Epílogo- Lembranças, novamente

Conto de Josha como (Seguir)

Parte da série Morte, novamente

Hello people!

Nando Martinez: Que bom que gostou, mesmo por causa da sua prova, kkkk

Agora vamos ler:

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TOMAS:

“I let it fall, my heart

And as it fell, you rose to claim it

It was dark and I was over

Until you kissed my lips and you saved me

My hands, they're strong, but my knees were far too weak

To stand in your arms without falling to your feet

But there's a side to you that I never knew, never knew

All the things you'd say, they were never true, never true

And the games you'd play, you would always win, always win….”

Estou parado em minha cama, olhando para a parede, tentando não pensar em nada enquanto escuto a voz de Adele passar pela minha cabeça. São quatro horas da manhã. Em 3 horas meus pais vão me acordar, festejando meu aniversário. Em 3 horas eu vou fingir que estou surpreendido por eles, e vou fingir estar feliz. Vou fingir que a última coisa ruim que me aconteceu foi o erro catastrófico na aula de flauta, quando troquei um si bemol por um sol sustenido. Vou fingir porque eles não fazem a mínima idéia sobre meus poderes, eles não fazem a mínima ideia sobre o que aconteceu... ou melhor, o que era para ter acontecido. Mas eu interferi. Por quê? Porque eu amava William, e não podia deixa-lo ser aquele monstro. E ele também me amava, ou pelo menos fingia muito bem.

Ele disse que nós éramos namorados. Naquele momento perigoso, ele disse. Óbvio que não foi um pedido perfeito, porém foi bom. Realmente bom.

Então eu começo a chorar. Choro copiosamente, por um bom tempo, ao me lembrar do ocorrido.

Estava indo tudo bem; William tinha prendido os três atacantes, tudo ia acabar bem. Até que eu vi o quanto William estava alterado. O clima mudou, nós começamos a voar, e William só ria, ele estava em júbilo; júbilo por maltratar aqueles pobres idiotas. Quanto William atirou a pedra no homem grave, eu meio que me desliguei do lugar onde estávamos. Fui lançado muito para frente, anos e anos depois...

“Aterrissei em uma rocha, a noite. Essa rocha estava em cima de outra maior, e assim por diante. Olhando para baixo, vi que as rochas formavam a entrada de uma grande caverna. Havia movimentação lá embaixo, grandes veículos de aparência militar 9que não tocavam o chão e nem tinham rodas) estavam entrando e saindo da entrada da caverna. Em volta, por todas as direções, via-se um grande deserto, com rochas grandes aqui e ali. Olhando para trás, vi que havia uma escada engastada na rocha, que descia para uma área iluminada debaixo das pedras. Resolvi descer por ali. Ao atravessar a porta, e descer um grande corredor iluminado por luzes amarelas, chego a um grande espaço sob as rochas;ele é iluminado por uma grande luz branca, e várias luzes amarelas nas paredes, imitando, no conjunto, a luz do sol. Vejo uma piscina no fundo, ao lado de uma casa de 3 andares feita totalmente de vidro.

-Ah, você está ai!- Olho para a piscina, de onde a voz vinha, e vejo William sentado em uma cadeira de vime, daquelas que ficam metade embaixo d´agua e metade para fora. Ele me olha sorrindo. Está um pouco mais velho, com a aparência de 28, 29 anos. Ele está somente de bermuda, deixando a mostra seu peito musculoso. Eu nunca tinha visto ele sem camisa antes, porem era do jeito que eu imaginava. Totalmente sexy.

-Observando as estrelas de novo?- Ele diz enquanto me sento numa cadeira ao seu lado, e ele me dá um coquetel.

-É-digo ainda distraído com seus músculos. Meu Deus, eles combinam perfeitamente com ele.

William me olha um pouco contrariado, mas assente.

-Não quero ser rude, mas porque gostar das estrelas quando temos o mundo ao nosso dispor?-Ele me diz, me puxando para seu colo.

