Agarre-se aos 16 - Parte 1

Parte da série Agarre-se aos 16

É o seguinte pessoal: Sou novo aqui no Site, porém já escrevi essa série na Casa dos Contos. Criei o cadastro para postar as primeiras partes, porém, aos poucos, irei postar todo o resto da história aqui.

Como alguns já devem saber, meu nome é José Otávio e o nome de meu parceiro é Walmir. A história narrada a seguir é verídica e ocorreu há exatamente 5 anos, 10 meses e 2 dias atrás (Começo de meu relacionamento com ele). O começo da história será narrado por ele, porém a história é totalmente escrita por mim (Ao menos era).

Espero agradar a todos que leem.

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• 1 – Mudanças

14 Anos da minha vida Eu vivera em uma cidade pacata (Ou talvez nem tanto assim) no interior de Alagoas, que também ficava próxima à Pernambuco, chamada Colônia. Cidade com poucos moradores, não sei ainda exato quantas pessoas a habitavam, mas provavelmente eram poucas, muito poucas pessoas. Pode-se dizer que a cidade só enchia de gente quando tinha algum tipo de festa, geralmente festa de São João (A festa mais animada de qualquer interior). Eu era um garoto ingênuo. Conhecia meu pai, não muito. Ele era um advogado no interior de Pernambuco, tinha um próprio escritório. Eu era um garoto de classe media que se contentava com aquilo que tinha; com o que minha mãe me dava. Sim, meus pais estavam separados desde que Eu tinha três anos, mas divorciados ainda não. O termo divorciado não se aplicava a eles. Por mais que meu pai fosse um advogado, o melhor do interior que ele vivia, ele ainda queria, de qualquer modo, que minha mãe estivesse com ele, por isso não arrumou a papelada do divórcio.

Nos 14 anos que passei nessa cidade aprendi muito, sobre mim e sobre o mundo. Certo, logo no começo Eu tentava fingir pra mim mesmo que Eu gostava de garotas e por esse motivo cheguei a tentar me enganar varias vezes achando que essa era a coisa certa a se fazer, tive namoradas, uma delas minha prima, a Rita, que, por incrível que pareça, fora ela quem descobriu minha sexualidade. E sim, ainda quando namorávamos. Ela sabia que garotas não era bem a praia que Eu curtia. Mesmo tendo a mesma idade que Rita (12 anos, quando namorávamos), ela se mostrava bem mais madura que Eu.

Fiquei desconfortável quando Eu me descobrira gay. Era realmente o que Eu queria? Sair do armário e mostrar pra todo mundo quem Eu era? Não! Pra mim era humilhação demais. Mas Rita queria que ao menos minha mãe soubesse disso.

Foi numa noite de quarta feira que Eu e Rita (Sim ela iria contar pra mia mãe se por acaso Eu recuasse) decidimos por as cartas na mesa e falar a verdade para a minha mãe. Eu estava nervoso e pra piorar Rita me pressionava. Ensaiamos discursos - mesmo sabendo que na hora não iria dar certo - caras e cenas.

À noite, então, criei coragem e falei olhando com calma para minha mãe (E Rita ainda ao meu lado):

– Mama, nós precisamos conversar.

Minha mãe estava rindo como sempre, aquele sorriso branco e lindo que só ela tinha, mas quando viu minha cara de sério, mudou também o seu comportamento:

– Sim meu filho? Estou a ouvir.

Na hora dei um pequeno passo para trás e senti um empurrão de Rita que encostou-se ao meu ouvido e falou silenciosamente: - Se você não contar, conto Eu.

No instante em que Rita falou: ¨... Conto Eu. ¨, meu coração gelou e me percebi paralisado por uns instantes de tempo. Tomei um pouco de ar e decidi falar tudo à minha mãe:

– Mama me desculpe! O que Eu vou falar vai lhe magoar, mas vai doer tanto em você quanto em mim. Eu não quero compreensão, pois sei que ficará confusa, mas... Eu... Eu (Gaguejei; estava com medo)... Eu sou gay.

Minha mãe me fitou por alguns segundos, olhou para Rita e depois falou:

– Walmir... Você tem certeza do que está me falando? Decisões erradas são difíceis de se voltar atrás.

– Sim, Eu tenho. Desculpe-me mamãe!

