2.Cap 14- Lugar Seguro
Parte da série Vivendo com os mortos
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*Enzo
Antes...
Chamamos a Bianca e como ela não respondeu fomos procura-la, chegamos até o banheiro e a porta estava fechada.
Enzo: Bianca você tá bem?...Bianca? ... Bianca...?
Ana veio com uma chave reserva e abriu a porta...
A Bianca estava caida no chão do banheiro, havia um canivete sujo de sangue na sua mão direita, e no seu pulso esquerdo havia um enorme corte e o sangue que dele escorria seguia como um pequeno rio vermelho passando por entre nossos pés.
Agora...
Enzo: Bianca!!!
Corri e me abaixei junto a ela, com uma mão fechei o corte no pulso para evitar que perdesse mais sangue, e com a outra verifiquei o pulso do braço direito onde ela não tinha se cortado...
Enzo: ela...morreu.
Ana se abaixou também e fica próxima ao rosto dela.
Ana: não, não morreu, ainda respira, seu pulso está fraco mas ela ainda respira.
Enzo: precisamos tirá-la daqui.
Ana: ela perdeu muito sangue tirá-la daqui apenas vai apressar sua morte.
Enzo: ficando aqui ela vai sangrar até morrer.
Ana: tá mas pra onde vamos levá-la, pra um hospital acho meio difícil, e não acho que vamos encontrar o doutor House na outra sala.
Enzo: que horas são?
Ana: 23:15.
Enzo: temos 45 minutos pra chegar na entrada da cidade e encontrar a guarda policial.
Ana: não é tão longe daqui, mas passar por ruas e ruas cheias de gente esperando em cada esquina pra te matar é difícil, passar por ruas e ruas cheias de gente esperando em cada esquina pra te matar, desarmado e carregando uma garota ferida nos braços...é praticamente impossível.
Enzo: não podemos abandona-la.
Ana: Enzo se ela fez isso é porque queria morrer, que sentido há em tentar salva-la ao custo de nossas vidas?
Enzo: as pessoas erram, quando minha mãe morreu acha que também não pensei em tirar minha vida? Vai se quiser, mas não vou deixa-la aqui.
Ana: tudo bem...tem uma caixa de primeiros socorros na cozinha, vou buscar.
Ana voltou com a caixa e fez um curativo no pulso da Bianca, aquilo parou um pouco o sangramento, mas ainda estava com a respiração fraca e quase sem pulso.
A peguei nos braços e fomos em direção a porta.
Ana: o que vamos fazer? Deixei a capa da invisibilidade em casa, como passamos por eles sem perder uma mão ou perna?
Enzo: não sei, vamos seguir...se algo me parar você continua sozinh...
Ana: ou...podemos usar o carro da minha avó.
Enzo: é séria mais fácil.
Ana: vou buscar fica nos fundos da casa.
Enzo: cuidado.
Ela voltou com um carro clássico lembrava um velho inpala, era vermelho e tinha quatro portas.
Enzo: eu dirijo.
Ana: coloca a Bianca no banco de trás, vou com ela, tenta não virar o carro com a gente dentro.
Enzo: vou tentar.
Graças ao carro conseguimos andar pela cidade com maior rapidez e segurança, passávamos pelos deads mas as ruas pareciam estar mais limpas que as calçadas, ainda assim atropelamos uns três deles, mas em pouco tempo chegamos a entrada da cidade.
Enzo: Ana que horas são?
Ana: 23:51.
Enzo: droga não vejo ninguém!
Íamos dar a volta e ficar andando por ali pra tentar ver alguém, quando repentinamente alguém bate no vidro do carro.
- G.C.P.D. guarda policial, quem são vocês?
Meu coração disparou na hora, foi como se um enorme peso tivesse sido retirado das minhas costas, havia ali três homens com uniforme policial.
Enzo: me chamo Enzo, essa é Ana, ouvimos o anúncio de resgate no rádio, precisamos de ajuda.
- positivo, saiam do veículo, vamos levá-los para nossa estação de tratamento para sobreviventes.
Enzo: nossa amiga se feriu, precisa de um médico agora.
Ele olhou para o banco de trás do carro, depois falou:
- temos um médico.
