1X09 Medo

Conto de Gojimmy como (Seguir)

Parte da série A vida de John.

Jenny - John ACORDA !

Falou minha querida irmã acendendo as luzes do meu quarto depois de ter praticamente arrombado a porta. Eu acordei sem acreditar que ela tinha feito isso mesmo.

John - tá com algum problema querida ?

Thomas - sério Jenny ???? Que horas são ?

Jenny - quero falar com vocês !

John - tá.... Fala !

Jenny - John. Você, meu amado irmão, vai me levar até o altar no dia do casamento.

John - já sei disso.

Jenny - espera eu acabar ? Obrigada.. e... Eu e o Victor conversamos ontem e decidimos que séria lindo se vocês fossem nossos padrinhos.

John - poxa... Que legal irmã ! Tô muito feliz !

Jenny - ai que lindo !!!

Thomas - vai ser uma honra cunhada.

Jenny - que bom que vocês gostaram da ideia. Mas, agora você levante dessa cama.

John - porque ? A gente já praticamente acabou com as coisas do casamento.

Jenny - vamos na praia, o sol tem vitamina sei lá o que que é bom pro bebê, diz minha mãe.

John - tá, vai se arrumar. Vinte minutos.

Jenny - tá, uhuu !

Ela sai saltitante do meu quarto.

John - vou tomar um banho e colocar minha sunga.

Thomas - eu queria ficar um pouco mais ma cama.

John - tá.

Me arrumei e desci, por uma milagre Jenny já estava me esperando com um chapéu enorme.

John - cadê o mexicano que você roubou esse chapéu ?

Jenny - para de graça... Tô um pouco tonta.

John - quer ficar em casa ?

Jenny - claro que não ! Vamos...

John - por aí não.

Jenny - mas meu carro tá na garagem.

John - deixa de ser preguiçosa, a praia fica no final da rua do condomínio. Anda logo !

Saímos de e do condomínio e fomos andando pela rua de mãos dadas como João e Maria (amo essa história ) logo chegamos na praia e estava bem vazia, aquele vento bom correndo e o sol estava comportado para os padrões do Rio. Jenny se sentou e eu tirei minha roupa e entrei na água, não ia ficar na areia parado de jeito nenhum. O mar estava calmo e transparente, como é nessas parte da cidade. Eu voltei pra areia e percebi durante o trajeto de volta que a Jenny tava meio tensa, olhando pra trás o tempo todo.

John - o que houve ?

Jenny - olha aquele homem ali no quiosque.

John - o que tem ? Só pode ser maluco de terno na praia.

Jenny - ele parece muito o pai do Max.

John - mas ele não está preso ?

Jenny - mas parece muito John. E ele não para de olhar pra cá.

John - vem, levanta. Vamos embora.

Eu ajudo ela, coloco minha bermuda e vamos andando em direção a rua, percebo que o homem acompanha nossos passos e depois entra num carro preto que estava parando de frente pro quiosque. Eu digo pra Jenny andar mais rápido e nós atravessamos a avenida para entrar na rua do nosso condomínio. Quando estávamos chegando perto da portaria o carro passou por nós e parou na nossa frente. Eu automaticamente coloco a Jenny para trás de mim.

Ricardo - meus filhos, passeando hoje ?

John - o que vocês querem ?

Jorge - você vai descobrir garoto.

Ricardo - lembram dele ? Grande Jorge Santanna. Um amigo meu.

John - um bandido igual a você, isso sim !

Jorge - você é bem abusado.

Ricardo - vocês querem dar uma volta ?

Jorge - entrem no carro agora !

Quando eu me preparava pra brigar, um carro freia bruscamente e chega a bater na traseira do carro deles. O Bruno sai de dentro com uma cara de ódio e fica na nossa frente.

Bruno - encosta um dedo neles e eu te mato !

Ricardo - olha quem apareceu, quem você pensa que é pra me desafiar??

Bruno - meu nome é, acabei de chamar a polícia.

Ricardo - você acha que pode me ameaçar ?!?!?!

Ricardo diz isso com uma voz rude e simulando avançar no Bruno que não se move e o encara.

Bruno - posso sim. J, Jenny vamos.

Nós entramos no carro do Bruno e ele arranca e volta para o condomínio. Entramos e paramos em frente nossa casa, subimos e fomos todos para a sala. Thomas e Victor estavam jogando cartas sentados no sofá. Jenny corre e abraça o Victor assustada.

Victor - o que aconteceu ?!?!

Bruno - Ricardo e o Jorge

Victor - Jorge ???

Bruno - é, eles estavam ameaçando o J e a Jenny.

Victor - meu Deus.

Thomas - você tá bem amor ?

John - tô, tô sim.

Minha mãe entra na sala.

Sarah - o que houve com a Jenny ?

Victor - parece que o Ricardo fez uma visita pra eles na rua.

John - se o Bruno não chega, não sei o que teria acontecido. Eles queriam nos enfiar dentro do carro deles.

Sarah - vou avisar a polícia.

John - o Bruno chamou.

Bruno - não, foi um blefe.

Sarah - vocês estão bem meus amores ?

Jenny - tô sim mãe.

John - eu tô legal.

Sarah - vou ligar de qualquer jeito. Isso tem que acabar !

Victor - fica calma amor.

John - é Jenny, você não pode ficar nervosa.

Jenny - tô bem.

Thomas - você tá bem mesmo amor ?

John - tô sim.

Thomas - obrigado Bruno.

Victor - é cara, muito obrigado.

Bruno - fiz o que vocês teriam feito. Eu também amo esses dois e faço qualquer coisa pra proteger eles.