-O mundo?

-Sim, querido, o mundo. Mas deixe isso para lá, estou pensando em outras coisas no momento....-Ele me diz maliciosamente, e começa a me beijar. É um beijo voraz, sedento. Eu respondo do mesmo modo. William começa a tirar minha camisa, e eu deixo sem nem pensar direito no que estou fazendo. Ele continua me beijando, até que empurra minha cabeça para seu shorts. Imediatamente entendo o recado. Embora nunca tenha feito isso antes, eu abro o zíper de sua bermuda rapidamente, e observo seu membro latejando enquanto se liberta da calça. Fico observando aquilo como um idiota um tempo, e ia começar a masturba-lo quando uma mão toca meu ombro e me diz gentilmente;

- Sei que é chato interromper neste momento, mas é necessário.

Caio da cadeira quando vejo de onde veio a voz. Ela veio de mim; ou melhor, de um clone de mim. Um clone de mim mais velho.

-Qu..que..ue..quem é...quem... quem é você?

-Você.

-Como assim eu?

-Sou você no futuro.

-Bom...isso é tipo...

-Estranho?-O meu eu futuro diz, me fazendo rir, e ele ri junto.

-O que eu...

-Não posso explicar muita coisa, não temos muito tempo, venha comigo...

- E quanto a William?-Neste momento percebi que ele estava agindo como se estivesse em transe.

-Ele vai ficar bem-Tomas mais velho diz sorrindo.

-Mas...

-Acabei descobrindo que também temos certa influencia sobre a mente dos outros.

-Como assim?

-Podemos fazer com que uma pessoa viva algo por mais tempo,, por menos tempo; podemos colocar algo do passado e do presente para ocorrer com a “vítima”...

-Mas nós podemos trazer alguém conosco quando viajamos ou somente podemos mexer na mente dele?

-Podemos, mas é mais difícil. De qualquer jeito, venha. -O outro eu me puxa bruscamente, só me deixando a oportunidade de pensar rapidamente o quanto isso é estranho, tipo, NOSSA!

-Porque a pressa?-Digo enquanto corremos.

-Não podemos ficar no mesmo período de tempo por mais de 10 minutos, ou nós dois morreremos.

-Por quê?

-Porque a nossa simples conversa é uma alteração das leis da física, por isso, venha.

Estamos indo em direção a uma das rochas grandes que formam as paredes. O outro Tomas continua correndo. Quando dou sinais de parar, ele me puxa e nós atravessamos a parede para o outro lado.

-Como..-digo ainda respirando dificilmente; eu quase tive um ataque cardíaco quando batemos na rocha...A é. Nós não batemos.

-489 anos após nós conhecermos William, este formou um exército de pessoas com dons, e tomou o controle do mundo. Ele se institui rei. Com o período de “paz” que se seguiu, meu marido, a é, nosso marido... Começou a usar os poderes dos soldados do exército dele para aprimorar a tecnologia. Atualmente, carros voam ninguém mais tem doenças, paredes são transponíveis... Você esta acompanhando?

-Sim, eu acho- Digo ainda atordoado com o fato de que vivi mais 489 anos. O outro Tomas sorri.

-Tudo parecia perfeito para mim, até que descobri uma coisa terrível, horrorosa, escabrosa; William roubou os poderes dos soldados, matando-os e torturando-os, forçando-os a sustentar a tecnologia atual.

-Meu Deus.

-William deixou que seu poder subisse a sua cabeça, e agora qualquer um que nasça com poderes é caçado e trazido para cá.

-Mas achei que William pudesse criar e controlar matéria a nível sub-atômico!

-Sim, mas ele não quer se cansar sustentando milhares e milhares de pessoas preguiçosas e inúteis, ele só gosta do poder.

-Ele ainda te ama?-Pergunto de repente.

