Entre Duas Partes De Uma Só Pessoa.

Conto de Guilhermewriter como (Seguir)

Parte da série Entre Duas Partes De Uma Só Pessoa.

Com uma mão pesada e com um odor familiar circulando pela atmosfera daquele quarto, Murilo despertou com uma estranha sensação em seu corpo despido e dolorido. Ele piscou os olhos freneticamente por alguns segundos e depois os direcionou para os detalhes do quarto.

Primeiro notou, com facilidade, que estava em seu próprio quarto. Após se certificar disso, observou as cortinas cinzas dançando com a força do vento que entrava pela janela aberta em sua direção. Com isso, seus olhos desviram da janela e vasculham alguma diferença em seu quarto, e encontraram roupas jogadas pelo chão. Por fim, aquele olhar curioso descobriu de quem pertencia aquele braço em cima de seu peito.

Um homem entre 26 e 38 anos estava deitado ao seu lado, com o braço em cima de seu peito, dormindo profundamente. Sua boca carnuda e avermelhada se tornou uma ilha ao redor de sua barba escura e bem feita. Os cílios e as sombrancelhas, assim como o pelo da barba, eram escuros e bem expressivos, dando uma forte presença da masculinidade rústica naquele semblante.

Murilo lançou seu olhar para o restante do corpo do homem ao seu lado e notou que ele também estava despido, mostrando assim os poucos pelos entre seus peitos. Mais abaixo do abdômen, ele pôde ver que o lençol branco enfeitava ainda mais a beleza daquele homem, ocultando seu membro e suas coxas grossas.

Com os olhos ainda na imagem do homem deitado ao seu lado, Murilo, sentindo uma crescente onda de calor, compreendeu os primeiros sinais de excitação de seu corpo e sentiu sua ereção bombear seu membro até então inerte.

Murilo, sendo tomado por seu desejo selvagem, deslizou suas mãos até o corpo daquele homem e viu os seus pelos se arrepiarem na medida que seus dedos alcançavam novos limites. Com isso, ele refez o caminho e se surpreendeu com a força de seu toque no corpo daquele homem desconhecido.

Por outro lado, seu toque não fora capaz de despertá-lo, e isso fez Murilo recuar.

Apesar de estar excitado e com milhões de pensamentos pervertidos correndo por sua mente, Murilo sempre que fazia o ato do sexo com alguém, antes de qualquer preliminar, ele precisava do consentimento consciente. Além disso, não poderia ser virgem também. Ele se recusa a ser o primeiro de qualquer ser que tenha planejado, por um segundo, sua primeira vez.

Com o semblante enfurecido, ele fechou os olhos e perseguiu seu sono, assim como se persegue um inimigo após ele ter derrubado você, e o encontrou sem muito esforço.

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