Primeiros sentimentos

Conto de Josha como (Seguir)

Parte da série Morte, novamente

Bom dia, flor do dia!

Para todos os que leram (ou não, é claro,kkk) a minha série, atualmente estou tendo uns dias de ´´férias``, pode-se dizer; por isso, estou publicando os capítulos todos os dias, sem me ater a parâmetros ou tabelas; vou fazer isso enquanto puder, kkkk.

-Fla Morenna: Obrigado por comentar! Acredito que os leitores são o objetivo final do escritor, por isso agradeço por estar gostando! É realmente MUITO legal! No capítulo de ontem você perguntou se ele tinha o olho tatuado; minha resposta é...... NÃO! Surpreendentemente, os olhos dele são assim, desde que ele se lembra (isso é muito importante na história, guarde minhas palavras!). Em relação ao Tomas, no seu comentário de hoje você perguntou se William realmente gostou dele, certo? Então, creio que nem William entenda isso direito, mas adianto que é um pouco de cada, você terá um esclarecimento completo logo logo... De novo agradeço por comentar, BEIJÃO!

Agora, vamos à história:

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WILLIAM:

Confuso.

Essa é a definição de meu ser inteiro neste momento. Há anos treino para que eu seja absoluto no que faço, para que nada me distraia. Porém, neste dia, algo mudou. Algo naquele garoto me fez mudar; no garoto que tropeçou em mim duas vezes, e me fez rir; ele me fez sorrir de um modo que eu nunca havia feito antes. E o pior de tudo; eu gostei disso; de sorrir; de rir de algo banal; de me deixar levar pela emoção do momento. E eu não deveria ter deixado isso acontecer. Principalmente com o garoto que estuda na escola onde eu devo procurar meu alvo. E meu alvo de graduação.

Enquanto ando pelas ruas, lembro-me do dia em que meu instrutor, Johansson, me ensinou os graus de graduação da liga; eu tinha acabado de fazer 12 anos; estava brincando com as adagas que eu tinha ganhado de meu ‘pai´ adotivo, quando Johansson veio até mim:

``Hoje, que você fez doze anos, e já sabe como matar alguém melhor que um general do exercito americano, você ira aprender um pouco mais sobre os graus de nossa gangue. Existem 15 graus; desde que você entrou na liga, por ser um dos´ ´aceitos`` (alguém que é achado em condições especiais, mas que mostra seu valor), você esta no grau 5; a maioria dos frequentadores da liga só chega ao grau 12; alguns chegam ao treze, menos ainda ao catorze, e apenas 3 a cada 350 anos chegam ao 15. O grupo 13 é o grupo dos anciões, dos lideres; o catorze é o grupo dos manipuladores, dos descobridores de informações; o quinze, é o grupo dos secretos; quem entra nele é considerado um dos 3 melhores assassinos do século; poucos sabem o que eles fazem, e poucos sabem qual a sua influencia; só se sabe que eles são poderosos e influentes.´´

Atualmente, eu faço parte do grau 12; minha graduação para o catorze(não quero ser líder) será realizada quando eu completar a minha missão atual, sobre a qual eu não sei ainda o final; sei que devo me aproximar e entrar na escola. Sei que tenho que conseguir aliados; porém nunca, NUNCA, me relacionar com alguém de verdade; não sei quem será meu próximo alvo; pode ser alguém que eu fiquei próximo.

Por isso estou confuso; conheci Tomas hoje, somente hoje, e eu já não quero ficar longe dele; ele sorri; ele me faz sorrir; faz-me fazer algo que eu não deveria fazer , algo que eu deveria evitar. Mas era difícil. Muito difícil. É difícil evitar alguém que você quer perto.

´´Pare de pensar nisso, William. Você só pode se aproximar dele para sua missão; Você só se aproximou por causa disso, aliás.`` Eu tento enganar a mim mesmo. Não sei se dá muito certo. Como alguém que você conhece em um único dia pode te afetar tanto?

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TOMAS

Eu ainda estava na calçada, olhando a rua por onde William foi embora, quando meu alarme toca; eram 15h30min da tarde. Eu tinha ficado uma hora praticamente pensando em William, na frente de minha casa, como um idiota.

Graças aos céus, não havia ninguém em casa. Se meus pais tivessem me visto esperar na calçada por quase uma hora graças a um garoto, eu provavelmente estaria agora em algum centro psiquiátrico em São Paulo, por que meus pais não conseguiriam aceitar que eu fosse gay; que eu tivesse gostado de um garoto que conheci no mesmo dia, e que talvez, bem talvez, o tal garoto gostasse de mim.

Óbvio que eu tentei não me dar esperanças. Parecia bom de mais que eu conhecesse um cara no mesmo dia de meu aniversário, e o garoto ainda gostasse de mim. Seria perfeito de mais, maravilhoso de mais. Tão perfeito...

´´Pare`` eu me repreendo `` Você não pode afirmar se ele realmente goste de você como você quer, talvez ele goste como amigo´´ Isso. Amigo. Seria mais fácil; eu não teria de contar aos meus pais que eu tinha um namorado, não haveria guerra na minha casa, eu não teria que fugir para a casa de algum parente que me aceitasse. Seria tudo mais fácil.