O outro Tomas sorri tristemente, e uma lagrima cai de seu olho direito. -Não exatamente. Ele gosta de mim como seu brinquedo e seu ajudante, digo, com meus poderes. Porém ele não me ama como amava quando nos conhecemos. Por isso te chamei.

-Você que me trouxe para cá?

-Sim.

-Porque exatamente?

-Quero que você conserte-o. Faça com que ele veja o monstro que ele pode se tornar. Os primeiros sinais que ele deu desse monstro foram quando ele maltratou os atacantes...

-Na noite que você me trouxe para cá?

-Isso.

-Porque você não faz isso?

-Já tentei, nunca funciona; talvez com você, digo, no seu tempo, ele mude.

-Como começar?-Digo, assustado com esse peso que é posto em meus ombros

-Sei que é difícil- O outro diz colocando sua mão em meu ombro- Porem aconselho a faze-lo esquecer-se de você. Comece do zero. Eu nunca tentei antes, nunca tive coragem. Talvez você consiga.

Eu digo sim com a cabeça, tremendo. Isso realmente é difícil. Porém William precisa de ajuda. Da minha ajuda. Estou me preparando para voltar ao “presente”, quando ouço um alarme, e as luzes amarelas começam a piscar, vermelhas.

-O que está acontecendo?- Digo, e vejo o Tomas-mais-velho dizer:

-William acordou. Ele deve ter percebido que coloquei uma ilusão sobre ele, e deve ter se tocado que eu trouxe você.

-Como?

-Somos os únicos que atualmente ele não consegue ler a mente.

-O que ele vai fazer?

-Se tratando do William atual, eu realmente não sei.

-Você acha que ele pode...

-Me matar? Sim, nas outras vezes ele tentou fazer isso. Porém agora vá. VÁ!-Ele diz, levantando sua mão para nos proteger de um raio que é dirigido a nós; do anel em sua mão sai algo como um escudo feito de energia, que nos protege. Ele me empurra para longe, e pula para cima dos guardas, com uma arma em sua mão direita. Sinto que estou sendo empurrado para longe novamente, e sei que é pelo outro Tomas. Este mata os guardas rapidamente, e diz que até foi fácil dessa vez, quando vejo que ele estremece de dor. De suas costelas sai uma faca branca, e dela emana gelo e fogo, que começa a consumir o peito Do outro eu. William aparece por trás da cabeça do outro, e ele diz com vos sarcástica:

-Olá, querido... –E começa a rir a mesma risada que ele produziu anos atrás, na ponte quebrada.

Grito de horror, e vejo que William olha para mim. Não consigo me concentrar, não consigo pensar no passado, não consigo me tele transportar através do espaço e do tempo. William caminha até mim lentamente, com um sorriso maníaco no rosto.

-Então esse é o plano de meu querido esposo- Ele diz rindo, virando-se para o outro Tomas, que esta fazendo caretas terríveis de dor- Trazer do passado o clone dele. Que interessante... Porém inútil! Nem mesmo você, meu querido amor, meu doce de gente, nem mesmo você irá me impedir. E agora, você nem fará parte de minha vida. - Ele levanta as mãos para me matar, mas sinto o leve tremor, acompanhado da falta de luz, indicando o uso de meu poder.

-Não-William grita enlouquecido, enquanto sumo lentamente.

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TOMAS-FUTURO

-Traga-o de volta!-William me diz, chutando minhas costelas ardentes. Tusso e cuspo sangue fervente, e estou sentindo tanta dor que nem sinto o chute.

-Você nunca o terá.-Digo, ensaiando um sorriso-Ele irá impedi-lo

-Então era isso que você queria?-Ele diz, cada vez mais enlouquecidos. A sala está vermelha, total e completamente vermelha- Tomar meu trono?]

-Não, eu nunca quis o trono- digo, e ele me chuta de novo, e dessa vez eu grito, porque sinto o chute quebrar minhas costelas e furar meu pulmão. - Eu quero te impedir.

-Impedir o que, seu idiota traidor?-Ele grita novamente, e me chuta.

