Estranho. PRA CARAMBA!

Parte da série Morte, novamente

Hello from the other side.... Da tela do seu computador ou dispositivo móvel!

Gente, sorry por não postar antes! Eu fui impedido. #Sorry again!

Hartz: Ao seu comentário no último capítulo da 1° temporada, sim, eu pretendo escrever mais temporadas. Ao seu último comentário, OBRIGADO POR GOSTAR TANTO ASSIM DA MINHA SÉRIE! Realy! Porém eu só posso postar de segunda, quarta e sexta, e a noite, porque se não, pode se dizer que fico frito se my parents descobrirem, hehehe X{

Anônimo: OBRIGADO TAMBÉM POR GOSTAR DA MINHA SÉRIE! Porém o final ainda pode demorar um tempo, hehehe, MAS MESMO ASSIM BRIGADÃO!

A todos os leitores silenciosos, e aos que comentam também, é claro; eu vou continuar postando nos mesmos dias já programados; porém vou postar de madrugada, ou bem tarde, ou bem cedo, porque estou tendo de viver um regime ditatorial na minha própria casa (Para vocês terem uma ideia, só posso mexer no meu celular ou computador quando é algo relacionado a escola, e somente se meus pais avaliarem antes todo o conteúdo do que vou fazer.) Eu sei, é algo depressivo, mas estou tentando achar algo de útil na situação. Sim, eu vou postar de madrugada porque assim ninguém descobre, porém espero que com o tempo(digo, uns dois ou três anos, se eu continuar escrevendo), isso possa ser contornado. Essa série é o que tem me motivado principalmente (com a exceção de algumas poucas pessoas) por isso não pretendo desistir dela. Um beijo para todos, e um GRANDE ABRAÇO!!!!

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WILLIAM:

-Foi um dia estranho-digo para meu pai, quando ele me pergunta sobre a escola.

-Por quê? Eu sei que você não vai mais para a escola, e deve ser estranho voltar para ela, porém porque isso é estranho -Meu pai responde, enquanto se serve de ensopado de galinha.

-Bom... Maria, pega uma faca pra mim por favor?... É porque eu conheci algumas pessoas novas...-Digo, enquanto me sento na ponta da mesa Nor-Noroeste do refeitório.

-E o que isso tem de estranho?-George, meu irmão(o primeiro de meu pai, sem contar a minha pessoa adotada) comenta.

-Nada, eu sei, mas eu me lembrei deles, se como já os conhecesse-Digo, e ponho um punhado de cebolas refogadas na boca.

-Bom...-Júnior, o mais novo, depois de Maria, diz, com a boca cheia de filé de Panga- vai ver você já leu as mentes deles antes, e a lembrança ressuscitou na memória quando você tocou os pensamentos deles novamen...-ele interrompe a palavra para tossir, ele tinha engasgado com uma espinha no meio da bola de comida que havia enfiado em sua boca.

Maria bate nas costas dele, e ele começa a sufocar, até que eu mando a bola de peixe para o rio sujo de onde os Pangas vieram.

Va.. -Júnior tosse-Valeu cara.

-Sem problemas. Agora, continuando, não tenho certeza se foi isso mesmo, Júnior; um dos garotos que conheci disse que também tinha uma vaga lembrança de mim.

-Bom, então... Você simplesmente não lembra.... Espera, você disse que o garoto te contou?-Maria pergunta.

-Sim! Por quê?-Respondo

-Simples! Você esperou ele te contar? Não olhou na mente dele para conferir?

-Maria, você sabe que não gosto de violar a mente dos outros, a não ser em casos extremamente necessários!

-Mas esse caso não era algo extremamente necessário?-Maria responde, acentuando o “estritamente”.

-Porque é extremamente necessário?

-Ora, para que você soubesse se era verdade, ou se o garoto estava mentindo só para te atrair!

Quando ela diz aquilo, sinto raiva. Um ódio estrondoso começa a me possuir. O simples fato de Maria achar que Tomas, aquele garoto diferente, fosse alguém mentiroso e aproveitador, me faz preencher o ambiente com uma luz vermelha.

