Lembranças....

Parte da série Morte, novamente

Olá a todos!

Nando Martinez: Bom, por mais incrível que pareça, eu tenho menos de 17 anos; para ser exato, eu tenho 16, kkkk. Eu trabalho no escritório do meu pai, porém só meio período. Quanto a sua prova de filosofia, se você quiser ajuda, embora eu não seja, bem, uma autoridade no assunto, posso dizer que eu ``mando bem´´ kkkk. Meu número é 43 9124-1435, se quiser me mandar suas dúvidas (não se esqueça de que não sou uma autoridade no assunto) ou se simplesmente quiser falar comigo, por qualquer motivo possível! Há, e não precisa se desculpar já me disseram anteriormente que eu aparentava ser mais velho, (mesmo que fosse só um ano!) kkkkkk. E se você for falar comigo, please faça pelo whats, porque meu chip esta com algum problema, quando alguém liga pra mim (ou manda mensagem, sem ser em ambos os casos pelo whats), meu telefone nunca toca, vibra ou algo do tipo, e uma voz da operadora diz que meu numero está ``fora de operação´´.

Agora vamos para a leitura:

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WILLIAM:

-Aonde você pretende me mostrar seus ``outros poderes´´-Tomas diz, fazendo uma cara de misterioso no final, me fazendo sorrir.

-Conheço um campo de futebol em um clube; ele fica bem vazio a noite, ainda mais hoje.

-Mas hoje é sexta; as pessoas poderiam pensar que hoje é um bom dia para ficar jogando até á madrugada- Ele me diz.

-Pode até ser, mas as pessoas também gostam de festar na sexta á noite; e tem sempre uma festa no dito clube.

-Então tá. - Tomas diz, encostando-se no banco. Vejo que ele está um pouco desapontado.

-O que foi-Digo desviando de um buraco na rua.

-Não é nada-Ele diz, ficando vermelho.

-Por favor Tomas, eu sei que tem alguma coisa- Digo me desviando de outro buraco.

-Não é nada, verdade.

-Tomas-Digo, usando minha voz no módulo mais sedutor possível, olhando bem em seus olhos.

Ele fica ainda mais vermelho, e balança a cabeça.

-Depois- ele diz, rubro como um tomate.

-Eu vou cobrar- Digo no mesmo tom de antes. Ele estremece de novo e continua vermelho.

Ficamos um tempo em silencio, até que Tomas me pergunta:

-De onde você conhecia Wagner?

-AAH, Wagner.. Há alguns anos, eu estava andando a esmo pelas ruas, estava quebrado e endurecido, porque tinha terminado com um relacionamento de dois anos.-Eu disse lentamente; as imagens vieram nitidamente à minha memória, tantas lembranças...

´´Estava frio; uma massa polar anormal se instalara na cidade, deixando a temperatura próxima do zero. Eu estava em depressão; descobrira a verdade sobre Ivan, que ele manipulava vários outros garotos e garotas; ele dizia para cada um o que a vítima queria ouvir, e o idiota caia como um patinho. Eu fora um desses idiotas; até que um lapso de memória que vi sair de Ivan enquanto ele dormia, me deu desconfiança, fazendo com que eu resolvesse descobrir sobre tudo o que Ivan escondera de mim. Entrando em sua mente, que antes eu não entrara por respeito, eu vi todos os estratagemas, as ideias, as vitimas do garoto que eu antes amava. Aquilo me deixou possesso de uma ira tamanha, que quase o matei no ato; porém eu mudei de ideia no último milésimo de segundo. A vingança me parecia mais atrativa. Peguei todas as suas memórias de encontros escondidos com amantes secretos, copiei seus desejos secretos de usar aquelas pessoas, e a transferi para um computador; pode parecer idiota, mas foi isso mesmo; transformei aquilo tudo em um vídeo, e, após disfarçar as vitimas para que só elas reconhecessem a si mesmas, eu transmiti aquele vídeo em uma reunião em que toda a liga estava presente; no final do vídeo, uma voz disfarçada dizia que o autor do vídeo não se identificaria formalmente, mas que ele sabia ler mentes, por isso a mensagem era verdadeira; eu sei que foi idiota; mas, como outras pessoas na liga liam mentes, poucas pessoas desconfiaram de mim, e aquilo não era algo ilegal, então ninguém foi percebido. Lembro- me da feição de horror de Ivan quando viu aquilo; ele era o único rosto visível; desde aquele dia ele não era bem visto na liga.

