Em busca da felicidade- Cap. 15

Conto de Itak como (Seguir)

Parte da série Em busca da felicidade

Niss- obrigado, seu lindo. Obrigado por sempre comentar e me dar forças com seus elogios. Acho que no decorrer da história, haverá vezes que você vai quer me bater, rss. Continue acompanhando a série!!! Beijão pra você!!!

Disturbia - que alegria senti ao ler seu comentário. É muito bom esse sentimento de conquistar mais leitores, isso é muito motivador pra quem escreve.

Apesar de estar escrevendo porque gosto, o objetivo principal é criar uma história que agrade vocês.

Já comecei a ler sua série e logo estarei comentando também. Beijão!!!

Edward- muito bom saber que você está acompanhando e gostando... E se você está sentindo falta de Aline, no próximo capítulo (16) você vai adorar a participação dela.... Hahhaha... Beijão!!!

Pessoal... Se eu pudesse e tivesse tempo, postaria um capítulo todos os dias, mas me comprometo a postar a cada dois ou três dias.

Não quero comentar muito sobre o rumo que a história vai tomar daqui pra frente pra não entregar o ouro, mas posso garantir que que a história terá muitos pontos positivos.

Quem está acompanhando desde o início deve saber que o objetivo principal da série é mostrar uma história que pode acontecer com qualquer um, por isso procuro não fugir muito da realidade.

Muito obrigado a todos. Beijão!!!!

----------/---------:)

Minha quinta-feira passou voando... O horário de ir para a casa de meu namorado estava cada vez mais próximo, que merda!!!

Se por um lado eu estava louco de vontade de passar a noite com Tony, por outro eu queria adiar aquela conversa. Não é preciso ser um gênio para saber quando você está metendo os pés pelas mãos... Talvez eu realmente deveria aceitar a ajuda de Tony e me matricular, mas existia um sentimento dentro de mim que pedia que eu não fizesse isso, que eu precisava arcar com as consequências de meus atos, nesse caso, ter saído da casa de meus pais.

Não seria vergonhoso aceitar ajuda de meu namorado, mas eu não queria sentir como se eu devesse algo a ele. Eu pensava que, se algum dia algo acontecesse e nosso relacionamento chegasse ao fim, ele poderia me jogar na cara caso eu aceitasse sua ajuda; a verdade é que eu não acredito que Tony seria capaz de fazer isso, mas eu queria conquistar as coisas com minhas próprias pernas.

A noite chegou e eu já estava com minha mochila pronta... Avisei a todos que eu dormiria na casa de Tony e segui meu caminho.

Tony me recebeu com muitos abraços e muitos beijos, algumas mãos bobas e um pouquinho de sacanagem. Era incrível como meu humor mudava completamente quando eu estava junto dele, era indescritível.

- E então? Preparado para se tornar um universitário? - Tony pergunta eufórico.

- Tony... Precisamos conversar.

- Não gostei do seu tom. - Tony diz com certa preocupação.

- Eu... - fiz uma pausa e me enchi de coragem para jogar a bomba. - Eu decidi que não vou me matricular.

- Como assim? - Tony ficou inquieto e nervoso ao mesmo tempo.

- Eu não tenho condições de estudar e me manter, não nesse momento.

- E eu já disse que eu posso te ajudar, não disse?

- Meu bem... Eu não quero que você me ajude... Eu quero fazer isso sozinho.

- Você vai se arrepender disso, meu lindo... Não seja tão orgulhoso, por favor!!!

- Não é orgulho, Tony... Eu simplesmente não posso aceitar sua ajuda...

- Então tudo bem... Quais são seus argumentos para não aceitar minha ajuda? - perguntou Tony com uma feição diferente, ele estava disposto a dialogar e me vencer nessa batalha.

- Você é meu namorado, você não tem obrigação nenhuma de me ajudar...

- Eu não tenho obrigação, mas eu quero.

- Assim como você, eu quero vencer na vida com mérito próprio.