– Meu filho, por mais que Eu não goste da ideia de lhe ver com um homem, Eu estou feliz por ter contado a verdade a mim. Muito feliz mesmo. Antes saber de você que de outras pessoas.

Meus olhos encheram de lagrimas e agarrei minha mãe, Eu nunca, até hoje, esperaria uma resposta daquela. Eu pensava que minha mãe iria me bater, me xingar e iria me expulsar de casa. Eu estava pronto para todas as reações, menos para aquela.

Os dias se passaram e decidi ir assumindo, de pouco a pouco, minha sexualidade na escola em que Eu estudava. Meus amigos não acreditaram no começo, mas aceitaram depois. Alguns, mesmo depois de um ano, ainda zombavam da minha cara.

...

14 anos da minha vida Eu vivera em uma cidade em que fui criado somente por minha mãe. No meu 14º aniversário, meu pai aparecera; o que não era normal. Ele não queria falar comigo, mas sim com minha mãe, que disse secamente:

– Desculpe Geraldo, só poderei falar com você depois da festa do nosso filho... (Deu as costas para ele por alguns segundos e virou-se novamente, fitando-o – A proposito, precisamos falar sobre nosso filho.

Eu sabia no que ela queria chegar, mas não me importa mais. Ela entendeu. o resto que se dane.

Minha festa que começara às 17h00min foi acabar às 23h00min. Minha mãe mandou deitar-me, mas estava curioso para saber o que meu pai dizia. Fiquei parado na cama, não sabia que atitude tomar, foi quando decidi ouvir a conversa por trás da porta. Eu ouvia meu pai:

- Eu estou arrependido! Depois de tantos anos com aquela mulher Eu aprendi que você foi a única que realmente valeu a pena... Eu não poderia ter deixado você com uma criança, Eu fui tolo, burro e bruto ao fazer isso... Mas Eu venho aqui, de joelhos implorar seu perdão, e pedir para que volte comigo. Nunca mais apronto uma dessas... Nunca mais!

Minha mãe nada falava. Fiquei impaciente. Não queria mais ouvir aquela conversa. Não cabia a mim a decisão. O que minha mãe fizesse, Eu ficaria feliz.

Voltei pra cama e dormi.

...

Acordei por volta das 10h00min com um beijo de minha mãe. Ela olhava feliz pra mim e Eu não sabia o motivo. Pensava que a conversa teria acabado em um chute na bunda do meu pai. Quando ela disse:

– Acorda dorminhoco! Vamos nos mudar.

Eu pensara estar sonhando. Minha mãe realmente dissera aquilo para mim? Sim, ela disse. E com um sorriso que Eu nunca tinha visto em seu rosto. Eu apenas levantei da cama, beijei-a na testa e fui direto ao banheiro ainda sem acreditar no que ela dissera. Tirei minha roupa, entrei no chuveiro. Quando enfim ela disse:

– Ontem tive uma conversa com seu pai que mudou o rumo de nossas vidas. Ele está realmente arrependido. Só precisa de um pouco de compreensão...

Eu nada falei, esperei que ela concluísse:

– Eu o perdoei, e vamos nos mudar ainda hoje. Espero que entenda minha decisão.

– Sim mãe. Eu entendo. É assim que você quer, assim será. – Respondi na hora.

Não pude ver a reação da minha mãe, mas ela me parecia feliz quando disse:

– Termine seu banho e desça para almoçar! Não precisa levar nada daqui, apenas algumas roupas. Seu pai comprará tudo pra nós quando nos mudarmos.

Ao falar isso ouvi a batida da porta do meu quarto. Eu estava impressionado. Sabia do emprego do meu pai, sabia que ele ganhava bem, mas não ao ponto de renovar o meu guarda-roupa e ao da minha mãe. Eu pensei comigo: “Talvez tenha algo bom nessa história. Talvez o lugar para onde vamos não seja tão ruim quanto esse (em termos de oportunidades)”.

