01x06 - Desentendimento Entre Irmãos

Conto de historiador como (Seguir)

Parte da série Entre Dois Corações (Remake)

HOJE VOU COMEÇAR CANTANDO UMA MÚSICA CLÁSSICA PRA VOCÊS!! LÁ VAI: a lua me traiu...acreditei que era pra valer... VAI GENTE, CALYPSOOOOOO

OI OI GENTE! Estou histérico? Talvez um pouco! É que estou ansioso pra entregar esse capítulo, então não vou enrolar aqui não!! Só quero agradecer a vocês leitores e comentaristas. Minha vida, minha série, nada teria graça sem vocês. Obrigado por estarem aqui, já no sexto capítulo. Obrigado de verdade.

•Beats: awn, muito obrigado ❤❤❤ você ainda não viu nada, as reviravoltas vão ficar ainda maiores e mais complexas com o passar do tempo (e dos capítulos), espero que ainda esteja aqui quando isso acontecer. Obrigado por comentar, volte sempre, beijos e até logo.

•Anônimo: ENTÃO CHEGA DE ESPERA!! Eu sei que demorou a sair, me perdoe, do fundo do coração!! Eu estive ocupado essa semana (porque teve o aniversário da mamãe), mas não desista da série okay? Muito obrigado por comentar, e não se esqueça de voltar. Beijos no coração, te vejo nos comentários.

•Josha: A Gabrielly é um sonho de amiga! hahaha obrigado por comentar, fico muito feliz quando vejo leitores novos. Por favor não demore a voltar. Quero te ver no final desse capítulo, la nos comentários, combinado? Um grande beijo, obrigado. Nos vemos em breve.

✨ BOA LEITURA ✨

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<ENTRE DOIS CORAÇÕES>

Música Tema: Love The Way You Lie (feat. Eminem) - Rihanna.

Capítulo VI: Desentendimento Entre Irmãos.

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Desembarcamos no aeroporto da Ilha de Manhattan, há pouco mais de vinte quilômetros da casa de Hélio, que ficava na própria Ilha. A viagem me pareceu mais longa do que de fato foi, e eu não sabia se era devido à náusea que me cercou durante todo o trajeto, ou se era devido ao fato de Gabrielly não parar de tagarelar no meu ouvido. Talvez ambas as opções tivessem sua parcela de culpa.

Gabrielly elogiava absolutamente tudo o que via pela sua frente, e eu estava a ponto de mandá-la calar a boca. Ainda nem havíamos saído do aeroporto, e tudo o que ela sabia fazer era comparar as coisas que haviam ali com o aeroporto do Brasil.

Hélio e Christopher andavam alguns passos à nossa frente, simplesmente ignorando o fato de Gabrielly e eu sermos turistas inexperientes.

Acelerei o passo, apenas assentindo e concordando com o que quer que fosse que Gabrielly estava dizendo.

— Christopher... — Hélio parou para falar, fazendo com que eu o alcançasse mais rapidamente — Liga pro motorista e pede pra ele vir buscar a gente. Não vamos pagar por uma corrida de vinte quilômetros no táxi.

Olhei para Christopher e para Hélio, enrugando a testa. Se ele não era o motorista, o que era? Um segurança pessoal? Uma espécie de chófer?

— Okay. — Christopher assentiu, puxando seu blackberry do bolso traseiro do jeans rasgado — O senhor está com pressa?

Eu ainda estava intrigado. Ele chamou Hélio de "senhor", então era uma espécie de empregado. Mas qual era a sua função? E por que estava trabalhando para Hélio? Ele me parecia inteligente demais pra trabalhar como subordinado de alguém.

— Não. — Hélio sorriu — Diga a ele que nós vamos comer alguma coisa por aqui. O Ethan e a Gabrielly devem estar morrendo de fome.

— E estou mesmo. — Gabrielly se pronunciou, apoiando-se no meu ombro — O que vai ser? MC Donalds?

