CAPITULO 01- ACEITAÇÃO

Conto de joseph como (Seguir)

Parte da série Amar, pode doer !

Era uma bela manhã de domingo por volta das oito horas e quarenta e cinco minutos da manhã quando aquele garoto de 15 anos, cabelos cacheados, pele branca, mais ou menos 1,76 cm de altura, corpo atlético com uma camisa gola v, short xadrez e sandálias entra na sala na qual eu vou dar catequese. Naquele momento nem dei tanta bola assim, se eu disser que não achei ele bonito e atraente estarei mentindo. Ele chega e senta bem ao meu lado e do lado dele senta uma menina de cabelos pretos, pele branca, 1,65cm de altura, blusa preta e calça jeans. Logo após ela sentar ele me olha e diz:

- oi ?

Eu respondo – oi , seja bem vindo a nossa turma.- falo isso meio que automático afinal era isso que eu estava falando para todos , mas ele apenas responde um seco obrigado. Logo a manhã passa e já são quase meio dia, estava terminando de arrumar minhas coisas para ir para casa quando percebo que ele e a garota estão conversando em frente ao salão de catequese, a conversa parece bastante animada, porém não dou muita trela apenas aviso para saírem pois já vou fechar o portão, logo que eles saem ele se volta até mim e diz:

- você mora pra qual lado?

-pro lado do lago. Respondi e logo perguntei: por quê?

-por nada, só queria saber se poderia te acompanhar?-ele perguntou

Respondi que sim, e neste instante percebo que eu anda não sei o seu nome, pois na hora em que ele estava se apresentando eu estava passando pela outra turma para dar uns recados e quando isso vem em minha cabeça ele me olha com os olhos que parecem sorrir para mim dizendo:

- o meu nome é Pedro , quando eu fui me apresentar você tinha saído, mais sei que o seu é João que é catequista há 3 anos desde que se crismou, e que todos aqui dentro te admiram, inclusive eu .

Poxa aquilo me pegou de surpresa, eu só pensava em como ele era bonito, e o quanto eu queria beijar aquela boca, mais isso iria contra todos os meus princípios, quando dei por mim o silencio já havia se instalado entre nós e dava graças a deus, pois já estava quase em minha casa, quando ele me olha e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ou esboçar qualquer sentimento sou surpreendido com um abraço, e quando dei por mim estávamos eu e ele em pleno meio dia, com um sol escaldante , e eu apenas sentindo o corpo dele definido colado em meu corpo, quando ele sussurra em meu ouvido:

-hoje é só o começo, eu e você viveremos muitos momentos parecidos com este. Depois disso ele me soltou e saiu e eu continuei o meu caminhar até chegar em minha casa.

Já eram quase três da tarde e nada de sentir vontade de comer, minha mãe já havia me chamado para ir almoçar, mais eu não parava de pensar em como aquele garoto conseguiu me desconcertar daquela forma, será que pela primeira vez eu não havia escondido o meu desejo? Será que todos perceberam?

Passei o resto da tarde e a noite assim, não consegui comer ou até mesmo dormir. Para mim ainda era bem difícil de me aceitar como gay imagine chegar para os meus pais e dizer a eles a minha orientação sexual, sem contar que, como falar daquilo que prego que é errado? Nossa e a reação dos outros jovens? Isso estava me matando por dentro, que nem percebi quando dormir.

Já era segunda feira, isso queria dizer que teria aula, e tinha que lidar com a presença de certas pessoas como Augusto um garoto de 19 anos, prepotente e arrogante. Mas de quebra me alegrava, pois iria encontrar o meu melhor amigo e confidente Nicholas.

-E ai gato da balada, como foi o fim de semana?- me perguntou Nicholas me tirando da onda de pensamentos que estava desde que Pedro sussurrou aquilo em meu ouvido.

-o de sempre babaca. Dá pra parar de me chamar assim, que saco cara, você não iria gostar se te chamasse de branquela sem sal. - respondi.

Nicholas era bem branco, quase um meio transparente, de cabelos loiros, bem cacheados, e era muito divertido, acho que só ele mesmo pra me tirar da nuvem de duvidas e pensamentos que me rondavam. Ele logo percebeu que não tinha sido o de sempre, pois acho que estava estampado em minha cara, como uma espécie de culpa por um garoto gostar de mim.

- oh, pessoa, dá pra voltar pra terra e me responder o que diabos aconteceu , de verdade pois você sabe que pros seus pais você pode até conseguir mentir , mais pra mim?- falou Nicholas com um tom sarcástico.

