Por trás dos olhares - Capítulo 02 - Meu amigo Vinnicius

Conto de J.D. Ross como (Seguir)

Parte da série Por trás dos olhares

Passavam da 19:30 quando a campainha tocou, foi preciso uma certa insistência para que Raphael conseguisse perceber e fosse atender a porta. Ia gritando pelo caminho.

Já vai, já vai não sou surdo, só um momento por favor! - Mal pode abrir a porta e o língua de trapo já soltou.

- O Vinnicius chegou em casa e está te esperando! - falava ofegante como se tivesse saído de uma maratona.

- Valeu Lipe, só deixa eu fechar a casa e podemos ir.

- Você pode ir, eu estou indo pra casa, se não minha mãe me mata! - Saindo em disparada e pulando o muro lateral.

“Que moleque maluco, imagina se ele escorrega e cai desse muro, já ia sobrar pra mim também”

Trancou as janelas, pegou um casaco e uma maça, depois se dirigiu para a porta. Assim que trancou, ouviu a vizinha.

- Sua mãe esta em casa Rapha?

- Não ela foi jantar na vó Amélia, só chega perto das 22:00, posso ajudar em alguma coisa Dona Dionísia? - Colocando a maça e as chaves no bolso.

- Não é nada posso falar com ela amanhã, obrigada querido! Desaparecendo atras do muro.

Foi em direção ao muro e a exemplo de Lipe, também pulou, era mais fácil sair pelo terreno baldio ao lado, assim chegaria mais rápido a casa de Vinny. Apressando o passo, quase corria, queria logo ver como seu amigo estava.

Chegando na frente, pode ver alguns carros ladeando a grande casa de madeira, pintada de amarelo e marrom, telhado de telhas tipo italianas, uma casa muito bonita, porém velha. Gritou do portão, desejando morrer, odiava ficar gritando - podiam instalar uma maldita campainha aqui - Falava consigo mesmo, já vermelho de vergonha ao perceber que ninguém parecia ouvir e quem passava na rua ficava a olhar para ele aos berros.

Em fim Matheus, irmão gêmeo de Vinnicius saiu, cabelo comprido e preto, olhos castanhos, pele clara, mesma altura de Raphael, nariz pequeno e muito bonito, bem diferente de Vinnicius, já que, eles não eram gêmeos idênticos.

- Hey Rapha, pode entrar o portão está só encostado. - Acenando da porta.

- Ah beleza! - Sentimento de suicídio rondando sua cabeça novamente - o portão aberto e ele berrando da rua como um maluco - sentia as veias do pescoço quase explodirem.

Entrou e seguiu atrás de Matheus pelos corredores.

- Siga para o quarto de hospedes no fim do corredor, estão fazendo uma reforma no quarto dele a dias e ainda não terminaram. - Apontou o caminho e saiu em direção a porta novamente.

- Ok, obrigado! - Seguiu em frente - pode ouvir vozes altas e risadas.

Apontou na porta e tomou um susto, deviam ter umas 15 pessoas dentro do minusculo quarto. Eram tias, primos, vizinhos e sem falar na mãe, Dona Maria que estava agarrada ao filho as gargalhadas, que sessaram instantaneamente assim que ele apareceu na porta.

- Olá Rapha! - Disse ela com um grande sorriso, levantando-se e sufocando ele em um grande abraço. - Pessoal este é Raphael o melhor amigo do Vinny.

- Olá! - acenou ele, vermelho, tentando se recuperar daquele abraço apertado.

Dona Maria era uma senhora, de cabelos, lisos e vermelhos tingidos, pele clara e corpulenta. Muito simpática, daquele tipo de pessoa que está sempre feliz, que faz biscoitos e tricota. E exageradamente amorosa com os filhos e como é perceptível com os amigos deles.

- Oi amigão, que bom que você pode vir! - Pode-se ouvir a voz de Vinnicius, tentando levantar-se com dificuldade, por causa do braço esquerdo engessado.

- Pessoal vocês podem ir para a sala? Quero conversar com meu amigo em particular! - Sim, sim claro - Era o que se ouviu da maioria, enquanto saiam do quarto - Em fila já que a porta era estreita demais para aquele volume de pessoas.

Assim que todos haviam saído, ele se aproximou da cama e sentou-se.

- Como você está? - Disse encarando o amigo.

- Não aguento mais esta pergunta! - Falou sorrindo com a mão na testa e olhando para baixo - Más, estou bem obrigado.

- Que ótimo, me desculpe, más precisava ouvir isso de você - Apoiando os cotovelos nos joelhos e mãos no queixo.

- E ai me conta o que rolou de bom na minha ausência? - Falou com voz empolgada mudando o assunto, querendo tirar o foco de seu acidente.

A imagem de Diego sorrindo pra ele veio a mente, mesmo sem querer esboçou um pequeno sorriso e corou.

- Nada não, só fui no campinho, más ninguém apareceu. - Tentando parecer indiferente.

- Cara, você mente mal demais - Com cara de quem sabe mais do que está dizendo.

- Que isso, sabe que não minto para você Vinny! Dissimulando.

- Mentira! só mentiras saem dessa boca! - Gritava alto, como se estivesse num palco fazendo um discurso - Rindo muito no final da fala.

- Para com isso, eu não estou mentindo cara! - Disfarçando a vontade de rir.

- Você ficou […] Pegou[…] Eu sabia seu galã de novela mexicana! - Rindo com os olhos arregalados.

- Ficou e pegou quem? Tem certeza que a pancada não foi na cabeça? - Coração acelerando e já não mais conseguindo esconder o desconforto que aquela conversa estava trazendo.

