Em busca da felicidade - Cap. 20

Conto de Itak como (Seguir)

Parte da série Em busca da felicidade

Pessoal!!!

Antes de responder os comentários, gostaria de fazer uma pergunta aos leitores. Percebi que cada capítulo que eu posto tem mais ou menos 20 minutos de leitura. Queria perguntar se vocês preferem capítulos menores, caso vocês prefiram, posso dividir os próximos capítulos. Obrigado e boa leitura.

......

Klayton - concordo com você, eu também estou torcendo para o Tony. Na verdade, ele seria o protagonista, mas mudei no último momento. E o André realmente precisa descobrir quem contou, mas ainda vai demorar. Será que nenhum leitor ainda descobriu quem contou? Hahhaha. Obrigado por comentar.

Guh - um amor assim não se joga fora mesmo. Fique atento para ler os próximos capítulos e descobrir o rumo da história.

Niss - seu lindo, não fique bravo. O André precisa passar por situações assim para aprender como se portar dentro de uma relação. O mal comido que contou para o Tony foi o..... Quem será? Hahhaha. Me admira ninguém ainda saber quem foi, mas continue ligado na história. Muito obrigado por sempre acompanhar, você foi o leitor que mais me deu forças pra continuar. Sou grato por ter um leitor como você. Beijos.

Felex11 - Será que foi o Carlos mesmo? Hahahhaha. Mas você tem razão ao dizer que quem cria uma cobra, corre o risco de levar o bote. Fique ligado!!! Abraço.

Edward - é a vida, meu caro. Isso pode acontecer com qualquer pessoa. E sobre Aline, eu não podia deixá-la sozinha na história, né? É bom mesmo que ela esteja com alguém que já é próximo de André. Aline ainda terá uma grande participação nessa história, sei que você vai adorar, mas isso ainda vai demorar um pouquinho. Obrigado por comentar. Abraço.

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Uma semana se passou... Uma semana horrível, simplesmente horrível. Eu ficava grudado em meu celular 24 horas por dia esperando por uma mensagem, uma ligação, mas nada chegou.

Tentei ligar um milhão de vezes para Carlos e não tive sucesso, eu não queria acreditar que Carlos era o causador de toda essa confusão, ele nem conhecia Tony.

Os dias se passavam e minha angústia só aumentava. Aline e Edgar, juntamente com Gabriel, tentavam a todo custo melhorar o meu alto astral, mas nada podia modificar meu humor. A única pessoa que poderia me fazer sorrir naquele momento, era Tony.

Eu precisava entrar em contato com ele, mas não sabia como. Eu queria respeitar o tempo que ele precisasse para pensar, mas cada dia que passava, meu medo aumentava. Meu medo aumentou ainda mais no terceiro dia, pois fui até a casa de Tony e fiquei só esperando ele chegar. Eu estava num lugar estratégico, pois não queria que ele percebesse que eu estava por perto; eu só queria vê-lo... E eu vi...

Vi Tony entrando na portaria do prédio com um rapaz, muito bonito, aparentava ter uns 23 anos. Meu coração se despedaçou quando vi aquela cena, provavelmente ele decidiu seguir sua vida, mas eu ainda não desistiria. Talvez aquele rapaz nem fosse nada dele, poderia ser apenas um ex aluno ou um cliente, Tony sempre estava corrigindo monografias, quem sabe aquela era apenas mais uma; seja como for, eu precisava acreditar que aquilo não significava nada além de trabalho.

Os dias foram passando e nada acontecia. Um medo e desespero tomou conta de mim, já não aguentava mais de tanta ansiedade. O telefone tocou e eu me enchi de esperança, mas não era o Tony.

- Oi, pai. Como o senhor está?

- Bem, na medida do possível. Você já esqueceu que tem família?

- Ando muito relapso ultimamente, mas não me esqueci não... Vamos marcar um dia pra gente se encontrar, pai.

