Em busca da felicidade Cap. 12

Conto de Itak como (Seguir)

Parte da série Em busca da felicidade

ChrisDiamond - seja bem vindo. Continue acompanhando a série...

Henry Thorne - Então... Eu pensei na possibilidade dos dois morarem juntos, mas ainda é muito cedo para isso. O André precisa aprender a encarar a vida com as próprias pernas e se os dois fossem morar juntos logo de cara, a história perderia muito conteúdo. Valeu por comentar!!! Aos poucos vou ganhando leitores e isso me anima muito.

Niss - Meu leitor mais fiel, rss. Fico feliz que tenha gostado desse capítulo. Eu entendo isso de estar sem tempo e querer ler, estar sem tempo e querer escrever, acontecesse comigo todos os dias.

Ah... E o Tony realmente é o tipo de pessoa ideal para se relacionar... Na verdade, o Tony seria o protagonista dessa história porque eu me identifico mais com ele do que com o André, mas lendo alguns contos nesse site, percebi que o André se encaixava mais no perfil dos leitores. Beijos!!!!

Pessoal... Muito obrigado aos que estão acompanhando a série. Espero que eu esteja correspondendo as expectativas de vocês.

No capítulo de hoje, contarei um pouco mais da vida de Tony para que vocês possam conhecer melhor a trajetória de vida dele até aqui. Espero que gostem e boa leitura.

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Não

Depois de ter me emocionado com aquela demonstração de afeto entre meu pai e eu, resolvi ir até a casa de Aline para conversar um pouco. Na verdade, eu precisava me encontrar com ela, pois na correria de todos esses dias, mal consegui contar as novidades.

Cheguei lá e seus pais não estavam, Carlos atendeu a campainha e pediu que eu entrasse. Disse que já estava de saída mas que eu poderia me sentir em casa;

- Ora,ora!!! Que milagre o senhor por aqui...

- Vim lhe trazer esse humilde presente. - caímos na gargalhada.

- Como o senhor pode ser tão ingrato, hein? Aff...

- Desculpa, minha amiga!!! Tanta coisa aconteceu que eu não tive tempo de fazer nada.

- Vamos lá. Conte-me tudo.

- Desde o começo?

- Não, André. Me conta só o final que já me contentarei. - Aline fez cara de séria.

- Calma, mulher.

- Estou naqueles dias...ah!!!! No dia da confusão, fui pra casa sem entender direito o que aconteceu. Como é que seus pais souberam que você estava numa boate gay?

- Eles souberam através do Carlos, que ligou no telefone de casa.

- Carlos? Meu irmão Carlos?- Aline perguntou assustada.

- Não não... Nesse dia eu conheci um rapaz na boate, ele se chamava Carlos. Lembro de ter conversado com ele um pouco e logo saí da boate para fazer uma ligação. Como eu havia pedido que ele me esperasse e não voltei, ele se preocupou e ligou pra minha casa pra saber se eu tinha chegado bem ...

- Puxa!!!! Que mancada.

- Na verdade foi legal da parte dele. Eu estava muito bêbado, então ele mostrou se preocupar.

- Gatinho?

- Olha... Ele era um gato sim...

- Ebaaaaaaaaaaa...

- Mas agora eu sou um rapaz comprometido, então não preciso mais dessas coisas. - ri alto

- O quê? Você tá namorando?

- Achei que você sabia... Você passou meu endereço pro Tony.

- Sim... Mas não imaginei que ele tinha vindo aqui te pedir em namoro. Achei que ele queria conversar contigo, enfim, me conta logo. Já perdeu o cabaço?

- Sim...- Falei envergonhado e Aline deu um grito altíssimo de felicidade.

- Finalmente, menino. O menino virou homem, hahhaha!!!

- Sua besta...

- Sério, amigo. Estou feliz por você, Tony parece ser um cara muito decente. Tenho certeza que ele vai cuidar bem do meu amigo.

- Sabe, Aline... Parece um sonho... Eu tenho medo de acordar a qualquer momento.

- Pensamentos negativos não são bons para um início de ralacionamento. Pense sempre que as coisas darão certo e você verá que tudo sairá bem ou até melhor do que você planeja.

- Mudando de assunto... Amanhã você pode me ajudar com a mudança?

- Claro que posso. Seu pai vai levar suas coisas?

- Não. Tenho que conseguir alguém que possa fazer isso.

- Tudo bem. Eu peço ao meu irmão...

- Seu irmão já sabe o que aconteceu?

- Eu contei para o pessoal de casa... Eu queria que você viesse morar aqui com a gente...

- Como eles reagiram?

- Meus pais disseram que não iriam se meter nisso, mas em último caso, te ajudariam no que fosse preciso.

Meu irmão disse que não imaginava que você fosse gay mas que não tinha nada contra.

