CAPITULO 03 - AMAR, O QUANTO PRECISAR QUE AME.

Conto de joseph como (Seguir)

Parte da série Amar, pode doer !

“ o amor tem suas maneiras, mais estranhas e outras tão simples, de mostrar que ele sempre vence. Até mesmo o preconceito.” Joseph Adryanno

Naquele momento, passava muita coisa em minha cabeça, como o fato de que acabei de me declarar e de ouvir a mais bela declaração de amor. Porém o que mais me intrigava, era como ele tinha tanta certeza desse amor, e tanta certeza do que estava acontecendo.

NARRADO POR PEDRO

Para que todos entendam, meu nome é Pedro tenho 15 anos, cabelos cacheados, pele branca, mais ou menos 1,76 cm de altura, corpo definido e Sou gay.

Aqui começo a minha narrativa da minha historia de amor com o João. Era manhã de um domingo pra ser exato dia 16 de julho de 2012,estou iniciando o curso de crisma, e a pedido dos meus pais, estou indo para a sala do João um garoto de 18 anos, cabelos pretos e lisos, moreno de olhos castanho escuro e magro. Um magro bem feito rsrs. Ele será meu catequista por um ano e meio, só que até lá, antes mesmo disso ele será meu namorado. Como sei disso? Bom é uma longa história.

Há mais ou menos 3 anos em meu aniversário de 12 anos, eu e meus pais sofremos um grave acidente. Infelizmente não é um das minhas melhores lembranças de aniversario, porém algo mudou, lembro-me que estávamos todos ali apenas curtindo o dia em família já que era raridade, nessa hora estava tocando no rádio uma de minhas músicas favoritas creep do raidiohead e pouco tempos depois ouço apenas a batida seca do nosso carro em uma árvore, pois meu pai desviou de um animal na pista. Depois disso não sei como eu estava fora do carro, ou quem havia me tirado então com medo passei a procurar por meus pais e minha irmã, então os vejo na lateral do carro, meu pai segurando minha mãe que chorava desesperadamente, minha irmã abraçada a minha mãe e por incrível que pareça estavam chorando pois estavam vendo o meu corpo desacordado, eu entrei em choque afinal eu estava vendo tudo aquilo, eu gritava mais eles não me ouviam, não importava o que eu fizesse. Até um feixe de luz verde me puxou, e novamente quando eu abri os olhos estava no hospital e já haviam se passado 3 semanas do acidente e eu tinha ficado em coma.

- meu filho.- minha mãe falava em meio as lágrimas de alegria me puxando para um abraço longo, apertado e festivo.

-mãe, tá me sufocando- falei quase sem respirar.

- vou avisar que você acordou.- e o silencio durou pouco, pois logo eu já estava cercado por minha família e pela equipe médica, que por rotina ainda me deixou internado por 2 dias em observação, para ter certeza de que eu estava bem.

Logo depois que sofri o acidente, com o toque eu passei a ver o futuro, visões embaçadas e conturbadas, pois eram incertas. Dependia muito do rumo que a pessoa tomasse. E como se não bastasse isso tinha que me dedicar aos estudos afinal era herdeiro de uma longa linhagem corporativa familiar, minha família era dona de quase metade da cidade com uma grande rede de farmácias, supermercados, restaurantes, postos de gasolina e assim vai. E eu tinha por obrigação assumir os negócios da família , extremamente católica.

Foi em uma dessas idas ao centro catequético que esbarrei sem querer no João, e como já falei eu evitava o toque humano a todo custo, mais aquele era diferente pois vi eu com um terno cinza e ele segurado em minha mão com um terno preto e tudo era tão lindo, tão simples mais pode sentir o tamanho do amor que sentíamos um pelo outro. Mas como já havia falado, essas visões futurísticas eram meio incertas, pois as pessoas envolvidas tinham que ter o destino a favor delas, e foi naquele primeiro domingo de catequese que tive certeza de que o destino estava tentando nos juntar. Passei a manhã toda tentando de alguma forma tocar nele, para saber se aquele era realmente o nosso futuro, mas sem sucesso, foi só na hora de irmos embora mais precisamente de nos despedirmos que vi , aquele era o nosso futuro mais para isso seria preciso ambos abrirem mão de muita coisa para o nosso amor vencer.

Fui até a casa dele e confessei tudo, mas me sinto culpado por não ter falado como sei de tudo aquilo.

Comentários

Há 1 comentários.

Por edward em 2016-05-02 16:54:58
Tô chocado. Espero que ambos façam as escolhas certas e fiquem juntos