Em busca da felicidade - Cap. 11

Conto de Itak como (Seguir)

Parte da série Em busca da felicidade

Respondendo aos comentários do cap. 10

Niss - obrigado mais uma vez por me acompanhar e pelos elogios... Pois é... O André tá ficando mais saidinho. Daqui a pouco ele escancara a porta do armário de vez, hahhaha. Os dois são muito fofos juntos, mas muita coisa ainda vai acontecer.

Beijos...

Henry Thorne - seja bem vindo!! Que bom que terei mais um leitor nessa série. Obrigado pelo elogio quanto à escrita, mas sei que preciso melhorar muito. Fiquei praticamente 9 anos sem escrever, então é bom receber um elogio. Muito obrigado... Continue acompanhando a série e comente sempre. Beijos.

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Fiquei totalmente incrédulo diante daquele pedido, pensei estar ouvindo errado mas tinha a sensação de que tudo era real. Um misto de felicidade e espanto tomaram conta de mim de tal forma que eu perdi a voz. Abracei Tony fortemente e permaneci assim por uns cinco minutos sem falar nada, não era preciso falar nada, minha linguagem corporal respondia positivamente aquele pedido. Quando eu consegui sair daquele estado de êxtase, dei um selinho em Tony e disse:

- Ser seu namorado era tudo o que eu queria desde que te conheci.

Tony me abraçou ainda mais forte e um lindo sorriso brotou em seu rosto. Tomamos uma ducha e voltamos para a cama, não estava mais preocupado com horário e nada, queria apenas aproveitar aquele momento tão mágico que era fruto dos meus desejos mais insanos.

Levemente sentia um incômodo na região anal, mas imaginei que aquilo deveria ser normal. Tony me tratava com tanto carinho, seus toques e beijos eram doces e suaves, quando me abraçava, parecia me proteger de tudo... Eu sentia proteção em seus braços, indescritivelmente aquilo era muito bom.

- André... O que você achou da sua primeira vez? -disse Tony sorrindo

- Por ter sido com você, eu amei cada segundo, mesmo tendo sentido muita dor.

- Eu sei como é, mas com o tempo você se acostuma, acredite.

- Obrigado pelas palavras, mas uma coisa me preocupa: você é experiente, já saiu com várias pessoas... Tenho medo de não te satisfazer sexualmente, tenho medo de que você acabe procurando fora por eu não ser tão bom quanto você espera.

- Olha, André... Você ainda não me conhece bem, mas com o tempo você vai me conhecer e ter a certeza de que isso é a coisa que você menos deveria se preocupar.

Sexo não é um dom, sexo vem do aperfeiçoamento. Essa foi nossa primeira vez, é normal que você se sinta inseguro, até mesmo eu.

- Mas você foi ótimo em todos os sentidos.

- Você não tem um ponto de comparação, logo você acha que eu fui bom, mas com o passar do tempo eu vou conhecer seu corpo mais e mais, vou descobrir aos poucos o que te excita, onde tocar, o jeito de tocar, e o mesmo acontecerá contigo em relação a meu corpo; é assim que as coisas funcionam, meu namorado...

Era tão bom ouvir Tony me chamar de seu namorado, como aquilo era bom. Ficamos ali deitado na cama até que adormecemos, abraçados, sentindo o calor do corpo um do outro, melhor sensação vivida em toda minha vida.

Acordei por volta de uma hora da manhã e me deparei com Tony me olhando...

- O que você está fazendo aí parado? - perguntei sorrindo.

- Nada! Estava vendo você dormir e te admirando ao mesmo tempo. - corei de vergonha, aquilo era algo que eu precisaria me acostumar.

- Estou muito feliz por você ter dado uma chance a nós dois, de verdade.

- Eu já deveria ter feito isso antes, André. Não deveria ter deixado passar tanto tempo, foi um risco que eu corri. Você poderia ter conhecido outro cara nesse tempo em que eu fiquei em dúvida, mas ainda bem que você não conheceu ninguém. Sou um homem de sorte!!!

- Tenho algumas coisas pra te contar... Algumas confissões....

- Espero que sejam boas. - Tony disse com um olhar meio preocupado.

