Boa Tarde... Rsrsrs.

Como eu comentei ontem, o capítulo de hoje foi postado mais cedo, já que a minha tarde no serviço promete ser o caos.

Não sei se já comentei direito o que está acontecendo, mas a loja onde trabalho irá fechar, e por isso, tudo está com cinquenta e setenta por cento de desconto, ou seja, passo o dia inteiro atendendo cliente, e como eu geralmente fico aqui sozinho cuidando de tudo, acaba pesando pro meu lado, ou seja, está difícil conseguir conciliar um tempo para as postagens.

Amanhã provavelmente é meu último dia empregado, isso se a loja não ficar até a semana das mães, mas isso é pouco provável, e por isso resolvi postar hoje, porque a sexta feira vai ser bem puxada e tenho medo de não conseguir postar nada.

Então eu peço desculpa a todos vocês por eu estar sendo um pouco breve, mas infelizmente não está tendo como fazer melhor do que isso.

No mais, espero que todos estejam bem, e que possam gostar do capítulo de hoje, que promete ser bem diferente.

Um beijão para todos, e até mais.

― Nando martinez: Você ficou dois dias sem dormir? Credo. Meu sono é sagrado, e se eu não dormir eu me torno uma pessoa horrível, grossa, e antipática. Rsrsrs. Sério, se eu não ter meu sono eu viro o próprio satanás. Hahahahahahahaha. No mais, espero que esteja bem, e que tenha dormido um pouco. Um beijão pra você, e até mais.

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Aos poucos, como se naquele momento estivesse de frente a uma das situações mais difíceis de sua vida, Renato abre os olhos, e para sua surpresa, ele não conseguia enxergar nada.

Mesmo estando com os olhos abertos e conseguindo piscar, algo escuro lhe impedia de enxergar, e até aquele momento, ele não sabia se era uma venda ou um simples capuz preto em sua cabeça, lhe impossibilitando de ver tudo o que acontecia ao seu redor.

Ele sabia muito bem o que havia acontecido. Renato se lembrava com detalhes do que havia se passado, do que havia acontecido a ele no meio daquele canteiro central que separava o shopping da avenida, ele se recordava muito bem disso, e a primeira pessoa capaz de tal coisa foi seu pai, o seu primeiro suspeito, mas ele também se lembrava da voz do homem que havia o desmaiado, e não era a de Rodolfo, e diante de fato nenhum, ele permaneceu imóvel, sem se mover, apenas atento a tudo o que acontecia a sua volta.

A sua frente, provavelmente em um cômodo distante, ele conseguia ouvir o barulho da televisão. A estática era mais forte que o atual som, e mesmo assim, ele conseguia saber que a televisão estava ligada, em um canal qualquer.

O leve barulho da chuva foi a segunda coisa que ouviu. Ao longe ele conseguia escutar a tempestade fraca, assim como o cheiro da água caindo sobre a terra, deixando para trás aquele aroma característico de terra molhada, cheiro que ele tanto adorava.

Sem nem mesmo alterar sua respiração e já de olhos fechados, ele sente uma presença se aproximando, e fica ainda mais imóvel, respirando lentamente, para que não fosse descoberto, e mesmo em seus maiores esforços, isso não foi possível.

― Eu sei que você está acordado. ― Diz a voz de um homem.

Ao ouvir aquela simples voz carregada de maldade, Renato finalmente se move, mas é com isso que ele percebe que seus braços estão presos, assim como a sua perna, e ao tentar gritar, nota que sua boca está coberta por uma fita grossa, que lhe impedia de fazer um som sequer.

― Mesmo sendo capaz de gritar, ninguém te ouviria. ― Ele sente uma mão extremamente fria em seu peito desnudo. ― Estamos muito além da civilização nesse momento, em um lugar que ninguém irá nos encontrar.

― Um... ― Foi a única palavra que saiu de sua boca, na verdade o único som, porque Renato havia pedido para que o homem lhe soltasse, mas seus gemidos não formaram frases inteiras capazes de serem ouvidas.