- Tudo bem... Mas eu liguei por outro motivo, acredito que você tem o direito de saber.

- Pode falar.

- Sua mãe está grávida!!!

- Grávida? O senhor tem certeza?

- Sim... Já fizemos o teste no laboratório.

- Isso quer dizer que vocês já estão bem?

- Não exatamente. Tenho certeza que sua mãe não se preveniu propositalmente.

- Ela está feliz com isso?

- Sim... Ela diz que Deus é muito bom, que ela perdeu um filho, mas Deus se encarregou de lhe dar outro.

- O filho perdido sou eu?

- Não fique triste, meu filho. Um dia sua mãe vai acabar aceitando você.

- Meu irmão já sabe de mim? Nunca mais falei com ele, tive medo de tentar me aproximar e sofrer mais uma decepção.

- Seu irmão já sabe de você... Sua mãe se encarregou de contar da maneira dela, acho melhor você não falar com seu irmão por enquanto, pois ele está do lado de sua mãe.

A propósito, como anda seu namoro? Acho que estou preparado pra levar um papo com seu namorado.

- Não tem mais namoro, pai. - o peito doeu ao falar isso.

- Terminaram tão rápido assim? O que ele te fez, André?

- Nada, pai. Eu cometi alguns erros. Eu sou o culpado pelo inferno que estou vivendo agora, o Tony é quase perfeito, infelizmente eu o perdi.

- O que tem que acontecer, acontece. Dê tempo ao tempo que as coisas melhoram.

- Ou pioram... - eu disse.

- Se piorarem, tire uma lição disso.

- Como o senhor vai ficar financeiramente com a chegada de mais um membro na família?

- Acredito que não vai mudar muita coisa. Seu irmão já está para se formar, parece que já está trabalhando...

- Fico feliz, pai. Eu espero que tudo dê certo. Só espero que um dia eu tenha a oportunidade de conhecer meu irmãozinho ou irmãzinha.

- Você terá, meu filho. A teimosia de sua mãe não vai durar a vida toda. Eu tenho tentado, aos poucos, abrir os olhos dela. Aguente firme aí.

- Valeu, meu velho. Dê os parabéns à mamãe em meu nome.

- Ok... Agora vou resolver algumas coisas. Só liguei pra saber como você está, filho desnaturado.

- Obrigado, pai. - eu ri.

Minha mãe está grávida... Isso era algo grandioso para ela, com certeza. Apesar de saber que ela me considerava um filho perdido, eu estava feliz por ela. Talvez um dia ainda seríamos uma família novamente.

Os dias continuaram a passar e eu parecia um robô programado para comer, dormir, trabalhar e esperar mensagens ou ligações de Tony.

Já não aguentava mais esperar, então resolvi ir atrás de Tony. Saindo do trabalho, fui direto para seu prédio e fiquei lá esperando ele chegar. E ele chegou...

- Tony...

- André... Aconteceu alguma coisa?

- Não... Eu só queria te ver. Você pensou no que eu te disse?

- Pensei e continuo firme com minha decisão. - Tony tentava disfarçar, mas eu sabia que ele estava feliz por me ver.

- Tony... Não jogue fora essa mágica que existe entre a gente... Reconsidere, por favor.

- André... Algo se quebrou naquele dia. Juntar os cacos e colar tudo leva tempo.

- Pode ser que leve tempo, mas eu estou disposto a esperar. E olha isso... - apontei para sua mão.

- O quê? - Tony perguntou escondendo sua mão.

- Você ainda está usando a aliança... Se você não me amasse, então por que usaria?

- Eu nunca disse que não sinto mais nada por você, André. Mas isso não significa que vamos voltar.

- Por que você está usando, Tony? - perguntei olhando em seus olhos.

- Sabe quando você vive um sonho e não quer acordar? Eu vivi esse sonho contigo... Usar essa aliança me faz bem, mas não faz eu mudar de opinião.