- Meus pais descobriram sobre minha sexualidade no dia em que eu fiquei bêbado e você me socorreu naquela boate.

- Eu achei que seus pais já sabiam... devo me preocupar?

- Não, não é necessário.

- Como eles reagiram?

- Meu pai reagiu muito bem para o que eu esperava. Minha mãe está dificultando as coisas, ela é muito religiosa e isso tem deixado o clima lá em casa muito tenso.

- Se você quiser eu posso conversar com seus pais, sei lá, tentar mostrar que nosso namoro é sério. Às vezes os pais tem mais medo de que um filho se entregue à promiscuidade, ao mundo das drogas, bebida... Mais uma vez que eles percebem que seu filho ou filha estão num relacionamento sério, as coisas melhoram um pouco.

- Por agora eu prefiro que a gente mantenha nossa relação sem que eles saibam. - respondi com certo receio de que Tony não gostasse.

- Entendo e respeito sua decisão, mas coloque em sua cabeça que nem sempre será assim, ok? Um dia eles terão de saber que estamos juntos, André.

- Eu sei... Mas no momento eu estou dando um jeito nas coisas. Depois que tudo se acalmar, vou te apresentar a meus pais, te prometo.

- Tudo em seu tempo, André, fique tranquilo.

- Tem mais uma coisa... Depois de amanhã eu me mudo de casa.

- Como?

- É isso mesmo, rss, a situação ficou insuportável depois que minha mãe descobriu. Ela passou a me monitorar e praticamente me prender dentro de casa. Conversei com meu pai e ele me apoiou a seguir meu caminho, então eu decidi que vou sair de casa.

- E você já tem um lugar para ir?

- Sim... Vou dividir um lugar com mais 3 rapazes. Já os conheci e estou muito otimista em relação a tudo isso.

- E a faculdade?

- Isso é o que me preocupa. Eu me classifiquei no vestibular e ontem eu vi que houveram algumas desistências, tenho uma semana pra me matricular.

- Então semana que vem eu irei contigo pra fazer a matrícula.

- Eu ainda não me decidi sobre isso.

- Como assim?

- Depois de tudo o que aconteceu em casa, eu coloquei em minha cabeça que minha prioridade seria conquistar minha independência. Provavelmente eu não terei condições de iniciar o curso e me manter, financeiramente falando.

- Mas é uma universidade pública... Você não devia desperdiçar uma oportunidade dessas.

- Eu sei... Mas eu preciso de um tempo até me estabilizar, pelo menos um semestre ou um ano. Preciso ter a certeza de que terei condições de me manter.

- Talvez eu possa te ajudar.

- Não!!! Tony.... Você é meu namorado, não meu pai. Lembre-se disso, por favor. Não quero que você me trate como uma criança por conta de nossa diferença de idade, quero que você me trate como seu namorado.

- Eu sei que você pode pensar dessa forma, mas é dever de um namorado cuidar de seu namorado. - Tony sorriu

- Você é lindo, Tony.

- Deixa chegar segunda-feira... Você se muda, arruma suas coisas e depois decidiremos o que será melhor pra você.

- É melhor assim mesmo... Uma coisa de cada vez.

- Sua mãe deve estar preocupada por você não ter voltado até agora.

- Se ela não me ligou até agora é porque meu pai deve ter dito algo que a tranquilizou. Estou tranquilo quanto a isso.

Ficamos conversando a madrugada quase toda. Provavelmente Tony queria mais sexo apesar de não ter demonstrado, mas eu acho que não aguentaria dar novamente no mesmo dia, pois aquele incomodo naquela região ainda persistia.

Como já era madrugada mesmo, decidi não voltar pra casa, queria ficar com meu namorado o máximo de tempo possível.

Me acomodei nos braços de meu homem e dormi como há muito tempo não dormia em minha vida, foi um sono leve e com direito a vários sonhos, um melhor que o outro.

Acordei com um doce beijo em meus lábios....

- Bom dia, André!!!

- Bom dia, Tony. - falei ainda bocejando.

- Você estava tão lindo dormindo... Juro que não queria te acordar, mas depois de nossa conversa de ontem, acho melhor você aproveitar e ir pra casa enquanto sua mãe está na igreja. Eu também preciso corrigir algumas provas e tenho aula particular hoje à tarde.