Então virou para os outros dois policiais e disse:
- contate a enfermaria, precisamos de uma maca, avise a dra. Audrey que tem uma paciente a caminho.
Então virou-se pra mim e pra Ana e disse:
- venham, vou levá-los a estação.
A estação era um prédio grande, mais ou menos próximo a saída da cidade, entramos e havia ali um grande número de pessoas.
- Não me apresentei...sou o tenente Júlio, aqui nesse prédio temos cerca de 58 pessoas, entre civis e militares, uma enfermaria, 10 quartos, um refeitório, e algumas salas.
Ana: nossa.
Enzo: e quanto a nossa amiga?
Júlio: ela está agora na enfermaria, vou levá-los até o dormitório e assim que a doutora permitir, alguém irá buscá-los e levar até lá.
Enzo: tudo bem.
Chegamos ao dormitório e lá haviam vários colchões espalhados pelo chão.
Júlio: dormiram aqui, são 10 pessoas por dormitório por isso os colchões de vocês já estão ali, aguardem serem chamados, alguém virá buscá-lo em breve.
Ficamos no quarto por uns 50 minutos até que um dos policiais veio nos buscar e levar até a enfermaria, lá encontramos duas mulheres com jaleco branco, a Bianca estava deitada sobre uma cama recebendo transfusão de sangue, seu pulso estava enfaixado.
- Me chamo Audrey, essa é minha enfermeira Amanda.
Enzo: prazer Enzo, essa é a Ana...como está nossa amiga?
Audrey: ela tentou suicídio?
Enzo: ...sim.
Audrey: ela teve sorte, desmaiou antes de conseguir cortar o pulso direito, mas perdeu muito sangue, estamos fazendo uma transfusão mas...
Amanda: doutora a pressão caiu, estamos perdendo a paciente...
A doutora correu até a Bianca...
Audrey: Amanda 5 miligramas de adrenalina liquida.
Amanda: sim senhora.
Ela entregou uma seringa a doutora, que injetou a adrenalina direto na veia da Bianca, após alguns segundos..
Amanda: conseguimos, ela está ficando instável.
Audrey: ótimo...garotos preciso que saiam, sua amiga vai ficar bem, mas precisa descansar.
Enzo: entendo doutora...não sei como te agradecer.
Audrey: só fiz o meu trabalho.
Saímos de lá em direção ao dormitório, podíamos finalmente dormir um pouco...finalmente estava tudo dando certo...
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*Erick
Tá tudo dando errado.
Eu estava agora caminhando ao lado de uma estrada, meu braço ainda doía, é realmente muito difícil matar um dead com um braço só, principalmente estando exausto como tó agora, faziam horas que eu andava por ai sem nem mesmo saber pra aonde estava indo, pretendia já ter saído da cidade com a ajuda do doutorzinho, mas graças àquelas porras de crianças agora tudo estava perdido, mas eu ia dar o troco... E agora lá estava eu tão focado em dezenas de pensamentos de formas diferentes de matar aqueles idiotas fazendoos sofrer dez vezes mais do que sofri, que nem percebi o carro se aproximando até que parou ao meu lado na estrada, o vidro abaixou e um cara falou:
- Olá senhor, somos da G.C.P.D. guarda policial da cidade, o que faz andando sozinho por aqui? Tem licença pra essa arma? E o que aconteceu com seu braço?
Erick: o mesmo que vocês, tentando sobreviver a essa merda toda, fui soldado na guerra do Iraque tenho licença pra armas, quanto ao braço...acidente de carro quando tudo isso começou.
Falei isso já me preparando para usar a espingarda, mata-los e roubar o carro, quando ele disse:
- estamos resgatando civis para podermos sair da cidade, há um abrigo á alguns quilômetros daqui, tem comida, água, roupas e um lugar pra dormir, se desejar pode vir conosco.
Acho que as crianças podem esperar um pouquinho, sorri pra ele e respondi:
Erick: mas é claro...
Continua...
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E esse foi o capítulo de hj, espero q tenham gostado e talvez tenha capítulo novo amanhã(tó meio doente, então já q tenho q ficar deitado posso escrever né kkk) comentem preciso saber a opinião de vocês pra com isso fazer a história. Bjoos e até mais :)