― Você quer dizer alguma coisa? ― O homem tira a fita da boca de Renato, que grita.

― Me solta! Me solta! ― Ele começa a se debater sobre a superfície de metal frio.

― Soltar? ― Ele dá uma longa gargalhada, e simplesmente para. ― Não são os meus planos para com você Renato.

― Como sabe o meu nome? ― Ele pergunta, gritando e se debatendo.

― Nossos caminhos já se cruzaram uma vez... ― Ele começa a passar seu indicador direito ao redor do mamilo esquerdo de Renato.

― Me deixa ir embora, por favor... ― Ele começa finalmente a chorar ao perceber o que estava acontecendo. Renato havia sido pego pelo assassino.

― A essa altura você já deve saber quem eu sou, então tire essa ideia da cabeça, porque você só sairá daqui em seis pedaços.

― Não... ― Renato se desespera.

― Sim... ― O homem se inclina sobre o jovem e inspira o seu cheiro. ― Eu vou me divertir muito com você, mas agora tenho que jantar. Ainda não comi nada.

― Por favor, por favor! ― Renato implorava, mas era tarde de mais, o homem já havia saído.

Depois de se debater por minutos, o que ocasionou uma fratura em seu braço, machucado que rapidamente se curou, ele parou para pensar. O jovem sabia o que iria acontecer ali, o que iria acontecer ao seu corpo depois de tudo, e seu medo não era esse, e sim o de o homem descobrir do que seu corpo é capaz de fazer. O maior medo de Renato naquele momento era de o homem descobrir que sua pele regenerava e que ele era incapaz de sofrer ferimentos permanentes, e se ele ficasse sabendo disso, iria o manter ali pra sempre, e foi com isso que ele deixou todo o medo consumir seu corpo.

Alguns minutos depois, ainda sozinho e pensando nas consequências, Renato começa a analisar suas habilidades, pensando se alguma delas o poderia tirar dali, e até o momento, nenhuma delas conseguia tal feito.

Se concentrando bastante, Renato começa a fazer de tudo para tentar achar uma saída, realmente de tudo, e com isso, ele apenas fechou os olhos e começou a forçar em sua mente o fato de que não poderia se regenerar, dizendo a si mesmo que não conseguia tal fato, e depois de minutos, seu corpo sofre um espasmo violento, o deixando com ânsia de vômito, e sem ao menos ter certeza do que aconteceu quando ele viu suas vistas escurecerem por um breve momento, ele torceu para que nada de ruim acontecesse, o que era uma ironia, já que algo terrível iria lhe acontecer de qualquer maneira.

Meia hora depois, quando Renato ainda estava concentrado, voltado para dentro de si mesmo, o homem volta, e junto com ele, um pressentimento ruim e um cheiro estranho, cheiro de morte.

― Está pensando em que? ― Ele pergunta ao alisar os pelos do braço esquerdo de Renato, que sente nojo ao ser tocado.

― Em nada... ― Renato diz, com a voz trêmula, completamente nervoso.

― Sabe, minhas outras vítimas não são como você... ― Ele sobe suas mãos pelo peito do jovem. ― Elas sentem medo, medo que vai além do desespero.

― Eu estou com medo... ― Renato tremia de medo na verdade.

― Mas não em desespero...

― Vai... ― Ele ainda tentava se soltar. ― Vai adiantar alguma coisa se eu me debater e pedir por socorro?

― Não... ― Renato conseguia sentir o sorriso do homem mesmo não o vendo.

― Então eu vou poupar minhas forças. ― Mesmo sabendo que estava preso, Renato ainda se mexia sobre a mesa de ferro fria.

― Não adianta tentar. Seus pulsos estão presos, assim como suas pernas.

― Eu percebi... ― Ele chorava.

― Não chore criança... ― Ele tocava o rosto do jovem Renato. ― Você ficaria melhor se eu tivesse trago junto a você seu namorado?