— Não senhora. — Hélio a advertiu — Eu vi muito bem você atacando os aperitivos do avião, mas não você comendo nada que preste.

Revirei os olhos. Até pareciam pai e filha.

Christopher reagiu da mesma forma que eu, se afastando de nós com o celular no ouvido. Ele tinha um andar confiante, quase que ameaçador. Segurança? Mas estava sempre fazendo ligações a pedido de Hélio. Secretário? De qualquer forma, Christopher parecia bastante íntimo de Hélio. O suficiente para não ter que usar trajes formais para exercer a sua função.

— Vamos. — Hélio disse seguindo para a esquerda — Tem um restaurante aqui perto que é maravilhoso. Foi o primeiro que eu visitei quando cheguei em Nova York, e desde então eu sempre venho jantar aqui com o Christopher.

Gabrielly e eu seguimos Hélio, e novamente Gabrielly começou a apontar todas as coisas e elogiar, falando sem parar. Mas dessa vez eu estava intrigado demais para sequer fingir que estava prestando atenção na minha melhor amiga.

Porque Hélio e Christopher vinham jantar juntos? Eles vinham sozinhos?

Olhei para Hélio, andando em silêncio, dando um sorriso de vez em quando, provavelmente com algo que Gabrielly dissera. Ele não era nenhum "papa anjo" - eu acho -, e mesmo que fosse, a forma como ele tratava Christopher não era tão afetuosa quanto a de um casal seria. Era quase tangível o respeito que Christopher tinha por Hélio, e o mesmo podia se dizer sobre a afeição que Hélio tinha por Christopher.

(...)

— E quando você vai mostrar a cidade pra gente? — Gabrielly disse com a boca cheia de alface, engolindo a sua salada e dando mais uma garfada no seu prato quase vegetariano.

— Eu não sei se vou poder. — Hélio, ao contrário de Gabrielly, engoliu sua comida antes de falar — Eu adiei muitas reuniões que não podiam ser adiadas, só para poder ir pro Brasil. Os sócios e acionistas já devem estar organizando um motim pra me tirar da presidência e diretoria. — Ele riu — Mas o Christopher pode levar vocês, e o nosso motorista vai estar sempre à disposição também, é só vocês pedirem.

— Aliás... — Agora Gabrielly estava com a boca vazia. Ela olhou para os lados e se inclinou na direção de Hélio, com um olhar sério — Me desculpe pela indelicadeza, mas o Christopher é o seu namorado?

Hélio e eu engasgamos ao mesmo tempo, mas ele foi o único que começou a rir. Eu o olhava discretamente, curioso para saber a resposta dele.

— Não. — Hélio disse ainda rindo, mas com um tom de seriedade em sua voz — Eu sei que deveria ter dito antes, mas eu estava esperando o momento certo pra dizer. — Ele engoliu em seco, me olhando sério — O Christopher é meu filho.

E então eu não consegui ouvir mais nada. O garfo metalizado escapou da minha mão e caiu sobre o prato de porcelana, fazendo um barulho chamativo.

Hélio e Gabrielly me olharam, e Gabrielly pareceu ter a mesma reação que eu ao receber a notícia.

Meus olhos encheram-se de lágrimas. Fazia muito mais sentido agora. Ele tinha outra família aqui, que ele amava mais do que a mamãe e eu. Ele não nos abandonou. Hélio havia nos trocado por outras pessoas.

— Pai! — A voz de Christopher chamou de longe, confirmando a revelação de Hélio. O observei se aproximar acenando. Seus cabelos eram negros e brilhosos, como o de Hélio, e seus olhos negros como carvão podiam muito bem ter sido castanhos um dia, como os Hélio. — Achei que o senhor levaria eles para comer alguma coisa mais "brasileira". — Christopher disse sorrindo ao se aproximar da nossa mesa, inclinando-se sobre ela. Ele tinha a pele mais clara que a de Hélio, e era quase do seu tamanho. O que significa muito maior do que eu.