Porem, enquanto eu fui fazer minha tarefa de matemática, eu percebi que eu gostaria que eu pudesse escolher pelo modo mais difícil. Eu ainda não tinha certeza se o amava; eu acreditava em amor a primeira vista, mas queria ter certeza; porém pelos meus próprios suspiros eu me confirmei. Eu gostava do sorriso irônico e misterioso de William; Eu gostei do jeito que ele riu comigo, e não de mim quando eu cai; e, é claro, que ele não era feio; ele tinha um corpo musculoso, definido; era possível ver pelas marcas de suas roupas, que, alias, combinavam perfeitamente com ele; ele ficava muito bem de preto. E o ponto principal; seus olhos, pretos e vermelhos. Mesmo sendo totalmente diferentes do normal, eles eram bonitos; um pouco orgulhosos, mas bonitos.

A quem eu queria enganar; eu estava ´´caidinho´´ por aquele garoto. Mesmo que ele tenha sido meio grosso às vezes. Não sei se era só algo passageiro, mas era especial. Talvez por ser a primeira pessoa que eu realmente tivesse me atraído.

Vendo que eu não ia conseguir prestar atenção a tarefa mesmo, me dei uma folga e fui comer alguma coisa; ainda tinha algumas panquecas do café, então eu as comi, com muita geleia, e fui assistir um filme. O tal filme, que eu geralmente achava um romancezinho um pouco entediante , até que foi legal, devido, acredito, as atuais circunstancias. Eu estava mesmo virando um romântico incorrigível.

Meus pais chegaram trazendo meus irmãos no final dos créditos. Minha irmã veio correndo e me abraçou, gritando ´´feliz aniversário de novo´´ umas 3 vezes:

-Tomas! Você não vai acreditar!- Ela disse, toda empolgada- Eu contei pra minha professora sobre seu aniversário e ela também disse feliz aniversário para você!

-Que bom!- respondi, sorrindo- diga a ela amanha que eu agradeço muito!

- Aham!

-Eai, filhão, como foi a escola hoje?- meu pai disse, me abraçando.

- Foi ótimo; o professor de história passou um trabalho em grupo, então eu chamei uns amigos para virem aqui amanhã.

-Tudo bem! Só não se esqueça de sua aula de flauta.

- Pior que eu esqueci mesmo! Tudo bem, eu falo para eles virem depois. - eu respondo. Se tem uma coisa que eu não podia faltar era minha aula de flauta; eu simplesmente amo tocar, e pretendo fazer parte de alguma grande orquestra um dia.

Abraço minha mãe, que sorri para mim, e vou ao meu quarto; levo meu irmão junto (aliás, ele me segue). O motivo? Todo dia depois que meus irmãos chegam da escola eu brinco de alguma coisa com ele. Hoje vai ser no Xbox. Lutamos boxe, jogamos vôlei, atiramos dardos, flechas; ele ganhou de mim na maioria, então ficou com a medalha de ouro final, o maior medalhista das olimpíadas.

A seguir, brinquei com a minha irmã menor de pega-pega; no nosso jeito de brincar é um pouco diferente; eu sempre sou o pegador, e ela sempre foge, e se esconde de mim; caso eu a ache, eu faço tantas cócegas nela que eu começo a rir junto, por que sua risada é muito contagiante, então a deixo ir, e processo se reinicia.

Ajudo meu pai enquanto ele arruma um ventilador de teto, e nesse meio tempo vejo que ele esta meio tenso.

- Pai, esta tudo bem?

- Sim filho, por que não estaria?

- É que você esta tenso.

-Bom, é que estamos com dificuldades no trabalho, alguns reatores não estão funcionando bem.

Eu o entendo por estar tenso, mas é claro que digo que não se preocupe com isso agora. Meu pai é cientista nuclear; ele trabalha numa usina de energia, como técnico e observador de algumas experiências.

Quando acabo com meu pai, ajudo minha mãe a limpar a casa, e ela sorri para mim, me agradecendo pelo esforço. Estamos descansando na cozinha quando ela se levanta de repente e me diz para ir se trocar, por que já são 08:25, e temos um compromisso muito importante. É claro que obedeço; eu havia momentaneamente me esquecido de meu aniversário, mas agora a lembrança voltou com toda força.

Após todos se arrumarem, vamos ao restaurante prometido anteriormente; comemos tranquilamente, até que a luz se apaga e todo mundo fica quieto; vou perguntar ao meu pai o que está acontecendo quando as luzes se acendem novamente e todos estão me rodeando, cantando parabéns; um dos garçons trás um grande bolo de cereja, meu favorito, e eu apago as 16 velas do bolo; minha mãe então me entrega meu presente; um canivete suíço zerado; eu sempre quis um daqueles, mas era muito pequeno; agora eu tinha. Todos estavam felizes, era um momento perfeito. Comemos o bolo, nos despedimos do dono do restaurante que era amigo da família, e entramos no carro para ir para casa. No caminho, eu me lembrei vivamente de William. Se ele realmente gostasse de mim, como eu abandonaria uma família que amava daquele jeito? Era complicado, muito. Porém, por alguns instantes, tirei aquele pensamento de minha cabeça e me concentrei em cortar um fiapo que estava solto na minha calça, usando meu novo canivete, é claro.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Fla Morenna em 2016-04-20 19:53:36
kkk...Acho q o Thomas tem que ir de vagar...kkk Aguardando o próximo capitulo