― Não toque nele! ― Renato volta a se debater.

― Calma criança, eu não vou tocar em um fio de cabelo dele, não por enquanto...

― Seu desgraçado!

― Eu achei que estaria fazendo o bem a vocês caso trouxesse os dois juntos, para morrerem de mãos dadas, mas o alto de olhos verdes saiu antes de você, acompanhado, então não tive como agir.

― Deixa ele em paz, por favor... ― Renato volta a se desesperar. ― Faça tudo o que quiser comigo, mas não o machuque...

― Que lindo. Se eu realmente sentisse piedade ou alguma emoção humana, eu sentiria muito, mas eu não sinto... ― Ele toca os cabelos negros de Renato, que tenta se soltar dele, em vão.

― Por favor... ― Renato implora. ― Você já machucou alguém que eu amo.

― Sério? ― Ele de repente parecia interessado, como uma criança aprendendo algo novo e divertido. ― Me conta, como é o nome dele?

― Pra que? Ele já está morto! ― Renato grita em desespero.

― Eu mantei um dos seus namorados? Sinto muito... ― Ele debocha.

― Filho da puta! Desgraçado!

― Minha mãe realmente era uma vagabunda, uma porca suja. ― As palavras saem da sua boca com naturalidade.

― Desgraçado! Você matou um homem bom, um policial, um homem que tinha acabado de se tornar pai! Você matou o homem que eu amava por puro prazer!

― Interessante... ― Ele chega ao ouvido de Renato. ― Eu não matei um policial, não depois que eu voltei... O câncer também afeta aqueles que assim como eu, tem prazer em machucar os outros, mas hoje, graças ao bom Deus, eu estou curado. Obrigado Senhor. ― Ele debocha, e depois gargalha.

― Para de mentir! Você sabe que o matou!

― Criança ingênua, eu não matei policial algum por esses dias. Claro, já matei alguns no passado, inclusive cheguei a planejar o que faria com seu pai, mas a doença me derrubou, infelizmente, mas ainda vou cumprir minha promessa.

― Você deveria ter matado! ― Renato grita, chorando.

― Pobre garotinho frágil que apanha do pai... Doeu muito quando ele estuprou você? Aposto que foi uma delícia... Você deve ter adorado aquele pau todo entrando em você te rasgando. Aposto que se comportou como a mocinha que é e rebolou gostoso no pau do papai, não foi? Aposto que se toca todas as noites pensando no pau dele dentro de você, relando nas paredes do seu intestino, se sujando de merda, porque eu aposto que você é um rapaz sujinho. ― Ele começa a rir. ― Eu posto que você está melado agora só de lembrar, eu aposto... ― Ele lambe o rosto de Renato, que se debate ainda mais. ― Com um gosto desse, qualquer macho velho te comeria...

― Cala a boca! Cala a boca! Você não sabe de nada! ― Renato grita em desespero.

― Eu sei... Você acha que eu não observo minhas vítimas antes de abordá-las? Ingênuo... Mas no seu caso foi diferente. Eu conheço seu pai há anos, e cá entre nós, lhe falta bastante inteligência, porque estive sob o nariz dele por anos e ele nunca descobriu nada.

― Me solta! ― Renato grita.

― Querido, não se preocupe, eu não vou fazer o que seu pai fez com você, não no momento. Porque mais que tudo o que eu queira nesse momento seja estuprar você bem gostoso, eu te trouxe aqui para outros fins, fins ainda mais prazerosos, pelo menos para mim, já que eu tenho certeza que você adoraria meu pau estourando seu rabinho apertado... ― Ele começa a passar as mãos nas coxas de Renato, subindo até seu membro, o apertando com força, fazendo Renato gritar.

― Não! ― Ele grita devido a dor. ― Por favor...

― Me conta, como realmente foi? Uma vez eu ouvi ele conversando com alguém no telefone, se gabando do que havia feito ao próprio filho, mas não consegui ouvir o resto da conversa. Queria saber qual é a sensação de ter o próprio pai te violentando... ― Ele suspira, parecendo sentir prazer.