- E quem foi que te disse que eu não precisei de ajuda, André? Eu te disse que meus pais deixaram um seguro de vida generoso para seus filhos, meu irmão e eu!!! Você acha que eu conseguiria fazer uma especialização no exterior sem esse dinheiro? Você acha que eu conseguiria ajudar meu irmão se meus pais não tivessem nos deixado preparados financeiramente para isso?

- Não... Mas aí é que está a diferença... A ajuda veio de seus pais, não de outra pessoa qualquer. - me expressei mal.

- Então eu sou um qualquer?- Tony me olhou com ar de decepção.

- Não, me desculpe!!! Me expressei mal... Eu só quis dizer que você não é minha família, não ainda. Eu não posso simplesmente aceitar essa ajuda, não posso deixar que você me sustente, isso não seria certo.

- E o que seria certo então? Você deixar de cursar o que você sempre sonhou na universidade mais conceituada do país por não aceitar ajuda do homem que está contigo e que quer te ver progredir? Isso é o certo para você?

- Você não entende, Tony... É uma questão pessoal...

- Então me explique, por favor...

- Eu vou me preparar pro vestibular de fim de ano, eu vou estudar e sei que vou passar novamente, eu sei que sou capaz.

- Também sei que você é capaz, André... Mas pense um pouco, pelo amor de Deus!!!

Essa é uma oportunidade que muitos esperam e ela está na frente de sua porta, não há motivos para você não aceitar ajuda das pessoas que gostam de ti.

- Meu bem... Eu preciso fazer isso sozinho...- fiz uma longa pausa antes de continuar a falar. - eu preciso fazer isso por minha mãe. - algumas lágrimas caem.

- Meu amor... - Tony me abraça forte, era a primeira vez que ele me chamava de meu amor.

- É a primeira vez que você me chama de "amor", Tony. - falo deixando mais lágrimas caírem, lágrimas de felicidade.

- Eu sei, amor. - Tony sorri. - Eu estava com receio de falar antes e você se assustar, mas agora saiu naturalmente. Eu sinto uma energia tão boa estando contigo e parece que eu sou um adolescente de novo, parece que estou fazendo todas as coisas pela primeira vez na minha vida.

- Você é um lindo mesmo. - falei já enxugando as últimas lágrimas que caíam.

- Sobre sua mãe...

- Sim, Tony... Se eu conseguir fazer tudo isso sozinho, sem ajuda de ninguém, talvez minha mãe reconhecerá todo meu esforço e voltará a sentir orgulho de mim; talvez ela perceba que o filho dela não mudou, que o filho dela apenas está tentando ser feliz da única maneira que lhe é possível. Sei que é um tiro longo, mas é minha esperança.

- Vem cá... - Tony me tomou em seus braços e posicionou minha cabeça em seu peito. - eu queria muito que você iniciasse sua vida universitária, mas vou respeitar qualquer decisão sua... E vou ficar contigo para o que der e vier, sempre, entendeu?

- Obrigado, meu bem!!!

- De nada, meu AMOR...- Tony acariciava meu rosto e me dava pequenos beijos demonstrando seu enorme carinho por mim.

- Agora que já tivemos essa conversa, temos que decidir o que faremos amanhã.- eu disse.

- Eu já tenho um compromisso... E você pode vir comigo se quiser, mas se não quiser, não ficarei com raiva.

- Claro que eu vou...

- Pode não ser algo divertido pra você.

- Você estará lá, não estará? Isso é o suficiente para mim, Tony. Onde iremos?

- Amanhã faz 17 anos que meus pais faleceram naquele acidente de carro... Meu irmão está vindo para cá agora, deve chegar a qualquer momento... Todos os anos ele vem para irmos juntos ao túmulo de nossos pais.

- Poxa!!! Que triste...

- De certa forma, eu entendo você querer mostrar para sua mãe que você consegue caminhar sozinho e ainda ser responsável. Acho que meu irmão e eu sempre fizemos questão de ir todos os anos juntos para mostrar a nossos pais tudo que fizemos na nossa vida, mostrar a eles que ainda somos unidos, mostrar que a ajuda financeira que eles nos deixaram foi bem usada... eu te entendo, André...e estou aqui para te apoiar, seja com dinheiro, seja com palavras ou com uma simples demonstração de afeto...