-William?-Meu pai pergunta lentamente- Tudo bem?

-NUNCA- Eu digo pausadamente-NUNCA MAIS

Eu me lembro de algum modo daquele garoto.

-EM HIPÓTESE ALGUMA- Todos no refeitório estão me ouvindo, e o fazem silenciosamente.

E a mera lembrança dele me inflama em manias de ciúme e preocupação.

-OUSE-Minha irmã esta apavorada.

Porque aquele garoto me faz querer protegê-lo desse jeito?

-FALAR DE TOMAS -Meu pai se mexe na cadeira:

-William-Ele diz lentamente, mas firme.

-DESSE JEITO!-Meu pai me toca:

-William, pare.

-O QUÊ?-Algo rompe dentro de mim, algo que me impulsiona a desrespeitar meu pai, a brigar com ele...

-Eu mandei parar!

A vontade de começar a gritar que eu sou maior que isso, que eu sou mais poderoso que ele, que ele não tem autoridade para falar comigo desse jeito...

-William! -Meu pai continua firme.

“Vamos, levante-se, faça o sofrer, faça o se humilhar perante você, você é maior, você é mais poderoso. Vamos!” A voz na minha cabeça sussurra. Aquilo era tão tentador... Porém, repentinamente, a imagem de um garoto chorando preenche minha mente. E não é qualquer garoto. É aquele Tomas. De algum modo, sei que ele está triste por algo que eu fiz. Não sei o que, porém essa imagem me faz esquecer o desejo de humilhar meu pai, e eu relaxo.

A mudança no ambiente é repentina notável. Todos relaxam, e se acomodam em suas cadeiras; estavam tensos anteriormente, e imóveis. A iluminação volta ao normal, e minha irmã fecha a cara. Ela odiou, é claro, o jeito que eu a tratei. Isso me devolve um pouco da raiva, porém eu a excluo de meus pensamentos quando olho para a expressão de meu pai. Ele parece...aliviado, e preocupado. Como se eu fosse algo perigoso...

-William...bom, tá ...tá tudo bem?-George me pergunta, inseguro.

Eu não respondo nada. Começo a me levantar para sair dali, porque estou me sentindo estranho, minha cabeça esta confusa, eu me lembro do garoto... Tomas. O nome e a pessoa a quem pertencia me eram familiares... Porque eu o protegera? Porque eu o defendera? Porque eu estava fazendo isso? Porque eu menti, e não disse que eu havia encontrado o garoto que teria poderes, quando a quarta pessoa que encontro tem uma mente ilegível para mim? Porque eu estava tão confuso desse jeito?

-Olha lá- ouço sussurros- O poderoso que fica se exibindo pra todo mundo -Reconheço o dono da voz ,mais rapidamente que a velocidade do som.

-Ivan, meu caro- digo sarcasticamente- Se você desejar posso fazer uma pequena demonstração de meus poderes com você também, aceita?-Eu digo, levantando a mão como se fosse levantar algo. Deleito-me ao ver a expressão de horror dele quando percebe que está levitando. Começo a virar a minha mão lentamente, e ele começa a girar no ar, mas sou interrompido.

-William!-Uma voz rouca diz.

Olhando para trás, vejo uma mulher velha, usando um vestido simples, olhando para mim seriamente. Ela tem um cabelo muito comprido, que chega até os joelhos. As madeixas são brancas, total e completamente brancas, sem um sinal qualquer de outra cor.

“Quem é você” Eu pergunto em sua mente.

“Você pode me chamar de Vitória, se quiser.”

“O que você quer?”

“Simplesmente a paz e harmonia no mundo, meu jovem”

“E o que eu tenho a ver com isso”

“Você esta atrapalhando a paz neste recinto. O refeitório de meu grupo”

“SEU grupo?”

“Sou a líder do grau 15, meu caro”

“E o que você vai fazer? Posso ver que você é somente uma telepata qualquer...”.

“Simples novamente; prende-lo”.