- Aula particular? Homem ou mulher?

- Homem...

- Gay? - perguntei sem nem perceber o papel ridículo que estava fazendo logo no primeiro dia de namoro.

- Não sei... É a primeira vez que eu vou dar aula pra esse rapaz, não faço idéia de como ele é. Por acaso o senhor está com ciúmes, seu André?

- Claro que não... Só perguntei por curiosidade. - precisava urgentemente de um óleo de peroba para passar em minha cara de pau.

- Eu gosto de saber que alguém sente ciúmes de mim, principalmente se esse alguém for você, meu lindo.

- Tá bom, tá bom... Eu confesso!!! Não sei o motivo, mas só de imaginar que você estará com um homem sozinho, eu sinto ciúmes. Acho que nunca senti isso antes porque nunca tive namorado, então acho que eu realmente sou ciumento.

- Não há nada de errado em sentir ciúmes, na verdade faz bem para a relação desde que seja moderado e fundamentado, lembre-se sempre disso.

- Você é ciumento, Tony?

- Muito... Espero que você nunca chegue a conhecer esse meu lado no último estágio... De verdade eu espero que você não passe por isso, pois eu posso ser um "pé no saco".

- Cedo ou tarde conhecerei esse seu lado, você não vai conseguir esconder isso pro resto da vida.

- Hummmmmm... Pro resto da vida, é?

- Assim espero, seu Tony...

Me joguei nos braços de Tony e fui procurando sua boca com sede de um beijo bem molhado. Lembrei que ainda não tinha escovado os dente e parei num simples selinho...

- Só isso???? - Tony disse com ar de decepção.

- É que ainda não escovei os dentes. - assim que terminei a sentença, Tony segurou minha nuca bem forte e me beijou com muita vontade. Sua língua passeava em minha boca e eu não sabia se aproveitava o beijo ou se pedia que ele esperasse eu fazer minha higiene bucal.

- André... Você provavelmente deve me achar um porco, mas eu realmente não me importo com essas coisas. Eu não quero acordar no meio da noite morrendo de tesão e pedir que você vá escovar os dentes antes de te beijar, isso cortaria meu tesão e o seu também, não acha?

- Bem... Pensando por esse lado...

- Não sou um gay fresco... Há coisas mais importantes com as quais temos que nos preocupar dentro de uma relação. É óbvio que não farei alguma coisa que te deixe desconfortável, mas coisas pequenas como essa não me incomodam nenhum pouco.

Sou seu namorado... Não terei nojo de você e nem de seu corpo... Muito menos de seu corpo que é uma delicia.

Corei de vergonha, rss... Eu realmente teria que aprender muitas coisas nessa relação.

Nos levantamos, tomamos um banho e nos arrumamos para voltar pra casa. Eu queria ir de ônibus mas Tony insistiu em me deixar em casa, mesmo que fosse em algum lugar perto.

Dentro do carro, Tony dirigia e conversava comigo sobre várias coisas, tudo aquilo era fantástico pra mim. Num determinado momento ele ficou dirigindo com uma mão, a outra ele estendeu e fomos assim o tempo todo... Era muito lindo o carinho que ele tinha para comigo, senti-me no paraíso.

Chegamos em minha casa e aparentemente só meu pai estava por lá... Me despedi de Tony com um selinho super rápido, pois tinha medo de que alguém visse; achei melhor que meus pais não soubessem ainda desse meu relacionamento.

Entrei em casa e me deparei com meu pai assistindo tv.

- Bom dia, pai!!!

- Bom dia, André...

- Antes que o senhor fale qualquer coisa, peço desculpas ao senhor por não ter avisado que não voltaria. Isso não estava em meus planos e imagino que o senhor teve muito trabalho pra acalmar a mãe...

- Sua mãe queria ligar pra polícia, mas eu disse que sabia onde você estava. Ainda assim ela não ficou muito feliz, mas se conformou.

- Perdão, pai...

- Você já está namorando, não está?

- Pai... - fiquei sem reação.

- Você não precisa me falar se não quiser, mas eu só te peço que seja responsável e se cuide.

- Quando eu achar que é o momento certo eu conversarei com o senhor e com a mamãe sobre isso.