Eu me segurava para não chorar novamente, não queria passar essa imagem "manteiga no verão" para Tony. Ficamos abraçados por mais um tempo conversando sobre as coisas e descobri que meu cunhado se chamava "Pedro".

- Seu irmão sabe que eu estou aqui? - perguntei.

- Mas é claro que sabe... Nós iríamos ao cemitério amanhã na parte da tarde, mas como você desistiu da matrícula, acho que será melhor irmos de manhã mesmo.

- O que você falou para seu irmão sobre mim?

- A verdade, amor.

- Que verdade?

- Que eu conheci um cara 20 anos mais novo e não resisti a seus encantos.

- Ele achou ruim nossa diferença de idade?

- Meu irmão nunca se meteu nisso. Ele sempre disse que eu precisava ser feliz independente de qualquer coisa. Eu disse a ele que estou feliz e ele se alegrou; isso já é o suficiente. Mas...

- Mas?

- Ele disse que vai ter uma conversa de cunhado para cunhado contigo. - Tony sorriu.

- Ai meu Deus...-sorri de nervosismo.

- Calma, André... Tenho certeza que você vai gostar dele.

- Como foi a reação dele quando você contou ser gay?

- Não houve reação... Ele simplesmente tratou isso como se fosse normal, o que na verdade...é!!!

- Nossa!!! Como sua família é incrível.

- Educação vem de casa, André. Desde pequenos nossos pais nos ensinaram a respeitar a diferença. Vou te contar uma história...

- Adoro quando você me fala sobre sua vida...

- Um velho como eu tem muito para contar. - Tony sorriu. - Quando meu irmão tinha 7 anos, lembro que estávamos em um parque de diversões com meus pais. Estávamos andando, tentando decidir qual seria o próximo brinquedo, quando de repente, um casal passou por nossa frente. Eles estavam de mãos dadas e deram um pequeno selinho sem se importar com os olhares.

Eu imediatamente fiquei encantado com aquela cena, eu me identificava muito com aquela cena e é claro que meus pais perceberam isso; meu irmão apontou para o casal e perguntou a meus pais se um homem podia beijar outro homem.

- E o que seus pais disseram?

- Meus pais procuraram um lugar para sentar, pediu para que nós dois prestássemos muita atenção em suas palavras. Um olhou para o outro e minha mãe pediu a meu pai que explicasse a cena.

- Por que seu pai e não sua mãe?

- Depois que eu cresci, eu entendi o porquê. Como eles já tinham percebido que eu era diferente, foi a oportunidade que tiveram de me mostrar que os dois não julgavam esse tipo de comportamento. E meu pai dando uma aula para seus filhos era a melhor maneira de apagar a imagem masculina, imagem machista, pois todos os gays têm mais receio da reação do pai, concorda?

- Sim... Eu também tinha mais medo da reação de meu pai, mas parece que me enganei a respeito disso.

- Tudo vai se acertar, meu amor. Aguente firme!!! - Tony me abraçou novamente.

- Continue contando o que aconteceu...

- Ah, sim!!! Meu pai se agachou na frente de nós dois e disse poucas coisas, mas foram essas poucas coisas que me deram coragem de me assumir a eles quando eu mesmo aceitei o fato de ser gay. Lembro das palavras dele como se fosse hoje... Ele disse: "- Antônio, Pedro... O que vocês viram foi uma demonstração de amor. Quando duas pessoas se amam, elas ficam juntas; poderia ser um homem e uma mulher, poderia ser uma mulher e uma mulher, poderia ser um branco e uma negra e vice e versa... E também poderia ser um homem e um outro homem. Meus filhos... Sempre respeitem quando vocês se depararem com esse tipo de situação. Eles se amam e não têm vergonha de demonstrar esse amor, muitas pessoas vão criticar e falar que é errado, mas vocês vão se lembrar das palavras de seus pais: "desde que vocês sejam felizes, não importa se vocês se relacionam com homens ou com mulheres", entenderam?".