Vendo que não havia como escapar daquele interrogatório e julgando que naquele momento ele seria a melhor pessoa para poder desabafar, resolvi lhe contar o que houve. Mais a professora Cláudia entrou na sala, e foi logo pedindo pra nos organizarmos em duplas, pois ela passaria um trabalho supervisionado e queria receber hoje mesmo. Nicholas não perdeu tempo e veio logo para perto.

E ai, já resolveu abrir o jogo, ou vou ter que adivinhar?- perguntou Nicholas .

Cara quando terminamos essa merda de trabalho, te explico tudo- respondi.

Ele assentiu que sim com a cabeça. A manhã passou rápida já faltavam apenas quinze minutos para o nosso intervalo, e a professora já estava recolhendo os trabalhos, assim que entreguei o meu e o de Nicholas perguntei se ela passaria algo a mais ou se poderíamos sair de sala, ela respondeu que podíamos sair, e mal passamos pela porta e o Nicholas sai me puxando até o estacionamento. Quando chegamos lá havia uns bancos em baixo de uma arvore bem frondosa e ele já retorna o interrogatório.

Pronto já estamos só eu e você, conta .- falou ele.

-primeiramente quero que você me entenda não me julgue em hipótese nenhuma, tudo o que eu menos preciso é perder meu melhor amigo, por algo que nem sei se realmente é o que sinto- falei meio nervoso, pois ainda não havia falado sobre minha sexualidade pra ninguém nem mesmo para ele, e antes que eu pudesse falar ele me interrompe dizendo:

- João , sei que você é gay, não vou te julgar eu só quero saber o que esta acontecendo, pois parece que esse fim de semana mudou sua vida você, voltou dele muito aéreo ,quase não respondeu o trabalho que a professora passou, mal fala comigo, poxa cara somos melhores amigos e eu até hoje esperava por esse momento, de que você iria ter confiança o bastante para me dizer sobre sua sexualidade, lembre que te conheço de guri, cursamos todas as nossas series juntos até o ensino médio e optamos pelo mesmo curso , na mesma faculdade. E antes que você fale algo, só quero que você saiba nada muda entre mim e você, pois você sempre será a minha gata da balada- Nicholas falou aos atropelos e eu ainda estava processando o fato dele já saber sobre a minha sexualidade.

- cara eu não sei nem o que dizer, mais o pior não é isso. Ontem pela manhã fui para a catequese da crisma e lá encontrei um garoto ele se chama Pedro tem 15 anos e tipo ele é muito bonito e quando estávamos voltando para casa ele me abraçou e disse que aquilo seria apenas o começo e que iriamos viver muitos momentos como aquele.

-caramba, e é por isso que você está assim no mundo da lua?-perguntou Nicholas.

- por certa parte sim, pois ele me chamou atenção desde o momento que ele entrou a sala em que eu estava mais me preocupo em como ele falou com tanta certeza, era como se ele já soubesse, e isso me preocupa, pois se eu deixei transparecer para ele imagine para os outros. E se isso chega até os meus pais?- falei com um desespero que nem sei se era preciso, mais temia de fato que qualquer assunto sobre a minha orientação sexual chegasse aos ouvidos de meus pais, além de serem preconceituosos, eram católicos ao extremo e não aceitariam em seu seio familiar uma “aberração”.

-calma João, primeiro você precisa se controlar, segundo que um dia mais cedo ou mais tarde seus pais irão saber, terceiro você tem que ser bastante forte para encarar esse momento e quarto eu sou seu amigo e sempre estarei com você.

Nesse momento não deu pra segurar as lagrimas e acabei chorando ali mesmo sem se importar com a presença de ninguém, eu só queria desabafar e tirar todo aquele peso de mim. A manhã passou rápida e já era hora de ir para casa, o Nicholas insistiu para que fosse com ele no seu carro, mas achei melhor vir de ônibus assim pensava mais no meu fim de semana mais precisamente o domingo e na conversa que tive com ele.

Já havia chegado a casa e também a uma conclusão, era fato tudo o que o Nicholas havia falado a mim cedo ou tarde eu teria que aceitar o fato de que eu precisaria contar para os meus pais.

Comentários

Há 3 comentários.

Por joseph em 2016-04-14 22:39:38
obg, Pop-Afro e Diego campos , logo estarei postando mais um capitulo, sou novo em estar escrevendo para vocês, mas espero que gostem e acompanhem essa nossa trama que também terá a visão de pedro sobre tudo desde o inicio então o que posso antecipar para vocês é que vai chegar um momento em que a trama ira começar novamente só que dessa vez com a narração do Pedro e vocês são se surpreender.
Por Pop-Afro em 2016-04-13 14:35:21
Eu gostei e achei Bwe da fixe eu vou acompanhar
Por diegocampos em 2016-04-13 13:33:50
Interessante eu gostei estou ansioso para o próximo.