Eu era um menino muito nerd, mas que desde os 12 anos saía de madrugada, sem medo, para caminhar. Eu não frequentava academia, não lembro nem se tinha academia naquele tempo. Quando voltava para casa me alongava para não ficar duro ou ter as comuns e péssimas distensões musculares e fazia 30 marinheiros e 30 abdominais. O que me oferecera um físico bonito. Eu não era forte, nem de perto. Mas Eu era duro no braço e minha barriga era definida. Por sempre fazer caminhadas, minhas pernas e bunda eram o lugar mais trabalhado. Agora é a parte em que me descrevo (Aos 14): Moreno claro, 1,52 de altura, cabelos castanhos (quase dourados), olhos fluorescentes (mudam de verde-claro até um azul ou verde-piscina, sei lá) 58 de cintura com barriga malhada e 87 de quadril. Sim, Eu sou um gay feliz. Não gostava de dar pinta. Quando todos descobriram sobre minha sexualidade decidi deixar meu cabelo crescer, chegou até os ombros e dava pra fazer uma franja que descia pelos olhos. Eu chegava a parecer uma mulher desenhada de costas. O que me fez cortar o cabelo, deixando-o a altura do pescoço.

...

Mudamos-nos. No caminho para nova casa, o dialogo entre Eu e meu pai ainda não tinha acontecido. Ele estava calado e Eu não procurava assunto nenhum para abordar com ele. Em um instante da viagem paramos para abastecer o carro quando ele enfim decidi quebrar o gelo.

– E então? Tá gostando da nossa viagem? Sei que é um pouco cansativa, mas vai ser legal.

Fitei-o por alguns instantes e disse:

– Sim, mas tá demorando um pouco né?

Ele me respondeu:

– Realmente, já se foram mais de 02h00min de viagem. Não se preocupa. Em instantes estaremos na nova casa. Mas não se acostuma lá não, só vamos passar um ano em Garanhuns e depois nos mudaremos de novo.

Como assim mudar de novo? Estava tudo mais confuso ainda. Ele tá pensando que a gente é o que? Nômade? Onde ele está com a cabeça? Respirei fundo e perguntei:

– Mudança por algum motivo especial?

Ele logo respondeu:

– Não. Nenhum. Só vou esperar minha ex-mulher esvaziar a casa para irmos. Dei um prazo de 12 meses a ela. Para ela refazer sua vida.

Eu já me sentia mais maduro e entendia o que ele queria dizer. Para ele, a "coisa" com quem ele estava não era mais uma mulher, não passava de uma vadia agora.

...

Estava cansado da viagem. A casa que meu pai comprara e que era minha, assim como o resto das propriedades dele, era linda e enorme. Mamãe me matriculou em uma escola muito boa e pagou a aula de canto e dança que tanto queria. No intervalo de um ano aprendi a tocar piano, violão, violino... Aprendi também a dançar todos os ritmos, de dança de salão ate break dance. Eu era ótimo. O fato de Eu ser um garoto perfeccionista – Ao menos com minha forma física – tornavam as coisas mais fáceis e prazerosas.

Um ano se passou e não nos mudamos para a casa no outro interior. Meu pai tentara explicar a minha mãe que a sua ex-mulher ainda não conseguira se reestabelecer e que estava criando problemas. Ficamos mais seis meses na casa em Garanhuns. Minha rotina era: Caminhar nas madrugadas (Mesmo com aquele frio na cidade), estudar pelo período da manhã, aulas de música, aulas de dança... Casa. Não me entendam mal, não estava entediado, mas aquela rotina sem amigos já estava ficando chata. Tudo bem, Eu conheci pessoas ótimas como a Julia, o Pedro e o Davinho (Pronuncia: Deivinho, David era seu nome), mas não gostava de sair para as festas. Sou muito caseiro e não gosto de lugares aonde as pessoas com certeza não irão me dar atenção.

Só pra esclarecer umas coisas: Pedro era com certeza o mais bonito entre ele, Davinho e os meninos da minha sala. Ele não tinha um físico bonito, mas era uma pessoa de uma personalidade muito legal. Adorava seu jeito. Fui dormi em sua casa após adiantar trabalhos de português, matemática e biologia. Nesse dia perdi meu BV com Pedro. Não, ele não era gay. Ele bebeu e talvez Eu tenha me aproveitado disso. Essa experiência foi péssima. Odiei tê-lo beijado. Nossa amizade não acabou com esse beijo. Passamos uma borracha e ambos reconquistamos a amizade um do outro. Pedro era o amigo mais carinhoso que tinha. Nem Julia me tratava daquela maneira.

...

Os seis meses prometidos do meu pai se passaram. Mudamos-nos novamente. Eu estava com um aperto no coração. Pedro estava com raiva, intrigado, assim como Julia. Davinho chorava muito. Alias, Davinho era o único que chorava assim. Mas cá entre nós, acho que ele estava tirando um sarro da minha cara por causa da minha sexualidade.