Foram essas as palavras de meu pai, André... É claro que posteriormente, quando chegamos em casa, ele explicou tudo novamente, mas lá no parque, foi essa a aula que ele nos deu.

- Por isso você diz que educação vem de casa?

- Sim!!! Se todos os pais ensinassem os filhos desde pequenos que devemos respeitar todas as formas de amor, o mundo não seria tão preconceituoso. O problema é que muitos pais ensinam o contrário e as crianças já crescem com aquele tipo de mentalidade machista e moralista.

- Eu entendo. Meu pai disse que usou isso para tentar fazer com que eu mudasse na época que ele percebeu que eu era diferente.

- Pois é... Infelizmente muitos pais agem assim.

- Acho que eu tenho muita sorte por você ter cruzado meu caminho, Tony.

- Por que você diz isso, meu amor?

- Porque eu estou aprendendo tanto com você... Já no primeiro dia em que nos conhecemos, você me salvou daquele cara que tentou me drogar, lembra?

- Como eu poderia me esquecer? - Tony sorriu.

- Então... Eu tenho sorte de ter conhecido você. Você caiu em minha vida para me trazer coisas boas, me ensinar coisas, me fazer ver o que tenho ao meu redor, ter uma nova perspectiva em relação a tudo. Obrigado, meu bem!!!

- André... Vamos apenas dizer que nós dois somos sortudos por cruzar o caminho um do outro, pois eu sinto que sou tão sortudo quanto você. - Tony me abraçou e sorriu novamente; ele sempre tinha a palavra certa, na hora certa.

Dim dom!!! A campainha toca e percebo a felicidade de Tony ao se direcionar à porta.

Pedro e ele se abraçaram por um longo tempo, muito tempo mesmo, como se fizesse 10 anos que não se encontravam.

Eu fiquei parado, olhando aquele cena bonita, totalmente encantado com aquilo. Era muito bonito ver o amor que eles tinham um pelo outro, desejei que o mesmo acontecesse comigo no dia em que decidisse contar ao meu irmão,Gustavo, sobre minha sexualidade.

Tony se virou para mim e fez a apresentação:

- Pedro... Esse aqui é o André, meu namorado. - disse Tony.

- Prazer, André. Estava louco para te conhecer. O Tony não parou de falar em você todas as vezes que nos falamos ao telefone. - Pedro era super simpático. Percebi como ele se parecia com Tony, ele era a cara do Tony. Tinha os mesmos traços, mesma altura, mesmo porte, sua pele era um pouco mais clara, mas fora isso, era a cópia de Tony, quer dizer, os dois deveriam ser a cópia de seu pai ou de sua mãe.

- Prazer, Pedro!!! Fico feliz em conhecer você. O Tony também falou muito bem a seu respeito... - eu parecia um robozinho falando com Pedro, estava totalmente travado.

- Que isso... O prazer é todo meu... Domingo volto para Curitiba, mas antes disso vou ter uma conversinha contigo, cunhado. - Pedro sorri descontraído...

Depois de ver os dois conversando tão entusiasmados, resolvi deixá-los sozinhos para matar a saudade e fui até o quarto dizendo que precisava ligar para Aline.

- Fala, meu amigo!!! Já esqueceu de mim.

- Claro que não, Aline. A vida está corrida...

- Eu entendo... Quais são as novas?

- Decidi que não vou me matricular, o irmão de Tony está aqui e tivemos nossa primeira briga como um casal.

- Nossa!-Aline ri. - você já tinha comentado sua decisão de não se matricular, não concordo contigo, mas respeito. Como é seu cunhado?

- Muito legal... Achei ele super gente boa, sério mesmo.

- Que bom!!! E qual foi o motivo da briga?

- Ciúmes!!!

- Da parte de quem?

- Do Tony...

- Ai que fofo...

- Por quê? Se fosse de minha parte não seria fofo?

- Se fosse da sua parte, seria loucura, isso sim.

- Como assim?

- No dia que eu passei o endereço de sua casa para ele, conversamos muito no telefone. Segura o bofe, André... Outro como ele você não vai encontrar... Escute sua amiga aqui!!!

