03. Tentações

Conto de Luã como (Seguir)

Parte da série Proibido

- tá tudo bem? - ele pergunta com a expressão falsamente preocupada, sabendo o motivo de eu estar igual um idiota terminando de juntar os documentos do chão e voltar a olhá-lo enquanto pisco compulsivamente, sentindo minhas bochechas quentes.

- uhum. Desculpe. - eu digo sem jeito, olhando fixamente para os benditos papéis para evitar qualquer tipo de contato visual com alguém dali, voltando a lembrar como se anda e caminhando até sua mesa, largando os papéis e saindo o mais rápido da saleta, voltando para meu computador e desacelerando as batidas frenéticas do meu coração na marra. Depois de me sentar, me pego olhando para o lado sem querer, tentando de alguma forma assimilar que o gerente geral da droga da agência é o cara mais gostoso da face da terra, e ainda por cima sendo o cara que estava querendo ficar comigo há alguns dias, na Yacht. Em uma das minhas encaradas, vejo que ele está olhando para mim, e mesmo que tenha sido questão de dois segundos, sinto meu estômago todo se contorcer e eu ter vontade de sumir por também estar olhando para ele, antes de ele voltar a olhar para os outros homens da mesa. Me afundo na cadeira e logo presumo que esse será um longo dia. Não só um longo dia, mas uma longa semana, um longo mês... Acho que trabalhar ao lado dele todos os dias será uma espécie de teste dos céus ou uma ironia do destino, não sei bem ao certo, pois esse tipo de coisa só acontece em filmes ou em livros de histórias improváveis e insanas, onde você paquera um cara numa das únicas vezes que você sai pra uma balada e depois acaba descobrindo que ele é seu chefe no trabalho novo.

Depois de terminar de tirar algumas cópias para Melissa, uma das minhas vizinhas de mesa, vou até o cômodo onde ficam os armários com as fichas das contas de clientes para arquivar algumas que estavam fora do lugar. São quase 11:30 e eu estou agachado guardando os documentos e com fome, pensando no resto da lasanha de ontem à noite que caberia perfeitamente no meu potinho de plástico para trazer hoje mas que eu esqueci na geladeira e que provavelmente Samuel já deve ter comido. Interrompendo meus pensamentos, a porta do cômodo se abre e Gustavo surge, colocando seus olhos em cima de mim e esboçando um sorriso através das linhas finas e delicadas dos lábios, uma das poucas coisas delicadas em seu rosto e corpo robusto e masculino. Devido ao pequeno espaço para transitar da sala, abarrotada de armários e algumas caixas no chão, Gustavo começa a se aproximar para passar é me olha tentando avisar que eu terei que dar licença, então eu me ponho de pé e tento deixar o máximo de espaço livre para ele e, tentando não parecer que eu estou com a bunda quente querendo que ele roce em mim, me viro de frente para ele, enquanto ele passa com uma lentidão mortal e proposital, roçando sua calça na minha e fazendo eu achar que tanto faz se eu ficasse de frente ou de costas, os danos em mim seriam os mesmos, já que agora eu estou com o coração acelerado e tentando misericordiosamente controlar minha ereção. Quando ele chega no outro lado e abre uma das gavetas para procurar algum papel, o silêncio continua instalado no lugar, enquanto eu tento ao máximo guardar tudo o mais rápido possível e voltar para o meu lugar, antes que ele possa querer tocar no assunto da balada e tornar tudo ainda pior.

- e aí, tá gostando daqui?

Sério? Você realmente quer tentar puxar assunto comigo? Tudo bem, vamos lá.

- muito, o pessoal é bem receptivo. O ambiente é bem bacana, to gostando bastante.

- fico feliz. Você vai almoçar por aqui mesmo?

- na verdade não, vou procurar algum lugar aqui perto. - por que eu estou falando isso? Informações demais, Arthur.

- quer almoçar comigo?

- almoçar com você? - repito a frase feito um idiota, olhando para ele enquanto ele procura incansavelmente seja lá o que ele está procurando.