- Ah você sabe, a Joyce ela fica te dando mole a quase um ano e você sempre fazendo cosplay de Homem de Gelo. - Encarando e chegando perto. - E sim tenho certeza, que não bati a cabeça.

- Sabe bem que ela não faz meu tipo, te falei isso mais de 50 vezes. - Sentindo o corpo se acalmar novamente - Vinny não sabia de nada.

- Alguma coisa aconteceu, tá tentando disfarçar mais dá pra sentir que você está muito feliz, seus olhos estão até brilhando - Em um tom bem mais sério.

- Claro que sim, você está em casa bem e estou muito feliz por isso - Dando uma risadinha forçada, tentando resgatar o tom cômico da conversa.

- Sabe Rapha, se existe uma coisa que me orgulho, é de não ser imbecil! - Disse ele encarando e segurando a mão dele. - Somos amigos, pare de ser um tremendo babaca e me fale a verdade.

Como sair daquela conversa, parecia estar em um julgamento de uma série policial. O advogado a te encarar e gritar - Sim ou não Sr. Smith - Matou ou não aquela mulher com 42 facadas? - vasculhava a cabeça na tentativa de arrumar alguma história ou assunto que pudesse tirá-lo daquele aperto em que se encontrava. Contudo, nada lhe ocorria.

- Seus primos vieram de Minas? - Numa tentativa desesperada de mudar o assunto.

- Sério que vai, se agarrar na sonsice? - Com cara de bravo.

- Não quero falar sobre isso Vinny, não agora e nem aqui! Escondendo o rosto com as mãos.

- É tão sério assim? Desculpe-me eu não sabia! - Sentando a seu lado e o abraçando por sobre os ombros com o braço direito.

- Eu vou te contar tudo, más me de um tempo - Com os olhos cheio d’água.

- Tudo bem Rapha, falaremos quando você estiver pronto! Dando-lhe tapinhas nas costas.

Continuaram conversando sobre outros assuntos, se aproximava das 22:30 quando ele resolveu deixar o amigo descansar e seguiu para casa. Lá chegando, encontrou a mãe dormindo na sala com a TV ligada. Desligou e colocou um cobertor sobre ela, foi para o quarto, trancou a porta, tirou toda sua roupa, pegou uma tolha que usava para secar-se nos dias de calor. Deitou-se, acariciando seu corpo, começou a pensar em Diego, esfregava os dedos em seus mamilos, mordia os lábios ao imaginar que Diego lambia sua barriga, subindo ia beijando seu peito, pescoço e mordia sua orelha.

Seu pau estava muito duro, escorria dele uma especie de baba, tratava-se do líquido que fazia a limpeza da uretra, que curiosamente escorria muito. Ele estava muito excitado, com a mão direita começou a masturbar-se, pensava naqueles beijos e lembrava do sonho que teve na noite seguinte. Não podia se controlar, seu corpo se contraia, sua respiração ficou ofegante, gemidos de prazer saiam de sua boca, sem que pudesse evitar. Antes que pudesse pegar a pequena tolha, jatos de porra começaram a espirrar em seu peito e barriga, a pressão foi tanta que a primeira gota caiu em sua boca, ele não pode se conter e lambeu, era espeço e salgado. Estranhamente ele não sentiu nojo e de certa forma até gostou.

Ficou deitado ali coberto de porra por alguns minutos, curtindo aquelas novas sensações. Então pegou a toalha e limpou-se, foi ao armário pegou uma cueca limpa e um calção, estava estranhamente quente, mais ou menos uns 26ºC. Saiu pelado mesmo em direção ao banheiro, ao passar pela sala bateu com a perna na mesinha de centro, um copo de plastico vazio, onde sua mãe havia tomado um pouco de refrigerante caiu no chão.

Andando pelado pela casa, menino! Disse com a voz meio rouca, com apenas um dos olhos abertos.

- Pensei que não havia nada aqui que você não tinha visto ainda. - Seguiu para o banheiro com uma risada de deboche.

- Ah! Moleque, sou capaz de terminar esta conversa conversa ai no banheiro com meu cinto! Debochando e cobrindo a cabeça.

Enquanto esfregava o seu corpo com o sabonete, não pode deixar de se imaginar bando banho em Diego. Com o pau duro apontando para o teto, só podia fazer uma coisa. Então iniciou o segundo round, punhetou-se por mais alguns minutos, más dessa vez se controlou para não gemer tanto nem mesmo tão alto, sua mãe poderia ouvir. Alguns instantes depois lá estava ele enchendo a pobre parede de porra novamente, terminou de se banhar e limpou a parede. Agora já com roupas passou pela sala, juntou o copo, tirou a coberta da cabeça de sua mãe para poder lhe dar um beijo de boa noite. Ela nem se moveu, tão profundo era o sono. Passou na cozinha, jantou uma especie de ensopado de frango com arroz que sua avó havia mandado para ele. Assim que terminou lavou a louça e foi outra vez para o banheiro, calma, ele não estava beirando a perversão. Foi apenas escovar o dentes, assim que terminou voltou a seu quarto, deitou-se, sentia-se muito bem e desta vez não teve nenhum problema para dormir, em menos de 10 minutos, lá estava ele dormindo calma e serenamente.

Aguardo pelos comentários e criticas construtivas.

Até Breve

J.D. Ross

Comentários

Há 1 comentários.

Por Elizalva.c.s em 2017-01-22 00:18:39
Amado sua história e muito boa e a escriita também esta ótima estou amando muito.❤❤❤😘😘😘😘