Poder

Conto de Josha como (Seguir)

Parte da série Morte, novamente

Olá a todos, que comentam ou não!

Eu queria pedir desculpas por não postar antes; não sei se alguém ainda lê, mas se você que esta lendo curte a minha história, eu peço perdão por ficar uma semana sem postar; eu estava com vários problemas em casa e no trabalho, e tinha muita coisa pra fazer relacionado a escola, por isso, sorry to everyone kkkk.

Provavelmente vou postar outro capítulo amanhã, por isso fiquem ligados!

Comentem, please!

Agora vamos ao que mais interessa:

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TOMAS:

Pelo olhar de William, pude ver que ele entendeu sobre o fato de eu ser gay, e entendeu que meus pais não sabiam sobre mim, por que se não eu provavelmente seria expulso de casa. Isso me confortou após ver que eu tinha contado para outra pessoa sobre minha sexualidade. E eu pude ver o quanto isso me torturava; me torturava mentir para quase todos sobre quem eu era de verdade; me torturava viver mentindo. E agora eu contara a verdade a alguém que eu nem conhecia direito.

- Quem não entregou a tarefa ontem, favor coloca-la na minha mesa. Quem já me entregou ontem, ganhou cinco pontos na média final. Quem não me entregou ontem e nem hoje, perdeu cinco pontos. – o professor Carlos diz.

Exclamações de felicidade de alguns, suspiros de outros. Após esse padrão que ocorria em basicamente toda aula, o professor veio até William.

-Vejo que já se sentou com Tomas, que bom; você irá acompanha-lo até comprar seus livros, o que espero que faça logo... Há quase me esqueci, os alunos tem que entregar um trabalho sobre algum evento importante sobre Roma quarta que vem; era para ser um trabalho em trios, porém como você chegou depois, vou abrir uma exceção; junte-se ao grupo de Tomas, Mariana e Jonatas; talvez assim o grupo tenha um pouco mais de seriedade em suas apresentações... - ele disse rindo. Eu ri um pouco também; sempre que fazia grupo com Jonatas e Mari, éramos o grupo palhaço nas apresentações; não porque fossemos desleixados, mas porque simplesmente fazíamos uma apresentação divertida.

William apenas sorriu seu sorriso enigmático padrão, e o professor voltou a falar com a turma, dizendo que hoje ele queria que abríssemos nosso livro na pagina 14, íamos dar uma pequena revisada no que tínhamos visto anteriormente...

O professor foi interrompido por uma explosão; a porta da sala foi arrancada das dobradiças, voou pelo ar e derrubou Carlos no chão. Todos caíram das carteiras, devido à força que veio do corredor. Sentindo-me zonzo, olhei em volta; tudo estava meio borrado, como quando eu pus os óculos de miopia de minha vó. Não conseguia escutar nada direito; algumas pessoas tentavam se levantar; o borrão que parecia ser o professor estava imóvel no chão. Temi pelo pior. Ia me levantar novamente, quando William me empurra para baixo, e gritar para que todos se abaixem. Algumas pessoas estão indo em direção ao chão quando ouço outro som ensurdecedor; outra explosão. Com William por sobre mim, nada me atinge. Novamente outra explosão. Vejo que algo grande e preto está indo em direção a minha cabeça; William grita algo que não entendo; acho que a coisa me acerta, embora não tenha muita certeza; a escuridão toma meus olhos e o silencio toma meus ouvidos, enquanto vejo um brilho vermelho percorrer toda a sala.

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WILLIAM:

Por que hoje?

Por que aquele idiota filho da puta tinha que atacar hoje? Não podia ter sido ontem, quando eu não conhecia ninguém, quando eu não tinha acidentalmente criado os temíveis laços que eu odeio criar, porque me machucam?

Estava tudo indo bem. Eu tinha tido uma boa conversa com Tomas, uma conversa que eu não tinha com ninguém. Até que aquele idiotinha de merda resolveu aparecer. Besta.