- é, seria legal conhecer um pouco mais do meu novo estagiário. - seu tom de voz e brincalhão e agora ele olha para mim.

MEU novo estagiário? Que maravilha!

Apesar de achar que na minha ficha cadastral, guardada no banco de dados da agência, já tenha informações suficientes sobre mim, penso que não seria educado recusar o convite dele.

- claro, por que não?

- beleza.

Por mais dois segundos consigo visualizar gustavo de perfil, sua camisa azul clara e sua calça de alfaiataria cinza demarcando bem sua silhueta e sua bunda, me proporcionando uma visão divina e tentadora. Ele passa por mim novamente, mas eu nem me dou ao trabalho de me virar de frente, ainda mais pelo fato de que a situação lá embaixo não está das melhores, o que me causaria mais vergonha, então eu acabo sentindo ele se esfregar em minha bunda, deixando eu sentir um pequeno volume e automaticamente fazendo a temperatura do ambiente aumentar.

A hora do intervalo logo chega e ele aparece em minha mesa, me tirando da minha profunda concentração na tela do computador, onde eu atualizava os dados de alguns clientes no sistema através de uma relação que Melissa me deu e gentilmente me pediu para fazer.

Enquanto fazemos nosso caminho em relação ao elevador, sinto os olhares dos funcionários, certamente surpresos por me ver junto com Gustavo logo no primeiro dia, ainda mais se for lembrar da fama de "chefe chato" que ele tem. Acho engraçado a cara de assustada de Duda ao ver a gente passando por sua mesa, eu apenas olho de relance para ela sem expressar nada. Mas o ponto alto desse nosso pequeno trajeto para fora da agência é quando Amanda nos vê. Ela faz uma casa ainda mais engraçada que a de Duda, reprimindo o riso enquanto eu faço o mesmo com todas as forças que eu tenho.

O caminho até o restaurante é um pouco silencioso para mim, já que ele estava ao telefone com alguém que pelo que eu suponho é da família, mas não que isso fosse algo que eu achasse ruim. Ficar sem falar com ele me dava mais tempo para formular respostas mentais para as perguntas que ele poderia me fazer.

- então, me conta um pouco sobre você. - ele fala assim que o garçom sai com nossos pedidos ja anotados. Estamos sentados em uma das mesas próximas da janela imensa que revela a Paulista, linda como sempre em um dia ensolarado e de poucas nuvens.

- sobre mim? bem, eu... - droga, eu não consigo pensar em nada bom o suficiente pra falar. - eu estou terminando o curso de economia.

- e o que mais? - ele arqueia a sobrancelha, enquanto deita levemente sua cabeça pro lado.

- hum, eu moro com meu amigo, moro aqui em São Paulo há alguns anos.

- você é de onde?

- Presidente Prudente.

- você veio pra cá só por causa da faculdade?

- sim.

- visita seus pais com bastante frequência?

- hum, não muito. A faculdade me ocupa muito tempo, então às vezes a gente fica um pouco sem se ver.

- e sobre sua vida profissional?

- bem, esse é o meu segundo emprego oficial.

- emprego oficial?

- é, eu sempre ajudava meus pais na mercearia deles lá na minha cidade, mas nunca considerei como um emprego de verdade. Eu também trabalhei por tres anos em uma loja de peças de carro, logo quando eu cheguei aqui.

- interessante. Então você entende de carros?

- um pouco. - por que ele quer saber disso?

- já sei pra quem vou mandar o meu quando precisar.

- é preciso bastante confiança pra confiar seu carro pra alguém que acabou de conhecer.

Seus lábios se ajeitam em um sorriso desafiador. Penso se eu já posso fazer esse tipo de brincadeira com meu chefe.

- bom senso de humor, eu gosto disso. - seu cotovelo agora esta escorado na mesa, com sua mão em seus lábios. - quantos anos você tem?

- 23.

- você é muito novo.

- você também não me parece muito velho.

- oh, bem, obrigado.

- ainda mais pra se estar em um cargo tão alto. Isso deve ter sido muito trabalhoso.

