Bem vindo ao inferno

Conto de LEA como (Seguir)

Parte da série Coven( teste)

Ola mores <3

Essa história que vocês vão ler estava ''perdida'' no meu computador e por isso resolvi posta-lá. Eu quer apenas partilhar com vocês, e caso ela tenha bastantes comentários eu continuarei.

Bjs do lea e Boa leitura

21 de setembro, 1691, Vila de Salém, Atual Massachusetts.

As folhas secas e murchas de uma árvore qualquer caiam sobre os cabelos negros do jovem Eliel John, mais ele parecia não se importa. Sua atenção era voltada totalmente para ao caderno em branco que possuía entre as mãos, no qual realizava uma de suas maiores diversões:

Desenhar.

O Adolescente ,ao contrário dos outros de sua idade que preferiam encenar grandes guerras com espadas e escudos de madeira,preferia passar suas tardes na companhia das folhas brancas de papel e do lápis já desgastado. Sua mãe, Maria John,não tinha tempo para incentivar o dom do garoto pois estava sempre ocupada a cuidar do marido, Jack John. Um viajante famoso na região das treze colônias,que havia adquirido uma doença sexualmente transmissível em uma de suas viagens a ''negócios''.

Quando o médico de Oficial Salém Dr Francis Nurse havia dado o diagnóstico da doença, a Senhora John passou por cima de todo o seu orgulho, preconceito e dignidade para cuidar do marido, para que de alguma forma seu filho pudesse ter uma figura paterna dentro do lar. No começo não foi fácil para ela devido aos comentários e murmúrios Vindos de todos os habitantes de Salém, mas com o tempo ela aprendeu a ignorar as opiniões que não lhe eram importantes. Entretanto o jovem Eliel não conseguiu adquirir a mesma auto-confiança da mãe, por isso sempre se pegava chorando ou deprimido por não ter a ''família perfeita'' que todos os seus amigos tinha.

A senhora John Ainda teve que suportar a pressão que a igreja fez para que ela desse explicações sobre os boatos que corriam por toda salém, de que seu marido havia cometido adultério. Com medo da morte do pai do seu único filho pelas mãos impiedosas dos puritanos, ela em um ato de desepero doou a pequena herança que guardava para igreja, calando assim as fofocas que corriam dentro dela.

Eliel analisou atenciosamente a folha branca que tinha a sua frente com um enorme prazer. Para ele aquilo era um convite a sua imaginação fértil e seu talento admirável. Os orbes azuis ,que puxará da mãe, focalizaram a folha afim de ter uma ideia maior do que faria , ou melhor desenharia. Sua mão segurou o lápis velho com firmeza e habilidade e pressionou o grafite contra o papel em branco e começou a fazer pequenos rabiscos que logo tomaram formas e revelaram sua forma: um gato. O felino em questão sempre fora o seu preferido, seu charme e estilo sempre lhe encantaram e ele nunca se cansava de desenhar mais e mais aquele animal.

─ Eliel!─ Uma voz masculina vinda da floresta chamou sua atenção.─ Onde está você?!

O garoto ergueu a cabeça e passou a procurar a direção daquela voz, já que o dono conhecia muito bem. Ele se ergueu rapidamente reunindo todos os seus matérias e colocando em um pequeno estojo feito de retalho de panos velhos que havia sido fabricado pela sua mãe.Assim que reuniu tudo nele o jovem começou correr em direção a cidade por meio de um atalho dentro da densa floresta,mas acabou por tropeçar em um emaranhado de galhos que estavam dispostos no chão.

Assim que caiu a figura de que fugia apareceu em sua presença. Era um homem alto, com cabelos em um tom loiro-escuro e com um corpo admirável na concepção de boa parte das garotas de salém.Seus músculos eram fortes e definidos devido ao trabalho rural . Seu rosto era quadriculado banhado por uma barba rala da cor de seus cabelos, seus lábios eram finos e avermelhados e tinha uma aparência extremamente sexy. Os olhos do maior eram de verde intenso e misterioso, acentuando sua beleza rústica.

─ Te achei... ─ Ele falou ofegante com um sorriso no rosto, em seguida ele correu até o menor e começou a tentar abraça-lo.

Eliel tentava de toda forma afastar o outro mas sua condição física não lhe permitia grande coisa. Em meio a socos e chutes o maior conseguiu acalmar o outro em uma posição bem diferente, O corpo de Eliel estava de bruços e seu braço estava colocado pra trás enquanto o corpo do outro estava colado ao seu.

─ Porquê você resisti tanto? ─ Ele perguntou com os lábios colados a sua orelha.

─ se você não sair de cima de mim eu juro irei contar aos puritanos... ─ Ele falou com a voz contida.

O sorriso do maior se desfez na hora.Por mais que a posição em que o menor se encontrava agradasse muito o maior ele não podia se permitir ter mais um desentendimento com o Clero.Após a afirmação ele soltou o menor daquela posição e se pôs em pé ajudando-o a o outro a se levantar em seguida. Eliel aceitou a ajuda meio desconfiado, ele se levantou e juntou a suas coisas do chão com a ajuda do outro.

─ Desculpe por isso.

Eliel bufou cansado,fingiu não ouvir e saiu caminhando, sendo seguido pelo outro em seguida.

─ Deixa eu te levar até em casa? ─ ele perguntou pondo um belo sorriso no rosto como se nada tivesse acontecido.

─ dizer que não resolveria algo? ─ ele perguntou sério.

─ Não. ─ falou com divertimento.

E assim a viagem se seguiu até o vilarejo de salém.

O jovem que acompanhava Eliel era Davi Lendovski, um garoto de condições financeiras mediana e de família tradicionalmente alemã, que morou na época da sua infância na Inglaterra. Davi desde de criança fora criado com o máximo de rigidez possível por parte do pai, um membro importante da comunidade religiosa . Sua infância foi privada das brincadeiras de rua e de jogos infantis, suas tardes eram inteiramente dedicadas ao estudo da bíblia e a penitências realizadas por seu pai. Aos 18 anos ele teve um briga séria com o patriarca da família Lendovski e resolveu fugir para America em um barco que transportava escravos. Quando chegou as terras Americanas, especificamente a colônia de Massachusetts, conseguiu um emprego de cortado de lenha e um lugar para morar,O bordel da cidade. O estabelecimento havia sido a sua primeira morada desde de que chegara a Salém, não era um luxo mais era muito melhor que dormir no lixo.Ele com o tempo havia adquirido uma ''amizade'' bem íntima da dona do bordel a madame Coco rouge,Uma dançarina francesa de burlesque aposentada que havia deixado a cidade da luz para embarcar em uma aventura nas Ámericas. A amizade que Davi conseguiu a dançarina lhe rendeu um certo desconto no pagamento das diárias do local.Davi trabalhava das 5hrs até as 7hrs da noite e isso lhe rendeu um corpo admirado e desejado por muitas jovens de salém. Ele por sua vez não perdia a oportunidade de transar com elas sempre que podia.

Ele nunca as namorava pois não tinha se apaixonado por ninguém desde que havia chegado a salém, mas isso mudou quando ele o jovem Eliel John. No começo ele negou qualquer tipo de atração por ele mas isso foi ficando cada vez mais difícil de negar a si mesmo. ele sempre se pegava se masturbando pensando nele e isso lhe causava um certo medo. Sempre se perdia nos olhos tão puros de Eliel, se excitava com o mais singelo toque na pele macia do menor e a voz dele para Davi era mais bela e mais doce que qualquer sonata já tocada pelo próprio Mozart!.Dos seus 18 aos 20 anos Davi manteve esse amor em segredo ,mas foi quando aos 21 anos de idade resolveu contar a Eliel oque realmente sentia por ele. O jovem desenhista ficou assustado e repreendeu na hora o outro mas Davi já esperava esse tipo de reação e já havia se preparado psicologicamente para isso. Nos anos que se seguiram ele começou a ''perseguir'' Eliel, sempre estando nos mesmo lugares que ele e o seguindo na mata quando o menor saia para desenhar.

Aos 22 anos, sua idade atual, ele já havia conquistado muita coisa em salém, uma casa um pouco boa animas sadios e uma plantação bem fértil ,eram as coisas que faziam parte dos seus bens materiais. Mas tudo aquilo que ele realmente queria era Eliel. Ele já havia feito diversos pedidos de namoro que sempre eram recusados, até propostas de casamento ele já tinha feito para ele mais sempre um não vinha como resposta. Ele pretendia sair de salém assim que se casasse com Eliel ,para ter uma casa no campo e poder desfrutar de todo o seu amor...

─ Chegamos ─ Davi disse em frente a casa de Eliel.

O jovem abriu a porta e em seguida adentrou no local sendo seguido por Davi, que já tinha uma certa intimidade com a família John.Ambos se dirigiram a pequena sala de estar , que havia sido transformada em um cômodo somente para o seu pai. Uma cama estava disposta no centro do ambiente, e ela acomodava o Patriarca da família Jack John. O homem estava deitado na cama com um lençol branco e sedoso na altura do seu peito, sua aparência era totalmente Enferma, os olhos fundos e caídos sem nenhum brilho sequer, o rosto pálido e , os cabelos que outra hora eram castanhos agora começavam a ganhar seus primeiros fios brancos, a boca guardava ainda uns poucos dentes cariados e amarelos.

─ Filho que bom que você chegou!─ Maria disse sorridente assim que avistou o menor parado na porta.

Ela caminhou até ele e o abraçou. O jovem aspirou o cheiro da mãe afim de suportar pelo menos mais uma vez encontrar seu pai em uma condição tão lastimável.Eliel nunca chegou a comentar com sua mãe sobre o motivo de ela ainda ter ficado com seu pai, mal ele desconfiava que o motivo era ele. Poucas mulheres teriam a coragem de Maria para fazer oque ela fez somente para seu filho.

Uma coisa que Eliel não havia notado era presença de mais alguém na sala/quarto. Era Rebecca Nurse a enfermeira da cidade, uma mulher aos olhos de todos os moradores da vila de Salém justa e bondosa e que nunca negava ajuda a ninguém , não importava quem fosse,Ela já era uma senhora, estava na faixa de seus 70 anos mais ainda conservava os traços singelos de sua juventude. Os olhos negros transpareciam sabedoria e bondade, a face possuía algumas rugas aparentes e Os cabelos eram prateados como a lua e estavam sempre presos em um coque singelo, as roupas eram sóbrias e recatadas como a maioria das mulheres de lá se vestiam.

─ Olá Eliel...─ Ela disse com um sorriso ─ Davi.

Davi apenas acenou com a cabeça para senhora de onde estava, enquanto Eliel desfez delicadamente o abraço da mãe e se dirigiu em direção a senhora lhe dando um caloroso abraço em seguida. A família de Eliel mantinha uma relação muito boa com a família de Rebecca com exceção do seu marido, Dr Francis nurse.O homem não aprovava que sua mulher cuidasse de Jack sem receber remuneração , mas Rebecca nunca ligou para isso, como ela dizia ''amizade é algo que não se pode comprar por aí''

─ Olha como você está ficando cada vez mais bonito─ ela disse sorrindo para o jovem Eliel─ Logo, logo não ira tardar para você ter muitas pretendentes em Salém querendo se casar com você e espero que você dê preferência a uma de minhas filhas.

Eliel corou levemente enquanto Davi se controlou para não ter um acesso de raiva ali mesmo. O maior se corroía em ciúmes só de pensar em Eliel sendo de alguém que não fosse ele. Os olhos do mais novo se direcionaram para seu pai que parecia dormir calmamente na cama. Ele se sentou em um banco e ficou olhando com uma expressão de tristeza em seu rosto. Ele as vezes desejava a morte a seu pai por ele ter feito sua mãe sofrer tanto na vida,e também por já te-lô feito muito mal. o jovem queria que ela fosse livre das obrigações de cuidar dele e fosse viver sua vida mas ele não teria coragem de realizar todo o trabalho sujo de executar o seu pai.

─ Não se preocupe ...ele vai ficar bem─ Rebecca falou passando o braço pelos ombros do menor.

─ eu espero─ Mentiu.

Todos na sala não haviam percebido quando Maria saiu de lá só quando ela voltou portando uma bandeja com quatro xícaras de café, e uns biscoitinhos. Ela distribuiu o conteúdo da bandeja para todos e em seguida se assentou em uma cadeira de madeira disposta na canto.Todos os presentes começaram uma conversa casual e alegre,Davi contou para todos algumas de suas aventuras nas caçadas e todos se entreterem até o sol começar a se despedir de salém.

─ Bom...a conversa está maravilhosa mais creio que terei de ir embora.─ Rebecca disse educadamente devolvendo a xícara para Eliel.

─ Mais já?─ ele questionou.

─ Francis não se agrada muito que eu chegue muito tarde em casa─ ela disse se explicando.

─ Pois.. muito obrigado por sua ajuda, Rebecca. Você tem sido uma amiga essencial em nossas vidas─ Maria disse abraçando a mais velha─E mande minhas saudações ao dr Francis, e diga que eu o estou esperando qualquer dia aqui para fazer uma visita.

─ Tudo bem eu direi ... enquanto a você jovenzinho─...ela se virou para Eliel ─ Nunca se esqueça que Deus está a cuidar de você e tudo aquilo que você desejar com muita fé tenho certeza que ele irá atender, Viu?

─ Tudo bem e Obrigado─ ele disse-lhe sorrindo levemente.

O sol se partiu de Salém e junto com ele se foi Rebecca de volta para o marido e para a sua família.

۞ SALÉM ۞

Uma fina garoa começava a declinar sobre o céu banhado pelo crepúsculo da vila de Salém. As mulheres caminhavam acompanhadas de suas damas de companhia enquanto alguns mercadores realizavam suas vendas ao ar livre, mas nada disso importava a jovem Sarah Good que vagava solitária e faminta pelas ruas de Salém.

A jovem caminhava com passos lentos em direção a milésima porta naquele dia afim de encontrar uma alma bondosa atrás dela. Os dedos finos e frágeis da garota seguraram uma adraval de porta feita de aço ela moveu o objeto produzindo um som específico dela. Em poucos segundos a porta foi aberta e dela surgiu uma bela moça trajada de um vestido típico e simples mas que denunciava a condição financeira elevada.

─ Oque você quer?─ A garota perguntou em um tom ríspido.

─ Senhorita Desculpe lhe incomodar. ...é que eu gostaria de saber se você não teria algo para eu comer?─ Sarah perguntou com os olhos baixos não suportando olhar mais uma vez para os mesmos olhos carregados de superioridade que todos tinham.

─ Faça-me o favor!

E mais uma porta havia sido fechada para a pobre jovem que caminhou pesadamente em direção a floresta para o seu atual ''.lar''

Minutos depois....

Sarah se aproximou lentamente da caverna que havia dotado como morada, ela adentrou no espaço escuro e pouco convidativo em que vivia,e retirou o único bem que possuía na vida: uma mochila feita de couro que já se encontrava em um estado desgastado mais que ainda servia para o uso. Ela jogou tudo que havia dentro da mochila no chão e começou a catalogar oque conseguira.

Um pedaço de pão velho, um queijo estragado, umas frutas secas e umas moedas de ouro era tudo o que havia lá dentro. A garota começou a organizar tudo em um canto e em seguida cruzou as pernas e passou a esperar algo.

Depois de alguns minuto de espera uma mulher aparentando ter entre uns 25 a 30 anos e ter quase a mesma aparência enferma de Sarah se aproximou da caverna.

─ Foi bom o dia hoje?─ A garota perguntou a Sarah se assentando no chão.

─ Péssimo e o seu?

─ Deu pre levar.─ ela disse com um sorriso vitorioso no rosto.

Em seguida ela estendeu o pano que trazia consigo e revelou uma serie de mantimentos que fizeram Sarah salivar. Vinho, carne assada e temperada, umas moedas de ouro e uma comida que ela não reconhecia oque era, mas pelo cheiro que ela exalava deveria ser uma delícia.

─ Como conseguiu tudo isso?─ ela perguntou se aproximando da comida e sentindo seu aroma viciante.

─ Dormir com Reverendo Samuel Parris.─ Ela disse sem olhar nos olhos de Sarah

─ Como?! ─ ela perguntou espantada─ Oque o reverendo Samuel iria querer com você?

─ Ele quis o que todo os homens querem...─ Ela apertou os dos seios que estavam encobertos pelo vestido e sujo e e velho.

Ambas sorriram cansadas mas logo se deram conta do perigo. A temida Inquisição. Sarah já havia presenciado muitas mortes de prostitutas pelas mãos da igreja, principalmente quando as mesmas alegavam já ter dormido com o reverendo ou algum membro importante do clero, ela temia pela sua amiga, não queria que a mesma acabasse com a cabeça espetada em uma lança de madeira no centro de Salém.

.─ Você sabe que esta correndo um enorme risco, não é?.─ Sarah a questiounou

.─ Sarah é isso ou nós duas passamos fome....─ ela se aproximou da jovem.─ não merecemos essa vida mas só temos isso e temos que saber como aproveitar as oportunidades quando elas aparecem!

.─ Isso não é vida..─ Sarah se ergueu revoltada e chutou o pedaço de pão que estava quieto no chão.─ Além de passar pela humilhação de ter que pedir esmola ainda temos que agir feito duas prostitutas imundas para viver

.─ Quem lhe disse que estamos vivendo.....─ ela falou com a voz triste.─ Salém é para nós como o inferno é para os mortos.

Sarah se ajoelhou junto com a outra garota, Eliza. Ela era filha de uma das primeiras famílias a vir para Salém junto com os puritanos. Seu pai foi regente da igreja durante três mais devido a uma doença teve que se ausentar do cargo no qual seu irmão assumiu. Desde criança Eliza e seu irmão Ezequiel sempre foram completos rivais. Não era aquela implicância típica de irmão de sempre, era algo mais profundo, uma rixa séria e bem acirrada. Ambos ''disputavam'' pela atenção do pai que quase nunca tinha tempo devido as obrigações da igreja, mas quando ele ficou doente Sarah por ficar em casa junto com a mãe consequentemente ganhou laços mais fortes com o pai ,a ponto de despertar em seu irmão uma inveja fulminante.

