SEGUNDA TEMPORADA- Chapter 1 Esbarrões, novamente

Conto de Josha como (Seguir)

Parte da série Morte, novamente

TOMAS:

Porque a vida tem de ser complicada? Porque ela não podia ser mais fácil? Nem mesmo que fosse só um pouquinho?

Quando saí atrás de Mateus, vejo que Jônatas estava conversando com William. Sim, com William. Até aí, tudo bem; o problema: Jônatas e Mari vêm andando até mim, e eles trazem com eles o William!

-Tomas, vem cá! Ó, esse é o William, ele é novo na escola. William, esse é o Tomas, o amigo de quem havia falado....-Jônatas diz. A visão de William sorrindo para mim se choca com a lembrança de William rindo da minha dor, e baixando um martelo para me matar. Eu quase caio no chão devido a minha própria cabeça, porque uma parte me diz para o beijar, e a outra me manda sair correndo porque ele é perigoso. Porém no final eu somente aperto a mão dele, e ele retribui. Porém não deixo de notar que ele faz uma expressão estranha quando nossas mãos se tocam, como se ele se lembrasse de alguma coisa.

-Prazer, agora, Jô, Mari, vamos, temos que ir pra aula, e...William, a diretoria fica na terceira porta á esquerda... Vamos gente!-E eu termino puxando Jô e Mari para o corredor seguinte.

Eles me olham estranhamente:

-Como você sabia que ele queria ir para a diretoria?-Mari me pergunta surpresa.

-Intuição- digo enquanto nos dirigimos a nossa aula. Mari estranha, mas continua. Jô nem presta atenção:

-Tomas, você viu que cara Lindo? Dava para ver os músculos dele quase saltando pela camisa, e aquela voz....MEU DEUS!- Ele diz, fazendo Mari rir, embora eu não. Antes que ele possa continuar, digo:

-Espere até ver os olhos dele-Digo sombriamente “Quero ver se você vai gostar!” Acrescento em pensamento. Era isso mesmo? Eu estava com ciúmes?

Jônatas me olha de modo estranho:

-O que tem os olhos dele? E como é que você sabe disso?

-Bom você vai ver do que eu estou falando depois.... E eu já conhecia o William, á muito tempo.

-Mas... -Jô começa

-Sem mas, a aula vai começar e nós não queremos nos atrasar.-Digo puxando os dois novamente.-

Ao entrarmos na sala, eu me sentei rapidamente sobre minha carteira, e já abri meu livro na página que eu sabia que a professora ia pedir. Em alguns minutos, a professora entra, e exatos dois minutos depois William entra também. Todos ofegam quando ele tira os óculos, menos eu. Porque? Porque aqueles olhos eram lindos demais. E eu ainda amava aquele besta. Porque que ele tinha que ser orgulhoso? Porque?

-A, bom dia William; por favor, sente-se com Tomas, já que vc ainda não tem os livros. –A professora diz, me acordando para a realidade. William senta-se rapidamente ao meu lado, e o cheiro de seu perfume chega ao meu nariz, me deixando um pouco tonto. Eu era realmente muito previsível.

-Você parece, um pouco....distraído.-Ele me diz, em voz baixa.

-HÃÃ? Eu, há, bom, é verdade, estou distraído mesmo.

-Não gosta de química?

-Não, eu adoro. Porém eu já estudei isso antes, e estou com muitos problemas na cabeça...

-Que problemas?-Ele diz, parecendo um pouco preocupado. Será que ele tinha alguma memória do ocorrido anteriormente?

-Bom, digamos que eu tenho um amigo-Minha voz estremece na última palavra- Que fez algumas coisas erradas sabe?

-O que o seu NAMORADO fez?-Ele diz sorrindo

-Quem disse que era namorado?-Eu digo um pouco assustado. Será que ele lembra?

-Seu jeito de dizer “amigo”; O estremecimento da palavra. Foi um pouco óbvio na verdade. - Ele sorri novamente.

-Você é bom de ler o que as pessoas pensam-Digo

-Sim, embora no seu caso não seja tão fácil.-Ele diz, com um pouco de dúvida na voz.

-Por quê?-Digo um pouco feliz. Então ele não estava conseguindo ler meus pensamentos. Ufa.

-Para a maioria das pessoas, eu consigo ver o que elas estão pensando quase como se lesse suas mentes, porém você parece um livro fechado.

-Interessante... -digo pensativo

-E então, qual é o problema com seu namorado?

-Bom, nós terminamos; ou melhor, eu terminei.

-Por quê?

-É que ele estava fazendo coisas erradas... -jogo um verde; talvez, se eu contasse para ele sobre o ocorrido, fingindo que era outra pessoa, ele se tocasse e aprendesse...

-Como?-Ele pergunta todo focado em minha história.

-Ele, bom, como eu explico isso... Ele tem, bom, uma grande influencia sobre as outras pessoas, sabe? Ele consegue fazer com que as pessoas o obedeçam.

-Ele é um bom influenciador, como um político?

-É de certa forma.

-Entendo... -Ele sorri concordando, é claro, ele é assim.

-Porém ele usa isso para se aproveitar dos outros.

-Nossa.

-É, e eu concordo com o Homem-Aranha, sabe? “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”, algo do gênero, se você me entende.