Ele me lança outro sorriso largo, desta vez se levantando da cadeira e se sentando do meu lado.

- não é trabalhoso quando se tem o controle da situação. Eu gosto do que faço, então quanto mais eu o faço, mais controle eu exerço sobre as coisas, então as coisas simplesmente fluem.

- então você gosta de controle? - eu já sabia da resposta mesmo antes de terminar a pergunta.

- sim. Acho que é um mal necessário. Se eu não controlar as coisas, quem o faria? E se faria, faria tão bem quanto eu poderia fazer? Isso acaba sendo meio que meu combustível para as coisas.

- isso parece um pouco presunçoso.

- você acha? - ele me olha sarcástico, mas aparentemente controlado. Eu preciso segurar minha língua, ou eu vou acabar perdendo o emprego logo no primeiro dia.

- bem... me desculpe. Eu não deveria ter dito isso.

- eu gosto de pessoas sinceras, Arthur. Sempre estou rodeado de gente falsa, que fala apenas o que eu quero ouvir. É bom saber que nem todos são assim.

Acho que consegui um ponto positivo com meu chefe por chamá-lo de presunçoso. Não sei o que está acontecendo aqui, mas está dando certo.

- você já teve alguma experiência com economia?

- bem, lá na mercearia eu ficava no caixa. Já é algo, né?

Ele lança a cabeça pra trás em um sorriso, parecendo realmente apreciar meu humor. Eu jurava que não era tão engraçado assim.

- com certeza é. Pelo que o pessoal da faculdade me mandou, suas notas são ótimas. Você sempre gostou de economia?

- sempre.

- e nunca teve uma segunda opção de curso?

- não, nunca. Sempre tive certeza.

- bem decidido. Interessante. Me pergunto como alguém como você, tão decidido, firme, de bom humor e francamente, com todo o respeito, muito bonito, não namora.

O que? Como ele sabe? Que eu lembro eu afirmei com bastante certeza que eu era comprometido no outro dia. Meu olhar confuso transmite minha dúvida, então ele me lança um sorriso.

- você não usa aliança de compromisso. E aquele seu amigo loiro não me parecia nem um pouco ser seu namorado. Logo pensei que fosse solteiro, então você apenas disse aquilo para me despistar. - o jeito que ele fala isso sai tão natural que é irritante. Ele está me jogando na cara que eu sou um péssimo mentiroso como se fosse a coisa mais normal de se dizer para alguém.

- ah, sim. Bom, você está certo. Não tenho ninguém.

- por que?

Oh céus, por que ele quer saber isso? Meus músculos da barriga se contraem, me fazendo ficar sem jeito e olhando brevemente para minhas mãos em cima de meu colo, pousadas em cima de minha pasta.

De volta ao olhar pra ele, que ainda me olha curioso, esperando por uma resposta, eu sinto que preciso dizer algo, embora não haja um motivo em especial que me faça não estar com alguém.

- bem, eu simplesmente não acho que namorar agora seja algo importante pra mim. Talvez eu esteja focado demais nos estudos.

- ou talvez ninguém tenha prendido sua atenção. - ele passa dois dedos despretensiosamente por seus lábios, seus lábios tão... dispersivos.

- talvez. - eu sustento seu olhar.

Nossos pratos chegam e eu sinto meu estômago doer ao sentir o cheiro do meu salmão grelhado, enquanto Gustavo, obviamente com um gosto mais refinado e caro do que o meu, optou por picanha. Dou três garfadas generosas na minha comida sem me importar com os modos a mesa, antes de voltar à sessão de perguntas, agora comandada por mim.

- e você? Me conta um pouco sobre você. - eu pergunto corajoso, antes de tomar um gole do meu suco de laranja.

- bom, não há muito o que saber sobre mim. - ele fala em um tom seco, mas não sendo o suficiente para aquietar minha curiosidade.

- precisamos jogar limpo. Eu falei sobre mim, agora é sua vez.

Ele sorri, limpando o canto da boca com o lenço de algodão fino.