Foi em um Domingo depois da missa quando Ezequiel preparou uma armadilha para Eliza. Ele após a pregação disse irmã que havia comprado um lindo vestido para ela só que o mesmo ainda estava na costureira e ela teria de ir lá para tirar as medidas. Ao chegar lá a garota se despiu para experimentar o vestido só que em vez da costureira entrar em seu lugar veio Hals um bêbado velho e sujo que tentou abusar da jovem Eliza.

Assim que o ato do estupro foi foi consumado seu irmão trouxe toda comunidade cristã para igreja fez todos assistirem seu pai excurasar a filha de casa e de sua vida. A família de Eliza partiu de Salém deixando ela desamparada e desabrigada. Anos depois ela soube da boca de um caixeiro viajante que seu pai havia falecido mais isso não lhe importava mais , para ela ele havia morrido no dia em que negou ela como filha.

Depois do acontecimento ela passou a viver vagando pelas ruas de Salém mendigando e as vezes se prostituindo por comida. Anos mais tarde ela conheceu Sarah que também havia tido uma vida bem difícil, logo as duas começaram uma linda amizade. As vezes ocorria das duas terem relações sexuais mais Sarah considerava isso profano de mais e fingia não ser com ela quando Eliza tentava uma aproximação mais intima.

─ Já está escurecendo.─ Sarah comentou mordiscando um pedaço de pão.

─ Precisamos dormir cedo para ver se amanhã conseguimos pegar algumas sobras da padaria─ ela falou começando a se aninhar pra dormir─,Eu não quero ter de precisar me deitar mas uma vez com aquele velho asqueroso para não morrer de fome.

Sarah se ergueu e começou a caminhar para fora da caverna.

─ Aonde você está indo?

─ Dar uma volta, não se preocupe eu não vou demorar.

Assim Sarah partiu caminhando calmamente por entra a floresta escura e pouco convidativa de Salém. Fazia um frio um pouco desagradável, principalmente para ela que não tinha roupas adequadas para andar a noite. A lua brilhava Magicamente no céu, sua cor se assemelhava a mais polida moeda de prata do mundo e sua beleza era algo sobrenatural. Sarah caminhava calmamente entre os arbustos e as plantas rasteiras ora colhendo flores e aspirando seu perfume ora observando a lua, sempre deixando um pequeno rastro de pedrinhas vermelhas que tinha sempre a mão para não se perder.

Sarah estava tão entretida com a lua que levou um susto quando percebeu que estava sendo observada por uma mulher alta e imponente, sua roupas demostravam que ela não era de uma condição social muito elevada mais também não era uma pedinte de rua. Seus cabelos eram crespos e volumosos, sua pele era brilhosa e da cor de chocolate , seus lábios eram grandes e volumosos, possuía um corpo esbelto e com a cintura bem demarcado pelo espartilho que usava.

Mas não foi apenas a beleza da mulher que chamou sua tenção e sim oque ela trazia consigo. havia em suas mãos três velas pretas além de uma cobra píton enrolada em seu braço. No chão a sua frente parecia ter se aberto uma clareira na floresta, onde estava disposto um enorme pentagrama pintado de giz com um gato totalmente desfigurado no centro.

─ Oque faz aqui?─ Ela perguntou séria com um voz calma e sedutora.

─ E-Eu...já estava de Saída.─ ela disse recuando

─ Para que tanta pressa...─ ela se aproximou de Sarah que recuou na hora─ Ora não tenha medo de mim.

─ N-Não é só de você que estou com medo.─ ela disse acenando com a cabeça para pitón que sibilava e se enroscava mais ainda ao braço da mulata.

─ Venha... vamos conversar,não se preocupe não é ela que você precisa ter medo.

Sarah engoliu seco e se aproximou receosa , assentou-se em um pequeno tronco caído junto com a mulher, e no mesmo instante ela se amaldiçoou por não ter ficado para dormir com Eliza.

''Oque que estou fazendo aqui?''─ pensou ela.

Enquanto isso na vila de Salém, Casa dos John...

Eliel estava escorado na janela do seu quarto com o tronco pra fora da janela observando a lua brilhante no céu. desde de pequeno Eliel sempre fora apaixonado por esse satélite tão enigmático, diversas vezes perdeu o sono ao observar toda a beleza e a majestade da lua se perdendo em seu brilho que encantava milhões e milhões de pessoas.

O jovem estava tão hipnotizado com o brilhar da lua que nem percebeu quando Davi adentrou na sala sorrateiramente. O mais velho usava a típica calça surrada , a blusa desabotoada até o segundo botão e o colete marrom e as botas já gastas do uso.Os olhos verdes se direcionaram quase que automaticamente para a bunda do menor.Ele sorriu de lado com a visão e começou a se aproximar lentamente e quando chegou a uma distância minima ele começou a recostar seu corpo sobre o de Eliel, que estava tão entretido com a lua que nem percebeu.

Eliel apenas sentiu uma respiração forte na sua nuca e um certo''volume'' batendo contra suas nádegas, então se virou rapidamente e empurrou Davi, que estava sorrindo de forma muleka..

─ Você precisa ver como está fofo todo coradinho.─ ele disse achando graça do estado do outro.

─ Oque você quer aqui? ─ ele disse ficando mais vermelho ainda─ Já está mais do que na hora de você voltar pra casa.

─ Sua mãe me convidou pra jantar hoje aqui.─ ele falou vitorioso.

Eliel revirou os olhos e começou a descer as escadas sendo seguido pelo outro. Assim que chegaram no andar de baixo Sra John estava terminando de por o jantar a mesa. Ela mandou os dois irem lavar as mãos para em seguida jantarem. Eliel um pouco contra gosto aceitou aos poucos a presença de Davi ali, para ele era completamente desnecessário a presença do maior ali.Já Davi estava mais que feliz por puder ficar mais perto do outro e a melhor parte ele nem havia contado para o outro, Sra John havia permitido que ele dormisse ali e melhor ainda no mesmo quarto de Eliel já que o casa simples não dispunha de muitas acomodações.

─ Não creio que você fez isso Davi,,,─ Maria disse sorridente e entretida com mais uma das histórias do jovem.

─ Fiz e ainda tenho as marcas.─ Davi ergue a manga da camisa todo orgulhoso e mostrou uma cicatriz que carregava no bíceps trabalhado.

─ Mas você poderia ter se machucado feio, menino.─ ela disse preocupada.

─ E eu lá sou homem de levar desaforo pra casa─ ele disse bebendo um pouco do suco disposto na mesa─ Aquele mercador teve o que merecia.

─ Bom...mãe a história está boa mas eu já vou subir eu estou com um pouco de sono.

─ Mas já filho? não quer nem a sobremesa?─ ela perguntou preocupada.

─ Não, obrigada agora eu só quero dormir.─ ele sorriu ─ Boa noite a todos.

Um boa noite uníssono preencheu a saída de Eliel da cozinha onde eles jantavam. O jovem subiu as escadas apressadamente e se trancou em seu quarto, assim que considerou seguro ele se ajoelhou aos pés da cama e de lá de baixo retirou um emaranhado de cordas com um anzol em uma das extremidades. Esse objeto um tanto ''curioso'' havia sido um presente de seu pai , que havia obtido em uma de suas viagens, era a única lembrança que fazia o menor se lembrar que já teve um pai de verdade.

Eliel se dirigiu rapidamente em direção a janela e fez o ritual oque fazia em toda lua cheia. Ele posicionou a corda e alcançou o telhado da casa vizinha, a família housenbelger . Assim que ele assegurou que a corda estava bem presa e ele pegou um pedaço de pano velho mas resistente e o utilizou para descer como em uma tiroleza. Quando o menor atingiu o telhado vizinho ele sem querer deixou que um de seus pés ficasse em uma posição extremamente desconfortável fazendo com ele move-se e acabasse caindo do telhado.Naquele exato momento Eliel achou que fosse encontrar de vez a tão temida morte.

Antes que o jovem desenhista atingisse em cheio o chão ele foi segurado pelos braços fortes de Davi, que apareceu na hora certa. Assim que ele se recuperou de susto e viu quem era o seu salvador, não ficou lá muito contente com a informação.

─ Não acha que está muito grandinho pra brincar no telhado das casas?─ Davi perguntou em um ar de deboche.

─ me solta! ─ ele disse saindo dos braços de Davi.

─ eu não te entendo...eu acabo de te salvar e não ganho nenhum agradecimento. ─ ele falou em um tom brincalhão.

─ oque você quer?─ ele perguntou um pouco irritado por parecer tão fraco e desprotegido na frente dele.

Davi se aproximou rapidamente do outro e envolveu seus braços na cintura dele e em seguida depositou um belo de um beijo nos lábios do outro. No começo do beijo Eliel tentou empurrar Davi com a mão espalmada em seu peitoral forte mas aos poucos ele foi sedendo e dentro de alguns segundos o sentimento de se beijarem ali era recíproco. Quando o jovem se deu conta do que estava fazendo empurrou com força Davi que desfez o abraço com um sorriso lindo no rosto.

O jovem começou a caminhar apressadamente para a floresta e ignorando os chamados do outro que o seguiu em seguida . A sorte dos dois foi que não havia quase ninguém no vilarejo, as únicas pessoas que ainda estavam ali e viram essa cena foram as gêmeas prostitutas malu e mabel e nenhuma das duas era louca o suficiente para contar para o reverendo pois sabia que se fizesse isso madame Rouge iria excuraçar as duas do Bordel.

۞ SALÉM ۞

Uma risada nervosa escapou dos lábios de Sarah. A jovem desafortunada se encontrava cara a cara com uma Bruxa! ela nunca havia pensado que elas estariam em Salém é que muito menos ela estaria conversando com uma.

─ Oque acha agora de mim?─ ela perguntou com um sorriso enigmático nos lábios.

─ Bom..E-Eu nem sei oque dizer..D-Digo não que eu tenha algo contra mas é...como eu posso dizer...é insperado.─ ela falou super nervosa.

─ não se preocupe você não terá que quebrar sua cabeça por muito tempo com essa informação.

─ porquê ?─ Sarah perguntou inocentemente.

A mulher não respondeu apenas retirou um pequeno canivete do espartilho e lambeu de forma provocadora sua ponta.No mesmo instante Sarah se ergueu assustada e começou a recuar para trás já com os olhos cheios de terror.

─ P-Por favor...não faça isso...─ soluços de desespero escapavam da boca da garota.─ Eu lhe imploro...por favor.

─ Poupe sua garganta pois nada do que você disser vai me fazer mudar de ideia, você tem que morrer.─ ela se ergueu e começou a se aproximar de Sarah.─ não é algo pessoal, acredite.─ ela confessou calmamente.

Sarah começou a correr e gritar desesperadamente. A jovem corria o mais rápido possível para fora daquela floresta ,mas quando ela estava saindo da clareira algo surreal aconteceu. O tronco em que elas estavam sentadas a pouco, se ergueu magicamente do chão e partiu em direção as costas de Sarah se chocando contra a mesma.Assim que o troco bateu contra o corpo da jovem ela voo alguns metros e caiu no chão agonizando de dor.

O corpo da pequena se desdobrava em dor e até respirar estava sendo uma missão impossível. Ela sentia o gosto amargo de sangue na boca e também podia sentir que o osso de seu braço estava quebrado.A dor era imensa e desesperadora, como se ela tivesse sido arremessada contra uma parede a 100km . Seu corpo já não obedecia mas seus comandos ele só sabia arfar e e se contorcer de agonia.Seu peito se movia lentamente e a dor de respirar deixava ela agonizando pelo sufocamento.

A mulher a sua frente observou o sofrimento da outra com certo desdém, em seguida se aproximou da garota que já estava vermelha pelo esforço que fazia para tentar respirar. A morena se inclinou lentamente em direção a cabeça da outra e lhe depositou um beijo nos lábios ensanguentados.

─ Você não me serve de nada estando morta...─ela confessou baixinho para Sarah.

Foi como se a dor no peito e a dificuldade de respirar tivessem sumido do corpo de Sarah. Seu corpo se encontrava em um perfeito estado de cura, e ela podia sentir seus tecidos se regenerando e seu corpo se enchendo de vitalidade. Assim que ela viu os olhos assassinos daquela mulher ela começou a gritar desesperadamente.

─ Ha Ha Ha..─ a mulher lhe disse com uma risada maléfica─ você é tão patética...Ninguém vai te ouvir daqui, pode gritar o quanto quiser.

─ AAAAAAAAAAAA...─ a garota insistia em continuar a gritar enquanto derramava rios de lágrimas de desespero..

─ você pode gritar o quanto quiser sua garota estupida...─ ela desferiu um tapa na face de Sarah.─ mas ninguém vai te ouvir.

─ SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDE! SOCORRO!

─ Eu acho que terei de tomar uma providência.─ ela disse com um sorriso negro no rosto.─ Você fala demais!

A mulata pegou uma pequena agulha que estava em sua bolsa e em seguida descosturou um pouco de sua saia retirando a linha preta que estava ali.; Ela ergueu o indicador e em seguida brotaram do chão cipós verdes e resistentes que prederam os pé e as mãos de Sarah deixando-a em posição de crucifixação. A mulher se aproximou da face de Sarah e segurou seu lábio inferior com destreza em seguida ela aproximou a agulha e começou a transpassa-la em meio as lágrimas e os gritos de dor de Sarah. Cada vez que agulha penetrava a pele sensível da boca de Sarah ela sentia-se cada vez mais desesperada e aumentava também a certeza de que morreria ali.

─ Viu só! até que eu sou uma boa costureira não sou?─ um sorriso sádico estava desenhado em seus lábios.─

Ela retirou da bolsa velha e de couro uma pequena adaga de bronze com o cabo de casca de tartaruga. Ela passou a adaga pela palma de sua mão fazendo um corte superficial nem sua pele e em seguida untou toda a adaga com seu sangue. Ela olhou para Sarah que estava em estado puramente traumatizado. Os olhos vermelhos e inundados de lágimas , sangue respingado por toda sua face uma expressão de dor indescritível estava expresso em seu rosto.

─ Shh...Calma,Calma... Só vai doer um pouquinho...─ ela disse fazendo um biquinho.

A risada da sádica se misturou com o som da perfuração a barriga da Sarah. A garota sentia uma dor maior do que a da sua boca, como se não bastasse o Sofrimento que acabou de passar. A mulher começou a mover a faca dentro da barriga de Sarah, aumentando assim o comprimento do corte profundo.Sarah agonizava e emitia sons que seriam gritos se não fossem abafados pela costura da sua boca . Assim que ela terminou o corte ela introduziu sua mão dentro do corpo de Sarah e começou a retirar habilidosamente os orgãos da garota.A dor era insuportável, Sarah queria poder gritar para ela a matar logo mais não podia, nem implorar pela sua morte a garota tinha opção.

─ Não se preocupe que está quase acabando.

Sarah já sentia seu corpo amolecer e a sua visão começar a ficar embaçada, ela apenas via aquele monte coisa banhada de sangue ser retirada de seu corpo, mas ela não tinha forças para focalizar a imagem. Se ela ainda estivesse com seu estomago dentro do seu corpo ele já estaria revirado a muito tempo. A garota sentiu uma enorme sonolência lhe atingir e ela se ''alegrou'' pois finalmente teria o descanso da morte que tanto desejava.

─ Epa!...você não pode dormir agora..

A mulher pegou a mesma agulha que costurara a boca e rapidamente começou a traspassa-lá pela parte interna das pálpebras e em seguida puxou-a para que ficasse costurada um pouco a baixo da sobrancelha, deixando assim, os olhos totalmente abertos.

─ Pronto! agora tenho certeza que você pode ver melhor.

As lágrimas angustiadas de Sarah se misturavam com o sangue que escorria das suas pálpebras deixando -a cada vez mais agoniada com oque poderia vir.

۞ SALÉM ۞

Eliel caminhava nervosamente pela mata adentro, ele desejava que o o homem ao seu lado estivesse o mais longe possível dali mais ele sabia que isso não aconteceria tão cedo.

─ Eliel eu queria conversar sobre oque nós fizemos.─ Davi disse parando na frente do menor.

─ oque VOCÊ fez não é isso que você quer dizer.

─ Por acaso eu fiz sozinho?─ele perguntou debochado.

Eliel bufou irritado e voltou a caminhar , tendo em seguida seu braço puxado e seu corpo virado bruscamente, ficando de frente para Davi. Eliel sentia a respiração pesada do outro em sua face ele mirava na face máscula sentindo seu corpo enrubescer e ficar cada vez mais quente.Davi circundava o menor com seus braços forte impossibilitando outro de tentar se libertar daquela conversa. Os olhares de ambos eram intensos e luxuriantes.

─ se você soubesse o quanto eu te amo ..─ Davi confessou com uma voz rouca e baixa, perdido nos olhos azuis de Eliel.─ Com certeza me daria uma chance de te fazer feliz.

─ M-Mais isso é errado...─ Eliel comentou baixou, se sentindo extremamente confuso por estar se sentindo atraído pela proximidade de Davi.

─ É errado,somente se você acreditar que é.─ Davi comentou se aproximando cada vez mais dos lábios de Eliel, mais antes que os dois se beijassem algo aconteceu.

Um grito ensurdecedor preencheu o silêncio tenebroso daquela floresta. Davi e Eliel redirecionaram suas cabeças na direção do grito. Eles então, começaram a seguir a direção de onde via o barulho, e se abismaram com oque viram.Sarah estava amarrada a um tronco de madeira velha pelos braços e pernas. Seu corpo tinha diversos machucados e um corte enorme se encontrava em sua barriga, seus olhos estavam costurados assim como a sua boca, dando a cena um ar Muito obscuro e sinistro.

Assim que os dois viram aquela cena ficaram chocados. Eliel teve de colocar mão na boca e morde-lá afim de Abafar o som de um grito de terror que escapara de sua boca. O jovem estava completamente consternado com oque via, seu estomago estava completamente revirado e ele mal conseguia encarar a face deformada da mulher que estava presa ao tronco.Já Davi olhava tudo com mais ponderância, mas mesmo assim era possível notar a repulsa em seus olhos. O mais velho estava com seus músculos tensos e olhar focado enquanto Eliel estava tendo a difícil missão de segurar o seu desespero.

