Capitulo 1 - Os novatos

Conto de Luke rey como (Seguir)

Parte da série Confusões do Amor

Acordo com alguém alisando meu rosto, mas não abro os olhos.

- Miguel? Miguel acorde, Miguel?

Era o Pedro, então resolvo fazer uma pequena brincadeira com ele e o mesmo assustado levanta meu tronco e começa a me sacudir e chamar pelo meu nome.

- Miguel? Por favor, não faz isso comigo, MIGUEL?

Abro os olhos rapidamente e ponho a mão em sua boca.

- Não grite minha mãe e meu irmão podem nos escutar.

Digo sorrindo e Pedro percebendo que tudo se tratava apenas de uma brincadeira me solta e me olha com raiva e se joga na cama, ainda sorrindo subo em cima dele sentando em seu pênis que estava meio bomba, mas como mágica rapidamente ficou rígido quase rasgando a cueca.

- Desculpa amor era brincadeira.

Passo a mão no seu peitoral, mas Pedro vira o rosto e fica calado.

- Não vai falar comigo?

Puxo se rosto e tento o beijar, mas ele coloca a mão em sua boca.

- Ah então vai ser assim? Acho que não vai querer isso de novo hoje a noite.

Digo esfregando meu bumbum sobre o seu pênis que agora pulsou na cueca, acho que ele teve uma ereção, Pedro agora com um sorriso me olha e diz.

- Mas assim já é covardia.

Pedro me puxa e me beija com vontade.

- Não faça mais isso seu idiota eu pensei que você...

- Nem termine.

Digo o interrompendo e sorrindo, me levanto e retiro minha cueca e quando ia retirar a dele que estava encharcada de esperma, alguém bate forte na porta me assustando.

- Miguel se arrume e desça hoje eu vou levar você para a escola.

Era o Fernando meu irmão mais velho.

- Droga e a mamãe? Porque ela não vai me levar hoje?

- Ela teve que ir mais cedo para o escritório, pois iria defender um caso de tarde.

- Tá vai embora daqui a pouco eu desço.

Puxo o Pedro para o banheiro e tomamos um banho rápido com direito a caricias e beijos, rapidamente nos vestimos, pegamos nossas coisas e descemos, ontem quando saímos da escola Pedro veio para minha casa e dormiu comigo então hoje vai ficar mais fácil inventar alguma mentira para o Fernando, já que minha mãe não está aqui.

- O Fernando não está na sala vem pode descer.

Digo e Pedro desce as escadas rapidamente.

- MIGUEL PORRA DESCE LOGO OU VOCÊ VAI CHEGAR ATRASADO.

Fernando vem berrando da cozinha e ao chegar à sala nos olha surpresos.

- Pedro?

Diz ele sem entender.

- Fernando?

Diz Pedro sorrindo.

- Por acaso é assim que cumprimenta uma visita senhor Fernando?

Digo o olhando.

- Não é que fiquei surpreso com o Pedro tão cedo aqui, mas você não mora longe daqui como...

- Tá, tá Fernando o Pedro veio de carona com o tio dele que ia fazer algo por aqui no bairro, vem Pedro.

Digo e puxo o Pedro pelo braço até a cozinha, tomamos café rapidamente e logo depois saímos o Fernando já nos esperava no carro, fomos em silencio durante todo o percurso e ao chegar na escola descemos do carro sem mal se despedir do Fernando que saiu em disparada rumo à faculdade.

Ao chegar à sala de aula, Amanda e Julia minhas duas melhores amigas e as únicas que sabem sobre mim e o Pedro vem em nossa direção nos abraçando.

- Bom Dia migos lindos.

Falam as duas ao mesmo tempo.

- Bom dia gatonas.

Digo sorrindo.

- Bom dia.

Diz Pedro e elas o olham com tédio.

- Que bom dia mais seco.

Diz Julia.

Quando viro e olho para o fundo da turma vejo dois novatos, um garoto e uma garota que pareciam ser irmãos sentados no fundo bem onde Pedro e eu sentamos, vou em direção aos dois e digo.

- Bom dia queridinhos.

Digo sorrindo.

- Bom dia querido.

Diz a garota com certo deboche e já o garoto nem se deu ao luxo de me responder.

- Vocês estão em nossos lugares.

- Nossos?

Ela pergunta.

- Sim.

Olho para trás e vejo o Pedro lá na frente conversando com dois colegas dele, vou até ele e o puxo até o fundo da sala.

- Nossos lugares.

Digo a olhando com aquele olhar me segura que vou pular no pescoço dessa vadia.

- Que estranho.

Diz o garoto e eu sem entender o questiono.

- Estranho o que?

- Não achei o nome de vocês escrito na mesa.

Nesse momento a sala toda começa a rir e sinto meu sangue ferver.

- Como é seu veadinho escroto, eu vou quebra a sua cara.

Tento ir para cima do garoto que nem se mexeu, Pedro me segurava por trás me impedindo de parti a cara daquele desgraçado.

- Calma Miguel não vale a pena.