William simplesmente assente, embora ele aparente estar pensando. A aula continua, e depois as outras aulas. William me acompanha em todas, e continua me acompanhando enquanto eu vou para o ponto de ônibus.

-Onde você mora?- Ele me pergunta.

-Á algumas quadras daqui, não é muito longe, porém minha mãe não gosta que eu ande sozinho na rua, então eu vou sempre de ônibus..

Sou interrompido por Jô e Mari, que chegam confirmando que íamos fazer o trabalho depois de amanhã. Jô olha para William fixamente, aguarda um pouco, e diz:

-Bom, eu queria saber...sabe, se você...

-Não-William diz um pouco grosseiramente antes que Jônatas termine. Ele parece ficar com a consciência levemente pesada por uns segundos, e diz -Sinto muito, mas eu tenho um compromisso amanhã a noite, que tal se fosse outro dia?

Jônatas fica um pouco chocado, mas se recupera e pergunta se ele tem algum compromisso na sexta à noite. William diz que agora tem, e Jônatas, após uma pequena sessão de risinhos, passa o telefone dele para William.

Raiva, ódio, angústia, perda. Tais sentimentos me consomem, me tentando a parar o tempo e mandar Jônatas pro meio do estado Islâmico, porém eu não faço nada. Vejo William pegar o bilhete, e depois vejo Jônatas ir embora com a Mari aos pulinhos, como se estivesse indo comer uma taça de 5 litros de sorvete de creme (o favorito dele).

William olha para mim, o que me faz ter raiva e amor ao mesmo tempo. “Você interferiu, Tomas. Agora vai ter que aguentar as consequências” Digo para mim mesmo, e começo a entender realmente porque o outro Tomas nunca tinha tentado fazer William se esquecer de mim.

-Bom, posso ir com você?-William me diz. Isso foi diferente. Na outra vez, eu é que tinha perguntado. E eu acho que William não teria aceitado o convite do Jônatas na outra vez, porém ele está um pouco diferente. Acho que o tempo sempre deixa marcas.

-Claro, sem problemas. –Digo, e tropeço na escada do ônibus. Não tenho certeza se fiz isso propositalmente ou não, mas de qualquer jeito, William me segura. Tenho que ter muita força de vontade para não virar e começar a beijá-lo ali mesmo.

-Perdão- digo um pouco vermelho, embora não seja por causa da vergonha. William sorri e diz que não tem problema, e eu passo meu cartão, liberando minha passagem. Ele se senta ao meu lado, e nós ficamos sem conversar por algum tempo, até que William vira para mim, e pergunta:

-Sei que isso pode parecer estranho, mas... Nós já nos conhecemos antes? Digo, antes de hoje; eu tenho uma vaga lembrança de já ter falado com você antes.

-Bom-peso as palavras com cuidado- Eu também tenho uma vaga lembrança de você.

William sorri:

-Ufa, que bom, achei que estava ficando louco...

-Não se preocupe, a não ser que nós dois sejamos loucos... -E nós rimos. O riso sai fácil, e me encanta, porque me lembra do pequeno e curto tempo em que eu e William fomos felizes. Uma lágrima desce por meu rosto, lentamente, sozinha, até que várias outras se juntam a ela, e eu começo a chorar como uma criança.

-O que foi?-William diz, e, maravilha das maravilhas, limpa uma lágrima minha que havia ficado presa sob meus olhos.

-Não é nada, é que eu me lembrei de coisas passadas... Deixa isso pra lá.

William me olha estranhamente, a mesma expressão que mostra que ele está se lembrando de algo importante, algo que eu roubei.

O ônibus para perto de minha casa, e eu desço, e William me segue.

-Bom, até amanhã. - Ele me diz, e aperta minha mão.

-Até amanhã, William. -Eu suspiro, e ele vai embora assobiando, sem dizer que vai andar uns 5 km por minha causa.

Estou para entrar em minha casa, porque William já virou a esquina, quando ouço:

-Com licença, Sr. Cid!

Eu olho para trás e vejo o delegado Jefferson vir até mim.

-Sim?

-Lembra-se do que te contei hoje de manhã?

-Lembro.

-Você não contou para ninguém, certo?

-Para ninguém em absoluto, Senhor.

-Que bom, não seria bom se isso vazasse, você realmente é confiável como seu pai...Bom, já vou indo, obrigado, até a próxima...-Ele diz, e sai resmungando ´´porque eu vim falar com ele? Ele não gosta de mim, ele não lembra de mim”...Se como eu não tivesse ouvindo.

Não sei porque, nem como tive coragem de fazer isso; mas digo:

-Mateus, espera.

O delegado me olha com assombro, como se estivesse em dúvida se me bateria com as mãos ou com os pés.

-Do que você me chamou?

-De Mateus. Eu sei bem quem você é, não tente fingir.

O delegado coloca o pé direito para trás, como se preparasse para pular no meu pescoço. E, é claro, que ele faz isso. Vejo alguma coisa que está rosnando pular em cima de mim, algo grande, cinzento, peludo e com garras enormes, indo em direção ao meu pescoço.

Comentários

Há 2 comentários.

Por em 2016-05-31 14:36:23
Nossa essa série é simplesmente d+,estou apaixonado e louco pra saber o final, por favor poste logo😻😻😻😻😻
Por Hartz em 2016-05-31 07:46:54
Necessito de mais, por favor posta longooooooooooo <3