— Porque? — Respondi antes que Hélio pudesse explicar — Quer dizer então que no Brasil a gente não come salada?

Christopher gaguejou, mas eu não o deixei falar. Levantei da mesa jogando meu guardanapo sobre ela e olhei para Hélio. Não havia palavrões suficiente para expressar o ódio que eu estava sentindo pelo homem que me gerou.

Virei de costas e os deixei sentados na mesa, seguindo para longe deles. Eu sentia vontade de socar chutar tudo o que passava pela minha frente, desde as latas de lixo até os seres humanos idiotas que cruzavam o meu caminho. Eu queimava de raiva por dentro como jamais sentira antes.

Muito legal, agora eu tinha um irmão. Meio-irmão! Aliás, ele não era nada meu, assim como Hélio também não. Eu era filho de uma mãe solteira e de um pai que sumiu no mundo e morreu por aí em qualquer esquina. Pra mim Hélio, o meu pai, estava morto, e aquele homem era um completo desconhecido.

Parei em um ponto de táxi e sentei ao lado de um homem vestido de amarelo e branco. Ele me olhou por um breve momento, e então voltou a entreter-se com o seu celular.

Respirei fundo, apoiando os cotovelos nas pernas e colocando a cabeça entre as mãos. Eu queria pegar um táxi e ir para longe daquele lugar. Na verdade, queria pegar um avião de volta para a minha casa, meu namorado, meus outros amigos...

— Você não precisa sentir ciúme. — Uma voz rouca e suave me fez erguer a cabeça. Christopher estava sentado ao meu lado, com um molho de chaves em suas mãos. O encarei, me perguntando como ele chegou ali sem fazer nenhum tipo de barulho, mesmo com um molho de chaves na mão.

— Eu não sinto ciúme dele. — Respondi mudando de expressão, o olhando como se ele fosse alguma espécie de idiota. De onde ele tirou que eu tinha ciúmes de Hélio? — Eu sinto ódio. Raiva.

— Não sei como consegue. — Christopher deu de ombros — Ele é de longe a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida. Ele me deu um lar quando tudo o que eu tinha era uma caixa de papelão molhada pela chuva. Ele me deu carinho quando tudo o que eu tinha era hematomas de brigas de rua.

— Não era mais do que a obrigação dele! — Falei irritado. Como ele podia deixar um filho em uma situação dessas?

— Não! — Christopher pareceu irritado também — É por isso que eu sou tão grato a ele. Não era obrigação dele. Ele não era nada meu.

Olhei para Christopher confuso, mas não me pronunciei. Esperei que ele terminasse.

— Eu não sou filho biológico dele. — Christopher murmurou — O meu pai... O verdadeiro..., incendiou a nossa casa comigo e com a minha mãe ainda lá dentro. Minha mãe tinha a opção de fugir ou me deixar fugir. E ela me colocou pra fora de casa.

Engoli em seco e desviei o meu olhar para o chão. Hélio podia sim ter ajudado Christopher, mas isso não fazia dele o melhor pai do mundo. Talvez fosse para Christopher. Mas não para mim.

— Ele não é santo. — Falei entredentes — Então pare de colocar uma auréola nele, e tire a imagem dele da sua parede. Ele pode até ter sido uma boa pessoa pra você. Mas isso não significa que ele seja assim com todos.

Me levantei e andei de volta para o restaurante, sem nenhuma pressa. A atitude de Hélio não o redimiu, nem amenizou o que ele fez comigo e com mamãe. Mas eu não bancaria a vítima. Hélio fez a sua escolha, e nesse momento ele morreu para mim. Eu não ia chorar por isso. Não ia criar caso. Apenas seguiria a minha vida, como eu fiz todos eses anos junto com a minha mãe.

