Cap 12- Erick Grays
Parte da série Vivendo com os mortos
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*Erick
Antes...
Erick: tarde demais o doutor morreu, e a culpa foi toda de vocês, e agora que não tenho como sair daqui, vou ter muito prazer em matar todos vocês seus desgraçad...
Ele estava com o braço direito segurando a espingarda e apontando pra nós, e com o da esquerda segurava uma faca, próximo ao corpo do Peter.
Foi muito rápido, Peter ressuscitou como um dead e virando a cabeça conseguiu morder a mão esquerda do Erick...
Erick gritou bem alto quando sentiu a dor da mordida, puxou a cabeça do Peter, afastando da sua mão, e então ficou sentado sobre ele dando murros em sua cara, havia sangue para todo lado, e era difícil saber de quem, já que ambos sangravam muito, Erick na grande mordida na mão e Peter que agora ja estava quase irreconhecível depois de vários golpes, Erick parecia um animal selvagem, salivava com grande fúria estampada no rosto, não se importava com nada que não fosse esmagar a cabeça do Peter com suas próprias mãos...
Agora...
Minhas mãos ardiam como se estivessem pegando fogo, e apesar da grande mordida em minha mão, eu não sentia nada, apenas raiva daquele desgraçado, com uma mordida ele conseguiu fuder minha vida toda, graças a ele agora eu sou um homem morto.
Depois que vi que a vida tinha saído do seu corpo, fui diminuindo a força dos golpes, até que parei, minhas mãos estavam completamente vermelhas, e eu não sabia se o sangue era do Peter ou meu, olhei pro ferimento da mordida, estava bem feio, uma enorme ferida aberta, um grande pedaço de carne e pele haviam sido arrancados, pensar nisso, trouxe a dor de volta, e eu só conseguia pensar em como parar com aquela dor.
Fui até a outra sala e peguei um pano que estava jogado por lá, pressionei a ferida e isso provocou uma dor alucinante, o pior de toda a situação não era o fato da mordida em si, mas o que ela representava, a minha morte, em pouco tempo eu estaria morto, e ia me transformar num desses filhos da puta ai fora, não eu não queria aquilo, vou terminar com isso antes de me transformar, só preciso de algo pra perfurar meu cérebro.
Fui até a cozinha e peguei uma das facas pra carne, era de aço inox, forte o suficiente pra perfurar meu crânio, não sei se era imaginação minha ou não mas podia sentir o virus na mordida se espalhando pro resto do meu braço e pro resto do meu corp...espera, talvez se eu separar o braço do resto do corpo, evite a proliferação do vírus, doeria muito mas talvez haveria uma forma de evitar minha morte.
Peguei o restante do conjunto de facas e peguei uma pra serrar osso, peguei um pano de prato enrolei e amarrei no braço pra fazer pressão no sangue, peguei uma das facas e pus o cabo na boca, coloquei a faca com serra próxima ao antebraço, e então comecei a cortar, cortei uma parte e não aguentei a dor, parei e quase desmaiei, então lembrei que cada minuto perdido poderia significar minha morte, voltei a cortar, até que chegou ao osso, comecei então a cerrar, a dor aumentou umas dez vezes era insuportável, mas a adrenalina me fez continuar, em pouco tempo cerrei o osso e cortei o resto da carne, e então me desprendi do antebraço, a parte do braço com minha mão caiu no chão aos meus pés, minha vista estava turva a dor era terrível, sangrava muito.
Liguei o fogo no fogão e esperei até a boca estar completamente quente, apegei o fogo, e então de uma vez presionei o toco do braço contra a boca do fogão, aquilo fecharia o ferimento, senti meu corpo pegando fogo e tudo girava ao meu redor, desamarei o pano do braço e com ele envolvi o ferimento fazendo pressão, e então a dor de tudo aquilo me paralisou, cai no chão e tudo começou a escurecer, ao meu lado estava minha mão que foi cortada, no dedo do meio havia um anel de prata em forma de serpente, aquele anel levou meu pensamento pra outra época, no que quase parecia ser outra vida, e então tudo ficou escuro...
21 de agosto de 2003.