No geral, eles não acharam ruim eu continuar minha amizade contigo, e mesmo se achassem, eu não te abandonaria.

Passei a tarde toda conversando com Aline e contando o resto dos acontecimentos. Ela me fez contar todos os detalhes da minha primeira vez e eu, com toda minha timidez, tive de contar tudo...

Eu estava feliz por ter uma amiga como Aline, sempre soube que ela estaria do meu lado; agora já tinha três pessoas ao meu lado: meu pai, Aline e meu namorado. Isso me tranquilizava demais, não sei como seria minha vida se não tivesse apoio de ninguém. Acho que muitos gays vivem assim, infelizmente...

Voltei para casa e minha mãe já estava lá. Ela não falou comigo nem para perguntar onde dormi na noite passada, achei muito estranho. A noite chegou e do meu quarto pude ouvir várias vozes na sala, eram pessoas da igreja de minha mãe. Fiquei curioso para saber o que estava acontecendo na sala e de repente minha mãe entrou em meu quarto e pediu que eu fosse até a sala. Perguntei o motivo e ela simplesmente me disse eles iam fazer uma corrente de oração juntamente com o pastor da igreja, que iriam me ajudar a tirar os espíritos que estavam me desencaminhando.

Fiquei horrorizado com aquilo mas resolvi ceder, afinal de contas, no dia seguinte já não estaria mais ali...

Fui até a sala acompanhado de minha mãe e me assustei. Eram mais ou menos 10 pessoas que eu nunca tinha visto em minha vida. Sentia os olhares julgadores sobre mim e tive vontade de mandar todo mundo se f.... Me acalmei e resolvi passar por aquela humilhação...

Pediram que eu me posicionasse no meio do círculo humano que eles formaram e começaram as orações. O pastor colocou suas mãos em minha cabeça e começou a falar de tudo, tudo mesmo. Um sono incontrolável tomou conta de mim enquanto aquelas pessoas oravam... Eu nem entendia o que eles diziam, apenas me conformei e deixei que acontecesse o ritual de "desgayzação"(acabei de inventar essa palavra)...

Eu estava a ponto de explodir de tanta raiva daquilo tudo, mas em respeito a minha mãe, resolvi aguentar até o fim. Como eu já estava prestes a sair de casa, achei que era válido passar por aquilo sem reclamar, ao menos minha mãe estava feliz e esperançosa.

Depois de horas ouvindo a mesma ladainha, o ritual chegou ao fim. O pastor ainda ficou a sós comigo e me deu vários conselhos, ele realmente achava que eu ia "virar" hétero.

Finalmente aquele povo foi embora... Minha mãe agradeceu por eu ter ficado até o fim, disse que me amava muito e que tudo o que ela fazia era para meu bem...

Fui tomar um banho pra lavar minha alma e meu corpo daquela baboseira... Senti-me leve depois do banho, não era para menos.

Logo depois de ir para minha cama, Tony me ligou.

- Oi!!!!

- Oi, meu lindo... Como foi o resto do seu dia?

- Foi tranquilo... Passei a tarde na casa de Aline e depois voltei para arrumar umas últimas coisas... E como foi o seu?

- Tranquilo... Dei minha aula, corrigi provas, trabalhos... Essa é a vida de um professor.

- Eu estava pensando sobre isso... Eu nem sei qual é sua formação, sobre sua família...

- É uma história longa... Quer mesmo ouvir?

- Claro que sim... Eu preciso conhecer a vida do meu namorado.

- Está certo... Bom... Eu venho de uma família de professores, meus pais eram professores também. Infelizmente os professores no Brasil são muito mal remunerados, então nunca tivemos muito luxo. Tenho um irmão mais novo e ele é minha única família no momento.

- E seus pais?

- Eu ingressei na universidade, cursei Licenciatura em Letras quando tinha 17 anos, aos 21 eu me formei e pouco tempo depois meus pais sofreram um acidente de carro e vieram a óbito.

- Sinto muito, Tony...

- É... Foi difícil!!! Quando eu me assumi para minha família, todos me apoiaram. Mas meus tios, tias e primos foram contra... Meus pais basicamente brigaram com a família inteira por minha causa, tanto é que eles se afastaram de todos e até hoje não falo com meus parentes. Hoje em dia as coisas mudaram bastante, mas naquela época a intolerância era muito maior...

- E como vocês se viraram?

- Bem... Meu irmão na época tinha 15 anos e eu 21... Como eu já era maior de idade, não podia receber pensão, mas meu irmão recebia e eu passei a ser seu responsável.

Como eu disse, meus pais nunca foram ricos, mas eles pagavam um seguro de vida muito bom, assim nós não ficamos desamparados.

Como eu estava responsável por meu irmão, fiz alguns investimentos com esse dinheiro do seguro. Eu comecei a trabalhar e usava meu salário para o sustento de casa. Naquela época nossa moeda não era tão desvalorizada como hoje em dia, então eu comprei dólares e deixei o dinheiro aplicado, tanto o meu quanto o do meu irmão...