A mulher que torturará Sarah a pouco tempo atrás estava no centro da clareira de frente para a mais nova. Ela segurava em uma de suas mãos um orgão vital no organismo da jovem,o seu coração e no outra mão se encontrava enroscada uma enorme píton verde com amarelo. A mulata estava com seus olhos bem fechados, como se estivesse em uma espécie de meditação. Ela respirava pausadamente e parecia bem tranquila e feliz com o estado de Sarah.

Alguns minutos se passaram nessa tensão até que a mulher começou a pressionar o coração que tinha em uma das mãos e no mesmo instante Sarah começou a se debater ardosamente. A dor que a mais jovem sentia era algo quase inexplicável, ela sentia como se todas as suas angústias medos tristezas e sofrimentos que ela havia passado por toda a sua vida estivessem a tormentando mais uma vez, envenenando sua mente contra ela mesma. As lágrimas misturadas com sangue desciam dos olhos vermelhos e deformados de Sarah, a garota se encontrava em total desespero em seu próprio ser ela já havia perdido a conta das vezes que havia implorado para morrer naquela noite..

─ It erguam filias malum ! consummatae venisses in occursum mihi voluntas domini... ─ a mulher afrente pronunciava uma série de palavras que aparentava estar em um outro idioma bem distinto. ─ si ergua ! victoriam adepti , cum venerit et consummabitur!

Quando ela terminou de pronunciar a frase algo aconteceu. As folhas secas do chão começaram a farfalhar de um modo estranho como se estivessem sendo descobertas. Do chão começou a brotar umas criaturas tais como ''cobras'' só que com aparência jamis vista. Seu corpo era negro e cilíndrico , elas não possuíam nem cauda nem cabeça, apenas as extremidades pontiagudas elas ainda Pareciam ser feita de petróleo ou algo do tipo. As criaturas então começaram então a serpentear para próximo de Sarah. elas começaram a subir pelo corpo machucado da moça e então atingiram o corte em sua barriga.Então, as criaturas começaram então a penetrar a ferida e adentrar ao corte.

Eliel não pode segurar o nojo daquilo e sem querer deixou escapar um breve grito de angustia, que foi rapidamente calado por Davi, mas o mais velho não foi rápido o suficiente pois a mulher conseguiu escutar. Ela então saiu de seu transe e virou-se rapidamente para os dois jovens furiosa. antes que ela fizesse qualquer coisa Eliel e Davi começaram a correr desesperadamente pela floresta a dentro.A mulher não ficou para trás não!,ela começou a correr rapidamente atrás deles e em determinada parte da corrida ela deu pulo enorme.

Bam!

A pele negra e feminina havia sido substituída por pelos macios e negros como carvão. seus dentes antes alinhados e brancos, agora eram afiados e mortíferos como pontas de adagas. seus olhos continuaram da mesma cor , violeta bem intenso e bonito. Ela havia se transformado em um lobo enorme e veloz para o assombro dos dois que corriam que nem loucos pela frente.

Os dois jovens eram seguidos pelo lobo que a cada segundo se aproximava mais e mais dos dois , Davi sabia que não tardaria muito para o animal alcançar ele Eliel, e para completar a desventura dos dois Eliel teve o infortúnio de tropeçar nos galhos dispostos no chão e no momento em que caiu continuou com a má sorte pois o lobo/mulher se aproximava cada vez mais dele. Davi vendo Eliel caído no chão não hesitou em voltar e iniciar uma briga feia com o lobo. A besta rosnava e avançava em direção ao mais velho que desferia socos e chutes que surtiam pouco efeito na criatura.

Quando em sua luta com a besta Davi se descuidou por um segundo ele deixou o caminho livre de acesso para Eliel que tentava se levantar já que ele havia percebido que havia torcido seu tornozelo. O lobo/mulher usufruiu bastante do descuido do mais velho, ela se aproximou de elie rapidamente e cravou as presas afiadíssimas na sua pantorrilha.

Um grito de pura dor saiu do boca de Eliel. O mais novo tentava afastar aquela criatura mais era uma tarefa bem difícil. quando Davi se virou e viu Eliel ser machucado uma onda de fúria percorreu seu corpo, ele pegou rapidamente um pedaço de madeira que estava jogado no chão e desferiu um golpe certeiro na criatura.

A besta largou a perna de Eliel e cambaleou um pouco para trás antes de partir totalmente dali. Davi se assegurou que ela não voltaria tão cedo e se aproximou de Eliel que estava se contorcendo de dor no chão da floresta. Davi analisou o ferimento que estava bem feio. a carne havia sido bem danificada e uma espécie de líquido preto pareci ter sido depositada sobre o ferimento, como se o lobo estivesse secretando essa substâncias das presas, como as cobras fazem com seu veneno.

Davi observou o menor com apreensão. Uma franja de seu cabelo caia sobre seu rosto encobrindo boa parte dos olhos azuis banhados por lágrimas de medo. Ele observou que uma certa palidez e uma tremedeira começou a atingir o corpo do pequeno. Davi segurou a as pequenas mãos trêmulas a pálidas entre as suas e em seguida levou até seus lábios depositando um beijo reconfortante na palma da mão do outro. A ferida de Eliel parecia em poucos segundos já ter atingido um aspecto de carne morta, oque desesperou Davi.''Porque Eliel está tão mal?...Essa corte não era para estar causando tantos efeitos, a não ser que...''Davi pensou para si mesmo.

Envenenado.

O mais velho tinha percebido que Eliel havia sido envenenado , mais o x da questão era o porque daquele lobo ter feito isto, já que ele teve a oportunidade e as condições físicas de ter devorado Eliel. Davi tentou afugentar esses pensamentos, no momento ele precisava se dedicar a cuidar para que Eliel melhorasse. O jovem caçador embalou o pequeno em seus braços e começou a leva-ló para fora da floresta em direção a cidade de Salém.

۞ SALÉM ۞

O desespero e dor já eram parte da pobre Sarah. A jovem sentia seu coração falhar em algumas batidas e sua energia se esvair lentamente de seu corpo. A dor que ela sentia parecia já ter se anexado a sua alma, para ela não faria diferença se seu corpo fosse mutilado mais uma vez contanto que aquilo lhe desse o descanso da morte.

A garota se desconectou de seus pensamentos quando ouviu um certo farfalhar das folhas próximas a ela. Sarah pensou ser aquela mulher que havia lhe torturado, mais sua dedução se alterou quando ela ouviu uma sinistra melodia Fúnebre. As notas se iniciaram calmas e e leves se perdendo entre os galhos secos e as arvores secas daquela floresta.Sarah pensou em perguntar de quem se tratava mas manteve o silêncio, '' apreciando'' aquela triste melodia de sopro. Dado momento ela sentiu que aquilo que estava reproduzindo aquela música se pôs de frente para ela, mesmo ela não conseguindo ver.

A melodia se encerrou e em seguida ela sentiu um objeto frio e duro ser colocado entre os seus lábios e começando a cortar a linha que impedia ela de fala. Quando toda a linha foi cortada Sarah gritou o mais alto que suas forças ainda permitiam mais teve sua boca tampada por uma mão fria e com cheiro de morte. A angustia de não poder ver o seu ''salvador'' era enorme, Sarah sentia seu coração bater forte no peito e todo seu corpo estar em completo estado de alerta.Se passou alguns segundos até que a mão que tampava a boca de Sarah foi retirada juntamente com uma ordem.

─ Silêncio...─ aquela ordem ecoou na cabeça de Sarah devido a voz fria e cortante que ela havia escutado.

A jovem Desventurada resolveu acatar a ordem passivamente e permaneceu em silêncio até que a costura de seus olhos fosse desfeita. Quando Sarah conseguiu abrir os olhos ela teve uma surpresa. Mesmo com a visão um pouco embaçada ela pode ver a peculiaridade da pessoa que lhe ajudará.

Apesar de sua aparência não denunciar sua origem Sarah logo notou no olhar daquele homem que ele não pertencia aquele plano.As características dele eram bem peculiares, ele possuía um olho de cada cor, o da esquerda era de um amarelo incandescente quase que brilhoso já o da direita era já era de uma amarelo queimado. Sua pele era de um marrom claro quase um nude, ela tinha diversas rugas e marcas de expressão, ele possuía olheiras escuras abaixo dos olhos e diversas rugas dispostas em sua face. Seus lábios eram finos e pouco mais claros que o tom de sua pele. O homem vestia um terno preto totalmente velho, coberto por teias de aranha, folhas secas e fios soltos.Sarah pode ter jurado ver algumas aranhas passeando pela lapela do terno. O homem ainda usava uma cartola bem velha que escondia Seus Dreads grossos e negros.

─ Não se assuste comigo jovem...─ o homem disse em uma voz grave e firme─ eu estou aqui apenas para lhe ajudar.

Sarah tremia e estava cada vez mais apavorada, esse estado melhorou quando ela teve as amaras que a prendiam abertas , e ela pode se libertar daquele tronco.

─ Venha comigo....─ o homem ordenou virando em direção para dentro da floresta.

Sarah não pensou duas vezes antes de correr mas quando ela se virou passou a encarar um par de orbes de cores distintas. O olhar do desconhecido era sério e assustador, Sarah não se atreveu a perguntar como ele havia a alcançada tão depressa muito menos mover mais um músculo, ela apenas se deixou ser guiada pela criatura que começou a leva-la para mais adentro da floresta. Depois de uns 15 minutos de uma boa caminhada ele e Sarah chegaram a uma linda e alta cachoeira. Apesar da floresta de Salém ser plana, com exceção de alguns declínios,havia diversos pontos em que se era possível encontrar crateras no chão por onde passava água corrente, semlhante

─ Chegamos!─ o homem disse se assentando em cima de um grande amontoado de pedras cobertas de musgos a poucos meros da queda d'água.

─ P-Posso saber porque quem é você e por quê me trouxe aqui? ─ Sarah questionou olhando para baixo, não conseguindo encarar a face assustadora da pessoa a sua frente.

─ Bom é uma longa história...sugiro que você se sentem..─ O homem deu três leves tapinhas na pedra em que estava sentado, sinalizando para a garota se sentar.

Sarah apenas curvou suas pernas lentamente se assentou no chão. O homem bufou e prosseguiu calmamente contando-lhe a história.

─ Bem..vamos começar do começo.Eu tenho muitos nomes mas normalmente sou conhecido como Papa legba. Sou o intermediador entre o mundo dos mortos e dos vivos na cultura africana e também sou responsável pelo conhecimento do próprio inferno .A mulher que você encontrou na floresta era uma bruxa que estava praticando um ritual para específico para conseguir algo especial, e esse algo especial era você.─ ele tossiu limpando a garganta─ Você servia para ela apenas ''morta'', mas algo ou alguém a impediu de prosseguir , isso fez com que a cerimônia fosse interrompida.Eu vim do mundo das sombras para lhe propor um negócio.

─ Q-Que tipo de negócio?

─ Digamos assim... Algumas pessoas trabalham com joias, outras com dinheiro já eu trabalho com almas.

Um frio percorreu a espinha de Sarah. Ela mirou levemente em direção ao atalho para fora daquele lugar, pensou em correr mas sabia que seria pega. A garota respirava pesadamente e estava com dificuldade de pensar sobre tudo no momento.

─ P-Porque quer minha alma?─ Sarah sentiu a incerteza dominar sua fala.

─ Veja bem meu doce...─ A criatura se aproximou mais de Sarah ficando a poucos centimetros dela.─ Almas como a sua são muito raras.

─ E o que minha alma tem de especial? ─ Apesar de amendrontada Sarah estava muito curiosa.

─ Sua alma tem uma essência muito especial, em suas veias corre sangue de sobrevivente. Eu conheço sua história e sei pelo que passou,muitas teriam desistido mais você não. É isso que a torna especial...

Sarah engoliu em seco. Ela não sabia distinguir se quilo havia sido um elogio ou qualquer outra coisa, a única certeza que tinha é que ela podia se desmontar de medo.

─ E então oque me diz?

─ E-Eu não sei se devo fazer contratos com o diabo...─ Respondeu receosa.

─ Minha jovem─ ele disse com a risada contida.─ Eu não sou o que você conhece por Diabo. .Vocês mortais são tão cegos quanto as artes espirituais.Se aceitar meu acordo posso lhe mostrar um mundo novo...

─ E-Eu...

─ antes de responder─ Sarah foi interrompida─ Deixe-me mostrar algo ,venha levante-se.

Sarah se ergueu e caminhou lentamente em direção a cachoeira onde se encontrava Papa Legba.

─ Olhe para lá...─ ele apontou para o centro da cachoeira.

Assim que os olhos de Sarah focaram no ponto certo algo começou a acontecer. a água adquiriu uma outra tonalidade ficando banca e em seguida começou a reproduzir uma imagem em uma boa qualidade. na imagem estava uma bela adolescente de 13 anos ,ela usava um lindo vestido de cetim preto com uma fina azul marinho amarrada na cintura. Seu rosto angelical estava carregado de tristeza e angustia,seus lindos e meigos olhos derramavam lagrimas e mais lagrimas,mas a garota chorava apenas silenciosamente. A sua frente estava um caixão de madeira escura que acomodava a única pessoa que ela já havia amado na vida: seu pai.Diversas pessoas falavam com a garota lhe desejando os pêsames e lhe falando coisas gentis mas ela não se importava com nada daquilo ,ela só queria estar com seu pai mais uma vez.

A imagem titubeou e agora estava representando outra coisa.Ao que tudo indicava era um casamento mas com ares de funeral. A noiva era mesma garota da imagem anterior só que um pouco mais velha. seu olhar triste ainda era o mesmo e ela parecia estar odiando profundamente tudo aquilo. mais uma vez a imagem tremeu mostrando algo nada agradável. A garota estava presa ao teto apenas pelos braços enquanto seu noivo lhe penetrava violentamente por trás contra sua vontade. Ela estava com a boca amordassada lhe impedindo de gritar e seu noivo parecia esta gostando do seu sofrimento.

─ você reconhece essa garota.

─ Sim...─ Sarah permitiu derramar algumas lagrimas─ Sou eu.

Voltando a imagem,Quando ele terminou retirou o membro mole de dentro da garota e lhe libertou das correntes. Ela se assentou no chão com a cabeça baixa e começou a chorar baixinho. O noivo viu a cena e se irritou, começou a proferir alguns xingamentos e se aproximou para bater nela, mas oque ele menos esperava era que a garota estaria com um pedaço de vidro em suas mãos, e que ela estaria pronta para matá-lo.Não foram necessários muitos golpes depois do primeiro mais a garota continuou até que o corpo do marido fosse um abrigo de machucados e corte.

A cena mudou e agora ela estava mais uma vez em um funeral mais algo estava diferente além do morto, o sentimento da garota. Por fora ela parecia uma pobre viúva mais dentro de seu ser ela nunca se sentiu tão feliz. A água borbulhou e mostrou outra cena,Sarah estava novamente em um casamento só que parecia estar bem feliz. O sorriso não abandonava seus lábios de jeito nenhum assim como o de seu noivo.

O ambiente mudou e novamente retornou para um funeral só que de seu noivo amado. srah chorava e se angustiava por ter que perder novamente alguém que tanto amava. A cenas seguintes retrataram vida que Sarah enfrentou para sobreviver, se prostituindo, mendigando e até roubando par comprar comida para não morrer de fome.

─ Você não acha que essa jovem não merece uma vida melhor do que está?─ Papa Legba perguntou.

Sarah refletiu sobre tudo em sua vida e percebeu que não tinha mais razões para continuar sofrendo naquela vida miserável. Desde de pequena Sarah viveu confusa em seu próprio ser, sempre ignorando seus sonhos e desejos em prol da vontade de seu pai. Quando o mesmo morreu ela viu que nada lhe impedia de ser quem ela realmente queria ser, uma mulher forte, independente e famosa.Mais a sociedade puritana jamais permitiria que uma garota qualquer ocupasse um lugar que não fosse de trás de um tanque de roupas .Por esse motivo Sarah foi obrigada a se casar com Daniel Paoole um homem visto por todos como bom , honesto, integro e carinhoso, mas apenas Sarah conhecia quem realmente ele era. Todos os dias a jovem tentava arrancar do peito a vontade de se matar, todos os dias ele pedia aos céus que sua vida mudasse, mas ela vendo que não havia recebido nenhuma resposta resolveu por si só acabar com seu sofrimento.

Após a ''morte'' de Daniel A garota conheceu Wiliam Bóa, um belo mercador pelo qual se apaixonou. Semanas depois do casamento dos dois Wiliam apresentou fortes dores no peito e acabou morrendo de um ataque fulminante.Junto com a dor da morte de Wiliam Sarah teve que lidar com a extrema pobreza pois todas as riquezas que ela possuía estavam no nome do mercador e como os dois não se casaram legalmente acabou que família Bóa se apossou de todos os bens matérias deixando Sarah a mingua. Dali pra frente As tristezas vieram em montes para a pobre Sarah que teve de virar mendiga e se entregar a prostituição e ao roubo. A garota respirou fundo e disse firmemente.

─ Eu aceito.

A divindade sorriu levemente e em seguida algo mágico aconteceu. Uma nevoa verde brotou do nada se alastrando pela floresta. Sarah começou a ficar com medo mas mesmo assim ainda se manteve forte. A garota estava começando a ter dificuldades para respirar devido ao cheiro de enxofre da fumaça, ela levou sua mão ao nariz afim de se proteger do cheiro. Ela não soube exatamente quando mas começou a ouvir uma música extremamente animada, uma mistura de sons tribalístico com o som de diversas vozes afinadas. Se ela não estivesse tão assustada aproveitaria o som.

─ Preparada?

A música começou a se intensificar junto com imagem de Papa que agora encontrava levitando sobre a cachoeira .Sarah ficou perplexa com aquilo e mais ainda com oque aconteceu. Do chão brotaram bonecos de pano de cores berrantes e bonitas, em vez de olhos eles possuíam botões e suas bocas eram costuradas de forma engraçada. Sarah percebeu que o clima começou a ficar mais ameno com alguns nuances de cores vibrantes e incandescentes. A garota se assustou quando teve o corpo preso por duas pítons e em seguida os bonecos, com a estatura de uma galinha, começaram a cantarolá ao redor de Sarah.

