II - Recomeço (Agora Vai)

Conto de Felipe Storm como (Seguir)

Parte da série Oscilação Repentina - Reboot

oeee galera aqui quem fala é o Felipe e eu queria pedir perdão por um erro meu. Eu acabei postando o segundo capitulo no lugar errado kkk é foi vacilo meu. mas ta ai agora. espero que gostem, comentem o que acharam, e se preparem porque esse é só o começo da historia que vai causar muito mesmo.

Não conseguia reagir direito ao ver meu melhor amigo novamente, ao ve-lo depois de tanto tempo que sumi. Ele deve estar me odiando, mas do jeito que ele é não deve estar se importando muito com o chá de sumiço que eu dei e sim em me ajudar e me levar para alguma UTI. Eu lembro de pouca coisa daquela hora, lembro dele abaixado vendo onde eu estava ferido para poder me levantar e levar pro seu carro, um celta preto que estava próximo de onde estávamos. A dor nas minhas costas eram horríveis, eu sentia o sangue escorrendo na minha cabeça de alguma porrada que levei, foi do Bruno se não me engano.

- Ah merda por que você só andou se metendo em encrenca ultimamente Benjamin - ele resmunga sabendo que vou estar ouvindo sem reagir com um soco no braço dele como sempre.

Eduardo foi a pessoa mais importante na minha vida desde meus 5 anos, nos conhecemos na escolinha e ele passou todos os dias depois das aulas naquela época porque meu pai sempre esquecia de me buscar na escola. A amizade foi ficando mais intensa a cada dia e passaram-se meses, anos e convivemos juntos até eu vacilar com ele na época que minha vida entrou em queda livre.

Edu tinha 20 anos, era branquelo como um fantasma, tinha uma barba super maneira e era meio alto, tinha os cabelos curtos e pretos e amava a gastronomia. Ele era gay também e namorava um cara super bonito, estavam com planos até de casar mas não sei que rolo deu que não tive noticias nenhuma de casamento.

Depois de eu já estar deitado no banco de trás do carro ele vai pro lugar do motorista e dirigi bastante veloz para chegar o mais cedo o possível no hospital, pois minha situação não era a melhor. Chegando lá ele me leva no colo (facilmente, pois eu tava magro de ruim) e imediatamente me põem numa maca. Estranhei um pouco pois era um lugar de atendimento meio complicado e de imediato me atenderam. Mas lembrei que sou irmão do cara mais respeitado da cidade.

Eu já estava na sala, sem o Edu, ele devia estar preenchendo alguma ficha sei lá. Eu não consegueia falar pois eu simplesmente não sabia o que dizer. Minha mente estava turva e eu não sabia o porque disso tudo estar acontecendo. O medico me aplicou algo, parecia anestesia, vim perceber que era anestesia mesmo quando eu estava prestes a apagar novamente.

Merda, faz isso parar...- não aguentava mais me sentir desligado, e lá vamos nós novamente.

Depois de um tempo eu acordei com uma dor de cabeça infernal, com uma roupa de paciente e com os olhos ardendo com a luminosidade exagerada do ambiente, eu fiquei parado um pouco com o antebraço cobrindo os olhos e depois fiquei olhando ao redor para me adaptar. Tudo se passou na minha mente, a porrada que levei, os chutes, o Edu e... Merda o crack. Verifiquei os cabos que estavam conectados nas minhas veias, vi se eram importantes ou não, mas nem liguei muito e tirei, eram uns dois ou três nem me lembro direito. Olhei para a porta pra ver se não tinha ninguém pra atrapalhar e me levantei com muita dor nas costas, fui na ponta dos pés ate as minhas coisas que estavam na poltrona próxima a cama que eu estava e revirei os bolsos e não achava minhas pedras, já em desespero quase que eu rasgo o bolso da calça e sinto uma dor na cabeça.

- Tá procurando por isso? - Edu esta encostado na porta do banheiro, com uma cara séria e o susto que levo é imenso. - Idiota, burro, miserável, lazarento, ingrato, filho da...

- Nem termina! - me sento na cama, cabisbaixo.

- Bem como que você pode fazer uma coisa dessas contigo, com as pessoas ao seu redor. Imagina a preocupação de todo mundo, imagina a preocupação de seus p... - interrompo ele novamente

- eu já disse pra não falar neles! - Edu se cala e guarda o saquinho com as pedras dentro da cueca, longe do meu alcance. Ele percebe que fiquei triste e se senta ao meu lado na cama.

- Me desculpa por ter pagado o sapo na tua cabeça agora. Mas você sabe que merece Ben. - cai uma lagrima do meu rosto por pensar no desastre que eu sou e Edu me abraça - Ei. Não fica assim, teria sido pior se você não tivesse no médico, eu teria dado na tua cara - nós dois rimos e ficamos um ao lado do outro.

- O que eu tenho? O doutor citou alguma coisa grave?

