Em busca da felicidade - Cap. 14

Conto de Itak como (Seguir)

Parte da série Em busca da felicidade

Niss e Ramon... Hoje estou sem tempo de dar retorno pra vocês, rss, mas saibam que aprecio muito o fato de vocês estarem acompanhando a série.

Beijos e abraços aos dois e para os que estão lendo mesmo sem comentar. Beijo!!!

Ahhh... O capítulo de hoje não tem nenhum acontecimento importante, mas faz parte pro desenrolar da história. Beijos!!!

--------

Depois de uma longa noite de sono, era hora de acordar para a realidade. Por mim, ficaria naquela cama o dia inteiro ao lado do Tony, mas infelizmente, precisava retomar minha vida normalmente.

Abro meus olhos e percebo que Tony não está ao meu lado, escuto um barulho na cozinha e presumo que Tony esteja preparando o café, eu realmente queria ficar deitado pro resto do dia. Me levantei e abri a porta do quarto caminhando em direção à cozinha, percebi a mesa toda arrumada com um café da manhã super bem preparado com torradas, ovos mexidos, frutas, iogurte, suco, café preto passado no coador de pano... Amo isso!!!

Tony percebe minha presença e vem em minha direção me dar um abraço e um beijo de bom dia.

Eu ainda estava incrédulo perante a tanta perfeição, ele era o namorado dos sonhos. Checo meu celular e percebo que Aline mandou uma mensagem dizendo que estava muito feliz por mim e que ela desejava que tudo ficasse melhor ainda. Deixo meu celular em cima da mesa e chamo Tony para tomar uma ducha comigo, ele rapidamente atende meu pedido.

Trocamos carícias dentro do banheiro enquanto tirávamos os últimos vestígios de preguiça e sono debaixo daquela água deliciosa, escovo os dentes enquanto Tony se enxuga e se veste.

Tony vai para a mesa enquanto eu termino de fazer minha higienização, escuto o telefone tocar e presumo que é Aline, sem me importar com essa coisa de privacidade, pedi a Tony que checasse meu celular.

Assim que saio do banheiro e me visto, vejo Tony com uma expressão de poucos amigos me encarando como se eu tivesse feito algo abominável. Ele coloca a mão na cabeça enquanto eu pergunto a mim mesmo o que estava acontecendo, parado em frente ao sofá.

- Que porra é essa, André? - Tony atira o meu celular no sofá falando totalmente alterado.

- O que aconteceu?-pergunto pegando meu celular e lendo a mensagem na tela.

"Bom dia... Quando podemos nos encontrar novamente? Não consigo parar de pensar em você nem sequer um minuto. Carlos."

- Quem é Carlos, André? - Tony falou num tom mais alto e eu pude perceber que ele tremia, não sei se de raiva ou nervosismo.

- Calma, Tony... Carlos é um cara que eu conheci na boate...

- Você está saindo com outro cara, André?- Tony parecia estar fora de si, totalmente dominado pelo ciúme.

- Não não não!!!! Eu o conheci na boate no dia em que você foi me buscar...eu não conversei com ele depois daquele dia.

- Então por que ele disse "novamente"? Vocês se encontraram recentemente?- Tony continuava a alterar sua voz e eu fiquei mais nervoso ainda.

- Não não não.!!!!!- eu pareço um vitrola quebrada repetindo a mesma coisa. - Nós nunca mais nos falamos depois daquele dia, acho que ele deve estar se referindo a gente se ver mais uma vez, mas ele não sabe que agora eu sou comprometido. Tenha calma, por favor!!! - eu praticamente implorava enquanto Tony apertava seus punhos como alguém que estivesse prestes a ter um ataque de fúria, ele abaixou a cabeça novamente fazendo um sinal negativo e permaneceu em silêncio tentando se acalmar.

- André... - Tony respirou fundo enquanto eu caminhava até a mesa e me sentava ao seu lado.

- Tony... Só existe você em minha vida, eu juro. Você precisa se acalmar, confie em mim, por favor. - eu continuava implorando como se eu tivesse culpa, mesmo sabendo que não tinha.

- André...- Tony permaneceu em silêncio por mais um momento como se estivesse procurando palavras em sua mente. - André... Me desculpe.

- Tudo bem... - eu me aproximei dele colocando minha mãe em seu rosto e lhe dei um pequeno selinho.

- Eu disse a você que não queria que você conhecesse essa parte de minha personalidade, eu sou extremamente ciumento. Quando eu li essa mensagem, tudo que eu pude pensar no momento era que você estava saindo com esse cara... Quando eu tenho meus ataques de ciúmes, eu fico totalmente cego, não consigo pensar direito, meus pensamentos ficam embaralhados...