- Eu esqueci de te perguntar isso... Como ele conseguiu seu telefone naquele dia?

- O dia que você ficou bêbado na boate, lembra? Ele te levou pra casa dele e quando eu liguei, ele atendeu seu telefone. Nesse dia eu passei meu número caso acontecesse algo!!!

- Hummmm. Está explicado!!!

- Pois é... Mas me conte... Ciúmes de quem?

- Do Carlos... O cara que eu conheci na boate, lembra que te falei?

- Lembro sim. O que o Carlos fez?

- Me mandou uma mensagem dizendo que queria me ver novamente.

- Ok... Estou do lado do Tony.

- Judas!!!

- Mas é claro, meu filho. Você nem precisa me contar a história toda... Já estou sentindo cheiro de bicha querendo estragar seu relacionamento. Abre teu olho, André.

- Não viaja, Aline.

- Não viaja? Por um acaso você falou que está namorando?

- Sim.

- E o tal do Carlos disse que não queria criar problemas pra você?

- Sim.

- Ele disse que vocês poderiam se ver como amigos?

- Sim... Como você sabe?

- Tá dando em cima, André. Escreve o que eu estou te falando. Corta essa bicha pela raiz antes que ela cresça.

- Você tá louca, Aline? - comecei a rir descontroladamente.

- Louco é você que não percebeu isso... Mas vai por mim... Ele vai tentar alguma coisa.

- Você virou mãe Diná?

- Ai amigo... Minha menstruação está totalmente desregulada, preciso ir ao ginecologista. Acredita que já é a segunda vez que menstruo esse mês? Ninguém merece isso.

- Então está explicado seu comportamento. - continuei rindo.

- Pois é... Mas abre teu olho mesmo.

- Pode deixar. Vou desligar e voltar pra sala, escutei o Tony me chamar.

- Vai lá, amigo... Beijos!!!

- Beijos! - desliguei.

Fui até a sala e os dois estavam prontos para sair, apenas me esperando. Tony disse que iríamos sair para comer e me pediu para me apressar.

Fomos até uma churrascaria, que maravilha!!! Há muito que eu queria comer carne assada, aproveitei para tirar a barriga da miséria. Hahhaha!

Tony contava a Pedro como a gente se conheceu e seu irmão ouvia tudo atentamente.

Pedro parecia ter a mesma personalidade de Tony, não sei o porquê. Ele era muito calmo, muito centrado, tal qual como o irmão. Passamos duas horas dentro daquele estabelecimento, duas horas muito agradáveis conversando sobre várias coisas.

Eu já estava me sentindo da família e acho que Pedro ficou satisfeito em ver que eu já estava me soltando e conversando mais com ele. Namorado e cunhado dos sonhos? Eu realmente devia estar sonhando...

Tony e André brigavam para decidir quem pagaria a conta; mesmo sendo o pobretão dali, me ofereci para pagar, rss, mas estava na cara que nenhum dos dois aceitaria que eu desembolsasse alguma coisa. No fim, Pedro pagou a conta depois de ameaçar não vir mais para SP visitar Tony... Tony dizia que aquilo era golpe baixo, mas acabou aceitando. Eu? Eu apenas olhava aquela cena e me divertia com tudo aquilo.

Voltamos para casa de Tony e ainda ficamos até uma da manhã conversando sobre coisas aleatórias, Pedro me contava sobre como era a vida em Curitiba e disse que eu deveria ir da próxima vez junto com Tony para visitá-lo; Fiquei animado para conhecer a capital paranaense.

Quando todos já estávamos exaustos, decidimos ir para cama. Tony já havia arrumado o quarto para seu irmão e depois de combinarmos o horário certinho, cada um foi para seu quarto.

- Meu amor...-disse Tony.

- Diga, meu bem!!!

- Queria te pedir desculpas por não ter te dado tanta atenção hoje.

- Não precisa me pedir desculpas. Ao contrário de mim, você não vê seu irmão quase todos os dias.

- Obrigado por ser compreensivo.

- Sabe, Tony... Eu sei que não tenho experiência nenhuma em relacionamentos, mas acho que tem coisas que não tem como não entender.