Após os atentados de 11 de setembro, os Estados Unidos definiram o terrorismo como o maior inimigo do país, e planejavam derrubar o governo talebã, e capturar o filho da puta do Bin Laden. George Bush criou a Lei Antiterrorismo, e investiu 370 bilhões de dólares em armas e iniciou uma campanha contra as ações militares do governo iraquiano. Em diversas ocasiões, denunciou a presença de armas de destruição em massa que poderiam colocar em risco os Estados Unidos. Após denunciar a produção dessas armas químicas e biológicas no Iraque, Bush formou uma coalizão militar contra os iraquianos. No dia 20 de março de 2003, os EUA deram início à guerra do Iraque.
Na época eu tinha 19 anos, e morava em uma pequena cidade e Iowa. Em busca de seguir a carreira militar, eu e meu irmão Edward de 21 anos, nos alistamos no exército, seríamos enviados pra lutar no Iraque.
Chegamos no Iraque dia 21 de agosto de 2003. Após alguns meses de treino fomos enviados para ações em campo. Nossa tropa era formada por 50 homens, e permaneceu sem nenhuma morte...até que no dia 18 de novembro, fomos investigar uma brigada iraniana, chegamos ao local e tudo parecia normal, não havia ninguém, até começarem os tiros, os iranianos fizeram um cerco e estavam atirando de todas as direções, em segundos cerca de 38 homens já estavam mortos, eu e meu irmão corremos e fomos em direção a algo que parecia ser um pequeno deserto, eles continuavam a atirar atrás e podíamos sentir o calor das balas que raspavam por nós. Olhei pra trás enquanto corria e só vi, meu irmão e mais 3 homens.
Vimos uma caverna e corremos até lá, entrei seguido por meu irmão, logo depois enquanto um dos outros três soldados chegava a caverna, ele pisou em uma mina terrestre, a entrada da caverna explodiu e toneladas de rochas fecharam a única entrada e saída dali... estavamos presos.
Encontramos água numa pequena fonte que havia no interior da caverna, mas não havia nada pra comer, depois de uma semana comendo o pouco de suprimentos que tínhamos, acabou toda a comida, passamos cerca de
uma semana com fome, Edward já havia desistido e já aceitava uma morte iminente, mas eu não iria morrer, Edward era um fraco e não nasceu pra esse mundo, eu nasci.
Erick: Ed!
Edward: fale.
Erick: obrigado por salvar minha vida.
Edward: como ass..
Pulei pra cima dele e comecei a sufoca-lo, ele foi pego de surpresa por isso demorou a revidar, mas ele era mais forte que eu, e acertou-me um soco na barriga, isso me desequilibrou e deu a ele a oportunidade de revidar, ele começou a dar socos em minha cara, ele tinha um enorme anel de prata em forma de serpente, e esse anel estava rasgando minha cara, tateei ao redor e encontrei uma pedra, bati com ela na cabeça dele com toda minha força, isso o fez cair pra trás... Então chequei seu pulso e confirmei que ele realmente estava morto, junto do corpo. peguei o anel em forma de serpente isso mé faria lembrar dele.
Ambos íamos morrer, eu fiz o que era preciso para sobreviver, mesmo que isso significasse matar e se me alimentar do meu. Próprio irmão.
A carne do Edward durou 5 semana. Fiquei com fome novamente e depois disso, passou-se mais 1 semana e então o exército americano apareceu e removendo as pedras conseguiram me resgatada daquela caverna.
Ao ser interrogado eu disse que o Edward morreu com a explosão da mina terrestre e que sobrevivi, e que comi insetos e pequenos lagartos que entravam na caverna...recebi despensa honrosa e voltei pra casa.
Eu sobrevivi a isso, sobreviveria a qualquer coisa...
Dias atuais...
Acordei com muita febre e dor na cabeça, parecia que ia explodir por dentro, novamente desmaiei.
Acordei depois de um dia, já estava bem melhor, o toco onde antes havia um braço me incomodava mas não dóia tanto.
Só conseguia pensar em sair dali, eu tinha algo pra fazer. Tirei o anel da mão decepada e coloquei na mão direita.
Peguei a espingarda e algumas facas e sai daquele lugar.
Eu iria encontrar aquelas crianças e mata-las uma a uma...
Continua...
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É isso gente, espero q tenham curtido, foi meio sinistro, pq era sobre o Erick(e n n vai ter capítulo do Erick tda semana) amanhã ou terça posto novamente, comentem, façam sugestões, perguntem, critiquem, elogiem... até mais :)