Não tenha medo

Parte da série Não tenha medo

Pessoal, quero saber a opinião de vocês sobre está historia, sou estudante de cinema e penso em transforma-la em um curta metragem, aceito criticas para evoluir a história.Comentem o que acham dela. Obrigado

18 Anos da minha vida eu vivera na cidade de Ribeirão Preto no interior de São Paulo, cidade grande mas muito gostosa de se viver. Sou um garoto de classe média mas muito humilde, sou loiro, 1,75m, 70kg e um corpo malhado, sempre namorei garotas e nunca apresentei comportamento gay, até que, as coisas começaram a mudar quando eu encontrei um garoto na rua, este garoto mudou o rumo da minha vida.

NÃO TENHA MEDO

Completei dezoito anos a pouco mais de um mês, pretendo tirar carta de motorista mas, enquanto não possuo o dinheiro eu retorno do trabalho pra casa de ônibus. Desci como de costume no ponto mais próximo de minha casa, nas esquina da escola Alfredo Goes, de lá até minha casa eu ando exatos cinco quarteirões e meio, seis minutos a pé. Caminhando tranquilamente na rotina de todos os dias eu me deparo com um empecilho que prolongara minha chegada até minha casa. Um garoto estava encolhido encostado na parede de uma loja chorando, ao me aproximar pude notar que o pobre garoto estava machucado e com vários cortes em seu rosto, nada muito grave:

- Garoto você está bem? Com seus olhos encharcados de lagrimas o garoto apanha sua bolsa e retira um lápis e caderno, ele começa a escrever e em seguida me entrega o caderno, nele a seguinte mensagem estava escrita:

EU ME CHAMO NICOLAS, MAIS CONHECIDO COMO NICK, EU SOU MUDO

-Nick, me conta o que aconteceu para eu saber se posso ajudá-lo em alguma coisa. Ele novamente apanhou se caderno e começou a escrever:

EU SOU DIFERENTE E ALGUMAS PESSOAS SE RECUSAM A ACEITAR MINHA DIFERENÇA.

APANHEI DE ALGUNS GAROTOS A POUCOS MINUTOS, NÃO AGUENTO MAIS.

- Não fica assim, existem pessoas que acreditam que os diferentes são uma ameaça para o seu viver, eles nunca vão ser ninguém na vida, no futuro você vai ser o chefe deles, vai humilhar todos. Bola pra frente.

Ofereci minha mão para levanta-lo:

- Vamos lá, levante-se que você vai até a minha casa para eu lhe ajudar com esses ferimentos.

Ele de bom grado levantou-se, aqueles olhos avermelhados e cheio de lagrimas me deixaram pra baixo mas confiante de que deveria dar todo o apoio ao pobre garoto.

-Fica parado.

Peguei em seu rosto, macio e sedoso e retirei as lagrimas que caiam de seus olhos, ele sorriu e começou a se acalmar.

Ao caminhar pela rua Nick retira de seu bolso um Smartphone, olhei atentamente o que ele iria fazer, ao terminar de mexer no celular ele me entrega, a seguinte mensagem estava escrita na tela:

OBRIGADO POR ME AJUDAR, VOU FAZER UM PEDIDO DESESPERADO, ESPERO QUE NÃO FIQUE BRAVO COMIGO

EU TENHO MEDO DE VOLTAR SOZINHO PRA CASA, VOCÊ SE IMPORTARIA DE VOLTAR COMIGO APÓS AS AULAS?

Naquele momento meu coração apertou, comecei a me preocupar com ele, se importar com aquele garoto. Dei um sorriso e disse um belo sim. Nick me abraça com muita força, comecei a sentir algo estranho, não sabia exatamente o que era mas era algo bom.

Acompanhei Nick até a minha casa, pelo caminho Nick começa a chorar novamente, ele olhava fixo para alguns garotos que caminhavam a nossa frente:

- Por que chora Nick?

Nick começa a digitar em seu celular:

SÃO ESSES TRÊS GAROTOS QUE ESTÃO NA NOSSA FRENTE QUE ME ATORMENTA TODOS OS DIAS.

Eu me revoltei e tomei atitude pelo Nick, segui até os garotos e comecei a interroga-los, fazendo muitas perguntas, a resposta como já era de se esperar foram das mais preconceituosas:

-Este anormal não merece viver entre nós, ele é patético, desprezível.

-O que ele fez pra incomodar tanto vocês?

-Nerd e mudo, tem como ser mais perdedor do que isso? Bichinha, merece apanhar mesmo por ser esquisito.

Eu me revoltei, me aproximei do líder deles que já se prepara para me dar um soco, com agressividade nas minhas palavras eu chamei eles de desprezíveis, o líder logo parte pra cima com um soco. Coitado dele, ele não me conhece, faço academia, treino Kung-Fu, faço natação entre outras coisas, sou muito ágil. Segurei seu punho com tanta facilidade, com a outra mão de punho cerrado eu redirecionei até o estomago do garoto que logo perdeu todo o ar, seguido de um chute para que ele caia no chão. Os amigos dele assustados recuam.

- Vamos Nick, deixe esses idiotas pra lá.

Finalmente chegamos em minha casa, ao entrar cumprimento minha mãe que logo percebe a presença da nobre visita de Nick.

-Oi, qual o seu nome e o que houve com o seu rosto.

-Mãe, ele se chama Nick e é mudo.

-Me desculpa a indelicadeza.

-Ele apanhou de alguns garotos preconceituosos na rua, a senhora poderia buscar algumas coisas para os ferimentos dele?

Minha mãe é um doce de pessoa, muito compreensiva e acolhedora, enquanto ela buscava os remédios eu guiei Nick até meu quarto.

-Não se acanhe, pode sentar na cama, fique à vontade.

Nick com muita vergonha senta em minha cama, logo em seguida minha mãe aparece na porta com os remédios.

-Obrigado mãe.

-O que precisar você... desculpa é falta de costume, você se comunica com o Adam como você costumar fazer.

-Não liga para minha mãe, ela é bobinha.

Ele sorriu e eu me senti maravilhado com aquele sorriso, era tão puro. Enquanto eu limpava o rosto de Nick, fiquei observando aquele rostinho liso, macio e em um ato involuntário eu olhei em seus olhos, eu sorri e não pude me conter, Fui me aproximando de vagar, já não era mais eu que estava ali, encontrei meus lábios com os dele e em um simples beijo me senti apaixonado, terminando o beijo ele olhou bem fundo nos meus olhos, pegou minha Mao e juntou com a dele, parados ali um olhando para os olhos do outro, ele retribui o beijo meio tímido. Nick é um garoto muito frágil, logo começou a chorar, desta vez o choro era de felicidade.