- O que você quer dizer com isso?

- Quero dizer que não tem como não entender que você não me deu tanta atenção pelo fato de seu irmão estar aqui. E na verdade, isso não é totalmente verdadeiro... Você estava tentando me inserir na conversa de vocês a todo momento.

- Eu fiquei receoso de que você se chateasse comigo.

- É isso que eu queria dizer. Como eu poderia me chatear ao ver meu namorado, feliz da vida, conversando com seu irmão? Não tem como!!! Eu estava feliz por você estar feliz, e isso nunca mudará. Eu sempre ficarei feliz ao te ver feliz, Tony.

- Há pessoas que sentem ciúmes de família também, amor. Eu sou ciumento apenas em relação a outros homens, mas já conheci pessoas que sentem ciúmes até da sombra.

Inclusive já tive namorados que implicaram com a relação que meu irmão e eu temos.

- Não sei quem foi esse seu namorado, mas ele é um bobo. Eu quero estar sempre ao seu lado, Tony. Eu vou me alegrar quando você se alegrar e vou me entristecer quando você se entristecer.

- Meu amorzinho está tão romântico hoje.......... - Tony me beijou com carinho.

- Eu só estou percebendo que meu lugar é aqui contigo. Nunca me deixe, Tony.

- Eu sou seu, André. Sempre serei!!!

Acredito que Tony adormeceu sem ao menos me dar boa noite, eu conseguia ver o sorriso em seu rosto, mesmo dormindo.

Provavelmente ele estava feliz por seu irmão estar ali conosco... Era muito bom ver meu namorado feliz daquele jeito, acho que isso era um sentimento muito puro mesmo.

Eu estava feliz apenas por ver Tony feliz, só sente isso quem gosta de verdade mesmo.

Tony já estava em seu terceiro sono e eu ainda não tinha conseguido nem cochilar. Senti meu telefone vibrar e olhei para ver do que se tratava.

Para minha surpresa, Carlos me escreveu perguntando como eu estava e dizendo que ele estava desesperado.

- O que está acontecendo, Carlos?

- Cara... Eu preciso muito te encontrar.

- Como assim?

- Eu me abri com meus pais... A coisa aqui em casa está pegando fogo, eu estou me sentindo perdido. Preciso conversar com alguém... Me ajude, por favor!!!

- Fica calmo, Carlos. Eu recentemente passei por isso... Eu sei o que você está sentindo.

- Então me ajuda, André. Eu não estou te pedindo nada extravagante. Só quero conversar pessoalmente com alguém, eu preciso desabafar antes de explodir.

- Calma, calma. - pensei no que escrever em seguida; eu queria ajudar Carlos mas não queria causar outra briga com Tony. Eu sei que poderia ser errado, mas eu não podia deixar Carlos na mão, eu sabia como ele estava se sentindo. Como eu poderia dar as costas a alguém que precisava do mesmo tipo de ajuda que eu estava precisando dias atrás? Eu não tinha coração para negar essa ajuda.

- Então a gente pode se encontrar? - Carlos perguntou...

----------continua--------/

Comentários

Há 3 comentários.

Por Niss em 2015-10-22 15:17:32
Aí não quero acreditar!!! Itak se o André perder o Tony por causa desse filho da putinha do Carlos.... Vou descer do salto viu!! Eles são tão lindos e encaixados juntos, daí aparece esse mal comido disposto a estragar o relacionamento dos dois.... Por favor hein... Não sei não, mas acho que a Aline está certa... Espero pelo próximo. Kisses, Niss.
Por Disturbia em 2015-10-22 14:41:42
Estou sentindo cheiro de treta no ar, MDS muito fofo esse Tony, apaixonei rsrs'. Aguardo ansioso pelo próximo capítulo, e obg por ler a minha série, bjs de Luz, abraços :*
Por edward em 2015-10-22 14:38:58
Nossaaaa.André não va encontrar Carlos essa bicha ta Armando algo. Aline é muitooooo engraçada,amo ela,vou aguardar o próximo capítulo que vc disse q ela vai ter uma participação especial.posta logo