─ Quando sua alma você entregar tudo vai se resolver, como num passe de mágica você vai perceber... ─ Papa Legba já não levitava mas agora ele estava vindo ao encontro de Sarah.─ Tudo oque você queria você vai ter, só não vale depois vim se arrepender.

Papa Legba já estava em pé de frente para Sarah com um sorriso maléfico no rosto. Ele estendeu a mão para Sarah e em sua mão estava pendido um cordão com uma mascara sinistra de vudu. Sarah olhou para aquilo receosa,''oque é que estou fazendo?'', ela perguntou para si mesma.

─ Tudo aquilo que você quiser...─ ele disse firmemente com o braço estendido.

Sarah ergueu a mão trêmula que cada vez mais se aproximava do objeto. Quando o dedo de Sarah encostou oque seria a boca da máscara , a mesma se abriu e mordeu o dedo da garota.Um filete de sangue escapou do dedo da garota, molhando o chão.A dor dela se mesclou com a risada Maléfica de Papa Legba e com a dança e a música dos bonecos. Ela sentia como se seu braço e consequentemente seu corpo estivesse pegando fogo, a dor era imensa e apavorante um calor súbito e descomunal. Sua visão apesar de fraca estar ficando cada vez mais fraca ainda pode ver que rosto de papa legba começou a derreter como cera assim como suas roupas deixando apenas o seu crânio no chão. A música e os bonecos haviam sumido restando apenas o crânio seco.

Uma voz macabra ordenou secamente.

─ Sarah Good, assine isto.

Sarah nem havia percebido mas quando olhou para suas mãos e viu que estava entre elas um enorme livro de couro com diversos nomes de pessoas que ela conhecia da própria salém. A garota recebeu a instrução de como deveria assinar, ela cortou se pulso horizontalmente e utilizou o sangue como tinha assinando seu nome.

Sarah Good

No mesmo instante em que ela terminou de assinar seu nome,ela sentiu sua visão escurecer e sua consciência apagar.

۞ SALÉM ۞

Salém começava a despertar de mais uma noite típica.O sol ainda estava escondido e a lua ainda predominava quando uma mulher atravessou o centro da cidade em direção a casa dos Nurse. Sua capa vermelha distoava entre as cores cansadas e mórbidas daquela cidade. Assim que a mulher alcançou a residência da família ela adentrou pela porta dos fundos.Sorrateiramente ela desceu as escada do porão e encontrou a pessoa que procurava de frente para uma bela penteadeira.

─ Senhora?─ ela disse ao ver a imagem da mulher se olhando no espelho.

─ Sim, tituba.─ a desconhecida disse com uma voz calma e ao mesmo tempo sedutora, como uma navalha suave e cortante.─ Você concluiu.

─ Peço-lhe perdão, mas não pude. Houveram interrupções por parte de dois garotos impertinentes.─ ela disse entre dentes, com extrema vergonha de si.

─ Não preciso ressaltar o quão isso é importante,não é?

─ Não, senhora.

─ Por isso trate de resolver logo este problema, se não você terá um bem maior.

A mulher se virou e encarou Tituba, a bruxa da floresta. A morena olhou a mulher a sua frente com respeito e de devoção, sendo que se tratava de nada mais nada menos que Rebecca nurse.

۩ NEW ORLEANS ۩

21 de junho, 2011, New Orleans, Luisiana.

O único barulho na sala do colégio real state era do grande relógio pendido na parede acima da quadro. A professora, uma mulher velha e carrancuda, estava sentado de frente para os alunos corrigindo os recentes teste. Todos pareciam muito apreensivos e nervosos exceto por um aluno. Joe Jonh.

Não que seu ego fosse super estimado mais ele sabia que teria uma boa nota pois havia se esforçado para essa prova e não havia motivos para tirar menos que um oito. O jovem Joe sempre fora dedicado em relação aos estudos, ele sempre procurava ler mais e se focar no desconhecido.Ele adorava se aventurar no maravilhoso mundo dos livros principalmente naqueles que lhe interessava como os de monstros e almas.

Com o tempo seus gostos peculiares começaram a ser vistos com outros olhos pela comunidade local. Vizinhos maldosos afirmavam que o pobre Joe estaria tendo contato com o próprio diabo por terem o visto ouvindo rock e outros sons pesados. Sua mãe , Dalia jonh, não ligava muito para os comentários maldosos dos outros, ela sabia que verdade não tardaria a chegar para seu amado filho.

─ Tenha um bom dia!─ A velha professora falou quando o sino da escola bateu, indicando a saída dos alunos.

Joe pegou sua mochila e se dirigiu apressadamente a saída assim que o jovem rockeiro estava saindo ele teve seu corpo virado e passou a encarar um par de orbes cinzentos incrivelmente bonitos.

─ Ai...que susto Jack!─ joe disse pondo a mão sobre seu peito.

─ ha ha ha...você precisava ver a sua cara,estava tão fofa.

─ por favor sem demostrações públicas de afeto.─ ele ironizou.

─ um beijo nessa sua boca conta como demostração de afeto ou de amor?─ ele se aproximou do mais novo e o envolveu com seus braços.─ hein?

─ Jack, nós já conversamos sobre isso. Você prometeu que nós seriamos só amigos, e amigos não tentem beijar amigos.

─ Eu até tento ser seu amigo.─ ele sorriu de modo sedutor.─ mais quando eu vejo essa sua boca eu tenho vontade de fazer coisas com ela que...

─ Jack!─ Joe o repreendeu─ estamos na escola.

Ele sorriu enquanto Joe suspirou e começou a caminhar em direção a cantina sendo acompanhado pelo outro que morria de amores por Joe. Desde de quando Jack havia chegado a New Orleans e passado a estudar no mesmo colégio que o de Joe ele começou a sentir ''coisas'' diferentes por ele. Sempre se pegava sorridente pensado nos olhos calmos e serenos do menor. As vezes seu olhar ia contra a sua vontade em direção aos lábios rosados e/ou a bunda delineada do menor .Jack reprendeu por muito tempo a ideia de estar apaixonado por um garoto mas Com o tempo entendeu que se tratava de uma das mais belas forma de amor que ele nunca havia experimentado na vida.

Jack depois de um bom tempo ocultando seus sentimentos por Joe, resolveu que era hora de arriscar. Pôs todas as cartas na mesa e junto com elas veio o pedido de namoro, No começo Joe ficou meio receoso pois nunca tinha namorado antes,apesar de ser bem resolvido sexualmente o garoto não teve nenhum tipo de envolvimento com alguém do próprio sexo. Joe pensou e pensou e resolveu aceitar o pedido e os dois começaram a namorar. Como em tudo, o começo foi perfeito, banhado de beijos e declarações de amor mas o tempo foi chegando e tudo piorou. Jack tinha acessos de ciúmes e era extremamente possessivo, e aos poucos o relacionamento dos dois foi sendo sufocado e desgastado. A gota da água foi quando Joe viu Jack trasando com uma garota em uma festa. o menor acabou com o relacionamento e ambos passaram a tentar o começo de uma amizade.

Jack não desistiu tão fácil do outro. quando percebeu a burrada que havia feito tentou diversos pedidos de desculpas que não surtiram com muitos efeitos. O jovem rockeiro havia optado esquecer Jack de sua vida e o outro havia optado lutar por seu amor. Jack deu os primeiros passos para alcançar mais uma vez o coração do outro. Ele entrou em uma academia no bairro, não que ele não tivesse um corpo legal mas queria defini-ló mais ainda para Joe gostar do que vi-se, o jovem começou a malhar e em alguns meses o resultado veio a tona. Os músculos peitorais, os bíceps, as coxas, as pernas e o famoso ''tanquinho'' tudo estava do jeito que ele queria que ficasse. O segundo passo que ele teve foi cuidar mais de sua aparência, Ele passou a ser mais vaidoso com seu corpo pois nunca teve muito cuidado com a aparência. Seus luxos de vaidade não passavam de cortar o cabelo as vezes e cortar as unhas dos pés quando elas estavam muito grandes.Quando Jack se determinou em conquistar o menor ele passou a ter mais cuidados com o corpo. Tentava não andar com as roupas que tinham marcas de graxa(que eram poucas), sempre deixava a primária barba do rosto aparada , Os cabelos louros sempre bem cortados e um perfume masculino sempre adereçava seu corpo. Joe percebeu as mudanças no estilo de vida do Ex e se animou pois queria que Jack encontrasse alguém para feliz coisa que não puderam fazer juntos. Já Jack iniciava a parte três de seu plano se aproximar cada vez mais de Joe. Ele sempre tentava ficar a sós com o outro afim de o desejo falar mais alto e eles voltassem a ficar juntos mais nunca tinha a oportunidade.

─ Você vai sair hoje a noite?─ Jack perguntou esperando uma resposta negativa.

─ Vou─ Falou cansado─minha mãe quer me levar em mais uma daquelas reuniões idiotas de ''eu tenho orgulho do meu filho ser gay''.

─ kkkk sua mãe é uma figura, bem que eu queria ter uma mãe como a sua─ ele disse assumindo uma posição triste.

Joe se manteve em silêncio devido ao fato: Jack era orfão de mãe. Sua mãe havia morrido em um acidente de carro provocado pela irresponsabilidade de um motorista alcoolizado, Jack já tinha seus doze anos quando teve a perda e foi muito difícil para ele administrar a dor. Seu pai se manteve em extrema depressão por anos até que resolveu seguir a vida. Reabriu a oficina em que trabalhava e passou a contar com a ajuda de Jack no negócios.

─ Bom, eu já vou indo pra casa.─ Joe disse encerando a conversa.

─ Vem que eu te levo de moto.

─ Não precisa eu vou a pé.─ ele respondeu

─ Não me faça te carregar até a moto.─ ele ameaçou divertido pois uma vez já tinha feito isso.

Joe fingiu estar irritado e começou a seguir o amigo. Ambos passaram pela longa quadra poliesportiva e em seguida alcançaram os belos jardins , Joe pôs o capacete e se posicionou atrás de Jack. o menor envolveu seus finos braços ao redor do corpo do outro que fez questão que as pequenas mãos do menor ficassem apertadas bem em seu abdômen sarado.

O som rouco da moto anunciou a saída dos dois daquele lugar que Joe não sabia , mas nunca mais o veria.

۩ NEW ORLEANS ۩

Jack deixou Joe na porta de casa e foi para sua que por coincidência ficava na mesma rua que a do rockeiro. Joe se aproximou da porta como de costume , mas estranhou o fato da mesma estar aberta. Assim que ele adentrou na sala avistou uma visão de pessoas não tanto comuns. Havia três pessoas,Uma mulher vestida elegantemente estava sentada conversando seriamente com sua mãe ela usava Uma saia até o joelho preta com um cachecol de plumas pretas e chapéu preto discreto, além dela havia mais duas mulheres altas e musculosas vestidas apenas por um macacão preto colado ao seu corpo.A mulher que conversava com sua mãe aparentava ter entre seus trintas e poucos anos de pura elegância, Joe sentiu-se analisado pela sua psicóloga quando aquela mulher que ele nem sabia o nome lhe lançou um olhar por cima dos seus óculos de sol caros.

─ Então você é o famoso Joe.─ A mulher falou exibindo um leve sorriso de canto de boca

─ O que esta acontecendo?

─ Isso é uma longa história...─ a mulher se sentou com as pernas cruzadas e apontou para que Joe fisseze o mesmo mais o garoto continuou de pé.

─ Mãe quem é ela? .

─ Filho essa é a Celina...─ ela disse limpando uma lágrima que insitia em cair─ ela vai lhe explicar tudo que você precisa saber mas você precisa ir com ela, sua malas já estão no carro só estávamos esperando você chegar. ─Sua mãe disse.

─ quem são essas pessoas? é algum tipo de pegadinha...

─ Filho apenas confie em mim.

Joe não teve tempo de argumentar ele rapidamente foi levado para fora de casa pelas duas mulheres e foi colocado dentro do carro de uma forma abrupta contra sua vontade. Em meios a lágrimas sua mãe tentava acalmar Joe que tentava a todo custo cair daquele carro, mais era impedido pelas duas mulheres.

Quando a porta do carro foi fechada quase que no mesmo instante Jack estranhou a grande movimentação na casa de Joe e veio correndo ao seu encontro. Mas foi tarde demais quando ele conseguiu chegar o carro já havia dado partido e começava a desbravar as ruas frias e solitárias de New Orleans.

۩ NEW ORLEANS ۩

Joe não tinha noção para que tipo de lugar estava indo, ele tinha vontade de gritar mas a sua voz parecia estar trancada dentro da sua garganta.Ele encarava a janela do carro sendo a sua unica saída:''Talvez se eu conseguir me jogar do carro sem me machucar...Droga! isso é impossível com certeza eu vou morrer antes mesmo deles me pegarem.''Ele pensava com desespero.Ele se sentia como um criminoso que não fazia a menor ideia de qual fora seu pecado.

O carro preto rodou por mais alguns minutos pelas ruas molhadas de New Orleans até que estacionou ao lado de uma belíssima mansão. Automaticamente os vidros do carro foram abaixados e Joe pode observar melhor aquela magnifica arquitetura. Uma fachada digna de cinema se erguia a sua frente, as janelas eram de vidros escuros e carregavam traços fortes de uma arte europeia. Uma série de colunas brancas se erguia na varanda da casa juntamente com alguns vasos de plantas mortas e flores secas, A mansão aparentava ter dois andares juntamente com uma pequena janelinha no alto que Joe presumiu ser o sotão, a parte de cima contava com um gradeado branco e diversas janelinhas francesas.

Antes que ele pudesse ver mais da mansão a porta do carro foi aberta e ele foi bruscamente retirado de lá de dentro. Assim que saiu ele sentiu o vento frio contra seu rosto e consequentemente bagunçando seus cabelos, as mulheres o arrastaram até o portão de entrada da mansão e o deixaram plantado ali mesmo. A porta do motorista foi aberta e a mesma mulher elegante que Joe tinha visto em sua casa saiu de lá, ela caminhou em direção ao garoto que permanecia extremamente assustado e tremendo de frio ali.

─ Não se preocupe, o pior ainda nem começou..─ ela disse com um sorriso no rosto.

Joe não disse nada.Porque enfim, o que ele iria dizer? Ele foi colocado em um carro contra sua vontade arrastado para um lugar que ele nunca tinha visto na vida e agora não sabia oque cargas d'aguá iria acontecer. Literalmente confuso era uma palavra que definia bem Joe no momento.

A mulher a sua frente puxou uma pequena chave que estava guardada entre seus seios e abriu habilidosamente os portões de ferro que rangia quando foram abertos. Ela caminhou por uma estreita e curta estrada de tijolos negros que se estendia até uma pequena escadaria que dava em direção a porta, que no no momento a mulher estava parada ao lado.

─ Você não vai vir?─ Ela questionou colocando a mão na cintura em uma pose de puro poder.─ Bom...a escolha e sua, mas sinto lhe informar que irá chover e eu acho que o meio da rua não é bom lugar pra se abrigar.

Ela não esperou Joe responder apenas adentrou dentro da mansão deixando o jovem sozinho, já que as duas mulheres que trouxeram Joe haviam sumido de uma forma até rápida demais. Joe sentiu o frio se intensificar e suas mãos começarem a ficar geladas, ele então receoso adentrou dentro dos portões do lugar que mudaria sua vida para sempre.

Ele caminhou lentamente em direção a porta que estava totalmente aberta, como se Celina soubesse que ele iria entrar e não iria fugir. Joe caminhou com passos lentos e nervosos em direção ao interior da mansão, ele caminhou por um longo corredor que se erguia a sua frente revestido por um piso branco extremamente branco.Entes do jovem alcançar a sala principal ele foi surpreendido por Celina que apareceu em sua frente.

─ Buu...─ ela disse assustando o menor que por impulso começou a derramar lágrimas de medo, Celina olhou para a cena com total escárnio e disse com desdem─ Por favor me poupe dessa cena patética, e vamos logo que tem uma pessoa que quer te ver.

Joe procurou rapidamente se recompor e acompanhar Celina que começava a subir longa escadaria que se erguia no centro do salão e ligava ao andar de cima em uma forma arredondada. Os dois começaram a subir e Celina falou enquanto o menor limpava o resto de lágrimas com seu uniforme customizado da escola.

─ Aonde estamos indo?─ Joe perguntou apreensivo.─ Oque e-esta acontecendo?

─ Ajudaria muito se você cala-se a boca.─ Celina sibilou lentamente Joe engoliu em seco.

Joe e Celina se encontravam de frente a um enorme porta de madeira-mogno escuro com traços talhados a mão.Pela proximidade dos dois Joe podia sentir o perfume doce de Celina invadir suas narinas, era algo inebriante e forte algo que combinava com o pouco da personalidade de Celina que Joe havia conhecido.

Celina bateu levemente na porta em seguida girou a maçaneta a abrindo para que ela e Joe pudessem adentrar.Assim que a enorme porta foi aberta os olhos azuis do menor correram por todo espaço registrando em sua memória cada detalhe. Basicamente a sala não era extremamente luxuosa mais tinha lá seus estilo. Uma mesa detalhada de madeira ocupava 1/4 do espaço da sala juntamente com uma estante enorme de livros que Joe não pode ver os titulos. Algumas cadeiras acompanhavam a mesa e um negro,lindo e felpudo carpete cobria o chão do cômodo.Havia mais alguns objetos bem peculiares mais Joe não notou pois sua atenção se direcionou para a figura feminina que estava sentada elegantemente na cadeira detrás da mesa.

Ela sem dúvida era uma mulher extremamente atraente. Seus cabelos, que batiam em seus ombros, eram tão prateados quanto a própria luca cheia. Seus lábios carregavam um sorriso de ironia incrustados neles, seus olhos azuis eram profundos e sibilantes como dois abismos azuis sem fim. Ela aparentava não ter mais que 40 anos, apesar de sua elegância e porte dignos de uma rainha.

─ Está aqui o seu presentinho Regina.─ Celina disse saindo da sala com um sorriso maldoso.