- Tudo bem, meu bem... Você não sabia da existência de Carlos, eu consigo entender seus ciúmes...- abracei Tony muito forte e disse que eu era só dele.

- Me perdoa!!! Eu sei que deveria te ouvir primeiro antes de explodir, mas acredite em mim, eu me controlei o máximo que pude. Acho que por você ser tão novo, eu consegui me controlar um pouco. Me perdoa!!!

- Eu não preciso te perdoar... Eu no seu lugar, sentiria ciúmes também.

- Eu sei... Sentir ciúmes não é um problema, mas sim a maneira que você reage diante do ciúme. E eu sei que minha reação não é das melhores. Tenha paciência comigo, por favor. Talvez esse seja o meu maior defeito!!!

- Eu terei paciência hoje, amanhã, depois de amanhã e quantas vezes for preciso, mas confie em mim !!! Eu jamais vou te trair, jamais vou trocar esse sonho que estou vivendo por uma simples aventura. Eu... Eu gosto muito de você, Tony.

- Eu também já gosto muito de você, André. Tanto que eu mesmo fico surpreso em ver como esse sentimento está crescendo numa velocidade assustadora.

Tony me tomou em seus braços me beijando em forma de desculpas, ele me acariciava e me abraçava muito forte. Eu retribui seu gesto de carinho e insegurança com um sorriso e um beijo bem quente.

Percebemos que aquela discussão tinha feito o ponteiro do relógio voar; nos apressamos para tomar nosso café e nos arrumarmos para o trabalho. Saímos de casa e nos despedimos com um beijo carregado de sentimentos puros e verdadeiros.

Estávamos indo em direções opostas e assim que eu dobrei a esquina, recebi uma mensagem de Tony pedindo perdão e dizendo que eu nunca me esquecesse de que, apesar de tudo o que venha a acontecer, seu sentimento por mim era verdadeiro. Em meio a mil pedidos de desculpas, ele finalizou com a seguinte frase: "- Bem vindo a um relacionamento adulto!!! As brigas também fazem parte de um relacionamento, lembre-se disso. Um beijo, meu lindo...".

Eu não estava assustado com a reação de Tony porque eu me coloquei em seu lugar, talvez eu teria agido de maneira diferente, mas eu tenho certeza que sentiria ciúmes.

Quanto a nossa primeira briga, eu simplesmente não sabia como agir; até então tudo estava indo tão bem que nem pensei numa briga assim. Tony realmente se controlou muito, talvez por eu ser mais novo, talvez pela insegurança de que eu o troque por alguém mais novo, não sei...

No caminho para o trabalho, enviei uma mensagem para Carlos dizendo que eu estava namorando, por isso não achava justo eu me encontrar com ele porque isso poderia causar brigas em meu relacionamento.

Carlos se mostrou compreensivo mas disse que ainda poderíamos nos encontrar apenas como amigos, que agora ele sabia que eu eu era comprometido e por esse motivo, ele não tentaria nada, apesar de querer.

Confesso que suas palavras fizeram muito bem ao meu ego, essa coisa toda de flertar era algo que eu não tinha vivido até o momento; talvez seja por isso que Tony tinha medo de começar um relacionamento comigo, medo de que as oportunidades batessem em minha porta e despertassem o meu interesse para experiências novas.

Cheguei ao trabalho e comecei meu dia entusiasmado, não sei o porquê. Eu trabalhava e pensava o que faria em relação à faculdade, eu não achava que conseguiria me manter trabalhando meio período e eu sabia que a vida de um universitário era muito corrida. Eu ainda tinha o resto da semana para decidir o que faria, apenas orei em silêncio pedindo a Deus que eu tomasse a decisão certa... Sim, eu acredito em Deus, não sou religioso, mas acredito em uma força maior!!!

O resto do dia correu bem. Tony me mandava mensagens durante o dia todo ainda se desculpando pelo ataque de ciúmes e eu o tranquilizei dizendo que não estava magoado, que entendia os motivos dele e que nós dois resolveríamos qualquer problema que aparecesse pela frente. Ele ainda insistiu que eu fosse para sua casa depois do trabalho mas eu achei melhor ir para minha casa, eu precisava me encontrar com os outros dois rapazes.

Saindo do serviço, fui direto para casa e todos já estavam lá. Márcio e Gabriel me deram boas vindas e me disseram que se eu precisasse de qualquer coisa, eles estariam à disposição. Foi decidido que meu parceiro das tarefas domésticas seria Edgar e eu aceitei numa boa. Conversamos os quatro a respeito das regras e eu disse que não tinha nenhuma objeção, mas que tinha algumas idéias que poderiam melhorar e que todos se beneficiariam.