Decidi que em seis teria aula particulares em casa. Não seria Eu o esquisito novato da sala.

Meu pai me matriculou em outra escola de canto e dança... Eu ficava melhor a cada dia.

...

Os seis meses passaram rápido, sempre fazia conferência as terças com meus amigos de Garanhuns.

Meu pai me matriculou em uma escola de gente rica. Eu odiara a escola em que ele me colocou. Eu sabia que só encontraria filhinho de papai e aquelas virgens querendo se deixar “comer” pelos atletas da escola. Eu estava certo de que iria encontrar pessoas assim por lá.

Sim Eu estava certo.

Subi as escadas da maldita escola onde meu pai me deixara; perguntei qual era a sala do segundo ano C à senhora que estava na secretaria, ela me informou que era a 10. Eu estava atrasado, no primeiro dia. Pensei comigo "Sorriso na cara que hoje o dia vai ser longo". Abri a porta suavemente e todos os olhares foram para mim. Estava morto. Andando, mas morto. Um zumbi.

"Sorriso na cara que o dia vai ser longo". Pensei comigo mesmo.

Eu estava certo, todos os olhares me cercaram quando Eu entrei. A professora me fez apresentar-me para a sala inteira.

Fiz o que ela pediu sendo muito cortês. Não era culpa dela os olhares e as piadas. Mas aquela apresentação me deixaria mal. Eu sabia disso. Ela me mostrou uma cadeira. A quinta cadeira da sexta fila (Só havia oito filas e sete cadeiras). Sentei perto de duas garotas que olharam pra mim e fizeram um comentário. Sou moreno claro, mas fico vermelho. Pude perceber que o comentário era maldoso pela cara das duas. Até que uma soltou a piada com ar de gozação:

– Uma nova bicha de torcida na sala.

Todos riam de mim. Eu sei era chato, mas ela viu meu incômodo e continuou:

– Vai fazer sucesso com os caras que vou arrumar pra você, e se contenta, é o resto que Eu peguei e que comem qualquer veadinho.

Todos riam novamente. Eu olhava para frente sem nenhuma reação quando a professora parou a aula e disse:

– Sofia!!!? – Em tom grosseiro – Para a sala da diretoria, agora!

Sofia saiu orgulhosa e ao chegar à porta disse, olhando para mim:

– Isso é só um aperitivo.

Estava vermelho, mas não de timidez, não mais. Estava vermelho de ódio. Aquela garota me tirou do sério. Eu a odiava e ela a mim. Ela era linda e popular, claro que ela ganharia essa luta, essa guerra. E ela continuou:

– Continuem o que comecei em 3...

E fechou a porta. Não sei o que ela tinha na cabeça. Mas em dois segundos depois senti uma bola de papel. Não foi jogada para bater em mim. Foi algo pensado, como se fosse cartinha do tipo: "Abra e responda! Se a professora vir, rasgue!".

Abri a carta e lá estava escrito “Pronto para o castigo na hora do intervalo?”. Eu ignorei aquela ameaça; Eu estava cheio. Não podia reclamar, nem me esconder. Eu teria que sair de cabeça erguida. 02h10min se passaram desde o ocorrido. Ouvi o toque para o intervalo. No começo das aulas não costumo sair da sala. Coisa de gente boba e sem amigos. Mas sim, minha decisão tornou tudo pior. Plinio e Marcos (Dois garotos que jogavam no time de futebol) aproximaram-se da minha mesa e um deles soltou:

– Olha que bibinha pobre! Que roupas são essas? Pegou no lixão do asilo? Nós só usamos roupas de marcas aqui. Não percebeu?

Sim, Eu estava muito mal vestido, me senti péssimo com as palavras deles. Até que em um movimento rápido um tapa acertou minha nuca fazendo com que Eu fosse bruscamente para frente. Era Marcos:

– Não vai responder as perguntas do meu brô aqui não?

Olhei para eles com vergonha como quem pede pinico:

– Desculpa. É comigo?...

Marcos olhou troncho para mim e Plinio enfurecido falou:

- Não carai! Estou falando com meu amigo imaginário. É que ele tá aí do seu lado.

Deu-me as costas e Marcos depois de ter me fitado foi embora.

Eu estava com medo. Apavorado. Eu estava ferrado, sem amigos. E o pior, sim, o pior, Eu tinha arrumado confusão com as pessoas mais populares da escola. Sentia-me péssimo.