A mulher a frente de Joe sorriu levemente com o comentário de Celina. Ela retirou os óculos de leitura que estava utilizando e em seguida disse para Joe:

─ Sente-se e fique a vontade.─ ela sorriu cordialmente exibindo seus dentes perfeitos.

Joe caminhou lentamente em direção a cadeira e em seguida se assentou confortavelmente esperando por alguma ação da mulher a sua frente.

─ Bom...Você deve estar bastante confuso com tudo que está acontecendo, não é?─ ela disse erguendo uma de suas sobrancelhas.

─ Um pouco.─ Ele disse não conseguindo olhar nos olhos azuis de Regina.

─ Sinceramente eu nunca sei como começar uma conversas dessa.─ Regina disse tentando amenizar o clima do ambiente.

─ M-mas que tipo de conversas nós teremos?─ Joe perguntou erguendo parcialmente sua cabeça.

─ Pode se dizer que será uma conversa bem difícil.

Regina se ergueu de sua cadeira elegantemente e se dirigiu a uma estante de livros, de onde retirou um exemplar de caças nórdicas. Ela folhou o livro lentamente e parou na página 217 de onde retirou uma chave que se encontrava escondida em meios aquele mar de páginas. Assim que ela retirou a chave ela guardou novamente o livro em seu respectivo lugar e se dirigiu a um pequeno bau que havia na sala, ela o abriu e de lá retirou uma folha bem velha que estava gravado um desenho que mudaria a visão de Joe sobre tudo que ele conhecia.

─ Você por algum acaso você o conhece ? ─ Regina disse entregando o desenho a Joe.

Os olhos do garoto quase saltaram para fora quando ele viu o desenho. Apesar de estar bem velho e desgastado e o grafite já ter abandonado boa parte do desenho ele pode ver do que se tratava, era ele. O desenho obedecia todos os traços e limites do corpo e do rosto de Joe, apesar de ser quase impossível o garoto que estava no desenho era exatamente igual a Joe.

─ C-Como isso é possível?─ Joe perguntou atônito com a sua semelhança com o desenho.

─ Para os outros lá fora isso é chamado de coincidência , para nós isso se chama destino.─ Regina disse com uma ar de sabedoria.─ Não se preocupe eu vou responder todas as sua dúvidas , afinal é pra isso que eu estou aqui.

─ Quem é ele?─ Joe questionou.

─ Isso é uma história bem longo mais creio que temos bastante tempo. ─ Regina disse com um belo sorriso no rosto.─ Bem...O garoto nesse desenho que você tem mãos é Eliel Jonh , ele assim como todos os antepassados dos moradores dessa casa foi um bruxo.

Quando Joe ouviu a palavra bruxo ele se sentiu em um verdadeiro filme de ficção científica, naqueles bem clichê em que o protagonista descobre que tem poderes mágicos e precisa salvar o mundo de uma grande ameaça do mal. Joe não sabia se era isso que ele queria para sua vida, ele nunca gostou de ser o herói muito menos o vilão, e descobrir do nada que você teve antepassados bruxos fez seu estomago embrulhar.

─ Eu sei oque você deve estar se perguntando e a resposta é sim. Você é um bruxo.

─ M-Mais como isso é possível, eu pensei que bruxas e essas outras coisa fossem pra fantasia.─ Joe ainda estava cético aquela história de bruxos.

─ E...como posso dizer. Ao longo do tempo as pessoas foram distorcendo a forma original de diversas figuras como as das bruxas, todos fizeram com que as bruxas passassem a serem vistas como algo fantasioso algo irreal, quando na verdade somo bem reais.

─ E o que esse Eliel , tem haver comigo?

─ Ele é seu antepassado mais distante, e por causa dele que você, sua mãe e todos os seus antepassados são e foram bruxos.

─ Eu n-não estou entendendo.

─ A bruxaria é hereditária meu jovem─ ela disse em um tom sábio─. No momento em que Eliel Jonh fez os sacrifício ele abeênçou toda a sua descendência, fazendo com que você sua mãe e todos seus antepassados herdassem os genes da bruxaria.

─ Como?! Minha mãe é uma bruxa?─ Ele perguntou atônito.

─ não fique surpreso.Sua mãe pode ter escondido de você mais Há muito tempo atrás ela frequentou a nossa academia como aluna/hospede, mais devido a um probleminha ela foi expulsa.

─ Qual foi esse probleminha?

─ Você.

Joe sentiu um sentimento estranho de culpa. Sua mãe devia gostar de ser uma bruxa e ele atrapalhou seus planos, apesar de Joe não ter tido culpa de ter nascido mesmo assim ele ainda se sentia culpado. Joe observou um enorme quadro que estava disposto atrás de regina, nele estava pintado uma mulher de extrema semelhança com Regina, os mesmo traços, os mesmos olhos azuis profundos e até o sorriso irônico era retratado na obra.

─ Quem é ela?─ joe perguntou curioso.

─ Rebecca Nurse, minha antepassada.─ Regina disse orgulhosa.─ Foi uma grande mulher,E uma bruxa excepcional!...Bom, creio que Não podemos perder mais tempo não é?afinal precisa se ambientar com o seu novo lar!

─ você disse ''novo lar''?

─ Sim, novo lar. Sua mãe concordou que seria melhor para seu aprendizado se você ficasse nas nossas dependências como os outros alunos.

─ M-Mais eu tenho uma vida fora daqui!─ Ele sentiu sua voz exaltar um pouco então se recolheu na cadeira.

─ Joe....─Ela disse com a voz condescendente─ Quero que você saiba que nossa academia não é uma prisão onde iremos lhe prender e lhe força a permanecer aqui.Nós queremos apenas criar um refúgio para jovens como você, para que eles entendam oque eles realmente são.

─ E o que eu realmente sou?─ Joe perguntou temeroso já desconfiando da resposta.

─ Um bruxo.─ Ela disse firme.─ Você pode negar, ou até mesmo ocultar o seu dom.Mais isso não fará você ser menos bruxo do que você é. Joe...entenda que o dom que você tem é raro é muito precioso e não é motivo algum para você se envergonhar de te-lo ou para você passar a vida escondendo-o dentro de você. Deixe ajuda-ló, você não irá se arrepender.

Regina estendeu a mão para o jovem Joe que talvez fosse o mais debilitado emocionalmente ali.

O garoto estava confuso, um misto de emoções rodeava sua mente e seucoração. Ele sabia que se se negasse a ficar naquela casa e aprender smais sobre quem ele era, ele iria passar o resto da sua vida imaginando como teria sido se ele tivesse ficado na mansão e aprendido bruxaria.

Joe poderia ser muito fragil aos olhos de todos mais ele preferia se arrepender no momento do que lamentar depois

''Talvez se e-eu aceitar eu consiga aprender mais sobre quem eu sou de verdade, e quem deixar essa imagem de inocência que me rodeia.Eu cansei de ser esse garoto fraco e solitário, cansei de ver as pessoas me olhando copiosamente como se eu não fosse capaz de me defender do mundo ao meu redor, cansei de ver o mundo duvidar do que eu realmente sou capaz.

A parti de hoje eu vou mostrar a todos que o garotinho solitário cresceu, e ele não esta mais pra brincadeira.''Joe refletiu

─ Eu aceito. ─ ele respondeu firme

─ Que coisa maravilhosa!─ Regina disse entusiasmada.─ Então...creio que tenho que lhe apresentar mais sobre a casa e nossa história. E Joe?

─ Sim?

─ Eu acredito que você está fazendo a escolha mais importante da sua vida, e tenho certeza de que não ira se arrepender.

۩ NEW ORLEANS ۩

Regina nurse explicou a história de toda aquela fundação e eu humildemente tentarei lhe explicar a você, caro leitor...

Em meados de 1759 uma jovem inglesa chamada Isabel Girani casada com o renomado doutor Albert Girani, ficou prematuramente viúva do marido. Ela em sua memória abriu um hospital em uma mansão no centro de New Orleans a cidade natal do falecido.O tempo foi passando e a velhice foi chegando para Isabel que resolveu que seria melhor vender a propriedade.

Isabel vendeu a propriedade em 1817 para um grupo de médicos neurologistas famosos da época.Eles transformaram a mansão em um hospital psiquiátrico que funcionou até meados dos anos de 1878 quando foi vendido para uma condessa parisiense chamada Geraldine Beachmont'é. A Mulher era fascinada por magia, e resolveu em 1890 abrir uma escola para garotos e garotas com dons especias.

Geraldine reestruturou toda a mansão em si e também algumas coisas burocráticas que estavam em pendências.ela institui diversas leis sobre aceitação de bruxas na academia , como por exemplo a da sucessão. Uma bruxa(o) só poderia entrar na academia caso ela tivesse um descendente que tivesse uma forte ligação com salém ou outro vinculo com a magia ou então ela teria de fazer o ritual para obter poderes.Tudo foi feito no maior sigilo, pois Geraldine temia que a ignorância das autoridades da Época fosse a mesma de Salém.

A academia?instituto de bruxas e bruxos se tornou com o tempo um verdadeiro paraíso para onde os jovens visto pela sociedade como ''diferentes'' iam.Por segurança Geraldine resolveu fazer com que a mansão fosse vista pelos outros como apenas um internato. O tempo se passou e a responsabilidade de cuidar dos alunos e da mansão foi passada de geração em geração até a morte do ultimo Beachmont'é em 1999.

Fraçois Beachmont'é morreu de causas desconhecidas e desde de então Regina comandou o clã com punhos de ferro...

۩ NEW ORLEANS ۩

Regina havia apresentado toda a mansão para Joe e havia deixado o garoto em suas acomodações. Era um quarto razoavelmente grande com as paredes pintadas de branco e um belo lustre disposto no teto. Havia duas cama, e pelo que Joe constatou ele teria de dividir quarto. Havia também uma pequena escrivaninha no canto com um computador moderno e ao lado tinha seu guarda-roupa. Joe observou o quarto e viu que as coisas do seu(a) colega de quarto já haviam sido colocados na cama de esquerda o que lhe automaticamente lhe deu a cama esquerda,

O jovem caminhou em direção a cama onde se deitou, esparramando seu corpo e seus problemas. Ela fechou seus olhos lentamente e começou a re-organizar seus pensamentos. Tudo estava uma loucura, do nada sua vida havia mudado completamente e ele não sabia oque fazer.

Ele estava cansado, confuso, assustado e com saudade de casa. Joe joh começou a questionar a si mesmo se ser um bruxo era o que ele queria realmente. Talvez ele estivesse embriagado pela sensação de liberdade, O poder de comandar a sua própria vida. Joe Jonh nunca se achou capaz suficiente para tomar suas próprias decisões por isso sempre deixava o mundo decidir por ele.

─ Então novato, se divertindo muito?─ Joe nem percebeu a entrada do grupo de garotas no quarto.

A mais bela do grupo se aproximou de Joe. Ela era alta, magra,branca, e com cabelos loiros tingidos artificialmente. Seus olhos cor de mel eram desafiadores e transpareciam sua alma poderosa, seus lábios eram finos e extremamente sensuais, Seu longo cabelo platinado fazia um estranho contrate com suas sobrancelhas escuras. Joe ficou tão pasmo com a beleza da garota que esqueceu de responde-lá.

─ O gato comeu sua língua ou Alguém a arrancou por ser ruim no oral ?─ ela perguntou com sorriso maldoso no rosto.

─ Não liga pra ela não, o que ela tem de bonita ela tem de vadia.─ Uma garota negra e bem bonita advertiu Joe.

─ Qual o seu nome?─ uma das garotas, a mais meiga pra ser exato perguntou a Joe se sentando ao seu lado na cama.

─ Joe.

─ E um Belo nome.

─ Obrigado.─ Joe disse corando.

─ meu nome é Nance, essa é a Alysson, a Kenya e a Amanda.

─ Prazer em conhecer todas. ─ Joe disse simpático.

─ Então novato...de onde você é ? ─ Alysson perguntou se sentando na borda janela do quarto.

─ Eu sou daqui mesmo de New Orleans, e você?

─ Los angeles.

─ Uau..sempre quis conhecer los angeles.

─ Se um dia você conhecer Não espere tanta coisa. ─ Alysson vasculhou o bolso de sua jaqueta e retirou um maço de cigarro. ─ Não é tão mágico quanto todos pensam. E uma cidade cheia de vadias metidas e riquinhos drogados.

─ Não ligar pra patricinha ai não Joe, ela tá com raiva por que o papai cortou a mesadinha, não é? ─ Kiera disse debochando.

─ Cala boca, antes que eu faça você calar.─ Alysson o questionou oferecendo um cigarro.─ você quer um?

─ Não, obrigado eu não fumo. ─ Joe disse um pouco nervoso por ver a tensão que se formou no ambiente. ─ Er...então oque vocês exatamente fazem aqui?

─ Nada. ─ Alysson disse baforando o cigarro no ar.

─ Como assim, nada? ─ Joe perguntou confuso. ─ Vocês não tem aula ou alguma coisa do tipo?

─ Hahaha... ─ Alysson e as outras explodiram em risadas. ─ Haha...Você...pensa que estamos aonde ?em Hogwarts por acaso!

─ Desculpe Joe mais essa foi engraçada. ─ Nance disse se recuperando do riso.

─ Se não temos aulas então o que fazemos aqui?─ Joe disse mudando o assunto e tentando esconder seu constrangimento.

─ Bom..essa é uma boa pergunta. ─ Amada se pronunciou─Regina me disse uma vez que quanto mais próximos ficarmos de pessoas com a mesma condição que a gente será mais fácil para desenvolvermos nossos poderes.

─ Condição de que ? ─Alyson disse descendo da janela.─ De aberração! porque vocês estão ligadas que é isso que somos.

─ Não somo aberrações!─ Nance disse em protesto .

─ Então quer dizer que eu pus fogo no meu agenciador do nada e você me diz que eu não sou uma aberração.─ Allyson disse irônica.

─ Isso não é ser uma a berração isso é ser estúpida mesmo.─ Kenya falou.

─ você pôs fogo no seu agenciador?!─ Joe perguntou perplexo.

─ Ele me dava nos nervos.─ Alysson disse tragando mais um pouco do cigarro que tinha em mãos.─ Sempre com aquela voz irritante: '' Alysson faça isso! Alysson faça aquilo!'' , ''Allysson seja mais simpática'', ''Alysson sorria para o público'', provavelmente ele estar sorrindo para o diabo agora.

─ Ele só estava trabalhando, ele não merecia morrer!─ Amanda falou consternada.

─ Você fala isso, porque não foi você que teve que aguentar ele por sete anos!

─ Você era modelo?─ Joe perguntou.

─ Na verdade eu fui miss Los Angeles três vezes consecutivas.─ Alysson disse orgulhosa de si mesma.

─ Então como de miss você veio parar aqui?─ Joe estava curiosa sobre a vida daquela bela fumante.

─ E uma história longa e chata. Resumindo eu perdi o meu ultimo concurso na categoria juvenil, e pode se dizer que eu fiquei bem chateada e acabei pondo fogo no meu agenciador para extravasar um pouco.A noticia saiu em todos os jornais locais e também em alguns sites de fofocas e foi em um desses sites que Celina acabou me encontrando e me trazendo para conhecer minhas ''irmãs bruxinhas''─ Ela disse a ultima fase utilizando de pura irônia.

─ Acredite quando eu digo que nenhum de nós se sente feliz com sua linda presença.─ Kenya disse devolvendo o mesmo tom de ironia de Alysson

─ V-Você também pôs fogo em alguém para ser encontrada?─ Joe perguntou a Kenya.

─ Não, eu não precisei descer tão baixo.─ Kenya disse olhando diretamente para Alysson que devolveu semi-cerrando os olhos em um olhar mortal.─ Na verdade Celina não me encontrou, eu que encontrei ela. Minha mãe nunca me escondeu quem eu realmente era e por isso eu cresci já sabendo o que eu sou. Quando eu completei meus dezoito anos aconteceram alguns acidentes na minha casa em New york devido a minha falta de controle sobre os meus poderes, minha mãe achou melhor eu tomar meu rumo e achar os meus semelhantes por isso ela me expulsou de casa. Eu fiquei vagando em New york até completar meus vinte anos ai eu conheci a Amanda em uma feira de artesanato peruano , soube que ela estava indo para uma academia de bruxas em new Orleans e resolvi ir com ela. Eu e ela viemos juntas para cá e acabou que estamos até hoje.

─ Uau que história!─ Joe disse se surpreendendo com tudo aquilo.─ E você Nance passou por alguma aventura?

Nance olhou para o garoto com uma certa decepção, como se ele tivesse falado algo que não devia. Rapidamente a doce garota de curtos cabelos negros, e pele extremamente branca deixou o cômodo profundamente decepcionada. Joe ficou com uma cara de pura confusão ele não sabia oque havia dito, mais com certeza foi algo que magoo Nance.

─ Eu vou falar com ela.─ Alysson disse saindo do quarto a procura de Nance.

─ M-Mas...oque foi que eu disse?─ Joe disse confuso.

─ Você não tem culpa nenhuma , afinal você não sabe da história.

─ Que história?─ Joe questionou Kenya.

─ Olha...eu não sei direito, mais o que eu sei que a Nance antes de vir para cá sofria abuso sexual do padrasto dela. Ela nunca falou abertamente sobre isso com ninguém e parece que incomoda ela bastante por isso evita perguntar coisas sobre o passado dela, tudo bem?

─ Tudo.─ Joe disse se sentindo um completo estúpido.

─ Hey...não fica assim não você não teve culpa.─ Amanda disse confortando Joe.

─ Eu sei...é que isso é horrível!, ela me parece ser tão doce e meiga eu não sei como alguém poderia ser capaz de fazer algo tão ruim com ela.

─ O ser humano é capaz de coisas horríveis Joe, sempre foi assim e sempre será.─ Kenya disse com um ar de sabedoria.─ Mais enfim...vamos descer pra ver se ela já se acalmou.

─ Vamos.─ Amanda e Joe responderam em uníssono.

Kenya, Joe e Amanda deixaram o quarto e começaram a descer as escadas que davam em direção ao resto da casa. O trio desceu e rumou em direção a cozinha onde encontrou uma cena nada agradável aos olhos e ao psicológico. Alysson estava ajoelhada no meio das pernas de Alfred, o mordomo, ela lhe aplicava uma boa sessão de sexo oral.A jovem nem percebeu a chegada do trio e continuo a fazer seu serviço causando vergonha e surpresa aos três que estavam parados em pé no meio da cozinha.