Durante a conversa, expus o que eu achava ser melhor e, para minha surpresa, todos concordaram comigo. E assim as regras passaram a ser:

Numa semana uma dupla ficaria responsável pela comida, compras e limpeza da casa; na semana seguinte a outra dupla ficaria encarregada, simples assim. Expliquei a eles que como a vida de todos era muito corrida, seria legal que pudéssemos descansar uma semana, por isso seria melhor que os serviços gerais fossem feitos por uma dupla em semanas alternadas. Achei legal eles terem aceitado minhas idéias, afinal de contas, eu acabara de me mudar.

Naquela semana Márcio e Gabriel eram "as domésticas", então eu não precisaria me preocupar com nada. Jantamos e cada um foi para seu quarto depois de tudo limpo. Permaneci na sala e liguei para meu pai para saber como estavam as coisas.

- Oi, meus filho.

- Oi, pai. Como o senhor está?

- Estou bem... Aguentando as reclamações de sua mãe...

- Por isso mesmo eu liguei, queria saber como ela se comportou depois de saber que o senhor já sabia de tudo.

- Mal, muito mal, André. Tivemos uma briga muito feia e ontem eu dormi no seu quarto... Pelo visto, hoje também será assim. Sua mãe não está falando direito comigo, está se sentindo traída.

- Perdão, pai. Eu sei que a culpa é toda minha.

- Não é!!! Você não tem culpa se sua mãe não consegue abrir um pouco a mente para a realidade. Infelizmente isso é algo que nós teremos que aprender a conviver, mas jamais se culpe pelas atitudes de sua mãe.

- Acho que eu não deveria ter dito que o senhor estava sabendo de tudo...

- Mesmo que você não tivesse dito, eu diria. Não iria me esconder atrás dos panos para me livrar dessa.

- Eu sei que o senhor diria...

- Mas e então? Como foi a mudança e como seus novos colegas de quarto reagiram à sua chegada?.

- Na verdade, foi muito bom. Todos eles foram muito simpáticos comigo, acho que foram com minha cara.

- Fico feliz. A convivência no dia a dia será bem melhor se vocês se derem bem. Te desejo muita sorte, meu filho.

- Obrigado, pai.

- Agora eu quero te perguntar uma coisa e acredito que eu tenha direito de saber. Eu disse que respeito sua decisão em me contar sobre seu namoro quando você se sentir bem, mas eu me preocupo com você...

- O senhor está certo, pai. O senhor tem sido tão compreensivo comigo... O senhor realmente tem o direito de saber.

- Como ele se chama, meu filho?

- Antônio, mas todos o chamam de Tony.

- E quantos anos ele tem? - tremi na base ao ouvir essa pergunta, tive medo de revelar a idade de Tony, mas cedo ou tarde meu pai saberia.

- 38, pai. - preparei meu tímpanos para ouvir ...

- Minha idade, André?

- Sim...

- Eu não sei o que dizer... Você não acha melhor namorar alguém da sua idade?

- Pai... Ele é legal... Ele me trata bem e gosta de mim. E o mais importante de tudo, ele quer namorar sério e, os homens da minha faixa etária, geralmente só querem saber de curtição. Eu estou muito feliz com ele, acredite!!!

- Mesmo assim eu me preocupo com você. Eu acho que ainda não estou preparado para conhecer seu....seu namorado, mas vou ter uma conversa com ele.

- Eu tenho certeza de que o senhor vai gostar dele. E se não gostar, apenas dê uma chance a si mesmo para conhecê-lo melhor.

- Vamos ver, André, vamos ver.

- Então era isso, pai!!! Se o senhor precisar de alguma coisa, conte comigo.

- Pode deixar... Mas na verdade sou eu que tenho que te dizer isso, meu filho. Se cuide e mantenha a cabeça firme, eu sempre te ensinei a ser um homem que tem princípios, então não vá se corromper.

- Pode deixar, meu velho. Mais uma vez, muito obrigado.

Desliguei o telefone e em seguida liguei para Tony. Contei a ele como foi meu dia e também sobre a conversa com meu pai. Ele disse que entendia perfeitamente a preocupação de meu pai e que ele estava disposto a ter essa conversa com ele quando ele quisesse.

Ficamos uns 20 minutos conversando amenidades e me despedi dele só depois de prometer que amanhã eu iria lhe fazer uma visita.