...

Faltava uma semana para o meu aniversário, dois dias se passaram depois do ocorrido. Era uma aula de inglês. E adivinhem...? Seria de música. A professora chamou pessoas que realmente quisessem cantar. Sofia e Karen (A amiga que cochichava com Sofia no dia em que cheguei) decidiram fazer um dueto, não lembro bem qual música; sei que por dentro estava rindo, mas demonstrava frieza, não queria cara feia para o meu lado. Após o termino da apresentação todos bateram palma e elas se sentaram. Quando a professora perguntou:

– Mas algum dueto? Solo? Grupo?

Eu corajosamente levantei e disse:

– Eu!!!

Como num ato reflexo todos riram. Na hora pensei: "Não mostrem os dentes para mim, não sou dentista. Vou fazer vocês engolirem a dentadura seus otários".

Fui em direção à professora e disse que cantaria "How Deep Is Your Love", ela se assustou e perguntou com ar de preocupada:

– Tem certeza? Isso é loucura.

Virei para eles e todos tinham parado de rir. Avisei a escolha da minha música. Comecei a cantar. Todos olharam impressionados para mim, até que no final da música emiti, em falsete, um F#5. Ninguém acreditou. Eles bateram palma, gritaram e assobiaram. Sofia estava com ar de ódio e Eu pouco me lixava para ela. Ela se levantou da cadeira e disse em tom de ordem:

– Parem! Eu fui melhor que ele.

Quando José, um garoto que Eu nunca tinha notado disse:

– Não cantou não, você é péssima. Ele foi 1000 vezes melhor que você, admita.

Nunca vi alguém enfrentar Sofia daquele jeito. Até que ela falou:

– Okay! Ele foi melhor.

Olhou para mim e sentou-se. Olhei para José e não falei nada. Fiquei impressionado. Como um Zé Ninguém daquele pode ter falado assim com a Sofia?

Desse dia em diante, minha vida tomara rumos que nem Eu acreditaria que iria tomar.

***

Tentava dormir à noite, mas comigo só um pensamento estava: "Como José, um Zé Ninguém daquele se impõe em frente da Sofia daquele jeito?". Alguma coisa podre tinha naquela escola e Eu iria descobrir o porquê.

Acordei pela manhã, fiz a minha caminhada e depois fui para o banho para após tomar café. Despedi-me da minha mãe e entrei no carro com meu pai. Ele me perguntava como estava a escola, se os garotos de lá me chateavam, se tinha alguém interessante e aquele blá, blá, blá todo. Eu respondia a todas as perguntas com calma e mentindo, é claro. Não queria fazer papel de pobre ingênuo.

Cheguei à sala e pude ver que José me fitou até Eu chegar a minha banca. A sala ainda estava vazia. Aproximei-me dele; e quando sentei uma cadeira a frente ele disse levantado o chapéu:

– Sai daqui... Agora!

Tive medo da reação dele. Agradeci pelo que ele fez por mim, pedi desculpas e sentei-me de novo em minha cadeira.

As aulas passaram e Eu só pensava no José herói, no ato dele meio que protetor, e o José que olhava sombriamente para mim. Vi alguns cochichados na sala. Eram duas meninas falando da audição que teria para os times de vôlei, basquete, futebol e lideres de torcida – Sim, havia todas essas frescuras na nova escola. Então lembrei: A Sofia é líder de torcida. Vadia!

Pensei comigo mesmo: “Vou fazer a audição, passar, entrar para o clube e fazer todos se revoltarem contra ela.”.

As horas se passaram devagar nesse dia, os professores de educação física pegaram o intervalo e duas aulas após o intervalo. Fui pegar meu uniforme (Que até então não tinha pegado) e meu traje de educação física. Era um shorts de atleta apenas. Short esse que ficava super apertado e curto (Lembrando que minhas medidas mudaram. Eu agora tinha 1,62 de altura, 58 kg, 65 de cintura e 112 de quadril). O Short era o mesmo para todos (Regra da escola). Quando a secretária falou que ia me dar uma camisa P, retruquei na hora:

– Uma G, por favor!

Se Eu aparecesse com aqueles shorts e camisa P todos iriam zoar com a minha cara.