― Cala a boca! ― Ele grita outra vez.

― Sentiu muito tesão? Sei que o pau dele é muito grande, e aposto que você adora isso...

― Por favor, para... ― Renato implorava.

― Aposto que essa foi a única palavra que não usou quando seu pai te rasgava e te enchia de porra.

― Para! Para! Cala a boca! ― Renato se debatia, não aguentando mais ouvir aquilo.

― Que lindo, você está chorando... Chegamos a onde eu queria...

― Só me mata de uma vez, por favor...

― Eu não faço isso, dá muita bagunça, sangue para tudo quanto é lado...

― Então o Leandro sofreu antes de morrer? Você o fez sofrer? ― Renato grita outra vez.

― Eu já disse que não matei policial algum! Eu já disse! ― Ele bate na cara de Renato, que logo cospe sangue. ― Se ele foi assassinado, o trabalho não foi meu! Não compare minha obra de arte com o serviço meia boca de alguém inexperiente! Nunca mais faça isso! Nunca mais!

― Me solta! Socorro! Socorro!

― Eu já disse que ninguém vai te ouvir... ― Ele tapa a boca de Renato, que morde sua mão. ― Que delicia... ― Ele diz ao notar o sangue e ao lamber.

― Você é um monstro! Filho da puta!

― Não sei porque tanto rancor direcionado a mim, eu já disse que não matei seu amante. Não toco em negros.

― O que? ― Renato controla seu escândalo e escuta.

― Eu já disse que não matei esse tal policial. Eu sei quem ele é, trabalhava com seu pai, teve você como amante por quase um ano... Não precisa ficar me falando essas coisas criança. ― Seu humor mudava de uma hora pra outra.

― Ele foi encontrado na floresta, em pedaços, e eu tive que ver tudo! ― Renato volta a chorar ao se lembrar.

― Que falta de sorte, ter que ver o corpo do amante em pedaços. Isso é sinal de que eu estou ficando famoso. ― Ele ri.

― Você disse que não matou ele...

― Eu realmente não matei. O assassino do seu namorado preto é outra pessoa. Não tive nada a ver com isso. Sem contar que negros me dão nojo, então me exclua da sua lista.

― Nojo? ― Renato havia parado de se debater.

― Sim criança, nojo, asco, não consigo nem olhar para eles.

― Quanta ironia, um assassino racista. ― Renato se mantinha triste.

― Está triste pelo neguinho imundo está? ― Ele debocha.

― Não... ― Renato nega, mesmo ainda se lembrando do Leandro as vezes.

― Está sim, porque você ainda se importa com o seu macaquinho que morreu. Ele te dava muita banana ou era ao contrário?

― Cala a boca! Não fala assim dele!

― Não posso? Eu sou livre para dizer o que eu quero, sem contar que estamos em minha casa.

― Ele já foi humilhado de mais depois de morto...

― Foi pouco. Ele deve ter encontrado a reputação dele nas portas do inferno, lugar de onde ele não deveria ter saído.

― Como pode existir uma pessoa tão ruim como você? ― Renato volta a chorar.

― Culpe Deus, dizem que foi ele quem me criou.

― Por favor, eu te imploro, me deixe ir embora... ― Renato suplica.

― Não... ― Ele se aproxima de Renato e tira a venda de seus olhos, causando completa surpresa no jovem. ― Não há mais necessidade de você usar isso, já que não sairá daqui com vida, então se prepare, porque a gente vai se divertir muito.

E foi tudo o que Renato conseguiu ouvir antes de o medo tomar conta de seu corpo, fazendo todo o seu interior se contrair e esquentar, lhe dando a sensação de que o fogo lhe consumia de dentro para fora, mas mal sabia ele que essa sensação era a que lhe ajudaria diante de tudo o que iria acontecer para frente.

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