- Será que nós poderíamos entrar pra conversar um pouco mais?

- Acho melhor não... Só vim buscar algumas coisas, estou trabalhando num projeto e preciso voltar pra escola.

- Agora?

- Sim, agora. - eu tinha certeza que aquilo era uma desculpa pra evitar que ficássemos sozinhos.

Me despedi de Tony e esperei que ele entrasse. Passei um óleo de peroba na cara e fui até a portaria fazer algumas perguntas ao porteiro. Perguntei como Tony estava ultimamente e ele me disse que ele parecia triste e abatido, mas que não se sentia no direito de expor a vida de um morador do prédio. Insisti em algumas perguntas mas o porteiro não quis falar muito, ele me pediu desculpas e me aconselhou a continuar tentando, mas por conta própria.

Deixei o prédio e comecei a pensar merda. Talvez eu devesse desistir mesmo, ainda era jovem, tinha muito para viver. Talvez seria melhor eu curtir minha juventude e me prender alguém daqui a alguns anos, não sei.

Fui caminhando até chegar na boate onde tudo começou, parei na frente e fiquei pensando se entrava ou não. O telefone tocou novamente...

- Oi.

- Onde você está, André? - perguntou Aline.

- Estou na frente daquela boate...

- Você está ficando louco?

- Perdi minhas esperanças, Aline... Não tem mais jeito, o Tony não vai mudar de ideia e se eu ficar insistindo, será como dar murro em ponta de faca.

- Você já entrou?

- Não... Acabei de chegar aqui.

- Então volte pra casa agora. Eu estou aqui te esperando. Você não pode agir dessa forma se você quiser reconquistar o Tony. Você tem que ser um santo enquanto ele não se decide, pelo menos por enquanto; caso ele não queira voltar contigo, aí eu serei a primeira a sair em busca de um novo bofe pra você, mas por enquanto é melhor você ficar quieto. Entendeu?

- Está tão difícil, minha amiga. - comecei a chorar.

- Volta pra casa, André... Eu vou dormir aqui como vocês hoje. Vem pra cá...

- Tudo bem... Daqui a pouco estou aí.

Comecei a caminhar e notei um papel no chão. Era uma propaganda de um estabelecimento voltado para o público gay, haveria um show de uma travesti nesse local no fim de semana, não era um show musical, acredito que era algo humorístico. Não sei o porquê, mas levei comigo essa propaganda.

Cheguei em casa e Aline estava lá cozinhando para os rapazes. Passamos uma noite muito agradável, provavelmente aquela era a primeira vez que eu consegui me divertir desde que Tony me deixou.

Entre uma e outra latinha de cerveja, comecei a me soltar e ficar muito alegre, era como se por um momento eu tivesse esquecido de tudo que eu estava vivendo, só que não... Apesar de estar me divertindo, meu pensamento estava em Tony o tempo todo. Eu imaginava o que ele estava fazendo, se estava pensando em mim, se sentia minha falta, até em sexo eu pensava, durante a semana me masturbei quase todos os dias imaginando Tony dentro de mim.

Enfim, a noite passou, nos divertimos, dormimos, no dia seguinte acordamos e tudo começou novamente. Antes de Aline ir embora, mostrei a ela a propaganda e pedi que ela me acompanhasse, disse que eu precisava me distrair um pouco. Ela concordou comigo e disse que iria, mesmo que Edgar não quisesse.

A semana continuou passando e eu já estava sem ânimo para nada, tinha raiva de chegar ao trabalho e ver os outros funcionários sorrindo e conversando. Pode parecer egoísmo, mas eu cheguei ao ponto de me incomodar com a felicidade alheia, me julguem!!!

Nada acontecia, absolutamente nada. Nenhum sinal de vida de Tony, de Carlos, de ninguém. Aquele sumiço de Carlos estava me intrigando muito, cada dia que passava eu acreditava mais que Carlos não tinha nada a ver com essa história. Mas então quem? Se Carlos estava interessado em mim, provavelmente ele me procuraria depois de acabar com meu relacionamento, então definitivamente ele não era o culpado.