─ ALYSSON!!─ Kenya gritou surpresa e raivosa.─ Oque diabos você está fazendo?!

Alysson se ergueu do chão enquanto Alfred tentava nervosamente recolher seu membro ereto dentro da cueca. O mordomo estava extremamente constrangido assim como todos na sala, com exceção de Alysson que permanecia calma como se nada tivesse ocorrido.

─ vai dizer que você não sabe o que é isso?─ Alysson perguntou irônica.

─ É claro que eu sei oque é isso mais não esperava que você estivesse pagando um boquete no mordomo meio da cozinha!!─ Kenya disse bem alterada.

─ E por que eu não deveria pagar um boquete no Alfred? Afinal ele até que é bonitinho e ultimamente não houveram muitas visitas a minha vagina!─ Ela respondeu calmamente.

─ Você me enoja.─ Kenya disse suspirando enquanto Alysson lhe mostrava a língua em um ato rebelde. ─ Onde está a Nance? Você não havia descido para acalma-lá.

─ Eu não sei onde ela está.─ Alysson disse retirando um cigarro e tragando seu conteúdo.─ Eu fiquei entretida demais com o Alfred, não foi Alfred?

─ Er...Com licença.─ Alfred disse se retirando da cozinha extremamente envergonhado.

─ Alysson você uma grande vadia sem responsabilidades!─ Kenya disse saindo furiosa saindo da cozinha acompanhada de Amanda.─ Eu vou procurar a Nance, porque se eu ficar aqui eu pular no pescoço dessa vaca!

Alysson lançou beijinhos carregados de sarcasmos para Kenya, que devolveu mostrando o dedo do meio para a loira. Joe observou a cena que por mais séria que fosse tinha seu lado cômico, o jovem se aproximou da mesa e pegou uma maça que estava disposta na cesta de frutas.O jovem mordiscou a fruta e absorveu o sabor agridoce e macio da maçã.

─ Oh novato que eu não sei o nome e também não me interessa , eu vou ter que vazar agora...─ Alysson disse normalmente olhando atentamente para tela de seu celular.─ Tenho um encontro que marquei no tinder e só volto no jantar.

─ Tudo bem,mais oque eu vou fazer até lá.─ joe questionou.

─ Sei lá... ─ ela disse com desdem─ ,Eu só sei que do outro lado da cidade tem um gato lindo me esperando em um maravilhoso motel onde teremos uma maravilhosa tarde de sexo selvagem.

A loira deixou o garoto que possuía um sorriso divertido no rosto, ele nunca havia encontrada uma garota tão louca e pervertida com Alysson, e pelo que ficou transparente ele havia encontrada algumas boas e divertidas amigas.

۩ NEW ORLEANS ۩

O tédio já consumia Joe e ele não estava mais suportando a sensação de não fazer nada.Quando soube que iria morar em uma academia de bruxas, ele esperava mais coisas. Tipo pessoas fazendo coisas extraórdinarias, lugares misteriosos segredos cabeludos e muita magia. Ele tinha certeza que viria encontrar uma segunda Hogwarts, mas a realidade era bem mas chata. Para ele aquilo estava parecendo um internato.

O jovem estava sentado no chão de seu atual quarto na mansão. Ele não sabia oque fazer, já tinha experimentado todas as comidas da casa e não aguentava mais ficar esperando por Kenya, Amanda e Nance,ele nem pensou em esperar por Alysson pois sabia que a loira estaria se divertindo muito para resolver voltar para a academia.

Joe se ergueu do chão e ajeitou sua roupa, que só agora deu mais atenção para ela e percebeu que seu corpo precisava rapidamente de um banho. Joe se dirigiu a um outro canto do quarto onde se encontrava o banheiro. Ele adentrou no local e o observou por alguns segundos.

Uma banheira,Um chuveiro, Um assento sanitário,Um espelho. Nada muito fora do comum para um banheiro de uma academia de bruxas. Quando Joe terminou de analisar o local ele começou a retirar lentamente seu uniforme, sentido o vento frio do local tocar em sua pele e lhe causar leves arrepios. Quando seu corpo se encontrava completamente livre de qualquer peça de roupa, Joe rumou em direção ao chuveiro onde o ligou e deixou a água correr livremente por todas as curvas de seu corpo.

Quando ele se sentiu completamente limpo ele voltou para seu quarto indo em direção ao guarda-roupa onde começou a escolher um roupa que julgou -confortável. Quando ele se vestiu ele retornou de novo para o banheiro onde começou a se ajeitar perante o espelho.

Os orbes incrivelmente azuis de Joe se fixaram em seu reflexo no espelho. Esteticamente falando Joe sempre se considerou um garoto bonito, afinal ele obedecia boa parte dos estereótipos de beleza impostos pela sociedade. O garoto tinha olhos azuis,era loiro e tinha um belo sorriso composto de dentes branquíssimos, só lhe faltava alguns muitos músculos e cerca de uns 7 cm de altura para se encaixar perfeitamente no quesito modelo juvenil.

Quando Joe encerrou seu ritual simples de beleza, que consistia basicamente em ajeitar o cabelo para que sua franja não cobrisse seus olhos. Joe saiu do banheiro lentamente e se jogou novamente na cama. Seus olhos correram por todo quarto com uma quantidade elevada de desdem.

''Se eu continuar aqui vou enlouquecer''.

Ele então se ergueu rapidamente e foi em direção a porta, mais quando estava para sair um leve som de agonia interrompeu sua ação. Ele correu o olhar novamente por todo o cômodo a procura da origem do som até que ele parou ao ver uma imagem de cortar o coração.

Um pequeno canário se encontrava ferido e agonizando na janela do quarto de Joe. A infortuna ave tinha uma de suas quebradas brutalmente de forma que seu osso transpassavam as penas, ficando completamente exposto. Por todo seu corpo também se encontravam diversas feridas banhadas de muito sangue. Quando Joe viu aquilo seu coração se partiu em mil pedaços, ele sempre fora fraco com animais feridos e setia uma compaixão e pena descomunal por criaturas inocentes feridas.

O jovem rapidamente se aproximou do animal temendo a cada passo assusta-ló. A criatura estava tão indefesa que não ligou para a aproximação de Joe, o garoto por sua vez ainda mantinha a caute-lá sobre o pequeno animal. Quando ele considerou segurou pô sua mão sobre a pequena cabeça da ave de modo a lhe proteger.

Ele não sabia oque fazer, não havia visto nenhuma caixa de remédios ou algo semelhante no quarto e ele não possuía nenhum kit de primeiros socorros na mala. Joe olhou piedosamente para a pequena ave, a dor de seu pequeno corpo era transparente em seu olhar baixo e triste.Ela piava baixinho como se emitir qualquer som alto o suficiente para alguém ouvir fosse uma missão que ela não conseguiria em seu atual estado.

O tempo foi passando e Joe não sabia mais oque fazer, ele estava entrando em desespero quando uma ideia lhe ocorreu. Ele era um bruxo, e bruxos tinham poderes. Ele não era nenhuma versão mais jovem de Jesus cristo mais bem que ele poderia tentar, afinal seria apenas uma tentativa.

Ele fechou seus olhos e procurou avidamente se concentrar. Mentalmente ele começou a visualizar a cura da pequena ave em suas mãos, ele visualizava cada tecido se regenerando cada osso se pondo em seu lugar até que ele sentiu a magia correndo por suas mãos e sendo transportada para o pequeno ser ali. Joe sentia como se fosse um leve formigamento quase como leves choquinhos dados na região da palma das suas mãos. Quando ele abriu os olhos algo absurdo ocorreu...

O pássaro que antes se encontrava a poucos passos da morte, estava incrivelmente bem. Sua asa se encontrava completamente curada e seu minúsculo corpinho estava sem nenhuma resquício de ferida, para o total espanto e surpresa de Joe. '' E-Eu não acredito que fiz isso...'' ele pensou perplexo com sua nova habilidade.

─ A Curationum...─ uma jovem de aparência doce e gentil vestida de uma longa camisola branca disse adentrando no quarto.─ É um dos mais belos dons que um bruxo pode desenvolver...

─ Quem é você?!─ Joe disse ainda nervoso pelo recente desenvolvimento de seu dom.

─ Desculpe por não me apresentar devidamente, me chamo Sophie─ A garota disse cordialmente e em seguida apontou para a pequena ave nas mãos de Joe .─ Oh...ele me parece muito melhor agora!

─ Oque está fazendo aqui..?─ Joe perguntou.

─ Bom...eu estava passando no corredor quando senti que um feitiço de cura estava sendo realizado, peço desculpas novamente por minha curiosidade mas foi muito legal encontrar uma pessoa que tenha o mesmo dom que eu...

─ Pera aí...que dom você está falando?

─ Ah sim, Curationum...─ Ela adentrou mais no quarto de Joe e se assentou na cama.─ E também conhecido como poder da cura, e pelo que pode perceber o próprio nome já é auto explicativo.

─ Não estou entendendo...─ Ele disse um pouco confuso.─ Você está querendo me dizer que eu tenho o poder de curar as coisas.

─ Isso mesmo!─ Ela disse naturalmente, como se não entendesse a perplexidade estampada no rosto de Joe.─ Mas porque você está tão surpreso?!você não é um bruxo? deveria já saber disto!

─ E-E que eu cheguei hoje...─ Ele disse ainda perplexo.

O fato de Joe poder curar, era algo totalmente absurdo, considerando que algumas horas atrás ele era só um adolescente que só tinha que se preocupar com os estudos e as espinhas.confuso era uma palavra muito simplória para definir o turbilhão de informações que inundava a cada instante a pobre cabeça de Joe.As mãos dele se abriram lentamente dando espaço para que a pequenina ave levantasse voo abandonado o quarto em que se encontrava Joe e Sophi.

─ Olha eu sei que pode parecer um pouco confuso no começo mais logo você aprende a se acostumar e até gostar dos dons que você tem.─ Sophie disse com uma sabedoria que não batia com a sua jovem idade.

─ isso é loucura...─ Joe disse ainda com resquícios de seu ceticismo.

O jovem caminhou rapidamente em direção a sua cama onde se sentou ficando de frente a jovem garota a sua frente. Os olhos do jovem correram por todo o corpo da garota, mas sem qualquer malícia, apenas por curiosidade. Ela parecia estar adentrando na puberdade, seus trços infantis estavam claramente abandonadas em sua face pálidos, seus seios davam claros sinais de crescimento, seu longo cabelo negro batia na altura da sua cintura.

─ Desculpe eu falando aqui com você e nem disse meu nome.─ Ele disse sentido um pouco de vergonha.─ Prazer Joe Jonh.

─ Acho que você já sabe meu nome.─ ela disse de modo divertido.

─ Já sei, Sophie. Por acaso é um belo nome.

─ Obrigado.─ ela sorriu gentilmente para Joe.─ Joe também é um belo nome!

─ Então...você também pode curar os outros?─ ele questionou se remexendo na cama de modo curioso.

─ Tecnicamente sim. Pra falar a verdade eu sou uma bruxa verde.

─ Oque é isso? por acaso não é uma especie de bruxa vegetariana? ─ ele falou divertido.

Ambos riram da brincadeira, descontraindo o clima de revelações.

─ Eu também sou vegetariana mais isso não tem nada com o fato de eu ser uma bruxa verde, apesar da maioria das bruxas verdes serem vegetarianas isso não é uma regra.─Ela limpou a garganta e prosseguiu.─ Uma bruxa verde é uma bruxa que se beneficia e só pratica magia por meio da natureza, ela ama o universo e tudo naturalmente feito por ele. Uma bruxa verde é protetora eterna da mãe natureza e em troca dessa eterna proteção a mãe natureza lhe proporciona grandes dons e entre os meus dons esta a cura.

─ isso é sério?!

─ Sim, Joe. Apesar de eu não dominar muito bem a cura como você, eu demonstrei ela em alguns momentos da minha vida provando que eu a tenho ,agora só falta apenas dominá-lá.

─ Além da cura você possuí outro dom?

─ Exatamente falando a cura não é um dom tão fluente na minha vida. Ela é funciona mais como relapsos sabe, ora ela funciona ora não. Agora o meu dom de verdade e a leitura da alma.

─ Leitura da alma? Como isso funciona?

─ Bom...é meio difícil de explicar mais eu vou me esforçar.─Ela se ajeitou mais confortavelmente na cama e inciou a explicação.─ Todos os seres do mundo emitem inconscientemente uma espécie de vibração introspectiva, funciona quase como se você botasse um alto falante dentro de uma garrafa, as vibrações que o alfo falante produz não não são capazes de transpassar a garrafa por isso ficam presas lá dentro. A leitura das almas consiste em exteriorizar essas vibrações que a alma produz fazendo assim que elas fiquem exposta no nosso plano. Uma vez que estão expostas nós utilizamos isto aqui para finalizar a leitura.─ ela disse estendendo um pequeno frasco com um pó incolor em seu interior.

─ Oque é isso?─ Joe disse se referindo ao pó.

─ Assim que as vibrações das almas são exteriorizadas nós precisamos utilizar para revelar a ''cor '' verdadeira da alma. Por isso utilizamos este pó na leitura da alma, ele faz com que a cor presente nela seja rapidamente ativada facilitando ainda mais a leitura.─ ela encerrou a explicação com um ar melancólico.─ Pode não parecer um grande dom como a cura ou telekcinesi , mais até que é divertido.

─ Claro que é um grande dom, e você tem sorte de tê-lo.─ Joe perguntou obtendo um sorriso gentil da garota como resposta.─ Por acaso Você leria a minha alma?

─ Claro!!─ ela respondeu animada.

Sophi começou então a instruir lentamente oque joe teria de fazer para ela ler sua mente.

─ Primeiro... ─ ela disse. ─ Você precisa respirar fundo e eliminar todos os pensamentos paralelos da sua mente. Tente se concentrar apenas na sua essência naquilo que fez você ser hoje oque você é!

Joe fez exatamente como a garota lhe instruiu, eliminou todos seus pensamentos paralelos e se concentrou apenas e unicamente em sua essência. Ele relembrou as brincadeiras infantis que fazia no jardim de sua casa, o sabor inconfundível do seu doce preferido o pudim de sua mãe, e relembrou diversas outras coisas que para as outras pessoas não passam de meras recordações mais oque a maioria não sabe,é que somos oque somos devido a todos os momentos que já vivemos, todas as sensações que já experimentamos e todas as coisas que já fizemos.

─ Agora eu preciso que feche os olhos e mantenha as mãos nessa exata posição.─ Ela disse com as duas mãos juntas e coladas no seu peito , formando uma Espécie de conha.

─ Assim?─ joe disse imitando o gesto da garota.

─ Isso! agora fecho os olhos e procure manter sua mente relaxada e todas as suas principais lembranças bem vivas, Ok?

joe fechou os olhos e assentiu com a cabeça. Alguns segundos se passaram e joe resolveu fazer uma viagem em suas lembranças desde seu temido primeiro dia Escolar até a sua primeira festa adolescente.Incrivelmente cada segundo importante da vida de Joe estava perfeitamente conservado em seu subconsciente, ele era capaz de reproduzir mentalmente cada gosto, cheiro e sensação que havia experimentado algum dia de sua longa jornada intitulada vida.

─ Joe, agora me escute. Eu preciso que re lembre do momento mais doloroso de sua vida.─ Sophi disse calmamente.

O garoto seguiu atentamente as instruções da outra, algo que o fez ''teletransportar-se'' para uma triste noite de 17 de julho de 2010. Ele conseguia sentir as lágrimas de dor marcando seu rosto e sua alma devido a visão que ele acabara de ter. O homem que havia prometido protege-lo até o fim de seus dias, estava agora enlaçado nas pernas de uma de suas ''colegas'' de sala. Joe sentia como se estivesse de volta ao momento, a dor, frustração, raiva e decepção pareciam mais reais que uma simples lembrança. Ele relembrou os diversos xingamentos de seu namorado naquela , as diversas acusações de traição sem fundamento, cada palavra que era desferida contra o jovem Joe parecia corta-lhe mais que carne, parecia corta-lhe a alma.

─ Liberta-te! ─ Sophi disse puxando as duas mãos espalmadas de Joe, fazendo com que elas ficassem lado a lado de seu corpo, só que suspensas.

Assim que ela proferiu a palavra, Joe sentiu como se toda a dor e alegria fosse expelida para fora do seu corpo, por um momento ele sentiu-se vazio como um pote velho. Mais isso logo passou e e o jovem curiosamente abriu seus olhos e encontrou...nada!

─ Desculpe fazer você reviver lembranças tristes, é que na maioria as vibrações das almas ficam mais sussetiveis a ''escapar'' para fora do corpo, quando a uma grande exposição a dor interna ou seja lembranças ruins.─ Ela disse em um tom de desculpas.

─ Está tudo bem.─ Joe disse sorrindo fraco.─ Então...como exatamente você vai ler minha alma, eu não vejo nada!

─ ah...quase ia me esquecendo.

Sophi abriu habilidosamente o pequeno frasco e despejou seu conteúdo na distância entre as mãos de joe. Assim que o pó foi despejado no ar algo no mínimo curioso começou a acontecer.O pó começou a colorir o ''nada'' dando formas e curvas repletas de cores com a predomínio do azul anil. Joe maravilhou-se com aquilo, era como se fosse uma obra de arte abstrata só que em puro e gracioso movimento. As cores se movimentavam e com isso era provocada uma mistura absurda e linda de cores.

─ I-Isso é incrível..─ Joe ainda disse pasmo com aquilo.

─ Eu sei, e o melhor de tudo é que você deu vida a essas cores.─ Antes que Joe perguntasse o porquê Sophi continuou.─ Joe essas são as cores da sua alma, cada coloração desta representa um aspecto do seu ser.

Joe estava abismado com aquilo. Era algo surreal, excitante, mágico e que parecia ser tão simples.

─ Bom...vamos começar a leitura.─ Sophi disse.