O ataque que ela me faz é tão forte e repentino que nem tenho tempo de reagir. A última coisa que vejo são os cabelos da mulher caindo em cascata sobre minha cabeça, tornando tudo escuro.

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TOMAS:

Antes que a coisa monstruosa que era Mateus alcançar o meu pescoço, eu paro o tempo. Saio da frente da mira das garras da coisa, e a observo. Grande, cinza, peluda, com um focinho peludo comprido, dentes compridos e afiados, patas grandes e pesadas... O urso que Mateus virou é até razoável.

Ele grunhe e rosna quando eu o libero. Ele se vira para mim, e esta pronto para me atacar, quando, eu acho, percebe que está de quatro.

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MATEUS:

Como é que aquele merdinha tinha a cara de pau de falar comigo daquele jeito, sendo que ele me tratara tão mal? A raiva me percorreu como um relâmpago, me fazendo pular no pescoço dele. Nem pensei direito no que estava fazendo. De algum modo ele conseguiu escapar... Mas não uma segunda vez... O QUE? QUE PORRA É ESSA? O que esta acontecendo? Porque eu virei um urso? Que merda é essa? Eu gosto de ursos, e estava pensando em um urso rasgando a garganta de um leão da montanha quando pulei sobre Tomas, MAS QUE PORRA É ESSA?

O pior é quando palavra nenhuma sai de minha boca. Somente rugidos e bufos. E Tomas começa a rir. Novamente, começo a gritar em minha cabeça, xingando o mundo inteiro dos piores nomes possíveis.

-Desculpa Mateus-Tomas diz, ainda rindo- É que é estranho quando o seu amigo vira um urso, e ele começa a grunhir loucamente quando percebe que virou um animal. - E ele começa a rir de novo, mas fica sério de novo quando me ouve grunhir novamente.

“Garotinho de merda! Me xinga e depois ri de mim, que porra... aliás, como eu virei um urso para começo de conversa?” Vejo que Tomas aparenta entender o que estou pensando, de certa forma.

-Vamos fazer o seguinte-Ele diz de modo firme. – Vou fazer perguntas, e você me responde com um afirmar e negar de cabeça, ok?

Eu afirmo, com a minha cabeça, é claro.

-Isso-Tomas diz sorrindo. Porque que aquele merdinha tem que ter um sorriso tão bonito?

-Bom... Vamos ver... Você já tinha se transformado em animal antes?

Nego, com toda certeza. Isso nunca tinha acontecido.

-Hum no que você estava pensando... Não, isso não funciona...

Ele ficava tão bonito pensando; e ele estava pensando sobre mim, querendo me ajudar! “Cala a boca, idiota! Ele não gosta de você, ele te acha uma bichinha idiota!”

-Bom, acho que... Você estava pensando em um urso quando tentou pular no meu pescoço?

Afirmo energeticamente.

-Hum, que interessante! O que será que ele estava pensando...-Ele comenta para si mesmo, e então faz uma cara de surpresa, e começa a rir.

Eu rosno, basicamente querendo dizer “qual é a graça”

-Você pensou em um urso matando um leão, né?

-Grunhfiuf?

-Porque eu sei? Você sempre gostou de ursos, e dizia que era um deles, enquanto eu era um leão, um leão da montanha, porque eu sou pequeno e magro e você grande e... Bom, bem fortinho.

Urro de raiva. E de descrença. Aquela piada era para outros tempos, antes dele ser um idiota completo. Gato (porque será que eu o chamava de leão! E ele nem pra se tocar...), mas ainda um idiota.

-Mateus, Mateus. Eu não sei falar a língua dos ursos, mas sei que você esta com raiva por eu referir a um assunto de nosso passado, a um assunto de quando nós éramos amigos. Você esta com raiva porque acha que eu o insultei, falei mal, estigmatizei, e o expulsei. Porém quero que saiba uma coisa....

Tento interrompe-lo, ele não tem o direito de falar daquilo; pulo para derrubá-lo no chão, mas não avanço nem dez centímetros; fico congelado no lugar. “WTF TÁ ACONTECENDO AQUI?”

-Não, nem tente, veja, é melhor você ficar parado mais um tempinho...