- Nossa!!! Você foi muito inteligente...

- Eu tinha que ser... Nós não podíamos contar com mais ninguém, só tínhamos um ao outro.

- E como foi que você virou professor?

- Eu só tinha meu diploma e nada mais. Ser professor numa cidade grande e concorrida exige muito mais que apenas um diploma. Então enquanto meu irmão cursava o Ensino Médio, eu trabalhei de tudo o que você possa imaginar, fazia de tudo mesmo. Meu objetivo na época era não tocar no dinheiro do seguro e acho que fiz muito bem... Eu passei o único apartamento que meus pais deixaram para o nome do meu irmão, talvez por ele ser mais novo que eu, achei que era minha obrigação fazer isso.

Logo que meu irmão terminou o ensino médio, ele conseguiu passar no vestibular para estudar Bacharelado em Turismo na UNESP, foi então que eu decidi que podia seguir com meus planos. Meu irmão já tinha completado 18 anos e eu achei que ele saberia se virar sozinho, a gente sempre se deu muito bem e ele me garantiu que iria se comportar.

- E quais eram seus planos?...- perguntei empolgado em ouvir aquela história...

- Eu já tinha 24 anos, trabalhei mais um ano e estudei muito, muito mesmo, houve uma época em que eu pensei que ficaria louco de tanto estudar, mas tive minha recompensa.

Eu consegui uma especialização nos Estados Unidos, usei o dinheiro do seguro que meus pais deixaram e fiquei dois anos lá. Terminei minha especialização e voltei para o Brasil... Meu irmão já estava usando a parte dele e eu sabia que era o suficiente pra ele se manter até sua formatura; logo que voltei ao Brasil, as coisas foram ficando mais fáceis. Eu já tinha meu diploma e uma especialização em língua inglesa fora do país, isso facilitou muito ao procurar emprego. Eu trabalhava em escolas particulares e também dava aula em cursinhos, ganhava o suficiente pra me manter, mas eu precisava de mais qualificação se quisesse dar aula em alguma universidade pública, pois você sabe que ser funcionário público é mais seguro.

André?

- Eu estou ouvindo... Pode continuar.

- Ok... Como eu precisava de mais qualificação, estudei para passar no processo seletivo e consegui. Fiz meu mestrado na mesma universidade em que me formei, na USP.

- O que você estudou?

- Educação!!! Mas antes do mestrado eu também fiz uma especialização em metodologia e didática aqui no Brasil, fiz com o resto do dinheiro que havia sobrado.

Enfim... Terminei meu mestrado e comecei a estudar para o concurso... Eu dava aulas em duas universidades privadas e o salário até que era compensador, mas eu queria ser funcionário público por conta da segurança.

Eu estudava muito naquela época, só estava esperando sair o edital pra fazer as provas, mas eu também tinha outros planos, um deles era de fazer doutorado.

- Você fez?

- Não... Rss... Mas ainda farei, acho que ainda tenho alguns anos de vida pela frente.

- Seu bobo...

- Como eu tinha abdicado minha parte no apartamento que meus pais deixaram para a gente, eu precisava comprar um para mim. Conversei com o gerente do banco que eu era cliente na época e consegui financiar o valor do apartamento, esse apartamento que vivo hoje.

Foi muito bom ter meu cantinho, mas eu precisava pagar; então eu desisti de fazer as provas do concurso e resolvi trabalhar o máximo possível. Foi quando eu decidi parar de dar aulas na universidade...

- Mas o salário não era melhor do que dar aula pro Ensino Médio?

- Sim, com certeza... Mas não me sobrava tempo para nada. Na universidade eu lecionava inglês, literatura e metodologia científica... E justamente por eu ser o professor de metodologia científica, os alunos me procuravam muito... Eu era orientador de muitos alunos, muitos mesmo, e eu não achava justo dizer que não podia quando eles me pediam que eu fosse o orientador deles...

- TCC?

- Isso mesmo, trabalho de conclusão de curso!!! Isso me tomava muito tempo; por esse motivo eu decidi sair da universidade e comecei a dar aulas para o Ensino Médio, dar aulas particulares, fazer correção de TCC segundo as normas da ABNT, fazer resumo em língua estrangeira do TCC, etc...

- Isso foi mais lucrativo?- perguntei.

- De certa forma, sim... Porque eu estava ganhando para isso e me sobrava mais tempo para estudar. Olhando para trás, acho que tomei a decisão certa.

- Você desistiu de ser professor universitário?

- De maneira alguma. O concurso público ainda é minha meta, mas antes disso eu ainda tenho algumas coisas a mais para fazer. Eu terminei de pagar meu financiamento recentemente... Era pra ter terminado antes, mas quando meu irmão se formou, ele também quis fazer especialização fora do país, então eu disse a ele que o ajudaria financeiramente.