Depois disso fui para o quarto e Edgar ainda estava acordado. Ficamos um bom tempo conversando. Ele me perguntou como tinha sido me assumir para meus pais e disse que um dia minha mãe aceitaria isso; também disse que tinha um primo gay e que com esse primo as coisas tinham sido bem piores, pois tanto o pai como a mãe não o apoiaram... Levantei minhas mãos para o céu agradecendo ao fato de que meu pai me apoiava e Edgar concordou comigo.

- Mudando de assunto...-disse Edgar.

- Pode falar, cara.

- Sua amiga tem namorado?

- Não... Ela está livre, por quê?

- Ah, cara. Eu achei ela muito gatinha e gente fina. Fiquei interessado...

- Sim, realmente ela é linda e muito gente fina, mas ela não é como essas garotas de hoje em dia...

- Como assim?

- Ela é uma mulher que respeita a si mesma. Então se você acha que ela é fácil e que vai conseguir levá-la pra cama do dia pra noite, tire seu cavalo da chuva.

- Que isso, cara!!! Eu nunca cheguei a pensar isso. E também não faria nada por saber que ela é sua amiga.

- Fico contente em ouvir isso.

- Eu achei ela muito interessante, de verdade. Eu quero conhecê-la melhor, não quero ser sacana com ela, fique despreocupado.

- Aline é a única amiga verdadeira que eu tenho, ela é uma irmã para mim... Se suas intenções são boas, eu te ajudo no que for preciso, pois eu só quero a felicidade dela.

- Então eu posso contar contigo?-perguntou Edgar sorrindo.

- Deixa comigo. Vou preparar o terreno.

- O que você vai dizer?

- Falar sobre você... Você é um homem boni...- travei na hora.

- Sou um homem bonito? É isso que você ia dizer?

- Sim... Mas fiquei com receio de você achar que eu estou dando em cima. - Edgar riu alto.

- Corta essa, cara. Eu não sou o tipo de homem que diz que homem não acha homem bonito. Todo homem, gay ou hétero, sabe muito bem quando um outro homem é bonito ou feio. Acontece que um homem hétero não admite que acha outro homem bonito, mas ele sabe que é, acredite.

Quando um homem fala que outro homem é boa pinta ou que tem presença, acredite, é porque ele o achou bonito. Mas eu não tenho essas paranóias... O irmão de Aline, por exemplo, é um cara muito bonito... Admitir isso não me faz ser gay.

- Caramba... Estou admirado com suas palavras.

- É a verdade... Todo homem sabe quando um homem é bonito, mas o machismo o impede de admitir.

- Entendo... E o Carlos realmente é um homem bonito. Passei minha infância inteira admirando sua beleza. - ri descontraído.

- Você era apaixonado por ele?

- Não. Eu apenas o achava bonito.

- Seu namorado é um homem bonito, André?

- Acho que sou suspeito pra falar.-sorri

- É bom saber que você já se sente à vontade. Saiba que você pode conversar comigo sobre qualquer coisa, ok? Não tenho vergonha de nada.

- Valeu, Edgar. Que bom que você é assim. Márcio e Gabriel também são de boa como você?- Edgar permaneceu em silêncio.

- Promete guardar segredo, André?

- Prometo... Você está me assustando.

- Os dois são de boa... Mas o Gabriel..- Edgar fez uma pausa. - Ele é bi...

- Sério? - perguntei assustado.

- Sim... Mas ele não sabe que eu sei, então não abra o bico, por favor.

- Como você sabe disso?

- Teve um final de semana que o Márcio foi pra casa da namorada e disse que não voltaria até segunda-feira. Eu ia para o interior visitar meus pais e disse que só voltaria na segunda-feira também. Acontece que tive um imprevisto e acabei não indo...

- E o que aconteceu?

- Voltei pra casa e fiquei no meu quarto deitado, tentando dormir. Logo depois o Gabriel chegou e foi para a sala assistir televisão, ele achava que estava sozinho em casa, mas eu estava no quarto. Ele fez uma ligação não sei para quem e começou a conversar... Infelizmente eu acabei ouvindo a conversa toda... Foi assim que eu descobri que ele é bi...

- E ele não descobriu que você estava em casa?

- Depois de horas eu saí do quarto e ele se assustou. Eu disse que aconteceram algumas coisas que me impediram de ir visitar meus pais. Disse também que tinha capotado pois estava muito cansado.

Ele se desculpou por fazer barulho e eu disse que eu tinha o sono pesado e não ouvi nenhum barulho.

- Por que você não disse que escutou a conversa?