Joe estava tão concentrado nas cores e formas em movimento daquilo,que batizou mentalmente de ''nebulosa Joe'', que nem percebeu o real motivo de estar ali.Ele ergueu seus olhos para garota e a informou que estava preparado para a leitura. Sophi posicionou sua mão próxima a nebulosa e em seguida a tocou, no mesmo instante seus olhos ficaram bracos como o céu em um dia nublado. Joe se assustou mais não se atreveu mover nenhum músculo.

─ O azul que predomina em sua alma representa sua honestidade e integridade que são virtudes que você possuiu desde de sempre, os fexeis brancos em sua alma indicam sua pureza e grande inocência, que contra seu gosto, ainda residem em seu ser.─ ela disse com uma voz que que parecia onisciente de tudo.─Os tons mais obscuros de sua alma são mesclados com tons de vermelho de luxúria, oque significa que a maior decepção ou dor de sua vida você mantém perto e se aproveita de sua culpa ou remorso para seu bel-prazer.─ ela disse encerrando a visão.

Joe se abismou com a exatidão dos fatos. A parte mais obscura de seu ser era oque Jack fez,e ele sabia disso. Joe sabia que Jack se arrependeu amargamente sobre sua traição, e ele já havia o perdoado mais estava além e suas forças esquecer aquela noite e tudo de ruim que ela havia lhe causado. As noites em que ele se afogava em suas próprias lágrimas, Os diversos dias que não se alimentava e até uma tentativa frustrada de suicídio ,tudo havia sido orquestrado pela dor absurda que Joe sentiu. Com o tempo , obviamente,ele superou tudo aquilo mais nunca esqueceria, pois aquela dor havia marcado sua alma. Jack se arrependeu e desde de que os dois terminaram ele sempre tentara reconquistar o coração de Joe, mais o mesmo não queria mais que sua amizade.

Mais é claro que Joe não achava ruim o fato de Jack cair ao seus pés,afinal ele não era um santo e sabia o quão sua luxúria era inchada ao ter um deus loiro de 1,80 beijando o chão que que ele pisava. Joe até se aproveitava dessa fiel paixão de Jack para lhe atiçar de forma sutil, sem que ele percebesse. Sempre que Joe assistia aos treinos do time de futebol americano, em que por acaso Jack era quarterback, assim que os treinos acabavam Jack sempre corria até Joe e lhe dava um longo e molhado abraço que Joe fingia não suportar mais em seu interior era adorava. Ele adorava sentir a forma carinhosa com que ele era tratado, adorava sentir a afeição que Jack nutria por ele e principalmente adorava sentir seu corpo presado junto ao dele. Joe com certeza sempre se perdia olhando todos os músculos definidos e extremamente seyx de Jack.

O garoto temia que um dia Jack cansa-se de correr atrás dele e resolve-se arranjar alguém, pode parecer egoísmo mais Joe não sabia se aguentaria perder Jack para outra pessoa. Ok que eles ainda seriam amigos, se dependesse de jack, Mais nunca mais seria a mesma coisa, Joe não o teria a seu bel-prazer sempre que quissese .Jack teria alguém para cuidar, amar e para passar o tempo e não poderia mais dedicar seu tempo para paparicar Joe.

''então esse é o lado obscuro e egoísta da minha alma.?''

─ Tudo bem com você Joe?─ Sophi questionou.

─ Ãh?....─ Joe dise se desconectando de seus pensamentos.─ Ah..claro, tudo bem!

─ Então..você gostou da leitura?─ Sohpi perguntou animada.

─ Claro, você foi maravilhosa.─ ele respondeu sorrindo de forma gentil.

Sophi sorriu acanhada. A garota reuniu cacos de sua frágil coragem e se aproximou lentamente de Joe antes que o jovem esboça-se qualquer movimento ela em um impulso momentâneo e impensado se lançou aos Lábios de joe e lhe deu um beijo. Os lábios de Joe permaneciam inertes enquanto Sophi comandava uma dança solitária com seus lábios, procurando um minimo de reciprocidade do jovem que não fazia nenhuma um movimento.Quando o beijo finalmente se encerrou Sophi abandonou os lábios , julgados por ela como extremamente doces, com um sorriso de pura vitória.

─ S-Sophi...eu sou gay.─ Joe quase que sussurrou para garota que desfez seu sorriso no mesmo instante.

─ C-Como assim?!─ Ela disse mais para si mesmo que para Joe.─ M-Mas não pode...

─ Oh hiponga fora de moda será que está difícil de entender que o garoto é gay?─ Alysson disse adentrando no quarto acompanhada de seu fiel amigo, seu cigarro.

─ Alysson!? ─ Joe disse se erguendo rapidamente da cama.─ Você não me disse que só voltaria no jantar?

─Joe porquê está tão preocupado?─ Alysson adquiriu uma expressão maliciosa.─ Você não estava pensando em mudar de time e realizar perversões com a sem sal , ou será que estou errada?

─ E-Eu acho melhor eu ir pro meu quarto.─ Sophi disse se erguendo quase que em um pulo da cama e rumando em direção a porta.

─ Eu também acho.─ Alysson disse lançando um olhar mortal para a garota que tremeu ao vê-la.

─ Alysson oque você pensou que estava fazendo ouvindo minha conversa atrás da porta do meu quarto, hein?─ Joe perguntou sério.

─ E você não está ciente este também é meu quarto, namorador.─ Alysson disse com um tom maldoso na voz.

Joe suspirou fundo para não entrar em uma discussão.Ele tinha acabado de descobriu oque muitos já sabiam: Era quase impossível manter uma conversa com Alysson sem que a mesma não fizesse uma piada de mal gosto. joe caminhou lentamente até sua cama e se jogou pesadamente nela enquanto ouviu as baforadas fortes de cigarro que sua colega de quarto expelia pelo quarto.

─ Eu não a beijei.─ Joe disse olhando de modo pensativo para o teto.─ Ela que me beijou.

─Mas isso não altera os fatos que a garota é uma pervertida.─ Alysson disse sorvendo mais um pouco da fumaça.

─ Ela não é uma pervertida, você é que é.─ Joe disse exibindo um sorriso que logo se desfez em uma expressão conclusiva.─ Ela me beijou de forma inocente.

─ Então ela inocentemente vai querer enfiar a boceta dela na sua cara.─ Alysson disse caminhando para a frente do espelho.

Joe olhou incrédulo para a garota que se avaliava calmamente no espelho. Joe suspirou calmamente e resolveu sair do quarto antes que ouvisse mais um dos comentários de Alysson. O garoto desceu da cama e rumou em direção a porta recebendo um aviso sarcástico no meio termo.

─ Feche a porta quando sair...─ Ela disse terminando sua avaliação no espelho e em seguida prosseguiu olhando maliciosamente para Joe pelos ombros.─ Não quero ser atacada por uma beijoqueira pervertida.

Joe suspirou e saiu do quarto. O garoto começou a vagar lentamente pelos grandes e vários corredores da mansão, joe chegou a achar que estava perdido mais antes de confirmar essa dedução o jovem ouviu um choro baixo e contido por detrás de uma das várias portas do corredor que ele estava. Joe se aproximou da dita porta de madeira branca e constatou que a mesma estava entre aberta, ele então lentamente adentrou no quarto vendo em seguida uma visão bem triste.

Sophi estava sentada no chão abraçando os seus joelhos enquanto chorava e soluçava amargamente. A garota tinha seu rosto encoberto pela palma de sua mão ocultando assim sua face triste e profundamente magoada.

─ Sophi?─ Joe chamou calmamente a garota que ergueu seu rosto banhado por lágrimas e olhou silenciosamente para Joe.─ Porque você está chorando?

A garota não respondeu, seu ser foi envolto por um rio de vergonha e pena de si mesma. Joe se aproximou dela e sentou-se a no chão a sua frente.

─ Você ainda não me respondeu por que está chorando?─ ele disse com um sorriso complacente tentando animar a garota.

─ V-Você..devia estar me odiando agora.─ Ela respondeu com a voz embargada de choro,baixando a cabeça em seguida.

─ Porque eu te odiaria? ─ ele disse erguendo a cabeça da jovempelo queixo.─ Você só me beijou e isso não tem nada demais, tirando o fato que eu sou gay.─ ele disse admitindo um ar sorridente no final.

─ P-Por isso mesmo...você é gay! eu não devia ter te beijado.─ Ela disse repreendendo a si mesma mentalmente.

─ Olha você não sabia e mesmo assim eu me senti honrado em ser beijado por uma garota tão gentil como você.─ ele disse sincero. inflamando um sorriso nos lábios da garota.─ Mas eu tenho de avisa-lá que eu não posso corresponder nenhum sentimento que não seja amizade.

─ Tudo bem.─ Ela disse sorrindo.─ E-eu..posso fazer uma coisa?

─ Contanto que não seja me beijar!─ ele disse divertido.

─ Hahaha..não..er eu estava pensando mais em um abraço.

Ela não esperou Joe responder rapidamente a garota se lançou nos braços do garoto enlaçando seu corpo com seus braços. Joe correspondeu o abraço pois sabia reconhecer uma pessoa carente de afeto, pois já havia sido uma. O jovem sabia que muitas vezes oque mais precisamos em momentos de nossa profunda solidão é um simples e caloroso abraço, ele tinha ciência que nada era mais reconfortante e abrasador que um abraço.Sem malícia ou maldade, um simples gesto que muitas vezes vemos com tanto desdem é capaz de iluminar a vida de uma pessoa para um mundo onde ela vai ter a esperança de que pode ser amada .

Assim que a garota desfez o abraço seu rosto ainda úmido de lágrimas corou levemente agora de vergonha, Joe percebeu seu desconforto e resolveu iniciar uma conversar que durou até a hora do jantar.

۩ NEW ORLEANS ۩

A noite havia caído e com a sua chegada a chuva resolveu banhar,com suas gotas fortes caídas do céu,praticamente toda New Orleans, o clima já úmido da cidade agora havia sido multiplicado por dois. Algo que obrigou os residentes da Academia Beachmont'é a reacender a sua tão pouco utilizada, lareira que agora dava um ar mais rústico ao jantar que se prosseguia.

Joe estava sentado perante a uma enorme mesa farta de comida até onde um ser humano consegue comer, o jovem estava acompanhado de Alysson, que vestia um blusão preto que batia até a linha imaginária de onde se localiza o short feminino, A peça em questão deixava descoberto um dos ombros da garota,revelando a pele leitosa e suave da garota dando a ela um ar mais sexy.Ela também utilizava uma bota preta que dava na altura das suas coxas intensificando um ar gótico-sexy.

O garoto não estava apenas acompanhado de Alysson, do seu lado esquerdo se encontrava Kenya, que havia finalmente encontrado Nance, que agora estava conversando e brincando animadamente com Amanda que vestia uma linda jaqueta de couro preto e uma calça Jeans surrada.

No lugar central da mesa,exatamente no ponto esquerdo assentava-se Celina. A refinada mulher utilizava um vestido preto na altura do joelhos com mangas, algo que lhe daria um ar mais puritano, caso não fosse pelo avulso decote que chamava quase toda atenção do vestido. Os pés da bruxas estavam elegantemente adereçados com um par de Scarpins pretos, além de suas pernas estarem protegidas com uma meia calça transparente preta.O corte do cabelo de Celina lembravam fortemente o corte de cabelo da atriz de o diabo veste prada, Meryl streep se não fosse por sua coloração loira que ainda se matinha forte.

Já do outro lado da mesa, exatamente no ponto direito estava Regina. A seriedade marcava o seu rosto dando a sua leve maquiagem,poucos poderes estéticos para lhe encobrir leves rugas do rosto. A roupa de Regina era básica ,a mulher vestia uma blusa social feminina branca que era quase toda encobertar por um blaser preto com as mangas até os cotovelos além de calças do mesmo estilo executivo. o único traço de luxo de Regina no momento era um lindo colar de prata que ela tinha em seu pescoço, a joia em questão tinha o designer delicado e simples mais que ainda sim era de encher os olhos. A prata utilizada no colar do-bravasse formando uma espécie de serpente prateada com os olhos subistitúidos por duas safiras lindas e extremamente azuis.

Mais não era somente essas pessoas que estavam a mesa. Havia cerca de uns 3 garotos e umas 2 garotas totalmente estranhos. Seus rostos eram sérios e firmes,e eles tinha leve ar de palidez na pele acompanhado de profundas olheiras ao redor dos olhos. Joe havia questionado Alysson sobre esses garotas e a garota foi bem explícita na definição.

''Eles são um bando de estranhos sem senso do quão ridículo são essas camisolas enormes''

Joe não se contentou com a reposta maldosa de Alysson , então procurou saber mais sobre aqueles garotas antes do jantar começar. Ele perguntou a Nance a Amanda mais ó obteve a informação que queria com a Kenya. A garota lhe disse que aqueles garotos não tem nada de especial ou anormal a única coisa que os difere dos outros é seu passado bem triste. Cada garota e garoto daquele sofreu mais que o suficiente para uma vida só, eles desde pequenos levavam uma vida normal como a de uma criança qualquer. Mais com o passar do tempo seus poderes foram se desenvolvendo rapidamente e ele não possuíam controle sobre os mesmos. Foi preciso que ocorresse tragédias irremediavéis como a morte de alguns de seus parentes , para que cada um deles fosse encontrada por Celina que os trouxe para a academia.

Os garotos e garotas depois que foram trazidos de vários lugares do país para academia ficaram traumatizados pelo fato de em sua maioria, terem provocado a morte de seus pais ou entes queridos. Eles não tiveram culpa nenhuma pois foram acasos do destino devido ao fato de não terem controle sobre os seus poderes, Mais mesmo assim todos os garotos e garotas se martirizavam pelos acidentes.Regina até tentou reintegra-los aos outros mais acabou que Alysson estragou tudo fazendo uma sessão de top less, após beber quantidades admiráveis de tequila.

''Ao contrário do que muitos pensam não é divertido e nem legal ser um bruxo, é uma responsabilidade eterna que você tem em fazer com que as pessoas nunca descubram esse seu lado mágico, e para os garotos esse era um peso além do que suas forças eram capazes de suportar.''

─ Alysson me passe a geleia de amora por favor. ─ Celina pediu educadamente enquanto servia a si mesmo uma taça de vinho.

Alysson não esboçou nenhuma reação ela apenas fixou firmemente seu olhar no objeto e na mesma hora o frasco de geleia tremeu levemente e começou a levitar e a se direcionar para a direção de Celina. Joe ficou abismado com a simples demonstração de poder da garota, ele só tinha visto aquilo em filmes de ficção,mais com toda certeza aquilo era muito melhor ao vivo.

─ Não fique se exibindo! ─ Kenya reprendeu a garota enquanto se servia de uma boa colherada de patê.

─ Cala a boca, você está com inveja porque não sabe fazer isso. ─ Alysson disse cheia de si enquanto desenrolava mais um cigarro.

Kenya olhou para a garota furiosa. Ela então fechou os olhos e começou a prensar as duas mãos uma contra a outra, fazendo que na mesma outro fenômeno mágico ocorresse. O prato quente de sopa de legumes que Alysson tomava se virou todo na roupa da garota fazendo ela ficar furiosa com a morena.

─ Sua vadia! ─ Alysson se ergueu em fúria da cadeira, e disse em um tom ameaçador. ─ eu vou quebrar essa sua cara!

─ Pode vir Barbie, vamos ver quem leva a melhor! ─ Kenya disse também se erguendo da mesa.

Antes que as duas garotas partissem para uma briga corporal Celina ergueu dois de seus dedos e na mesma hora as duas se sentaram quase que imediatamente, como se tivesse algo mágico que as obrigasse: e tinha , era celina. A mulher continuou com os dedos erguidos fazendo Alysson e Kenya ficarem imóveis e em um silêncio mortal nas suas respectivas cadeiras. Celina olhava para cena com certo desdém enquanto bebia seu vinho, até Regina se pronunciar.

─ Celina já chega. ─ Ela disse calmamente.

A mulher recolheu os dois dedos erguidos e na mesma hora Alysson e Kenya começaram a respirar fortemente enquanto massageavam suas gargantas e tossiam. Elas aos poucos foram se normalizando, sempre sob o olhar rígido de celina.

─ Vocês não estão mais na casa da mamãe de vocês, por isso eu acho melhor que se comportem. ─ Ela falava friamente. ─ Demonstrem respeito se não eu vou tomar providências que vocês não irão gostar nenhum pouco.

Um pedido baixo e acanhado de desculpa escapou dos lábios de Alysson e Kenya, as garotas se olhavam mortalmente mais não se bicaram o resto do jantar. Joe observava além da briga banal das duas, sua atenção voltava para os outros garotos sentados a mesa ,eles não haviam tocado em momento algum e e nem falado ou demonstrado nada além de um olhar triste perdido. isso de certa forma estranhou o pensamento de Joe. Sophi sentava junto com eles e se vestia da mesma forma e parecia ser um deles , mas mesmo assim ela comia e sorria normalmente como os outros presentes. Joe estava para iniciar um conversa sutil com o garoto pálido sentado a sua frente quando Celina disse chamando a atenção de todos.

─ Vocês estão ouvindo? ─ ela questionou todos enquanto parecia se concentrar em ouvir algo.

─ Oquê exatamente? ─ Regina perguntou.

─ Esse barulho...alguém está chamando pelo Joe! ─ Celina disse deixando rapidamente a mesa de jantar e rumando para a porta de entrada, sendo seguida por Joe, Regina, Alysson, Keyna, Amanda, Nance e Sophi.

Quando Celina girou a maçaneta da porta de mogno e a abriu, Joe esbugalhou seus orbes azuis de pura surpresa....

Era Jack!

O maior estava ensopado de água, já que uma chuva enorme caía no momento.Sua camisa branca estava colada junto ao seu corpo e estava tranparente, revelando cada pedacinho dos seus músculos, para animação de Alysson. No segundo em que Jack viu a figura uma pouco espantada de Joe um sorriso se desenhou no seus lábios roxos de frio. O maior então rapidamente começou a balançar o portão de ferro afim de entrar na academia de qualquer jeito.

─ Gente...eu sempre achei tão sexy caras molhados.─ Alysson exibiu seu sorriso malicioso.

─ Oque esse garoto está fazendo? ─ Nance perguntou curiosa.