- justo. Bom, eu cursei economia na USP, comecei logo depois de me formar no ensino médio. Moro sozinho, mas sempre visito meus pais e meu irmão mais velho. Estou no banco há três anos, sou gerente há apenas um.

- quantos anos você tem?

- 26.

- é ainda mais novo do que eu imaginava.

- bem, tomo isso como um elogio. Obrigado. - ele fala, divertido.

Olho para o relógio e vejo que está quase na hora de voltarmos do intervalo.

- acho melhor a gente já ir.

- ah sim, tudo bem. - ele levanta a mão e chama o garçom, que logo chega e fecha a conta. Na hora de pagar, eu abro minha carteira para pegar meu cartão de débito, mas quando vejo ele já está pagando o meu almoço também.

- Gustavo, não precisa, deixa que eu pago.

- deixa disso, o convite foi meu. - ele fala depois de pegar sua via do cartão e já se levantar. Com certeza ele é alguém fora do comum. Estupidamente bonito, aparentemente super rico e além de tudo, cavalheiro? Só falta ele querer abrir a porta do restaurante para eu sair primeiro, como nos filmes antigos.

O resto do dia se resume em mergulhar de cabeça em tudo o que eu consigo aprender e tentar mostrar serviço, querendo também que eu tenha algo para me distrair e não ficar olhando para além das repartições de vidro a minha esquerda, que no momento é a minha distração mais tentadora. Gustavo apenas redefine o significado da palavra sexy, conseguindo fazê-lo até quando está atendendo um maldito telefone, de pé escorado no lado da mesa, com a outra mão no bolso e é claro, virado para a minha direção, mas sem olhar pra cá.

Foco no seu trabalho Arthur, foco.

Quase no fim do expediente, quando não há mais ninguém na fileira de mesas do meu lado e enquanto eu tomo um copo de café quente e bem adocicado e termino de atualizar os dados do último cliente da lista, Amanda aparece com um malote de documentos, certamente usando isso como pretexto para vir até mim me perguntar das novidades.

- e aí. - digo naturalmente, como se eu não soubesse do motivo de ela estar aqui.

- e aí? Menino do céu, o que foi aquela cena de antes?

- qual? - agora eu me viro e olho somente para ela, então reprimo um sorriso ao ver sua cara de desesperada por informações.

- o que você fez pra conseguir a simpatia do Mr. Antipatia logo no primeiro dia?

- ah, não sei. Eu derrubei uma pilha de papéis na frente dele e de alguns outros homens aparentemente importantes que estavam em reunião na sala dele. Acho que ele ficou com pena de mim e quis me dar boas vindas, sei la.

- não Arthur, você não tá entendendo. Ele não é de conversar com quase ninguém aqui dentro, muito menos de sair pra almoçar. Ele só faz isso com dois ou três funcionários antigos daqui, um deles que por sinal também é um dos gerentes e o outro é um dos concursados mais antigos, até mais do que ele.

- hum. Sei lá, talvez ele simpatizou comigo.

- ou ele te achou bonito. - ela fala fazendo uma cara realmente engraçada, então eu me curvo para o lado e me certifico que ele não esteja vendo nem escutando nada, mesmo que a distância entre a minha mesa e a dele seja consideravelmente segura.

- cê tá louca?

- louca tá a Duda, querendo saber por que ele almoçou com você enquanto ela tem que arranjar pretexto pra almoçar na mesma hora e no mesmo lugar que ele pra poder admirar ele um pouco.

- tu jura?

- é, ela é caidinha por ele. Mas você não ouviu nada, não sabe de nada. - ela faz um gesto com o indicador na boca, indicando segredo, então eu sorrio.

- bem, deixa eu ir lá, a gente se fala mais tarde. Bem que a gente poderia marcar de sair esse final de semana né?

- claro, a gente combina. - eu lhe lanço um sorriso e me sinto feliz em encontrar uma amiga tão cedo por aqui.

- tá bom então.

