Descobertas

Conto de LEA como (Seguir)

Parte da série greeks

1 Semana───depois...

A minha vida se resumia naquele momento em basicamente comer, dormir e chorar pra falar a verdade era só dormir e chorar porque eu não estava me alimentando muito bem. Tudo pra mim havia perdido o brilho e coisas que antes me davam prazer, hoje só me faz lembrar dele.do seu cheiro do seu toque, do seu jeito especial de me fazer sentir especial, tudo isso fazia um vazio gigantesco no meu peito e a dor que eu sentia era algo muito ruim.

Eu me sentia ainda mais lixo porque nem a coragem de aparecer no velório dele eu tive.eu não sei explicar o porque de eu não ter ido, talvez eu quisesse guardar a imagem sorridente e feliz dele e não ter pra sempre na memória a imagem dele estirado em caixão frio e inerte.

Minha mãe compreendeu perfeitamente o motivo de eu ter faltado e me apoiou completamente, se bem que me apoiar e só oque minha mãe tem feito. mais falar oque dela? minha mãe e protetora, cuidadosa,amorosa, atenciosa...enfim é mãe.Ela tem sido mais que isso.ultimamente ela tem se dobrado em duas pra me fazer se sentir melhor aprecio o seu esforço,mas não esta dando muito certo.

─ Mino esta tudo bem ? ─ Disse minha mãe preocupada adentrando no quarto.

─ Indo ─ eu respondi olhando o teto do meu quarto estirado na cama.

Ela veio até mim e sentou-se na beirada da minha cama. seus olhos verdes me olhavam carinhosamente, como se quisessem por meio de um só olhar me disser o quanto ela me amava.

─ Você parece cansado. ─ ela disse olhando meu rosto que,pelo quanto eu chorei deveria estar horrível.

─ E o minimo depois de ter perdido o amor da minha vida.

─ Olha filho...─ Seu rosto virou-se para a janela e sua face adquiriu uma expressão de pensamento , como se estivesse lembrando de algo.─ Eu sei que continuar pode parecer insuportável mas tenha a certeza que desistir e ainda mais, e mais você é jovem, bonito alegre e logo logo irá se apaixonar por um rapaz bom que ira te amar tanto quanto Jack o amava.

─ Eu nunca vou me apaixonar de novo.─ disse convicto.

Minha mãe soltou uma risada, como se oque eu tinha acabado de dizer fosse uma piada muito boba.

─ filho, Você não manda no seu coração então não pode escolher se vai ou não se apaixonar, entendeu?

Eu apenas revirei os olhos e puxei o coberto para que cobrisse minha cara.

─ Que bagunça hein? ─ disse minha mãe ao se levantar e ver o estado do meu quarto.─ Vai tomar um banho que eu vou tentar arrumar isso aqui.

Fui me arrastando para o banheiro e quando chego lá fecho a porta.O banheiro do meu quarto não e algo luxoso( já que somos só eu minha mãe) mas diria que e bem confortável. O ladrilho das paredes são pequenas e quadriculadas pastilhas brancas e piso e de uma cerâmica anti-derrapante. Há o vaso sanitário, um box o chuveiro e uma pequena bancada de mármore onde guardo meus produtos de higiene e há também um espelho que bate mais ou menos na altura do minha barriga.

adentro naquela parte do meu quarto onde não tenho visitado muito ultimamente . me aproximo do espelho e vejo como meu rosto esta abatido. Meus olhos azuis não possuíam o brilho de sempre, meus lábios estavam tão secos que já rachavam, minha pele estavam marcada e seca e meu cabelo assanhado e despenteado, resumindo : eu estava um lixo. começo a retirar minhas roupas e continuo a ver meu reflexo no espelho, logo eu estou de frente de um adolescente nu, magro, sujo triste e completamente desamparado, mas fazer oque e o que tem no momento. caminho até o chuveiro e o ligo.