- Escuta seu macho bixa louca.

Diz a garota e o professor adentra a sala e imediatamente todos param de rir e sentam-se em seus lugares.

Pedro me arrasta até duas cadeiras atrás de Amanda e Julia, sento contrariado e com uma vontade enorme de matar aqueles dois.

- Gente que loucura quem são aqueles dois?

Pergunta Julia.

- Gente eles com certeza devem ser “favelados”.

- Só sei dizer que não vou deixar isso barato.

De repente o professor bate o livro com força na mesa e assustados imediatamente olhamos para eles.

- Miguel, de novo está atrapalhando a minha aula?

Ele vem até a mim.

- Eu não fiz nada.

Digo olhando para ele, percebo que os novatos estavam rindo baixinho.

- Vejo que agora saiu da turma do fundo.

- Saiu? Ele foi expulso de lá pelos novatos.

Alguém diz.

- E irá ser expulso da sala se continuar me atrapalhando.

Disse voltando para a sua mesa.

- Mas então temos novatos, por favor, se apresentem para toda a turma.

Os dois se levantaram e com um sorrisinho falso foram até a frente.

- Meu nome é Safira Salles.

- E o meu nome é Ricardo Salles.

- Os dois são irmãos?

Perguntou o professor.

- Não completos estranhos que por Coincidência tem o mesmo sobrenome.

Falo baixinho e as meninas e o Pedro riem.

- Você tá querendo ir para fora não é?

Diz o professor começando a ficar nervoso.

- Eu? Mas eu não disse nada.

Digo fingindo espanto.

- Mentira ele disse caçoando de você professor e respondendo a sua pergunta, sim somos irmãos.

Disse Safira.

- Porra vocês mal chegaram e já estão querendo confusão comigo.

Levanto-me revoltado, mas Pedro me segurava pela calça.

- Cale a boca, veadinho ridículo.

Disse Ricardo.

- Falou o machão super hetero.

- Já chega vocês dois vão para seus lugares e Miguel retire-se da sala.

- O que? Mas...

- Sem, mas, retire-se imediatamente.

Pego minhas coisas e saio da sala, alguns riam de mim e outros não estavam nem aí.

- Filhos de uma...

Digo batendo nos armários. Decido ir me esconder na quadra, pois se a inspetora ou até mesmo a diretora me vissem iam acabar me dando uma advertência.

A aula passa e ouço o sinal, resolvo voltar para a sala, mas no caminho ao longe perto do portão de entrada vejo o Pedro e uns ‘‘caras’’ que não pareciam ser boas pessoas, eles usavam roupas despojadas, bonés de aba reta e deram algo para o Pedro que não conseguir enxergar, percebo que um deles haviam me visto e todos viraram para trás, mas como tenho o dom de me esconder rapidamente me encosto na arvore.

- Ai tomara que eles não venham para cá.

Digo baixinho de olhos fechados.

Sinto alguém me puxar pelo braço e logo sinto seus lábios, assustado abro os olhos e vejo o Pedro.

- Pedro?

- Miguel estava me espionando?

- Eu? Não nem sabia que estava por aqui.

Digo e ele sorri.

- Você não sabe mentir Miguel.

Disse ele sorrindo, ele que pensa, mas não vem ao caso agora.

- Então o que está fazendo aqui?

- Descansando sabe?

- Então vamos para a sala.

- Não até você me dizer quem eles são?

Pedro que sorria, agora gargalhava e isso me irritou.

- Fofoqueiro bisbilhoteiro e curioso.

- Fofoqueiro e tudo isso ai é a sua tia. Vai Pedro para e começa a falar.

- São apenas uns ‘caras’.

Disse ele, olho irritado e solto sua mão.

- Uns ‘caras’ anda Pedro se explique, por acaso não está mexendo com coisa errada não né?

- Não eles são apenas amigos meus.

- Seus amigos, mas eu conheço todos os seus amigos e aqueles ali nunca vi na minha vida.

- E depois não é fofoqueiro, tá amor não é nada de mais por acaso não confia mais em mim?

Disse Pedro me aproximando da arvore e ficando frente a mim, olho em seus olhos por alguns segundos e digo.

- Sim confio em você, mas Pedro não me decepcione e nem faça essa confiança ser perdida.

Pedro apenas me olha e aproxima seu rosto ao meu me beijando.

- Olha só os veadinhos.

Tomo um susto e empurro o Pedro, era apenas os novatos passando e indo rumo à quadra seria aula de Ed. Física agora.

- Serio? Olha vê se disfarça melhor a sua inveja queridinho.

- Calma amor, calma.

- Estou calmo Pedro... Calmo como um vulcão prestes a entrar em erupção.

Digo e ele sorri.

- Vem vamos ao vestiário.

Vamos juntos até o vestiário e quando entro os garotos rapidamente se cobrem.

- Shiiii.

Disse um garoto.

- Não quero ver as minhoquinhas de vocês.

- A única que interessa a ele é a minhoca do Pedro.

Todos riem.