- Como você quiser. Já decidiu quando vai se mudar?

- Amanhã cedo...

- E o trabalho?

- Vou inventar alguma desculpa para faltar... Nunca faltei, não acho que vão achar ruim.

- Eu te ofereci ajuda com a mudança mas acho que não há como faltar ao trabalho. Você me entende, né?

- Claro, pai. Pode deixar que eu dou um jeito... Não tenho tanta coisa assim, posso me virar sozinho.

- Você vai falar com sua mãe?- pedi a meu pai que esperasse um minuto e fui até o quarto.

- Aqui está, pai. Quero que o senhor entregue essa carta pra mamãe depois que eu já tiver me mudado, provavelmente amanhã à noite.

- Você não acha que é melhor falar com ela pessoalmente?

- Pai... Nessa carta está escrito tudo o que ela precisa saber sobre mim... Se eu for falar pessoalmente, ela me interromperá inúmeras vezes e o senhor sabe disso. Eu virei visitar vocês sempre que possível, mas no momento, acho que ela precisa de um tempo pra digerir essa história toda.

- Então tudo bem... Vou fazer como você está me pedindo.

- Valeu, pai!!! Não sei o que eu faria sem o senhor, muito obrigado por tudo, muito obrigado mesmo.

Dei um abraço em meu pai e fui para meu quarto preparar algumas coisas pro dia seguinte. Depois de verificar se não estava esquecendo nada, decidi ir até a cozinha. Antes que meu pai percebesse que eu estava indo para a cozinha, parei e fiquei espiando, ele estava lendo a carta e com lágrimas nos olhos...

"Mãe... Eu tenho tantas coisas pra te dizer, tantas coisas que eu mesmo me perco em meio a essa carta. Eu não sei se a senhora vai entender o meu lado, mas queria deixar escrito algumas coisas importantes sobre mim durante todo esse tempo. Caso eu decidisse conversar com a senhora pessoalmente, sei que a senhora fugiria do assunto e tentaria impor o que a senhora acha ser certo, por isso preferi deixar essa carta para que a senhora pudesse saber tudo o que eu gostaria de dizer.

Mãe... Desde meus cinco anos de idade eu sabia que eu era diferente... Pode parecer mentira, mas eu sabia. Passei minha infância toda ouvindo coisas do tipo:"homem não chora", "homem não pode achar outro homem bonito", "homem tem que ser macho" e todas essas outras coisas que a sociedade heterossexual impõe às crianças.

Fui ao colégio e ouvi as mesmas coisas dos meus colegas de classe.

Desde o primeiro ano, eu era rejeitado pela maioria dos meninos... Talvez eles também sabiam que eu era diferente, sabiam que eu não me interessava pelas mesmas coisas que eles, sabiam que apesar de eu não ser feminino, minha preferência era outra. Por esses e outros motivos, eu sempre fui excluído de tudo em sala de aula.

O tempo foi passando, fui crescendo e entendendo mais das coisas e mesmo assim, a rotina na escola era a mesma.

Perdi as contas de quantas vezes eu chorava escondido por não saber o que fazer em relação a isso tudo, eu queria ser como os outros meninos, brincar de futebol e paquerar as meninas, mas eu simplesmente não conseguia.

Os abusos verbais nunca foram cessados, agressões físicas começaram a medida em que eu crescia. A senhora se lembra como muitas vezes eu chegava em casa com um braço roxo, ou uma perna machucada? Eu sofria na escola, sofria o preconceito por ser diferente. Sempre tentei esconder isso de vocês, pois sabia que não teria apoio dentro de casa. Graças a Deus o pai tem sido compreensivo comigo, mas eu queria ter sua benção. Queria poder voltar a conversar com a senhora da mesma forma que fazíamos antes da bomba explodir...

Eu tentei, eu juro que eu tentei. Eu saí com meninas, eu me policiei quanto a minha forma de agir e pensar, eu tentei de tudo, mas não deu. Sei que a senhora acredita em Deus, então gostaria de lhe fazer uma pergunta... Na verdade, não é uma pergunta, mas sim um desabafo para que a senhora possa fazer uma reflexão e, quem sabe, ver a realidade das coisas.