- Porque isso é coisa dele... Se um dia ele quiser me contar, tudo bem. Mas se ele prefere ficar calado, vou respeitar isso. Eu não me importo com isso, se ele gosta de sair com homens e com mulheres, isso é problema dele.

- Caramba... Quando meu namorado souber que um dos rapazes com quem eu vivo é bi, com certeza ele sentirá ciúmes.

- Mas André... Você não sabe de nada, esqueceu?

- Ops... É verdade... - ri alto.

- Sério mesmo... Eu não devia te contar porque não é minha vida, mas confio em você. Talvez o Gabriel se abrirá contigo por já saber que você é gay...

- Seja como for, só o futuro dirá...

- Exatamente. Eu não te contei isso, ok?

- Contou o quê?

- É assim que se fala, garoto. - Edgar começou a rir.

Ainda conversamos mais um pouco até que o sono bateu e eu adormeci sem perceber. Provavelmente eu o deixei falando sozinho.

No dia seguinte, quarta- feira, acordei e fui cuidar da vida. O dia todo foi muito corrido e eu estava exausto; a única coisa que me animava era saber que a noite eu iria visitar meu namorado.

No fim do dia, voltei para casa, tomei um banho e avisei os rapazes que não jantaria em casa, mas que voltaria para dormir.

Fui me encontrar com Tony e ele já estava com a comida na mesa me esperando... Jantamos, namoramos, conversamos sobre várias coisas até chegar a hora de me despedir. Estava realmente muito cansado, tanto que ele percebeu isso e nem me procurou para fazer sexo.

A quinta-feira também foi corrida e eu passei o dia inteiro pensando sobre a faculdade. Sexta-feira era o prazo de fazer minha matrícula e isso me deixou muito estressado. Troquei minha folga de sábado com um de meus companheiros de trabalho porque queria ter a sexta-feira livre para poder resolver esse assunto, mesmo sabendo que eu já tinha tomado minha decisão.

Combinei com Tony que iria dormir em sua casa e disse que sexta-feira eu não trabalharia. Ele disse que havia trocado suas aulas de sexta com outro professor e também estaria de folga. Eu lhe perguntei o motivo de ele querer folgar na sexta-feira e ele disse que iria comigo na universidade para fazer minha matrícula e depois ele tinha que fazer outra coisa importante.

Eu simplesmente não soube o que falar, não queria decepcioná-lo, mas eu já tinha tomado minha decisão de que não iria me matricular...

Talvez eu estivesse tomando a decisão errada, mas eu sabia que não seria possível financeiramente me manter e estudar ao mesmo tempo. Se eu não precisasse pagar aluguel, comida e essas coisas, tudo seria mais fácil. Infelizmente nem tudo é como a gente quer, por isso decidi que eu iria me esforçar para conseguir um outro emprego que me desse melhores condições financeiras e, no fim do ano, eu prestaria vestibular novamente. Sei que um ano é tempo suficiente para esquecer muita coisa, mas me comprometi comigo mesmo que iria me afogar nos livros a fim de estar preparado para o vestibular no fim do ano.

Também sei que Tony me reprovaria por não me matricular, mas isso era uma decisão apenas minha e de mais ninguém.

---------- continua--------

Comentários

Há 3 comentários.

Por edward em 2015-10-21 23:03:14
To amando sua série.so fiquei triste pq Aline não deu as caras ,mas to adorando
Por Disturbia em 2015-10-20 23:28:19
Meu Deus, acabei de conhecer seu conto hj, li ele todo já kkk, ansioso pelos próximos capítulos, já chorei e tudo com a história, bela escrita. Espero que o André não me decepcione e se matricule na faculdade, já fiz várias coisas que podem acontecer kkk, mas isso deixa pra mim mesmo ver se acertei ou não hahahah. Queria dizer que eu também escrevo uma série aqui, O Sola Não é Para Todos, é lógico que minha escrita não se compara a sua, comecei agr, mas gostaria que vc desse uma olhadinha hahaha. Continue assim. Bjs de luz
Por Niss em 2015-10-20 02:21:33
Viaadooo cara, como assim?? kkk Esses seus capitulos são muito envolventes hahaha, viajo geral neles kkk... Tem uma linguagem bem leve e muito mas, muito confortável de se ler. Meus parabens Itak. Estou amando tudo isso de verdade.-Agora geente que babado! Gabriel, bi... Hummmmm Esse ataque de ciumes do Tony foi fofinho, mas, não seria bom com os companheiros de casa do nosso amigo... Porem ele ainda assim é um namorado dos sonhos!!! Adoro... Espero pelo proximo. Kisses, Niss...