— Eu achei que você não voltaria, então eu bebi o suco por você, okay? Okay. — Gabrielly disse enquanto eu me sentava à mesa, chacoalhando o copo vazio na minha frente.

— Tudo bem. — Sorri simpático para ela, pegando meu garfo e comendo a minha salada normalmente.

— Se não estivesse eu já teria tomado o suco de qualquer forma, eu avisei por educação. — Gabrielly deu de ombros, saboreando um sorvete que ela pegara enquanto eu estive fora.

Hélio não disse nada. Estava concentrado no seu prato, olhando para a comida como se conversasse com ela. Ao seu lado estava um prato de arroz e carne ainda cheio, que eu presumi ser de Christopher. Talvez eu tivesse sido grosso com ele.

Me senti como se tivesse contado a uma criança que coelhinho da páscoa e papai noel não existem, e que não era a fada dos dentes que colocava uma moeda debaixo do travesseiro.

(...)

Terminamos e seguimos de volta para o aeroporto, onde um Porsche preto nos esperava. Gabrielly apertou meu braço com força, certamente estupefata com a ostentação. A olhei com um sorriso infantil, e ela sorriu de volta, completamente animada.

Admirei o carro por alguns instantes, antes que a janela preta fosse baixada quase completamente, revelando um homem de pele negra, boné preto e terno da mesma cor. Ele exibiu seus dentes brancos em um sorriso glorioso e abriu a porta do carona, se endireitando no banco.

— Seja muito bem-vindo, Senhor Parnell. — O motorista disse ainda sorrindo.

Olhei para Hélio, esperando que ele ou Christopher respondesse ao cumprimento do homem recém barbado, mas ambos me olharam pacientes.

Olhei para o motorista assustado e sorri divertido ao perceber que ele estava falando comigo.

— Ah sim, muito obrigado! — Falei ainda sorrindo, acenando com a cabeça — E por favor, não me chame por Parnell. — Pedi com a maior educação que eu consegui entonar.

Fazia anos que eu não assinava ou sequer usava o sobrenome herdado de Hélio, então eu raramente reconhecia quando se dirigiam a mim através dele, mesmo que acompanhado pelo meu primeiro nome.

— Às suas ordens, patrão. — O motorista assentiu sorrindo — E como eu devo me dirigir ao senhor?

— Primeiramente, nada de patrão, ou senhor. — O adverti — Os seus patrões aqui são o Hélio e o filho dele. — Falei, estranhando ao mencionar outra pessoa como filho de Hélio — E depois, você pode me chamar de Ethan. E você é o...

— Scott! — Ele disse imediatamente — Sou Scott, o motorista.

— Muito bem então, Senhor Scott O Motorista. — Falei, sorrindo simpático — Estamos combinados.

Scott assentiu, sorrindo satisfeito.

— Scott, essa é Gabrielly, nossa convidada. — Hélio disse com as mãos nos ombros da minha amiga — Ela vai ficar conosco por um tempo indefinido, então eu o aconselho a usar fones de ouvido à partir de hoje.

Gabrielly repreendeu Hélio com um olhar frio, e depois com toda a falsidade do mundo, acenou timidamente para Scott, sem dizer nenhuma palavra.

Ouvi as travas das portas traseiras serem desativadas e entrei no carro, seguido por Gabrielly e Christopher. Hélio sentou no banco do carona e cumprimentou Scott com um aperto de mão.

— Pra casa? — Scott perguntou enquanto ligava o carro.

— Por favor! — Hélio assentiu, se recostando no banco.

Scott nos colocou na estrada, dirigindo atento. Gabrielly bocejou e deitou no meu ombro, entrelaçando seus dedos nos meus.

— Você ainda tem que me contar sobre a sua primeira vez com o seu namorado mega gostoso. — Ela murmurou mais alto do que eu gostaria.

Christopher sorriu, mas ignorou no assunto. Ótimo. Seria muito mais constrangedor se ele de repente se interessasse pela perda da minha virgindade.