- Você é um homem incrível.

- Eu apenas fiz o que precisava ser feito. Meus pais sempre confiaram em mim, sempre me respeitaram, mesmo depois de eu me assumir gay, era o mínimo que eu podia fazer... Sei que eles ficariam orgulhosos de mim.

- E onde está seu irmão agora?

- Em Curitiba. Ele fez sua especialização em marketing nos EUA e quando voltou ao Brasil, conseguiu um bom emprego por lá. Infelizmente não nos encontramos tanto quanto gostaríamos devido à correria de nossas vidas, mas sempre que temos a oportunidade ele vem pra cá ou eu vou para lá, pelo menos nos vemos de três a quatro vezes ao ano.

- Isso é muito legal... Eu também tenho um irmão, ele mora com uma tia minha no interior por conta de seus estudos. Também nos damos muito bem, mas não sei como será a próxima vez que nos encontrarmos.

- Por que você diz isso, meu lindo?

- Ah... Cedo ou tarde eu vou ter que contar sobre mim...

- Vai dar tudo certo... Pense positivo.

- Eu espero que sim...

- Então é isso... Esse foi um pequeno resumo de minha vida... Mas alguma coisa de minha vida que meu namorado quer saber?

- Vixi!!!! Muitas coisas... Mas acho que por hoje você já falou demais,né?

- Que nada!!! Se for para você, repito a história novamente.

- Seu bobo...

- Esse bobo aqui já está morrendo de saudades de você. - corei novamente, definitivamente eu precisava me acostumar com esses mimos...

- Eu também estou com saudades, Tony...

- É bom que esteja mesmo. Porque eu não consigo parar de pensar em te beijar novamente.

- Quando será que vamos nos ver novamente?- perguntei.

- Como assim? Amanhã, é claro.

- Sério?

- Mas é claro!!! Amanhã você faz sua mudança de dia, arruma suas coisas à tarde e vem dormir aqui a noite.

- Isso é um convite?

- Não, é uma ordem. Amanhã você dorme aqui comigo pela primeira vez... Teremos a primeira vez de muitas coisas, isso é o bom do início de um relacionamento.

- Mas eu já dormi aí...

- Falou certo! Você apenas dormiu aqui, apenas dormiu... Amanhã você virá dormir, mas como meu namorado...e também não vamos apenas dormir porque eu tô louco de vontade de sentir teu corpo novamente.

- Hum... Você sabe que eu fico sem graça quando você fala essas coisas, né?

- Sem graça? Quero ver essa timidez desaparecer amanhã quando você estiver rebolando no meu pau...

- ..........

- Hahahahhha - Tony gargalhava.

- O que tem de engraçado?- perguntei

- Queria ver sua expressão quando eu falo essas coisas obscenas.

- Assim você me deixa mais sem graça ainda...

- Eu amo essa sua inocência, André... Obrigado por existir.

- Você foi meu primeiro homem... Acredito que com o tempo eu vou me soltar mais.

- Eu sei disso... E fico muito feliz em saber que eu fui o seu primeiro e que serei o seu único.

- Pode apostar!!! - sorri de felicidade quando ele disse isso.

- Bom... Acho que agora é hora de dormir; você tem muita coisa pra fazer amanhã e eu também.

- Ei... Obrigado por me ligar.

- Não precisa agradecer por isso... É apenas meu dever como namorado. Vê se descansa bem para aguentar o dia de amanhã.

- Vou fazer isso. Um beijo grande!!!

- Outro beijo maior ainda pra você, meu lindo.

Desliguei o telefone e fiquei deitado pensando em nossa conversa; como era bom ter um namorado, ter alguém que se preocupa com você, ter alguém com quem se preocupar, no bom sentido.

Adormeci aos poucos me lembrando de cada momento, apesar de poucos, que estive com Tony... Definitivamente eu estava no caminho certo em busca da felicidade...

------------continua ----------

Comentários

Há 2 comentários.

Por edward em 2015-10-21 22:31:58
Adorooooooo Aline .to amando A série
Por Niss em 2015-10-16 00:35:48
Ma-ra-vi-lho-so!!! Amei muito cara, hahaha ri horrores com essa conversa final do Tony kkkkk... Ai gente esses religiosos não prestam memso, mas, adorei o "desgayzação", pois, tanto a palavra quanto a ação não existem... Sou sim o seu leitor fiel!! Achei bem fofa a ação da Aline em contar a familia sobre o amigo, espero ter amigxs assim... Quanto ao Tony... Incrível, ele é umm namorado dos sonhos, romantico, engraçado e safadinho hahaha.. To adorando de verdade Itak. Espero pelo proximo, de seu leitor fiel, kisses, Niss.