Já estava perto do fim de semana e resolvi, mais uma vez, procurar Tony, só que dessa vez apenas pelo telefone.

- Oi, André...

- Tony... Queria te fazer um convite.

- Do que se trata?

- Vai ter um show de uma travesti num lugar que eu não conheço. Aline vai comigo, eu queria te chamar para ir conosco no sábado.

- Não sei se isso será uma boa idéia.

- Tony... Eu te prometo que não vou tentar nada, te prometo que não vou tocar no assunto. Me deixa pelo menos ficar perto de ti, só um pouco.

- André...

- Tony.. - eu o interrompo. - Eu sei que você deve estar magoado pelo o que eu fiz, mas você precisa acreditar que minhas intenções eram boas. Infelizmente eu estou pagando por um erro, mas isso não significa que você precisa me evitar. Eu pedi para que você pensasse a respeito de nós nos reconciliarmos, mas se você acha que não tem cabeça pra pensar agora, eu respeito. Eu só não quero perder o contato contigo, não quero dar espaço para que outro homem entre em sua vida. Por favor...

- Eu não sei...

- Tony... Você me cobrou sinceridade, esse foi o motivo de você ter terminado comigo. Então agora eu te pergunto e preciso que você seja sincero. Você sente falta de mim?

- É claro que eu sinto, André...

- Mais uma coisa... Quem te mandou aquela foto?

- Essa pergunta eu não tenho como responder porque eu mesmo não sei. Recebi aquela mensagem de um número desconhecido e, mesmo quando tentei entrar em contato, não obtive sucesso.

- Então é isso... Obrigado por me responder, pelo menos agora eu tenho uma idéia de que não tenho nenhuma pista. Mas voltando à primeira pergunta, se você sente minha falta, é porque você ainda gosta de mim.

Não estou pedindo pra você me perdoar e voltar comigo, só estou pedindo pra você nos acompanhar nesse show, só isso!!! É pedir muito?

Depois de ficar alguns segundos em silêncio, Tony finalmente me deu uma resposta positiva. Minhas esperanças voltaram como Fênix ressurgindo das cinzas, eu não tenho palavras pra explicar o quão feliz eu fiquei por saber que Tony iria naquele show comigo e com Aline.

Eu não estava preparando nenhum plano mirabolante para reconquistá-lo, eu só queria ficar perto dele, poder sentir pelo menos um abraço. Eu precisava disso para repor minhas energias, minhas esperanças e minha força para lutar pelo homem que era meu.

O sábado estava próximo, o que me deixava feliz e ansioso. Aline havia convencido Edgar a ir conosco, não que ele não quisesse ir, mas ele estava ocupado com um projeto e precisava estudar. Convidei Gabriel para ir também, mas ele disse que seria muito difícil ir a um local gay e se controlar, como Edgar também iria, ele preferiu não ir.

Eu não conseguia entender essa atitude de Gabriel, eu sempre fui do tipo que tentava esconder de minha família, mas nunca tentei passar imagem de hétero para os outros; certo ou errado, isso não era problema meu.

Na sexta-feira, no meu horário de expediente, aconteceu algo que nunca havia acontecido nesses dois anos em que eu trabalhava naquela loja. Eu estava atendendo um cliente, muito bonito por sinal, e ele começou a flertar. Me elogiava o tempo todo, dizia que eu era bonito e que parecia ser uma boa pessoa, me convidou pra sair, deixou seu telefone anotado num pedaço de papel e até me chamar para dentro do provedor ele foi capaz.

Eu nunca imaginei que um dia viveria uma situação dessas, mas é óbvio que eu não cedi. Já era o bastante viver carregando aquele sentimento de culpa toda vez que eu lembrava da idiotice que fiz, eu não precisava de mais uma burrada naquele momento. Como Aline me disse, eu precisava ser um santo em todos os sentidos caso eu realmente quisesse ter mais uma chance com Tony.