Ele diz isso olhando pra mim, o que me deixa um pouco sem graça.

Sarah - gente, eu falei com meu amigo delegado e ele disse que estão de olho neles mas que ele não pode fazer nada sem provas, eles vão consultar as câmeras da rua e dos condomínios.

Bruno - vamos ficar espertos. Se o Ricardo conseguiu soltar o Jorge ele consegue soltar o Max.

Victor - e o Max é completamente louco.

Sarah - a gente vai dar um jeito.

Jenny - eu vou subir e deitar um pouco.

Victor - eu levo você.

Sarah - já subo pra ver você filha.

Ela sobe abraçada com o Victor e minha mãe da um beijo em mim e no Bruno e depois sai.

Thomas - vou esperar você lá em cima.

John - tá.

Thomas - obrigado mesmo Bru.

Acho que nem ele prestou atenção que chamou o Bruno pelo apelido e também estendeu a mão pra ele. O Bruno apertou a mão dele amigávelmente.

Bruno - sei que você teria feito o mesmo se fosse o contrário.

Thomas - é, claro....

Thomas saí da sala e sobe.

John - acho que vou te chamar de herói.

Bruno - não... Eu agi por extinto.

John - como você sabia que eles iam acreditar que você chamou a polícia ?

Bruno - não sabia. Tava pronto pra qualquer coisa. E pelo que eu vi você também.

John - eu ia proteger minha irmã, na hora eu ia tentar bater neles pra ela correr mas você chegou.

Bruno - ainda bem que eu vi e consegui chegar perto.

John - é, obrigado.

Bruno - eu amo você e faço qualquer coisa por você.

Ele me deixa sem graça e mudo com essa frase, eu chega fiquei gelado. Não pensei duas vezes, o abracei. Ele encostou a cabeça no meu ombro e me apertou, eu fechei os olhos e ele me apertou mais e começou a levantar a cabeça passando o nariz pelo meu ombro, pescoço e por fim mo meu rosto me arrepiando completamente. Ele me deu um beijo na bochecha. Eu confesso, fiquei mole.

Bruno - vou pra casa, qualquer coisa me grita (risos)

John - ok.

Eu levo ele na porta e depois subo pro meu quarto. Eu entro e o Thomas tá mexendo no telefone. Eu sinto uma coisa estranha como culpa, perece que eu tinha acabado de trair ele. Eu sento no colo dele e lhe dou um beijo.

Thomas - tô me sentindo culpado.

John - por que ?

Thomas - devia ter ido com vocês.

John - fica tranquilo, deu tudo certo no final.

Thomas - eu tenho que proteger você.

John - você sabe que eu posso me proteger. Minha preocupação era a Jenny

Thomas - tudo bem.

John - gostei de ver você e o Bruno se falando normalmente.

Thomas - eu me senti muito bem.

Enquanto nós conversávamos o telefone do Thom começou a tocar.

Thomas - " alô, sim é ele "

Ele ficou sério e me levantei do colo dele. Ele se levantou da cama e ficou em silêncio, com a cara fechada ouvindo por alguns minutos e depois desligou o telefone.

John - tá tudo bem Thomas.

Thomas - meu pai morreu.

John - como assim ?

Thomas - ele se internou hoje, eu não sabia, não avisaram nada. Ele teve um enfarto.

John - caramba. Sinto muito.

Thomas - tá tudo bem, foi melhor assim eu acho.

John - e agora, o que temos que fazer ?

Thomas - vou avisar meu irmão, vou no hospital cuidar de tudo.

John - vamos, eu vou com você.

A reação do Thom não me surpreendeu, eu não esperava que ele se matasse de chorar porque o pai dele era meio difícil e a criação dele foi bem fria. Eu conversei com minha família e nós todos ajudamos o Thom com o enterro e todos os encargos do ocorrido. No outro dia no cemitério eu me surpreendi com o Bruno vindo abraçar o Thomas e eles ficaram conversando normalmente, bem não tão normalmente pois eu estava vendo os melhores amigos que eles eram naquela hora.

Depois de algumas semanas e uma ida do Thomas até a Suíça, acabo descobrindo que a família dele não vem ao Brasil de forma alguma mas o motivo exato ainda é uma incógnita. Ele chega do aeroporto e me abraca forte. Ficamos alguns dias separados que pareceram meses pra ambos.

John - tô louco pramatar essa saudade.

Thomas - eu também.

John - chegou esse envelope pra você ontem.

Pego em cima da cama e entrego a ele, ele lê e se senta e fica me olhando.

John - que foi ?

Thomas - meu pai

John - iiii como assim Thomas seu pai ta morto !

Thomas - não (risos) ele, deixou tudo pra mim !

John - como assim ?

Thomas - tudo, cada centavo, as empresas e propriedades estão todas no meu nome.

John - tem uma carta aí.

Ele pega outro papel que está junto e começa a ler.

" Filho, eu sei que agora já é tarde para lhe dizer toda a verdade, eu passei todos os seus anos de vida sendo um péssimo pai e daria todo meu dinheiro para consertar isso, mas sei que isso não é possível. Meus bens não vão fazer você me amar mas quero que você tenha uma bela vida, por isso te deixei tuso que é meu. Faça o que quiser mas use com sabedoria e faça o bem, faça tudo que eu não soube fazer e seja o que eu não soube ser. Me perdoe por tudo e que você seja feliz ao lado do Johnata. "

Assinado : Carlos Alberto Santucci.

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Gente, desculpa a demora, eu ando bastante ocupado mas não vou parar de postar.

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