─ Não me importa nem um pouco, mais ele não vai derrubar o portão da nossa academia! ─ Celina disse firme pegando um guarda-chuva preto que estava colocado na sacada e em seguida abrindo o objeto e rumando em direção ao portão.

Jack balançava o portão que apesar de velho estava suportando muito bem a força do maior. Ele gritava por Joe que ainda permanecia um pouco confuso com tudo aquilo que estava acontecendo a sua volta de uma forma tão rápida e tão desordenada.

─ Garoto isso é uma propriedade privada e eu acho melhor você sair daqui antes que eu chame a policia! ─ Celina ameaçou Jack.

─ Eu não me importo com porra de policia nenhuma! eu só saiu daqui com o Joe! ─ Ele disse em seguida gritou ─ JOE! JOE! JOE!

─ Se você não parar de gritar agora,eu vou fazer você gritar de verdade. ─ Ela falou firmemente.

Jack não se importou com a ameaça da mulher e continuou a balançar o portão enquanto gritava pelo menor. A chuva caiu forte e impiedosa fazendo um barulho semelhante ao de balas atiradas contra o chão, Celina estava a um passo de quebrar todos os ossos de Jack com uma piscada de olho mais se conteve e retornou para mansão obrigando todos a adentrarem de novo para dentro com a ajuda de Regina.

─ Não podemos deixar ele ali na chuva e no frio! ─Joe tentou argumentar enquanto era posto para dentro da mansão.

─ A não ser que você queria se juntar a ele eu recomendo você a calar a boca! ─ Celina disse fechando a porta.

Joe não achou aquilo justo. Jack era seu amigo e ele não o deixaria ali gritando por ele. Ele havia descoberto onde Joe estava e vindo atrás dele, isso foi um prova enorme que ele se importava com ele, algo que fez o garoto ganhar coragem. Num ato rebelde Joe rapidamente abriu a porta de mogno escuro e correu para fora da mansão se guiando em direção o portão de ferro talhado que infelizmente estava trancado. As gotas ferozes de chuva encharcavam rapidamente joe,mas o garoto não se importava ele estava com Jack e talvez o maior fosse a melhor coisa que estava acontecendo naquele dia.

─ Joe... ─ Jack dizia entre dentes por causa do frio eminente. ─ Eu vim aqui pra te levar de volta pra casa ,vamos embora .

─ Está t-tudo bem bem Jack...eu só preciso que você sai daqui agora! ─ Joe disse já sentido os efeitos do frio.

─ Eu não vou sair daqui sem você,não vou! ─ Jack disse firme travando seu maxilar.

Joe por um momento ficou feliz em saber que existia alguém se importava e estava disposto a lutar por ele.Mais o sentimento de medo assolou seu pensamento quando lhe transcorreu a ideia do que celina ou as outras poderiam fazer a jack. O maior era forte e musculoso, mais não era um bruxo e nem tinha poderes.

─ Jack por favor vai embora, você não está seguro aqui!─ Joe suplicou temeroso.

─ Eu não vou Joe, não adianta insistir.─ Jack disse mantendo sua postura.─Eu só saio com você.

Enquanto Joe copiosamente tentava convencer o maior a deixar a academia,Celina estava muito pensativa e preocupada com a influência de Jack sobre Joe. Ela sabia que os dois tinham uma ligação muito mais profunda que a amizade e isso era algo horrível, pois se uma pessoa normal tem um laço muito forte com um(a) bruxo(a), isso acaba dificultando a aceitação da bruxa e desacelerando o processo de domínio sobre os poderes , E dadas as circunstâncias da academia, Celina não podia se arriscar a perder um bruxo somente para que o mesmo vivesse um amor de verão. A bruxa então resolveu botar um ponto final na relação de Joe e Jack.

Celina se dirigiu a sacada da mansão sob os olhares curiosos de todos, até de Regina. Quando chegou lá ela ergueu sua mãos para os céus e em seguida começou a simular a abertura de uma cortina com as mãos. No mesmo instante a chuva parou e o sol voltou a brilhar em questão de um segundo.Jack olhou abismado para a demonstração de poder mais nem teve tempo de se concentrar bastante pois no mesmo instante Celina se aproximou dos dois e abriu o portão para Jack.

─ Entra!─ ela disse destrancando o cadeado, dando acesso livre de jack a Joe.

Jack não falou nada, no mesmo instante em que o portão foi aberto ele adentrou com tudo e rapidamente agarrou Joe para um longo abraço. O maior prensava o corpo pequeno de Joe contra o seu como se ao solta-ló Joe fugisse ou algo do tipo. Joe por sua vez até gostou de sentir o abraço de urso do amigo, mais não teve muito tempo de aproveitar pois celina os chamava para adentrar dentro da mansão e ele sabia que não viria boa coisa.

۩ NEW ORLEANS ۩

O fogo da lareira crepitava ferozmente produzindo ondas aliviantes de calor para Jack e Joe. Ambos haviam ficado encharcados devido a exposição demorada a chuva, e talvez o mais propício a pegar um gripe braba era Jack pois ele havia ficado mais tempo além de nesse tempo ele ter passado boa parte gritando algo que fez sua garganta começar a doer. Mesmo assim Jack não estava preocupado se ele iria ficar doente ou outra coisa, sua maior preocupação se encontrava agasalhada ao seu lado enquanto abraçava seu braço buscando um pouco de calor humano. Jack apesar do frio estava adorando o momento pois podia sentir os finos e delicados braços de Joe abraçados ao seu braço musculoso e aquilo era de inflar sua masculinidade em um nível absurdo. O maior gostaria de poder ficar assim abraçado a Joe mais entrada de Celina no ambiente fez Joe se recompor e ficar em uma posição um pouco afastada de Jack. ''Eu preciso levar o Joe daqui'' Jack concluí consigo mesmo.

─ Bom... acho melhor você tomar esse chá antes que se resfrie..─ ela disse sem uma gota de preocupação com a saúde de Jack. Antes de lhe entregar a xícara de chá ela cuspiu no copo e entregou para Jack.─ Beba!

─ eu não vou beber isso!─ Jack disse oque pareceu obvío a todos ali.

─ Beba.─ Celina disse entre dentes a pequena palavra, demonstrando assim sua impaciência para o jovem.

Todos sentiram que o clima pareceu pesar.Apesar do silêncio reinar na sala todos percebiam que problemas estavam a caminho e pareciam ser dos grandes. Celina permaneceu imponente com o braço estendido segurando a xícara para Jack, Já o garoto parecia estar fazendo um grande esforço pois sua pele ganhava aos poucos um tom rubro e uma veia verde de pura força saltava do seu pescoço no momento.

─ Você é durão...─ Ela disse estreitando os olhos ─ Mais eu sou muito mais.

─ Celina eu acho que não é pra tanto...─ Regina disse condescendente.

─ Regina...─ ela disse com a voz contida de raiva,desviando sua atenção para a mulher.─ Você permitiu que esse garoto fizesse esse escândalo por causa desse putinho chorão...─ ela apontou para Joe sem deixar de olhar Regina.─ Você não tomou as rédeas da situação e ainda espera que eu o deixe ir normalmente para que ele volte para casa e espalhe para os amiguinhos idiotas que ''bruxinhas'' vivem na cidade deles, é isso que você espera que eu faça?

Regina não se pronunciou, apenas ajeitou elegantemente uma mecha de seu cabelo e olhou pela janela da sala.

─ E melhor assim─ então ela se voltou para Jack com um sorriso sádico.─ Você não sabe o quanto está divertido pra mim fazer esse joguinho, mas se você não parar agora de resistir eu vou começar a fazer você vomitar suas próprias entranhas.

Jack continuo lutando firmemente para não ceder a vontade da bruxa a sua frente .Celina vendo a resistência do garoto estreitou levemente os olhos e usou um pouco mais de magia. Assim que bruxa aumentou sua influência sobre Jack o nariz do loiro começou a sangrar e ele começou a espumar levemente pelo canto esquerdo da boca, Seu corpo tremia levemente pela grande força que ele estava fazendo para manter o controle de seus movimentos .Mesmo com toda a pressão de celina sobre Jack o garoto se mantinha forte. Ele sabia que a bruxa poderia fazer aquilo brincando, já o seu corpo tinha limites que ele já tinha ultrapassado há um bom tempo. Ele tinha consciência que não poderia resistir por muito tempo.

O silêncio era mortal e agonizante, nenhuma das bruxas ou bruxos demonstrava ação alguma. Eles apenas assistiam neutros o sofrimento e a luta de Jack para não ser enfeitiçado, todos(a) exceto um bruxo : Joe. O garoto tinha seu rosto molhado por lágrimas silenciosas, ele queria poder ajudar Jack mais sabia que não poderia. Celina era poderosa e ele só um garoto que havia descoberto a bruxaria a poucas horas ele não tinha chance de vencê-lá. Joe sabia que não podia medir forças e nem poderes com Celina,mais mesmo assim seu coração gritava para ele ajudar Jack.

''Eu não vou deixar isso acontecer'' Joe disse para si mesmo tentando atiçar sua coragem.

Num movimento de impulso Joe ergueu a mão aberta em direção a xícara que celina segurava, fazendo ,para surpresa de todas, o objeto se espatifar em mil pedaços. Celina ficou atônita com a audácia do garoto e sua surpresa provocou a suspensão de sua influência sobre Jack. O garoto assim que parou de sofrer a influência mágica de Celena começou a respirar pesadamente enquanto tentava recobrar suas forças gastas no enorme esforço que fez para não se submeter a bruxa.

─ Seu idiota intrometido! ─ Celina gritou furiosa desferindo um tapa feroz contra o rosto de Joe.

O garoto não se importou com o tapa que formigava seu rosto, ele apenas se aconchegou perto do maior,surpreso com o descobrimento de sua nova habilidade, Jack por sua vez tentava aos poucos normalizar sua respiração. Celina olhava para a cena de Jack e Joe juntos com uma mistura de desdem de uma certa raiva, ela não era preconceituosa quanto a opção sexual de ninguém. Mais a questão é que ela achava que a proximidade de Jack e Joe poderia ser um grande problema para o aprendizado do bruxo, logo isso poderia afetar a academia.

─ Você não vai machucá-lo...─ Joe disse baixinho para Celina.

─ Vamos ver se não.─ Ela respondeu desafiadora.

Então, Celina ergueu rapidamente sua mão e a moveu bruscamente para o lado fazendo com que magicamente o corpo e jack e Joe fosse jogado contra a parede oposta a sala. Todos ficarem meio tensos pois Celina não aparentava estar muito pra brincadeira.Ela começou a caminhar elegantemente em direção ao corpo de Jack e Joe que estava caído no chão e com um simples gesto dos dedos ela começou a fazer o corpo de Jack subir como se estivesse sendo enforcado.

O rosto de Jack ganhava de novo um tom rubro e seus lábios começavam a ficar roxos, o garoto sentia sua visão escurecer e falhar aos poucos e sua garganta sofria uma pressão agonizante. Joe ainda estava meio groge por causa da batida que seu corpo recebeu contra a parede. Sua visão estava meio turva e seu corpo estava bastante dolorido, ele queria profundamente ajudar Jack mais não sabia como. Seus pensamentos pareciam fervilhar sua cabeça que estava explodindo de dor, ele tentou erguer sua mão para poder lançar alguma coisa contra Celina, mais estava muito fraco para isso. Jack estava quase morrendo quando a voz estrondosa de regina impediu sua partida.

─ JÁ CHEGA!!─ Regina disse fazendo com que o Jack caísse no chão e voltasse a respirar.

Uma veia de stress saltava da testa de Regina. Ela estava profundamente cansada de toda aquele demonstração de poder inútil que sua amiga estava fazendo.Ela então ordenou firmemente para todos ali:

─ Joe levante-se e leve seu amigo para seu quarto e providencie roupas novas e um bom banho quente.Amanhã eu quero que ele esteja as nove horas em ponto no meu escritório preciso ter uma conversa com ele.─ ela olhou para celina.─ e isso também vale para você.

─ E o que pretende fazer com o garoto? ─ Celina questionou a amiga um pouco irritada. ─ Vai deixa-lo ir mesmo sabendo que ele sabe oque acontece aqui?

─ você saberá amanhã...e quanto vocês,subam todos para seus quartos que amanhã será um longo dia para todos.─ ela disse partindo em direção a cozinha.

Celina estava tão furiosa com regina que no mesmo instante em que a mulher deixou a sala ela reacendeu de novo a chuva lá fora fazendo ela cair de uma forma mais intensa, como uma tempestade.

۩ NEW ORLEANS ۩

A tempestade caiu brutalmente lá fora, fazendo os respingos de chuva adentrarem pela janela do quarto de Joe e molharem o chão próximo. O garoto estava sentado a beirada da sua cama e tinha sobre si o olhar questionador de Jack que queria uma explicação para tudo que acabara de acontecer. Joe não sabia como explicar isso a ele por isso se manteve em silêncio esperando que ele lhe perguntasse algo. No momento Joe queria ser desinibido como sua colega de Quarto Alysson, que não se encontrava ali no momento para a felicidade de Joe.

─ Joe...Fala alguma coisa. ─ Jack pediu um pouco cansado de esperar explicações.

─ Jack... ─ Joe disse nervoso. ─ E meio difícil de explicar....sabe, eu fiquei sabendo hoje oque eu realmente sou entende?

─ E que você realmente é?

─ Um bruxo.

Um silêncio mortal se abateu novamente pelo local. Jack não estava surpreso pois a poucos minutos havia sido jogado contra a parede por uma mulher que nem sequer moveu um dedo. O maior só estava surpreso pelo fato de Joe ser um bruxo, Ele o conhecia a um considerável tempo e nunca tinha o visto voar sobre vassouras ou falar em línguas estranhas como nos filmes e séries.

─ Olha ainda é confuso pra mim, e sei que deve também estar muito confuso para você por isso eu acho melhor você voltar pra casa e seguir com a sua vida.

─ Oque você quer dizer com ''seguir sua vida''? ─ Jack perguntou fazendo aspas com os dedos.

─ Sei lá...andar mais com seus amigos, conhecer pessoas novas e até arranjar alguém. ─ Joe falou a ultima sugestão triste.

─ Olha Joe, eu prometi para mim mesmo te proteger e te amar independentemente do que acontecesse e não é agora que eu vou quebrar essa promessa. ─ Jack disse firme

─ E que você pretende fazer?

─ Eu vou ficar com você aqui nesse lugar. ─ Ele disse exibindo um sorriso.

─ Não, você não pode... ─ Joe tentou desesperadamente convencer o maior do contrário ─ Jack você viu oque elas podem fazer com você se você continuar aqui você tem partir agora!

─ Eu não vou a lugar nenhum sem você ─ Ele disse cruzando os braços em uma pose marrenta. ─ Se você não vai eu não vou.

Joe suspirou cansado. Em todo o tempo de convivência com Jack uma coisa que Joe havia aprendido e que o maior conseguia ser extremamente irritante quando queria.

─ Bom...já que você vai ficar, acho melhor você ir tomar um banho quente se não vai ficar resfriado.

─ Você também estar encharcado, acho melhor você ir tomar banho. ─ Jack disse com um sorriso malicioso.

─ Eu espero você terminar.

─ Que isso Joe?...somos amigos, não custa nada tomarmos banho juntos como amigos. ─ Jack disse em um tom cínico.

─ Sei bem que tipo de amigo você quer que eu seja... ─ Joe disse com um sorriso divertido no rosto.

Jack desistiu de tentar levar o menor para o banheiro consigo e seguiu sozinho para o banheiro.

Minutos Depois....

Joe e Jack já tinha tomado seus respectivos banhos e estavam agora conversando animadamente sobre assuntos variados. Joe havia explicado detalhadamente tudo sobre sua atual condição, Jack ficou confuso na parte qm que Joe disse ser descendente de um carinha de Salém mais logo entendeu do que se tratava.

─ Qualquer dia desses você pode vir voar na minha vassoura mágica. ─ Jack disse adquirindo um tom sexy e brincalhão.

─ Seu bobo. ─ Joe disse entre gargalhadas.

─ Mas...falando sério, você sabe fazer oque com seus poderes? ─ o maior disse em um tom curioso.

─ Pelo que eu sei, consigo curar as coisas.

─ Curar? tipo de cura? ─ Ele perguntou surpreso.

─ Claro! ─ Joe respondeu se divertindo com jeito bobo do outro.

─ Então me mostra.

Antes que Joe desse a resposta obvia para Jack que para se curar algo primeiro esse algo precisa ter um machucado, Jack cravou seus dentes no seu próprio braço e abriu uma ferida correspondente a marca de seus dentes.

─ Você tá louco?! ─ Joe disse nervoso. ─ Espera aí que eu vou pegar um kit de primeiros socorros!

─ Eu não mordi meu braço pra você usar o kit de primeiros socorros, usa seus poderes! ─ Jack disse um pouco entre dentes.

Joe se compadeceu do sacrifício do outro e se aproximou lentamente do braço forte do maior e pôs suas duas mãos sobre a ferida. Joe repetiu o mesmo processo que havia feito com a ave, e assim que reritou suas mãos do local machucado estava tudo no seu completo estado perfeito. A pele não denunciava nenhuma cicatriz aparente e tudo parecia nos seus perfeitos conformes.

─ isso é demais!─ Ele disse analisando seus braço. ─ Como é que tu faz isso?

─ Eu não sei...só faço. ─ Joe disse se divertindo com suas habilidades.

─ você podeira curar outra ferida minha?

─ Claro, onde está? ─ Joe perguntou um pouco preocupado.

Jack levou a mão do menor até seu coração. Joe sentiu suas bochechas ruborizarem e sua respiração acelerar, mesmo depois de todo esse tempo Jack não havia esquecido e aquilo de certa forma tocava Joe.

─ E-Eu acho melhor irmos dormi.

Jack entendeu o desconforto do menor e o respeitou. Ambos se deitaram na mesma cama , na famosa conchinha e logo caíram nos braços do sono, levados pelo cansaço.

Comentários

Há 1 comentários.

Por amantedalua em 2016-09-14 11:17:20
ADOREIIIIIII....e muito grande adoroooooooooooooooooo