O sábado chegou, finalmente. Passei o dia inteiro deitado, pensando no que fazer, pensando em como agir, pensando em como me controlar para cumprir o que prometi a Tony. Era como se estivesse para andar pisando em ovos, um movimento falso e tudo poderia ir para o espaço, e eu não podia arriscar acabar com minhas chances.

Aline veio para minha casa a tarde com uma mala cheia de roupas, sapatos e maquiagem. Ela estava muito animada, mas tenho certeza que não estava tão ansiosa como eu estava.

Liguei para Tony e combinamos o horário e o local para nos encontrarmos, talvez eu esteja enganado, mas eu senti uma certa ansiedade em sua voz, parecia que, aos poucos, ele estava se rendendo ao óbvio, ou seja, que ele não podia lutar contra um sentimento que era maior que qualquer besteira.

A claridade do dia foi dando espaço para a noite, o céu se encheu de estrelas, era uma noite bonita e calma. Saímos de casa, todos arrumados, Aline principalmente.

Eu estava vestido com uma calça jeans e a camisa que Tony me deu no dia em que nós nos conhecemos, vocês se lembram dessa parte? Pois é... Poderia até parecer uma chantagem emocional, mas eu queria, de maneira indireta, tocar o interior de Tony de alguma forma; acho que vestir aquela camisa era um tiro certeiro.

Nos encontramos no local combinado e em pouco tempo já chegamos naquela boate; era bem diferente da primeira que fui, mais espaçosa, com pessoas relativamente mais bonitas e uma variedade maior no cardápio. Também havia mesas na frente de um palco improvisado e pista de dança onde as bibas se acabavam.

Sentamos numa mesa ao fundo e ficamos conversando; Tony estava quieto, calado, como se estivesse deslocado conosco, acho que era nervosismo, mas o melhor de tudo foi ver que ele ainda estava com a aliança.

Com a desculpa de que queria beber, Aline arrastou Edgar para o bar, é claro que a intenção dela era nos deixar sozinhos.

- Como foi sua semana? - perguntei.

- Um pouco corrida, mas foi boa.

- Desculpe fazer esse comentário, mas você está muito lindo hoje. - Tony corou.

- Obrigado, André. Posso dizer o mesmo de você... A propósito, bonita sua camisa. - disse Tony arrumando a gola da camisa que estava um pouco dobrada.

- Sim, essa camisa me traz lembranças boas...

- Realmente ela ficou muito mais bonita em você do que ficava em mim.

- Isso eu não posso dizer porque nunca o vi com ela, mas tenho certeza que fica linda em você também.

- Como tem sido sua vida, André? - Tony perguntou.

- Não vou mentir dizendo que está tudo bem, você sabe que não está, mas a gente tem que viver, né? Paciência é uma qualidade essencial quando você quer atingir uma meta.

- E essa meta sou eu? - Tony perguntou.

- Você sabe que sim...

- Você é incrível, André.

- Por que você diz isso?

- Porque você, com esse jeitinho, acabou me convencendo a vir aqui, mesmo eu sabendo que não era uma boa idéia.

Assim que Tony fechou a boca, um rapaz se aproximou de nossa mesa. Ele não fez questão de me chamar em particular, simplesmente soltou o verbo dizendo que tinha me achado lindo seguido de um convite para dançar. Tony olhou para o cara com um olhar matador, tenho certeza que se ele pudesse, teria dado uma surra naquele cara. Eu me alegrei em ver que Tony cerrava seu punho numa tentativa de controlar o ciúme que o estava possuindo naquele momento. Simplesmente agradeci o convite do rapaz e levantei a mão, mostrando a aliança. O rapaz se desculpou e logo nos deixou em paz, provavelmente estava a procura de outra pessoa.