— Não tem muito o que falar. — Sussurrei — Mas quando a gente chegar na casa do Hélio eu te conto tudo.

— Acho bom mesmo! — Gabrielly disse fechando os olhos, e eu suspirei, revirando os meus. Como se ela estivesse em posição de achar alguma coisa.

Fiquei em silêncio, agora ouvindo acidentalmente parte da conversa que Hélio e Scott iniciaram. Eles estavam falando sobre a estadia no Brasil, e sobre a administração da casa enquanto Hélio esteve fora. Aparentemente, estava tudo nos conformes.

— Ele se parece com ela. — Scott disse se virando para me olhar, depois voltou a olhar para a estrada movimentada — E os dois são tão jovens... — Scott se virou para mim novamente — Sinto muito pela sua mãe, garoto.

Agradeci pelos pêsames com um movimento sutil de cabeça, e ele entendeu que eu não queria falar sobre isso. A perda de mamãe ainda era algo recente, e mesmo que eu soubesse que um dia eu teria que falar sobre isso, eu não achava que esse dia teria que ser hoje. E nem que teria que ser com Scott.

— Ele vai ficar bem. — Hélio disse sério, olhando para o espelho retrovisor — Como você disse, ele é parecido com ela. E eu não estou falando somente da estética. Ambos são fortes. Não se deixam abalar. Orgulhosos. — Ele sorriu sozinho, como se tivesse lembrado de algo engraçado.

Corei com os elogios de Hélio, imaginando como era a relação dele com mamãe. Ele falava de um jeito tão carinhoso, apegado a uma lembrança do seu casamento que parecia ir tão bem, até que de repente acabou.

— E ela era linda, com todo o respeito. — Scott comentou — Me admira que ela não tenha seguido a carreira de modelo.

— Ela era estonteante! — Hélio concordou com Scott — Não havia um defeito sequer naquele rosto, e muito menos naquele corpo celestial.

Nisso ele tinha razão. Mamãe era extremamente vaidosa, e apesar de estar com quase quarenta anos, seu rosto permanecia com a aparência imutável de vinte e cinco. Seu sorriso era lindo, seu cabelo loiro estava sempre brilhando, e seu corpo parecia ser desenhado, uma invenção de um grande artista clássico, com cada curva cuidadosamente desenhada. E também tinha os belos olhos azuis, os quais eu herdei e me orgulho deles. E a pele pálida, quase tão alva quanto a minha.

Respirei fundo e sorri, deixando vir à tona todas as lembranças que eu tinha de mamãe. Todas sempre muito boas. Até as suas broncas, que sempre terminavam em alguma risada discreta para que eu não percebesse e deixasse de levar seus sermões à sério. As conversas desinibidas sobre sexo, as histórias que ela contava sobre as viagens que já fez, e os namoros que não deram certo...

Umedeci os lábios e olhei para Gabrielly, que dormia suavemente sobre o meu ombro. Até parecia uma boa garota quando estava dormindo.

Desviei meu olhar para o Christopher. Ele escutava com atenção a conversa de Hélio e Scott, esboçando alguns sorrisos. Ele me olhou e fechou a cara. Será que ele estava bravo por causa da nossa conversa? Dei de ombros. Eu não falei nada mais do que verdades.

— Chegamos. — Hélio disse quando Scott parou o carro em frente a um grande portão dourado — Bem-vindos ao lar. — Ele disse abrindo a porta e saindo do carro.

Sacudi Gabrielly enquanto Christopher descia do carro. Ela abriu os olhos, ainda desnorteada, mas logo se deu conta de onde estava.

— Já chegamos? — Ela perguntou sonolenta, se endireitando no banco de couro preto.

— Já? — Ironizei, indicando que a viagem fora demorada — Você quem dormiu o caminho inteiro.

Gabrielly riu e me empurrou, me pressionando contra a porta do carro. Seu corpo pequeno me pressionava com força contra a porta enquanto sua mão tateava em busca da trava, abrindo ao porta ao encontrá-la, me jogando para fora do carro.