- Cale a boca imbecis, vem Miguel.

Vamos juntos ao fundo do vestiário e Pedro começa a se trocar, como eu não participo das aulas fiquei apenas o olhando se trocar.

- Toma amor segura meu celular.

Disse ele me entregando o celular, trancando o seu armário, me dando um rápido beijo e saindo as pressas do vestiário.

Fico tentado a mexer nas suas coisas, pois como ele mesmo havia dito sou curioso e queria saber o que era aquilo que os meninos o entregaram.

- Droga não abre.

Soco o armário que como mágica se abre. Vasculho as roupas do Pedro e encontro algo que me deixou boquiaberto.

- Uma arma?

Rapidamente guardo a arma no lugar onde ele havia colocado e saio às pressas do vestiário. Já na quadra encontro Amanda e Julia sentadas na arquibancada vou até elas.

- Nossa o que foi? Porque está tão pálido?

Julia me questiona preocupada.

- Não é nada de mais.

- Miguel, temos que te contar algo que você vai ficar indignado.

Disse Amanda.

- Então conta logo.

- O professor passou um trabalho em dupla e advinha com que o Pedro irá fazer?

Quando ela ia me dizer, chega uma mensagem no celular do Pedro.

- Te encontro as três na minha casa gatinho, segue esse endereço, bye te vejo lá... Safira...

- Safira?

- Sim ela mesmo como sabia?

- Porque ela acabou de mandar mensagem para ele.

- Você não sabe é o pior.

- Não me diga que vou fazer o trabalho com o Ricardo.

- Não você vai fazer com o Bernardo.

Fico pasmo, Bernardo é o garoto mais insuportável da sala e banho não é uma de suas virtudes.

- Não pode ser e vocês com quem vão fazer o trabalho.

- Juntas.

As duas falam ao mesmo tempo.

- Ele vai está te esperando na casa dele com todo aquele odor horrível dos braços dele.

Diz Amanda com cara de nojo.

- Com seu bafo insuportável.

Diz Julia rindo.

- Quer saber isso não me importa, eu só quero saber por que Pedro não me contou sobre isso no vestiário, alias Pedro anda me escondendo muitas coisas.

- Como assim?

Pergunta Amanda.

- Deixa para lá.

Para minha surpresa Bernardo vinha em nossa direção.

- Prendam a respiração.

Disse Julia.

- Que coisa feia meninas.

Digo.

- Oi Miguel.

Quase desmaio, mas ajo naturalmente.

- Oi Bernardo.

As meninas saem rápido de perto de nós.

- Vamos fazer o trabalho de história juntos.

- Estou sabendo, te espero às quatro horas em minha casa.

- Ok.

Disse ele saindo.

- Espera vou lhe dar meu endereço.

- Não precisa, eu sei onde você mora.

Disse ele sorrindo. Arregalo os olhos e dou um sorrisinho.

- Ok te espero lá então...

Digo saindo. De repente todos começam a gritar, o time em que Pedro estava fez um gol depois de comemorar com os amigos ele vinha em minha direção.

- Fiz um gol para você amor.

Disse ele querendo me abraçar, mas não podíamos dar tanto sinal apesar de que todos já desconfiavam de nós.

- A é? Acho que não, para mim você chutou na trave.

Digo com raiva.

- Como assim?

- Quando você me pretendia contar que iria fazer o trabalho com a Safira?

- Amor eu não queria te deixar com raiva.

- Mas acabou deixando.

- Desculpa.

- Você só está dando bola fora Pedro.

Ele me olha triste e volta para a quadra, durante todo o jogo olhava com cara de assassino para Safira e o veado escroto do irmão dela. As aulas se passaram rápido e na saída me despeço das meninas e sigo calado com o Pedro até um parque, ele iria me levar para tomar sorvete ainda não conseguia digerir isso tudo e não tinha coragem de perguntar sobre a arma que ele carregava.

- Você ainda está com raiva?

Pergunta-me receoso.

- Claro que estou você vai fazer o trabalho com uma vadia.

- Me desculpa amor eu não queria te deixar com raiva, mas você também vai fazer o trabalho com outro cara.

- Pedro eu vou fazer o trabalho com o Bernardo, por acaso acha que vou ficar com ele, cada vez que ele abre a boca eu fico tonto.

Dou um pequeno sorriso para ele, Pedro beija minha testa e passa o braço envolto ao meu pescoço, no lugar que estávamos era deserto então não corríamos risco de sermos vistos.

- Acho que deveríamos nos assumir.

Digo.

- Ainda não, não é uma boa ideia.

Disse Pedro olhando para frente.

- Mas Pedro todos já desconfia, além do mais vivemos juntos e pelo fato de eu ser assumido eles desconfia que haja algo entre nós.

- Mas...

- Chegou sua ora Pedro.

Disse um rapaz que estava na parte de trás de uma moto e ele estava armado.

Pedro ainda abraçado a mim nos joga para trás de uma arvore, Pedro saca sua arma e começa a trocar tiros com aquelas pessoas.

Continua...

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