- só esse teu vício desgraçado. Isso está te matando Ben. Olha pra você, magro, sujo, ferido dependendo de algo que destrói a vida de milhões de pessoas. Você era incrível e tinha uma vida maravilhosa pela frente e... acabou com isso. - eu respiro fundo e olho para a parede apenas ouvindo o que ele tem pra falar - Vou te levar pra uma clínica pra resolver teu problema. - pensei em impedir mas não daria em nada.

- Obrigado Edu. Mesmo. Eu não teria chances sem você.

- você nunca tem chances sem mim amigo - ele dá um sorriso e o um cara alto de jaleco entra na sala

- Olha só, vejo que o Sr. Mídia já esta de pé

- sentado na verdade - eu sendo irônico como de costume

- Engraçadinho. Vai levar advertência por ter tirado os tubos. Nem tem cara de que vivia na diretoria na escola.

- ele disse mídia? - cochicho no ouvido do Edu. Mas de alguma forma o doutor ouviu

- Sim, mídia. - ele dá uma risada e liga a tv no noticiário da manhã - você é a sensação do momento

Na noite de ontem, o irmão do dono da Newtec, Benjamin Wander é encontrado ferido em frente a catedral do centro da cidade. Benjamin não está com ferimentos graves e está sendo cuidado na melhor unidade de atendimento médico da região. Diego Wander não quis falar sobre o assunto e a única informação que temos é a de que o irmão do empresário estava á meses envolvido com drogas e totalmente irreconhecível.

- Pode deligar pra mim? - peço pro Edu tirar aquela porcaria

Daqui a pouco voltamos com mais informações sobre a volta do herdeiro da Newtec e sobre o pesadelo da cidade, o Clube do Carim...

- Como eu disse, mídia. Essa foi uma das várias noticias que os telejornais transmitiram. - ele começa a examinar a minha costa e minha cabeça - mas acho que vai ser pior quando você tiver auta. O que acho que vai ser em breve.

- Ele já está bem melhor então doutor? - Edu pergunta sentando na poltrona próxima a cama.

- Os ferimentos não foram graves, tratamos com cuidado e ontem mesmo colocamos uns pontos na cabeça, que estão se curando pelo bom organismo dele. Você é um bom garoto, vai ter auta essa semana ainda, talvez daqui a dois dias. - doutor põe algo que não vi o que era no bolso do jaleco e cruza os braços.

- Graças a Deus - Edu diz olhando pra ele (Doutor) enquanto eu fico só ouvindo os dois falarem.

- Mas não devia descartar aquela ideia da clínica, Eduardo seu amigo precisa de ajuda. O quanto antes ele se internar lá mais rápido ele se livra disso. É o meu conselho não como médico e sim como amigo. - Esse negócio de clínica me da uns calafrios

- Tudo bem Dr. Meireles irei providenciar isso.

- Sr. Wander, descanse, fique bastane tempo deitado e relaxando, volto daqui a 20 minutos. Com licença. - ele saia pela porta e minha cara era de poucos amigos, Edu ficou me olhando como se procurasse alguma coisa que tinha perdido em mim

- O que foi?

- Você está realmente irreconhecível. Isso acabou com você.

- Você ta maravilhoso também amigo - reviro os olhos e me deito na cama devagar.

- Ah para de drama Ben, descansa pra gente sair desse lugar e te levar logo pra essa clinica.

Os dois dias se passaram e eu tive auta no hospital. Edu providenciou uns óculos escuros, boné e roupas longas para não perceberem muito a minha presença. Até que deu certo. Saímos apenas com alguns fotógrafos na nossa cola e fomos pra uma clinica o mais rápido possível, ela ficava perto do hospital então a tentação não atacou de imediato. Passei uns três meses lá e já estava muito melhor, fisicamente e psicologicamente.

No ultimo dia meu na clinica, eu já estava pronto pra "vazar" de lá e o Edu chega de carro pra me buscar. Decidimos juntos de eu morar com ele ate eu me resolver um pouco.

- Eu não acredito que conseguimos - ele está encostado no capô do carro vestindo uma blusa branca e uma jaqueta preta com uma calça marrom. Estou andando até ele com uma mala média na mão - depois de todos esses meses. Benjamin Wander está de volta ao mundo real

-Menos Edu, menos - nós dois rimos, dou um abraço nele e ponho minha mala no banco de trás (sendo que o carro tem porta-malas) e entramos. - Nossa me sinto muito melhor, sabe, me sinto um tipo de nostalgia de como eu era antes sabe.

- Não, não sei não - rimos e ele fica sério do nada - pronto pra recomeçar?

- Prontíssimo. - ele da partida e fomos pra casa dele.

Eu tive a cara de pau de mentir nessa hora. Eu realmente não estava preparado pro recomeço. Sempre tive medo de tentar, sempre da errado... e sempre traz consequências.

Comentários

Há 2 comentários.

Por edward em 2017-03-23 08:48:46
Amando ! Por favor continua ! Parece ser uma história bastante interessante
Por Chria em 2017-02-24 16:47:25
Que situação difícil, espero que Ben não tenha uma recaída e magoe o Edu.