Desci para a quadra e vi uma galera se preparando. A audição para as lideres de torcida seriam as ultimas. Esperei, esperei e esperei. Parecia que não ia acabar. A coisa mais demorada foi o jogo de vôlei. No futebol algo me surpreendeu, José era do time e sempre que jogava uma partida de três minutos, eram somente ele, Marcos e Plinio. Eu tinha medo deles, eles eram muito brutos jogando. Acho que em certo ponto Plinio quebrou algo do menino que jogou contra eles.

Nessa aula Eu pude notar que Marcos e Plinio eram de fato garotos lindos. Eles jogavam com um sorriso estampado no rosto. E seus corpos... Eram coisas divinas. Pude também notar José. Ele era alto chegava a ter 1,85 – 1,90 metros aproximadamente. Assustei-me ao ver seu tamanho. Pela branca, não chegava a ser albino, olhos castanhos claro e deveria pesar bem mais de 90 quilos. Seus mamilos eram grandes, redondos e marrons. Ele era careca (Acho que passava a gilete em sua cabeça) e tinha poucos pelos pelo corpo. Eu estava assustado e algo passou pela minha cabeça: "Ele deve beijar bem". Não! Eu não poderia estar pensando nisso. E sim, Eu queria saber como é ser beijado por um cara daquele tamanho e físico. E não, Eu ainda não pensava em sexo. Ainda...

...

Logo depois do futebol foi o basquete e depois as lideres de torcida. Primeiro foi o grupo feminino. As meninas eram realmente boas. Pensei comigo: "Adeus sonho de destruir a Sofia!", Quando fui interrompido por Marcos:

– Vou comer todas vocês que passarem no teste!

As meninas ficaram animadas. Bando de oferecidas.

Enfim chegou a apresentação do grupo dos meninos. Eu estava nervoso, mas estava confiante. Das 23 meninas que fizeram um teste 9 passaram. A professora avisou que para os meninos seria uma decisão difícil: 14 concorrentes, três vagas. Nessa hora Eu gelei e pensei: ”Eles são melhores que Eu.”.

Seis garotos se apresentaram e depois foi minha vez. A professora pergunta:

– Sabe dar mortal? Piruetas? Sabe dançar?

Eu olhei pra ela e disse:

– Viva e verá.

Ela riu e me desejou boa sorte.

Coloquei no som um mash-up de toque de música de Funk com a música "I Feel Good". Mas uma vez fui aplaudido e muitos gritavam. Algumas pessoas estavam de cara feia (Como a Sofia) e outros sorrindo. Pensei comigo mais uma vez "Eu matei aquela garota de raiva.". Quando Eu ia sair, a professora de educação física perguntou:

– Pra onde acha que vai? - E antes de Eu responder ela concluiu: – Tire a roupa para tirarmos suas medidas.

E assim o fiz. Fiquei apenas de shorts como ela pedira, quando ouço um comentário infame:

– Hoje Eu te como, meu veadinho.

Explodi de raiva e fui ao banheiro tomar banho e me trocar. Quando uma mão me puxa pelo cabelo e me beija sufocante. Senti mais nojo do que com o beijo de Pedro. Quando olho pra ver quem me beijava... Era Marcos. Tentei me livrar do beijo, mas ele não me deixava escolha. Era algo nojento e errado; comecei a chorar quando ele me dá uma tapa na cara e diz:

– Cala a boca que hoje você vai ser meu.

Tive medo daquilo e comecei a gritar. Ninguém ouvira. Ninguém chegou ao banheiro, e Marcos ainda me beijava. Quando ele me empurrou pra dentro de uma das cabines uma mão forte dá um soco em Marcos e o faz cair desmaiado. Com medo pensei: "Foi pior. Se Marcos não me deixava escolha esse daí... Estou em apuros.".

Foi quando uma voz grave e rouca perguntou:

– Você está bem? Ele te machucou?

Comentários

Há 13 comentários.

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Por em 2013-02-15 20:10:08
estou adorando está historia.... :)
Por P-Day(Patrick) em 2013-02-06 10:12:11
Lindo seu conto!
Por em 2013-01-02 22:08:09
AMEEEEI! Mas agora quero a opinião de quem entende. Dar uma olhada no meu lá e comenta :P bllz? - VALEU! http://www.casadoscontos.com.br/texto/20130129
Por em 2012-12-25 16:18:17
Vc esta de parabens, seu conto é daqueles que nos mantem preso esperando por mais... continue logo viu??? Esta impecavel...