- Por que você fez isso, André?

- Você está se referindo à aliança?

- Sim... Tony respondeu com emoção no olhar e na voz.

- Porque é assim que eu sinto, Tony. Você pode não querer voltar comigo, mas eu sinto como se fosse seu, não tenho intenção de conhecer ninguém, muito menos em ficar com alguém. Enquanto o que eu sinto por você estiver intacto, vou continuar sozinho, vou respeitar esse sentimento.

- Eu preciso ir ao banheiro. - Tony saiu para fugir daquela conversa que já estava indo para o lado sentimental.

- Ok... Vou esperar aqui.

Tony foi ao banheiro e Aline voltou com Edgar trazendo cerveja. Os dois disseram que não havia dúvidas, que bastava olhar para nós dois juntos para saber que a química era transparente. Aline ainda disse que eu não deveria desistir e que eu precisava de alguma atitude final para quebrar a barreira que estava me separando de Tony. Apesar de ter prometido a Tony de que eu não tentaria nada, eu precisava de alguma oportunidade para fazer mais uma tentativa, eu sentia que ele estava prestes a ceder, e talvez aquele seria o momento certo para tentar mais uma vez.

Tony voltou para mesa e, pouco tempo depois, anunciaram a entrada do show humorístico da traveca.

As cortinas se abriram e a traveca fez uma entrada triunfante cantando Crazy In Love junto com vários dançarinos e dançarinas, na verdade ela estava apenas dublando, mas a coreografia estava perfeita.

Aparentemente, aquela apresentação musical era só para dar início ao seu show; logo a traveca estava conversando e interagindo com as pessoas que a assistiam, ela fazia piadas, brincava com o figurino de algumas pessoas, vez ou outra chamava algum cliente do local para subir ao palco e participar com ela. Ela realmente era muito boa, pois conseguiu dar um show de entretenimento a todos que estavam ali presentes; eu estava adorando cada parte daquele show, mas o que me deixou mais feliz foi ver Tony rindo alto das palhaçadas que ela fazia. Eu via Tony sorrindo e aquilo era muito gratificante para mim, ver meu homem sorrindo era algo que não tinha preço.

O show estava para terminar e Tony disse que iria pra casa assim que acabasse. Fiquei desesperado ao pensar que eu perderia essa oportunidade de estar com ele novamente. Foi aí que eu tive uma idéia, não sei de onde tirei toda essa coragem, mas simplesmente segui meus instintos e dei minha cara a tapa. Levantei da mesa e fui até o palco, todos me olhavam curiosamente; falei ao ouvido da traveca o que eu queria fazer e ela simplesmente entregou o microfone em minhas mãos e me desejou boa sorte.

------ continua-------/

Comentários

Há 4 comentários.

Por Felex11 em 2015-11-06 04:21:19
Eu gosto de capítulos longo continua com os longos... Ele vai fazer isso que eu estou pensando? Se é isso eu dou toda força e quero que voces se acertem mesmo...tony é muito dificil sera que ele nao pode perdoar o Andre
Por guh... em 2015-11-06 00:27:20
q capitulo foi esse? simplesmente maravilhoso...continuaa
Por Disturbia em 2015-11-05 00:25:31
ansioso pelo próximo, forninhos iram cair.... Preparo o lencinho ou não?
Por Niss em 2015-11-05 00:01:28
Viiiaaaadoooooo aí minha nossa senhora!!!!! Tô sentindo que eu vou chorar no próximo capítulo gente!!! Aí meu Deus Itak!!! Aí não pera!!!!! Aiaiiaiaiaiiaiaia to me imaginando pulando e leno o próximo capítulo hahahaa espero que realmente aconteça. O seu capítulo foi incrível, e quanto ao tamanho, esta perfeito desse jeito... Adoooro ler "Em busca da felicidade" e eu espero que os cacos se juntem logo. Espero ansiosamente pelo próximo capítulo. Kisses , Niss.