A água correndo pelo meu corpo rapidamente me faz desligar desse mundo por um instante. eu penso sobre tudo oque esta acontecendo comigo. Tirando a dor de perde-lo eu sei que aquilo foi real, eu estava lá e sei que nada do que vi foi invenção da minha cabeça. os últimos dias tem sido um inferno,todos achando que estou louco, a monotomia se apoderando do meu ser e tudo parecendo estar se repetindo a cada dia, e pra ser franco eu não sei até quando isso vai durar.

Eu desperto dos meus pensamentos com um chamado da minha mãe, provavelmente o terceiro já que ela primeiro chama, depois grita e por último berra. eu desligo o chuveiro e pego um toalha que tem na bancada me enrolo e saiu.ao sair encontro meu quarto perfeitamente arrumado e não mais com aquele mau cheiro, mas sim com um doce aroma de flores silvestres.Eu pego um short e uma blusa preta,me visto e desço.

Ao descer encontro um silêncio pouco comum(pois sempre quando esta cuidando das suas plantas ou fazendo qualquer outra coisa minha mãe costuma cantar) e minha mãe sentada no soá ao lado de um homem que eu nuca vi na vida.

─ Quem é esse mãe?

Minha mãe e o estranho parecem se assustar com a minha presença, mais logo minha mãe se adiantou a falar.

─ Bom filho esse e o...

─ Kintos. ─ Ele disse com a voz uma pouco arrastada interrompendo minha mãe.

─ E o que ele faz aqui?─Pergunto olhando para a minha mãe.

Ela assim como eu parece muito confusa.ela morde constantemente o lábio inferior e olha direto pro lado e pro outro.

─ Podemos conversar a sós Kintos.?─ Falou minha mãe.

Ela e Kintos se levantam e foram para a cozinha.Apesar de esquisita a situação , ela não era mais que aquele homem.Os olhos tão verdes que quase brilhavam, ele era bem alto quase como um jogador de basquete, seu rosto pode se dizer que não era bem comum. cabelos castanhos e despenteados, barba um pouco longa e mais escura que o cabelo,nariz proporcional ao rosto e lábios vermelhos e um pouco carnudos.As partes esquisitas nele eram as unhas absurdamente grandes as mãos bem peludas e o seu andado que era bem incomum.

Os dois foram para a cozinha e eu fiquei esperando uma explicação da minha mãe sentado no sofá. morávamos em um apartamento em New orleans, era pequeno mas era o que podíamos pagar. Segundo minha mãe meu pai havia fugido quando soube que ela estava gravida então era só ela e eu no mundo.minha mãe trabalhava como enfermeira e nas horas vagas fabricava remédios caseiros a parti das plantas que ela tentava fazer brotar na pequena sacada. eu trabalhava no Trucker,uma lanchonete do bairro. ganhava pouco mas já ajudava nas despesas.

alguns minutos depois minha mãe apareceu com o Kintos. ela estava com os olhos vermelhos como se tivesse chorado e sua expressão era de muita tristeza. Eu não estava entendendo nada e tudo aquilo já estava dando um nó na minha cabeça.

─ filho... ─ disse minha mãe com uma voz chorosa─ eu quero que saiba que acima de tudo EU sou sua mãe,Viu?

─ Como assim? eu não estou entendendo?

Minha mãe correu até mim e me abraçou. Seu abraço era forte, como se ela senti-se que iria me perder.'kintos olhou para nós com certo tédio e pegou uma garrafa pequena que estava no bolso na sua jaqueta e sorveu o liquido transparente em um só gole.

─ Adriana vamos logo.─ disse kintos impaciente.

minha mãe interrompeu o abraço e se pôs ao lado daquele o homem então começou a falar a verdade que eu não sabia mas mudaria pra sempre a minha vida...

* GREEKS *

Eu não consegui conter a risada que veio quase que instintivamente. Tudo que minha mãe tinha acabado de falar sobre essas baboseiras mitológicas era tão absurdo que era até engraçado.

─ Do que esta rindo ─perguntou minha mãe.