Mãe... Deus é bom e ele sabe o que faz. Deus não criaria um gay para depois ignorá-lo, pense nisso. Deus me ama do mesmo jeito que ama a todas as outras pessoas nesse mundo, eu sei e sinto isso; não escolhi ser gay por capricho, eu apenas sou assim. Eu tenho fé que um dia a senhora conseguirá me ver de uma forma diferente, tenho fé que voltaremos a ter aquela relação bonita de mãe e filho. Eu sei que um dia isso acontecerá, e quero agradecer por tudo o que a senhora fez por mim até hoje.

Eu não lhe julgo por não entender minha sexualidade, sei que muitas pessoas não entendem, por isso quero te pedir que apenas reflita.

Eu tenho um caminho longo e difícil para seguir. Assim como fui várias vezes humilhado na escola, sei que passarei por humilhações por toda minha vida pelo fato de ser diferente. Mas eu quero encarar isso, quero bater de frente contra tudo e todos; eu sei que não mereço passar minha vida inteira fingindo ser algo que não sou, eu sei que tenho o direito de ser feliz, mas minha felicidade nunca será completa se eu não sentir o seu amor comigo.

Decidi sair de casa por achar que já é hora de dar o primeiro passo e viver minha vida como um homem independente, principalmente depois de tudo o que aconteceu. A senhora não se sente mais confortável dentro de casa sabendo que sou gay, então resolvi respeitar sua dor e deixar o tempo passar; eu tenho certeza absoluta que um dia a senhora vai reconsiderar seus pensamento, eu acredito nisso porque eu te amo.

Eu nunca deixarei de ser seu filho assim como a senhora nunca deixará de ser minha mãe... Sempre te amarei incondicionalmente e sempre estarei aqui quando a senhora precisar de mim, é só me chamar.

Há muitas outras coisas que eu gostaria de falar/escrever, mas como eu disse, as palavras somem enquanto escrevo. Acho que tudo o que eu realmente queria te dizer é que eu te amo e sinto orgulho de ser seu filho, de verdade.

Lembre-se que Deus está com cada um de nós independente de religião... Doutrinas não podem ser maiores que o amor!!!

Eu te amo!!!"

Obs: Dentro da gaveta do meu guarda-roupa, deixei um filme e gostaria que a senhora assistisse junto com o pai. O filme se chama "Orações para Bobby" e reflete a realidade de muitos gays nos dias de hoje...

Assistam, por favor!!!

Vi que meu pai chorava muito... Eu nunca o vi chorando tanto. Acho que de certa forma ele se sentia culpado por saber que minha vida nunca foi fácil e que eles nunca puderam me ajudar justamente por não saberem o que acontecia comigo. Eu não tinha escrito nem 1 % de tudo o que eu já vivi dentro da escola, mas meu pai parecia sentir cada letra naquela carta.

Ele levantou a cabeça e me viu observando seu choro; meu pai veio até mim, me abraçou e pediu perdão por nunca ter notado nada. Eu lhe disse que aquilo não era culpa dele e que estava feliz por ele me ajudar agora, que era o momento que eu mais precisava. Choramos juntos abraçados... Naquele dia, mais do que nunca , eu tive certeza que meu pai sempre estaria ali quando eu precisasse....

---------- continua------------

Comentários

Há 3 comentários.

Por ChrisDiamond em 2015-10-15 14:40:21
Amo forte! Esperando a continuação
Por Henry Thorne em 2015-10-14 16:24:03
Lindo e poderoso ;( amei demais e me emocionei também, seria legal se tony convidasse andré para morarem juntos, mas entendi que ele quer que andré cresça e até o próprio quer, espero que ele não largue a faculdade, ansioso pelo próximo :)
Por Niss em 2015-10-14 07:56:55
Gente!!! Esse foi o capítulo mais foda Itak.... Muito reflexivo... Adorei a forma de os dois se encaixarem nesse relacionamento, o Tony realmente é um tipo de pessoa com qual eu desejo me relacionar... Isso é raro e muito bonito. Adorei o seu capítulo. . E foi tipo assim, eu lia e me arrumava, lia mais um pouco e me arrumava. Kkkkk não contive a ansiedade. Espero pelo próximo. Kisses, Niss.