Depois de terminar a lista, me dedico a tirar algumas cópias de documentos para montar algumas pastas para o setor de habitação. Só agora eu noto que já passa das 17:30 e que esta apenas eu e Gustavo aqui, com algumas luzes já desligadas e a luz do fim da tarde entrando pelas grandes janelas do outro lado do prédio. Ele está concentrado olhando para seu notebook, sentado em sua poltrona de encosto alto e imponente, em seu pequeno cômodo particular, até que ele desliga-o e se vira para se levantar, então eu volto a olhar para a copiadora, torcendo para que ele não tenha me pego o encarando.

- então você é viciado em trabalho? - ele fala ao se aproximar de mim, se encostando no armário cinza e segurando sua pequena bolsa de mão preta em couro.

- hum, eu diria que não gosto de deixar pra amanhã o que eu posso fazer hoje.

- interessante. Bem, só tenta não demorar muito, amanha é um longo dia, você com certeza vai poder fazer tudo com calma.

- pode deixar. Daqui a pouco eu vou.

- se cuida então. - ele se ajeita e sai caminhando, me fazendo olhar para ele e seu corpo perfeito escondido pela roupa, lembrando o quão bonito ele fica suado, com uma camiseta colada no corpo e bem mais descontraído do que aqui. Eu estou tendo um desejo fora do normal, um calor que me domina toda vez que eu olho para ele ou quando ele se aproxima. E o pior é que ele sabe da beleza e do charme que tem, então usa isso a seu favor, o que francamente não é nem um pouco justo comigo.

"Toma juízo, Arthur." - penso comigo mesmo, balançando a cabeça em reprovação enquanto eu sorrio ao parar de olhar para ele, que desce as escadas e some do meu campo de visão, e volto a me concentrar na máquina de xerox.

Assim que chego no apartamento, vejo Samuel passar apenas de calção pela sala, indo em direção à cozinha.

- e aí, bancário. - ele fala sorrindo enquanto eu largo a chave na mesa da entrada. - como foi o primeiro dia?

- insano. - minha resposta de uma única palavra soa mais sincera do que qualquer coisa que eu poderia descrever o dia que eu acabei de ter.

- insano?

- insano. Sabe quem é o meu chefe? - sigo ele até a cozinha, onde caminho até a geladeira sedento por um copo de água gelada.

- quem?

- o cara da Yacht.

- o que derrubou bebida em você?

- ele mesmo.

- mas cê tá brincando! - ele fala rindo com os olhos azuis arregalados.

- pois é.

- e aí, aproveitou pra fazer o que você não quis aquele dia? - ele me olha e insinua uma cara de quem está fazendo sexo, debochado como sempre.

- Samuel! Vê se eu tenho cara dessas coisas.

- nem um beijinho? Uma roçadinha de pau com bunda proposital no expediente?

- bem, isso sim. - digo sorrindo, lembrando da situação vergonhosa logo pela manhã.

- to falando! Você é um safado, mais ainda do que ele! - ele joga o pano de prato em mim, acertando em meu ombro.

Decido não dar maiores detalhes e me concentrar em tomar minha água, então me lembro do meu pedaço de lasanha avulso na geladeira e vou em sua procura, mas como eu esperava, não estava mais lá.

- filho da mãe.

- o que foi?

- você pegou minha lasanha.

- achado não é roubado.

- então só por isso hoje você vai pagar uma pizza pra gente. Não to afim de fazer comida hoje.

- você é abusado, hein moleque?

- meio a meio, por favor. - digo pegando uma maçã na geladeira e fechando a porta, passando por ele e deixando claro que o assunto não está aberto para discussões.

- metade quatro queijos, metade portuguesa?

- fechou!

Comentários

Há 3 comentários.

Por Elizalva.c.s em 2017-04-03 14:38:29
Muito boa sua história,e sua escrita também e ótima.😘😘😘😘
Por J.D. Ross em 2017-01-25 16:07:23
Está ótima a história, espero que continue assim! Good job.
Por Cinnadia em 2016-05-01 13:31:02
Como assim??? Kkkk Gustavo Grey!