Porém aquilo não me deu paz; eu ainda amava aquele idiota; por isso passei a andar como um idiota pela cidade; até que trombei em um homem que fumava numa praça:

- Tudo bem cara?- O homem disse

-Tudo, desculpe.. eu não percebi aonde estava indo

-Sem problemas, meu jovem. Principalmente porque acho que você esta desesperado, então eu perdoo

-Como sabe- Eu digo como um idiota

-Sou bom em ler a expressão das pessoas. Se quiser se abrir comigo, não tenho nenhum compromisso.

E eu contei tudo a ele, mesmo sendo um completo estranho; eu sabia que ele não era mal-intencionado, podia ver em sua cabeça. Ele me disse:

- Você tem um caso complicado, porém acho que posso te ajudar; você já percebeu que a vingança não te ajudou, né?

-Nem um pouco

-A vingança nunca ajuda filho, acredite, eu sei disso muito bem. Só existe um jeito de você resolver isso.

-Como?-Eu pergunto, como um homem que vai morrer pergunta a cura de sua doença.

-Perdoando.

-O QUE?-Eu grito enfurecido

-Isso mesmo que eu disse; se quiser eu repito; per...

-Eu já entendi, mas não vou perdoar aquele idiota; ele fez aquilo por puro interesse próprio, não vou desculpá-lo.

-Eu não disse desculpar, disse perdoar; existe uma grande diferença entre os dois

-E qual seria a ´´grande diferença´´-digo sarcasticamente

-Desculpar alguém, é quando você aceita a redimição da pessoa, mas somente por que a pessoa não fez aquilo por mal; é quando você arruma desculpas para o comportamento da pessoa.

-E perdoar é o que se não isso tudo?

-Perdoar é quando você sabe que a pessoa errou, sabe que a pessoa tem culpa, sabe que é totalmente justo que você a condene; porém você não o faz; você aceita a pessoa mesmo com todos os seus defeitos; você permite que a pessoa não seja condenada, você retira o fardo dos ombros do injusto, do ´´idiota´´ que te machucou; não estou dizendo que você deve voltar a ficar com aquele garoto; quero que você deixe os erros que ele fez contra você, para trás. Permita que o rancor saia de você; acredite, carrega-lo não é fácil.

Eu me lembro de simplesmente assentir e voltar para casa. Durante vários dias, eu não falei com ninguém a não ser meus superiores. Até que, 2 semanas depois, eu perdoei Ivan pelo que ele tinha feito; as vezes ficava com raiva do que ele tinha feito, mas eu consegui perdoá-lo, e assim libertar a mim mesmo dele. Conversei com Wagner outras vezes depois daqui-lo, e ele virou meu melhor amigo e meu confidente.``

Contei a Tomas sobre minhas lembranças, e pude reafirmar que o tinha perdoado.

-Nossa!-Tomas diz, enquanto passávamos por uma ponte comprida que havia sido construída a poucos meses

-O que?

-Ele realmente te ajudou!

-Pois então!

-Realmente ele parecia um cara legal; ele me lembrava o professor Xavier, na verdade, sabe? Aquele telepata dos mutantes, os x-m...Tomas é interrompido por uma explosão que ocorre em baixo de nosso carro; este é lançado para trás como uma folha seca ao vento, levando-me junto com Tomas em direção as águas turbulentas do rio 150 metros abaixo de nós.

CONTINUA.

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Bom, gente, eu sei que hoje o capítulo foi curto, mas é porque eu queria focar na história do William, sobre o perdão. Eu sei que pode parecer uma coisa sem importância, porém muitos problemas, até mesmo guerras teriam sido evitadas se houvesse mais perdão. Mesmo quando todos faltaram com você, quando todos te julgam, te reprimem, te batem, te machucam, te xingam... Mesmo que seja óbvio que as pessoas estão erradas, que elas são preconceituosas, que elas são más, perdoe. É um fardo muito pesado ser um juiz, e um fardo terrível carregar rancor. ´´Perdoe e esqueça para ser feliz``. Mesmo que você tenha vontade de pular no pescoço de alguém que te machucou, mesmo que sejam seus pais que te machucam por você ser gay ou qualquer outro motivo (meu caso), perdoe. Não se preocupe, a justiça sempre acontece.

Comentem, critiquem elogiem, avaliem!

Até sexta!