, em extremo ato de loucura. Tudo aquilo mexeu de mais com sua cabeça.

― Vem, pode vir, mas eu vou voltar também, e de novo, e de novo, e de novo, eu sempre vou voltar! ― Ele chorava muito. ― Se você fazer mais alguma maldade comigo... ― Ele se aproxima do pai, apontando o dedo na cara dele. ― eu não vou ficar com medo de te entregar pra policia. Não, eu não vou te entregar pra policia, eu mesmo acabo com você! Eu cansei! Cansei de você fazendo isso comigo!

Renato chora ainda mais, e deixando o homem completamente atônito com tudo aquilo, ele sobe para o quarto, onde bate a porta com toda a força que tinha, se trancando ali e não saindo até a manhã seguinte, que prometia se completamente surreal.

Comentários

Há 2 comentários.

Por diegocampos em 2016-03-21 21:49:18
Renato muito doido nesse final adorei, saber que o pai do Renato estrupo ele não surpresa com todas as coisas horríveis que esse monstro já fez. Muitas coisas foram esclarecidas com esse revelação do caled. Eu gostei muito ansioso para o próximo.
Por Nando martinez em 2016-03-21 21:29:58
Poise vc acertou ,sabia de nada kkkk esperava descobrir algo agora ,mas tudo bem! Ah viu? Imortal seria uma boa palavra ,ou "fênix" kkkkkk mas tudo bem eu gostei da historia e realmente me surpreendi quando o Renato disse que o pai dele o estuprou ,legal ! Incesto! Kkkk