-Impedi-lo de se transformar no monstro que você é. E eu vou conseguir William. Pelo amor que eu sinto por você, eu vou!

William grita de raiva, e começa a me chutar continuamente. Ele para após uns minutos, e embora não saiba ainda como estou acordado, e vivo, vejo William levantar as mãos e juntá-las; ele fecha os olhos, e faz duas coisas: um relógio, e um martelo.

- Eu te prometo uma coisa, amorzinho- Ele me diz, com um sorriso escarnecedor. -Depois que você morrer aqui, eu vou voltar para o passado. Sim, eu vou voltar, porque enquanto falo, eu estou transferindo seus poderes para este pequeno relógio azul; eu vou voltar, e vou matar seu eu passado, no dia em que nos conhecermos; eu vou voltar, e vou transforma-lo em uma poça de dor e terror, porque você um dia tentará me confrontar. Até o passado, querido. - Ele diz, e levanta a marreta para me matar. No ultimo segundo, eu envio ao mim mesmo passado essa informação, a cena de minha morte, para que ele se proteja de William, e mando algumas ideias para alguém que pode ajuda-lo, e digo para William:

-Apesar de tudo, eu te amo, e fiz tudo isso por sua caus...-Tudo fica escuro antes que eu termine.

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TOMAS-PRESENTE:

Eu voltei no segundo em que William ia permitir que uma formiga tocasse Ivan. Sem perda de tempo, invoquei meu poder e parei William. Foi automático. Voltei no tempo, e o levei ao passado. E com isso, voltei também. E agora que os três álbuns da Adele acabaram, e eu parei de chorar, eu me deito e finjo que estou dormindo. Sou acordado por meus pais, festejamos, comemos o café da manhã. Eu vou a escola, converso com Jônatas e Mari.

Íamos virar pelo mesmo corredor no qual trombei com William pela primeira vez, mas disse que ia para o banheiro. Acabei de lavar o rosto, porque chorei de novo, e estou me virando para secar minhas mãos quando um vídeo preenche minha mente, uma lembrança; vejo-me no chão, com William sobre mim. Vejo-o me dizer que irá me caçar, no “passado” e gravo na mente o relógio azul, daqueles antigos, que ficavam nos bolsos. No final da lembrança o outro Tomas diz que vai mandar informações a alguém que vai me ajudar, e que eu ia descobrir que era na hora certa. Acordo no chão do banheiro; eu trombara com um homem de uns 20 anos, que estava se agachando para me levantar.

-Perdão, Sr....

-Tomas- digo meio confuso com a lembrança enviada pelo outro Tomas e pela queda. O homem que me é vagamente conhecido fica surpreso, mas diz:

-Perdão pelo encontrão, Sr. Tomas, eu entrei distraído. Estava com alguns problemas na cabeça, algumas informações...

-Tudo bem, não ocorreu nenhum problema. Mas que problemas, Sr delegado?-Eu me lembrei de onde o homem era. Isso era tipo, sacanagem.

-Bom, soubemos que amanhã haveria um ataque nessa escola, Sr. Tomas...O senhor é filho do advogado Cid, certo?

-Isso.

-Não sei o que deu em mim para sair te contando isso, Sr, mas como conheço seu pai, e sei que ele é um homem honesto, considero que o Sr também deve ser, por isso não espalhe isso... O que deu em mim?-Ele sai suspirando e resmungando

Realmente era uma baita sacanagem. Obviamente, Mateus Jefferson, o delegado, havia recebido informações muito interessantes sobre o futuro. Eu tinha que ter uma conversinha com o Tomas do futuro por pedir ajuda logo para aquele traste, aquele idiota, aquele garoto que foi a minha primeira paixão. Justo agora, ele ia voltar pra minha vida? Eu não devia ser muito inteligente no futuro... E nem no presente. Porque sai correndo para falar com Mateus.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Nando martinez em 2016-05-23 22:35:34
Confuso,mas profundo kkkk