─ não espera mesmo que eu acredite nessa sua história absurda de que existe ninfas deuses e outras besteiras mais? E que eu estou correndo um perigo mortal ?

─ Filho mais essa e a verdade.

─ vocês so podem estar loucos. ─ eu disse indo em direção do meu quarto

Eu estava subindo as escadas quando uma luz verde me fez parar. Eu me viro lentamente e meus olhos vêem uma mulher morena coberta por um vestido branco como a neve. ela estava toda adornada de folhas e flores mas o detalhe que mais chamava a atenção era seua olhos incrivelmente verdes e suas orelhas pontudas e o fato dela ser a minha MÃE.

─ mãe?

─ sim.

─ oque que aconteceu?─pergunto incrédulo com oque aconteceu.

─Bom filho essa...─ ela apontou para o seu corpo e suas roupas─ faz parte da sua história.

─C-Como assim ?─ perguntei muito confuso.

─ filho essa é uma história mais longa que há que eu te contei...

─ MAIS E A MINHA HISTÓRIA !─ a interrompi furioso por ser o único dali que não sabia de nada.

Minha mãe respirou fundo e olhou com os olhos cheios de lágrimas para mim depois para kintos. então ela saiu correndo para a cozinha dizendo que não conseguia ou algo do tipo.ficamos na sala só eu e kintos. Ele olhava de um jeito estranho, como se eu tivesse cometido a maior burrada do mundo. Então e ele disse:

─ suba, arrume uma mala pra viagem com o necessário , e desça em 10 minutos.

─eu não vou fazer isso.

─ se quiser saber de alguma coisa sobre quem você é, você vai.

Eu subo e vou diretamente para o meu quarto, pego uma mala e coloco tudo que acho necessário dentro dela quando termino de arruma-lá me dirijo a porta mais antes de sair dou uma olhada no meu quarto pois algo me diz que vou passar um bom tempo sem vê-lo.Desço rapidamente e lá em baixo encontro Kintos recostado na parede da sala fumando um cigarro.

─ Demorou, hein?─ Perguntou ele em um tom bem irritado.

Eu não respondo nada, porque a ultima coisa que eu quero agora e uma discussão com esse homem. eu estou confuso, perdido e sinceramente não sei em quem eu posso confiar porque há essa altura do campeonato as pessoas tem se revelado grandes farsas.Não falo isso só pela minha mãe, Madison, Kyle e outros dos meus ''amigos'' se mostraram grandes monstros pra mim e talvez a vida seja assim, ela te faz acreditar que você pode ter pessoas em quem confiar os seus segredos mais ocultos e pessoas que nunca irão te decepcionar, mas saiba você não tem essas pessoas.

─ Esta chateado com a mamãezinha? ─ ele perguntou dando uma baforada de cigarro no ar.

─ Chateado? ─ Pergunto incrédulo ─ Depois de descobrir que a minha mãe e uma espécie de fada ou sei lá que porra é essa, chateado e pouco!. E pensar que eu achava que ela era minha mã...

Eu não termino a frase. sinto uma mão apertando meu pescoço, e quando olho para Kintos eu encontro um par de olhos verdes raivosos.

─ Adriana foi muito mais que uma mãe pra você seu fedelho, ela sacrificou tudo por você então nunca mais diga ou pense que ela não é sua mãe ENTENDEU?

─ S-Sim...─ digo as palavras com com dificuldade já que tem um louco me enforcando no momento.

De repente minha mãe adentra na sala e corre até mim e quando ela me solta daquele louco ela começa a fazer perguntas retóricas do tipo que as mães fazem quando estamos machucados como: ''Você está bem ?!'',''não se machucou'' , ''Esta doendo?'', Você esta bem?''.Depois que a minha mãe terminou a seção de perguntas ela voou pra cima de kintos como uma fera e perguntou:

─ POR ACASO VOCÊ ENLOUQUECEU OU OQUÊ DEU EM VOCÊ PRA PENSAR QUE PODE CHEGAR NA MINHA CASA E ENFORCAR O MEU FILHO, HEIN?!