Hélio disse alguma coisa em tom preocupado, repreendendo a minha melhor amiga.

Começamos a rir enquanto Gabrielly saía do carro e fechava a porta, permitindo que Scott tirasse o carro, certamente o levando para a garagem.

Levantei do chão ainda rindo e bati nas minhas roupas, tirando a poeira. Gabrielly ameaçou me derrubar novamente, mas eu a segurei, agarrando seu braço como se estivéssemos entrando em uma igreja para nos casarmos.

Christopher e Hélio seguiram para uma mansão - melhor forma de definir - branca, e eu e Gabrielly os seguimos, ambos sem saber como reagir. Devia ter no mínimo três andares. As janelas eram de venezianas pretas, a porta principal era de vidro, e o caminho era cercado por um gramado verde que eu suspeitaria ser falso, não fossem pelas flores silvestres espalhadas por ele.

Assim que atravessamos o grande portão um carro cinza parou no mesmo lugar onde Scott havia nos deixado. Eu tentava ver a pessoa através dos vidros pretos, mas era impossível. Talvez algum amigo de Hélio ou Christopher.

A porta do carro foi aberta, e uma garota de longos cabelos castanho-avermelhado surgiu. Ela fechou a porta e ativou o alarme, removendo os grandes óculos escuros que escondiam o seu rosto, revelando grandes olhos castanhos. Ela sorriu e correu até os braços de Christopher, o beijando calorosamente.

Christopher envolveu a garota pela cintura, a suspendendo no ar e dando meia-volta com ela. Era linda. Alta.

— Eu não acredito nisso! — Gabrielly disse inconformada — Por que ninguém me avisou que o cara já estava namorando? Eu já estava até arquitetando meu plano pra seduzir ele.

Eu ri, ignorando o beijo cinematográfico do casal e dando minha total atenção à Gabrielly, que murmurava chateada.

— Mas eu não vou desistir! — Ela levantou a cabeça orgulhosa e estufou o peito — Você sabe que eu não desisto fácil. Ainda mais quando quero alguém para mim.

Gargalhei, mas não falei nada a respeito. Na verdade ela desistia fácil dos garotos sim, e fazia isso com frequência. Ele detesta os garotos difíceis, e não fica muito tempo com os fáceis. E eu estava contando para que fosse assim com Christopher também. Eu não queria que Gabrielly arrumasse confusão por causa dele. Seria o fim da paz que eu esperava encontrar naquele lugar.

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É ISSO GALERINHA, AMORES DA MINHA VIDA!! Já sabem, né? Os comentários estão livres e liberados para vocês falarem o que quiser. Vamos ser amiguinhos!

Comentem muito esse capítulo, porque eu amei escrever ele, e quero saber se vocês gostaram de ler. Se sim, diz aí, se não, pode dizer também! Eu Sou humildissemo.

E se vocês não têm conta aqui no site, o outro meio de falar comigo é através do meu email >>> realbienutt@gmail.com

ESTOU SEMPRE À DISPOSIÇÃO DE VOCÊS, VEM NI MIM EMAILS E COMENTARIOS UHUUUIUUL

E agora eu vou deixando meu tchau.

Beijos.

Papai ama vocês.

Comentem.

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contato: realbienutt@gmail.com

Comentem.

Parei. Mas comentem.

Estou fazendo lavagem cerebral. Você vai sentir vontade de dizer o quanto amou esse capítulo.

FUI!!!!!!

Comentários

Há 1 comentários.

Por ®red® em 2016-08-07 10:50:44
Redenção. acho que era isso que o pai de Ethan buscava. não vou mentir achei meio louco o comportamento do Ethan, ele e bipolar? eu não teria ficado bravo e voltado por meia duzia de palavras. Mais em fim e a tua trama, faz o que quiser. Bjn