“QUE? O TOMAS PODE ME CONTROLAR?”

-O tempo, meu caro, (e o espaço, mas agora não vem ao caso)... É o tempo que eu controlo. Mas voltando ao assunto anterior, eu quero que saiba de uma coisa, Mateus. Não fui que te xinguei. Não fui eu que te bloquei, e te chamei de palerma e bicha fresca e inútil. Pode parecer mentira, considerando que você acha o Sr. Cid, o meu valoroso pai, uma pessoa respeitável. Porém todos os xingamentos foram obras de meu pai e de minha mãe.

“O QUE?”

-Sei que parece mentira. Eu não acreditaria normalmente. Porém, por mais incrível que pareça, eu tenho como te provar.

Primeiro pensei em rir dele, porém não tenho tempo para fazer isso. Tudo fica escuro, e ocorre um ligeiro tremor que me faz vomitar. Quando clareia novamente, sou atormentado pelo som de inúmeras crianças gritando e correndo, e pelo som de bombinhas, balões estourando...

“Pare! Por favor, pare, está muito alto!”

-Acalme-se, Mateus!-a voz de Tomas, mais alta que as demais, chega aos meus ouvidos-Pense em você nadando, pense em seus braços correndo pela água, pense no som de suas pernas ao baterem na água! Pense nos pés-de-pato nos seus pés, no quanto você nada mais rápido com eles! Pense em você no pódio daquela competição que nós fomos! Vamos Mateus!

Eu tento. Lembro-me do som da água, do peso dos pés de pato, me lembro da torcida comemorando quando eu ganhei, foco meu pensamento na água da piscina, que estava numa temperatura perfeita... “Água, rio, correnteza, salmão; COMIDA” O urso em minha cabeça grita por espaço. Ele é meu companheiro, mas é perigoso. Minha concentração vai para o espaço. Eu não consigo me concentrar, não consigo pensar em nada humano...

-Mateus, você consegue! Vamos!-Tomas me anima. Porém eu não consigo. “Garra, fogo, fúria, morte!” Não, NÃO! “Sangue, ossos, peixes, comida, caça, MORTE!” Eu não consigo, eu não posso, o urso é muito forte, eu...

Tomas me abraça. Fortemente, carinhosamente. Ele me abraça do jeito que me abraçava quando nos éramos amigos, quando éramos como irmãos. Eu ainda não tinha nenhum sentimento ruim por ele ainda. Não havia ódio. “Fúria, raiva, rancor, MORTE” O urso tenta me dizer. “Morte a ele! Ele nos traiu!” Não mais. NÃO AGORA! “Morte, fúria, rai..” A voz do urso vai diminuindo gradativamente, até que eu não a escuto mais. Quando abro os olhos, eu estou do meu tamanho normal. Estou abraçado com Tomas no meio de uma festa para crianças.

-Viu?- Ele me diz sorrindo- Você só precisava se acalmar!

Concordo com a cabeça. Pensamentos inadequados passam pela minha cabeça, me fazendo me separar dele. Ele parece entender, e fica vermelho.

-Bom você ia me mostrar o que mesmo?- Eu digo, enquanto vejo as crianças correndo uma atrás das outras num pega-pega maluco.

-Te mostrar o que aconteceu naquela noite- ele diz, um pouco sombriamente. - Porém primeiro vou esclarecer algumas coisas. Sim, nós viajamos no tempo. Sim, nós viemos para aquela “noite fatídica”. Não, você não vai poder falar com ninguém. É possível, porém eu fiz com que nós somente viajássemos no modo “assistir”.

-OK-digo lentamente, absorvendo tudo de modo ainda mais lento- Bom, por onde começamos?

Tomas sorri. –Simples. Vamos observar o que acontece com aquele adolescente, aquele ali no canto. Vamos ver que ele pode nos mostrar. - Ele diz, apontando para um garoto magrelo, vestido de cinza, mexendo no celular. Estava indo tudo bem, até que eu reconheço a pessoa.

Era Tomas. Um Tomas de uns anos atrás, mas era o Tomas.