Eu não tive escolha. Quando vi Tomas indo ao chão, eu não sei o que deu em mim. Eu o segurei, eu o protegi. Eu mandei que todas as cabeças-ocas daquela sala se deitassem no chão, por que Ivan nunca se contentava com uma única explosão. Ele sempre tinha que fazer de novo. Como esperado, houve outra explosão, e depois mais uma. Eu fiquei por cima de Tomas para que nada o atingisse, e, é claro, nada o atingiu. Eu não entendia por que Ivan não enxergava que ele não era páreo para mim. Ele já tinha tido tantas oportunidades... Idiota. Estava prestes a sair de cima de Tomas e ir pegar o idiota, quando vi o facão indo em direção a Tomas. Aquilo me enlouquece de um modo tão grande que outra explosão ocorre. Dessa vez, ela vem de mim. Libero o poder que sempre deixo retraído no âmago de meu ser, o poder que poucos na liga sabem que eu tenho, o poder que é a causa de meus olhos serem do jeito que são. Minha explosão é devastadora. O campus inteiro é devastado, porém providencio, em meio a minha raiva, para que ninguém morra, ou se machuque. Com a exceção de Ivan, é claro; não o mato, porém deixo-o bem machucado. Os únicos que morrem são os capangas daquele merda idiota. Observo Tomas aos meus pés, desmaiado. Ele parece dormir. Sei que não está morto, eu não permitiria que isso acontecesse. Enquanto todos estão desmaiados, vou até Ivan, do lado de fora da sala, onde eu já sabia que ele estaria. Ele sorri para mim, um sorriso de desdém.

- E ai, Sp, como vai?- ele me pergunta. Dou um soco nele antes de responder. Ele estava ajoelhado, e cai no chão.

-Seu filho da puta desgraçado! Você não podia ter feito isso, seu merda.

Ele olha para mim com falso arrependimento espantado nos olhos.

- Ó, sinto muito, meu amor, porém, que eu saiba, era para nós destruirmos o idiota que está nessa escola, o idiota que pode virar um de nós!

- Eu não sou mais seu amor, seu besta! Eu terminei com voce! Faz três anos!

Ele me olha sarcasticamente:

-Porém tu ainda me ama, né, Spezão?

-Não idiota, e para de me chamar assim, ou vou fazer com você o que fiz com aquele pobre coitado antes de ontem!

- Há, vai me matar, é, baby? –

-Não, idiota, vou transforma-lo numa sombra, num ser de puro lamento, vou deixa-lo louco, sem sentimentos, sem certezas, sem vida!

Ele me olha com um pouco de receio, mas ainda diz:

-Há então você acha que pode fazer isso comigo?

- Você sabe que posso. Sabe que posso transformar sua mente num inferno particular. Sabe que posso fazer isso. - Digo com a voz fria - E você também sabe que posso tirar seus poderes.

Com isso, ele fica mudo, e entendo que o toquei num ponto sensível. Ele sempre fora assim. Sempre quis o poder acima de tudo. Não só o seu poder de raios explosivos; ele sempre quis poder sobre os outros, poder mexer com a mente e o corpo das pessoas, fazer como eu. Por isso ele quis ser meu namorado. Ele queria usar meus poderes, e o fez; com lisonjas, com pedidos e súplicas. Até que eu percebi. Até que eu olhei dentro de sua mente e vi quem ele era de verdade. E eu terminei. Era bom fode-lo toda noite, e eu realmente o amava. Porém eu não conseguiria viver em uma relação assim, falsa. Por isso eu o deixei. E por isso eu tinha tanto medo de ter alguma amizade, ou algo a mais. Eu tinha medo que as pessoas fossem como Ivan. E também tinha medo de virar ele, de me aproveitar dos outros.

Levantei o idiota (sem tocar nele, é claro) e passei a andar pelo corredor. Comecei a rearranjar algumas coisas, fazendo parecer que fora um ataque terrorista; arrumei as bombas dos capangas de Ivan (eles não eram como nós) de modo que eles tivessem se explodido, alterei os vídeos das câmeras, escrevi ``Por Alá´´ em árabe na parede, e fui embora, com Ivan atrás de mim. Passando na frente do resto da porta da minha sala, vi Tomas dormindo. Aquela visão, por algum motivo, me aclamou. Eu realmente tinha que tomar cuidado com meus sentimentos. Não queria outro Ivan. Pensei muito nisso no caminho até a base dos assassinos, que foi uma viagem bem mais rápida do que o normal, por que dessa vez, eu fui voando.

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