─ tanto faz. ─ Kintos disse com desdém.

Ele simplesmente virou a cara pra minha mãe e foi em direção a porta mais antes que ele a alcança-se minha foi até ele pegou seus ombros e virou bruscamente , fazendo assim que seu corpo vira-se e ficasse de frente para ele.

─ OLHA AQUI VOCÊ PENSA QUE É QUEM PRA VIRA A CARA PRA MIM? ─ Perguntou minha mãe bem exaltada.

─ EU SOU O CARA QUE VAI IMPEDIR QUE SEU ''FILHINHO'' VIRE O PRATO PRINCIPAL DA NOVA DIETA DA HERA PORRA!

Minha mãe pareceu se acalmar e se assustar ao mesmo tempo quando ele disse algo sobre eu ser comida de alguém.

─ oque disse? ─ minha mãe perguntou aflita.

─ quer mesmo que eu repita? ─ ele perguntou irônico.

─ oque a vaca Hera quer com meu filho?!

─ Sempre te achei tão sexy quando fica irritada.─ ele disse quase devorando minha mãe com um olhar.

─ Gente! eu estou aqui se não perceberam.─ eu disse afim de fazer esse tarado largar a minha mãe.

─ Foda-se você.

kintos começou a me arrastar para fora de casa em meios aos meus gritos de relutância e depois quando chegamos na porta do meu prédio ele me jogou na calçada e pegou me mala colocou no porta-malas entrou dentro de um fusca velho e branco todo enferrujado. minha mãe estava ao meu lado e me ajudou a levantar quando aquele imbecil me jogou. depois de eu me limpar ela me abraçou mai uma vez, e pude perceber que ela não estava mais com aquela roupa, agora parecia a mesma Adriana de sempre.

─ Filho eu quero que fique com isso? ─ minha mãe me entregou um colar de prata com um pássaro como pingente, e continuo ─ e Vai te ajudar em momentos de crise.

─ Mais pra onde eu vou?

─não se preocupe, apenas confie em Kintos ele vai te ajudar a entender essa historia toda,meu bebê.

─ Mãe esta pedindo pra eu confiar no cara que agora a pouco tentou me matar e te deu uma cantada barata?!─ Pergunto não acreditando no que ela havia dito.

─ Ele é um bom homem e só quer te ajudar viu?

─ Tá bom, se senhora diz.

─ E filho eu queria te pedir mais uma coisa?─ ela perguntou com os olhos cheios de lagrímas.

─ oque?

─ Eu quero te pedir perdão por não ter coragem para te dizer toda a verdade e queria que nunca se esquece-se que eu sou sua mãe, não importa oque digam ou oque falem eu que amo você acima de qualquer coisa.

E incrível como só as nossas mães tem o poder de com uma simples declaração nós fazer derramar litros de lágrimas. e lá estava eu no meio da rua abraçado e morrendo de chorar com a minha mãe.

─ eu não tenho o Dia todo.─ kintos disse apertando a buzina daquele carro velho.

─ Vai filho e cuidado.

─tá certo mãe.

Depois de nós despedirmos eu entrei naquele cheio de contas, búzios,fitas,velas, folhas e com um cheiro nada agradável de burritos.eu olhei mais uma vez pela janela do carro e vi minha mãe acenando para mim eu retribui o aceno e mandei um beijo então o carro começou a andar. Quando olhei para trás a ultima coisa que eu vi foi uma lança sendo atravessada na barriga da minha mãe.

* GREEKS *

Olá queridos leitores.

vim qui mais um vez pedi pra comentarem pq isso e muito importante pra mim e mais ainda pra historia continuar, entãããooo não perde tempo e comenta logo o que você acha da historia.

bjs <3

Comentários

Há 1 comentários.

Por Salém em 2015-10-02 16:03:25
ola, curtindo sua historia, adoro historias realistas, mas como sempre digo fugir da realidade é muito bom tb, aguardando a continuação!