02x17 - Segredos (Parte 1)

Conto de Fernando_kalleb como (Seguir)

Parte da série Tudo Que Eu Quero

"Não há segredos que o tempo não revele."

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(NARRAÇÃO FERNANDO)

- Ah, claro mãe, tá,tá bem, já tô indo - Digo, desligando a chamada pelo celular com minha mãe.

Era sexta, e ela havia me chamado para almoçar com ela, Alberto e Isabel.

Me arrumo e digo pro meu pai, para onde estou indo.

- Alô, James, vamos almoçar na casa da mamãe? Ah, tá bem, vem aqui pro papai, que vamos juntos - Digo, terminando s ligação pelo celular com o James.

(NARRAÇÃO ÁLVARO)

Eu já estava muito puto, porque Rafael não havia chegado. Já era 13h30 e nada desse garoto, ainda hoje tenho que me encontrar com Luan.

Eu estava na praça de alimentação do shopping, aflito começo a ligar pra Rafael, que não me atende.

Passa mais alguns minutos e o avisto chegando.

- Porra, Rafael! - Digo puto.

- Ah, meu, me erra, Álvaro, você que insistiu, então, aguente - Fala Rafael, na maio arrogância. Quase voei e dei uns tapas nele.

- Então, o filme já irá começar, eu já comprei os ingressos. Gosta de pipoca? Podemos... - Antes que eu terminasse de falar a frase, Rafael me interrompe.

- Tanto faz.

Respiro fundo, mas precisava dele.

Peguei as pipocas e fomos para a sala do cinema, o filme que eu havia escolhido para assistir era Jurassic Park IV: Mundo jurrásico.

- Efeitos incríveis, né - Digo, tentando puxar assunto com Rafael.

- Sim, são bem bacana - Responde Rafael, bem curto.

De alguma forma esse garoto me deixa com os nervos à flor da pele, não entendia o porquê.

Ficamos ali, em silêncio durante o filme todo. Até que o filme termina. Vamos para a praça de alimentação comer algo.

- Podemos comprar algo na Bobs - Digo.

- Acho melhor eu ir, você disse que íamos assistir um filme, já assistirmos - Comenta Rafael, ele tava meio que sem graça, ou sei lá qual palavra usar, mas não estava com raiva ou ódio - Tchau.

Rafael vira de costas para mim. E algo dentro de mim, não queria que ele fosse, eu não tava entendendo,e tava odiando aquilo.

Involuntariamente, minha mão, atraca no seu braço.

Ele volta seu rosto para mim, tentando entender aquela atitude. Ele não falou nada, só me olhou, procurando respostas. Ele não estava me encarando dessa vez, só estava me olhando, esperando eu dizer algo.

- Sim... - Digo - Eu tenho um plano para ele.

Aquelas palavras saíram involuntariamente, nem eu estava acreditando que eu havia dito.

Ele só me olhou com um certo desprezo, mas não como os desprezo das outras vezes, é como se nós dois estivemos vendo o monstro que ele sempre desconfiou desde o início.

- E por que está me contando? - Pergunta Rafael, ainda mais confuso.

- Porque você queria o tempo todo a verdade, se não a tivesse, iria me tratar dessa forma, como se eu fosse ninguém. Talvez, eu esteja tentando mudar isso, Rafael.

Rafael põe as mãos na cintura - Agora você vai me falar tudo - Diz Rafael, praticamente ordenando.

- Por que eu diria?

- Porque nós dois acreditamos que há algo que possa ser salvo em você.

- Redenção? - Digo, rindo ironicamente.

- Isso, só você pode dizer.

- Drogas, eu vou colocar drogas nas coisas dele, quando ele for para o acampamento.

- Mas isso, é tão... Por quê? Por que o odeia tanto?

- James, César, Miguel e você. Todos vocês, sem importam com ele de uma maneiras assustadora, e... - Viro de costas para ele - Ele não merece tudo isso.

- Álvaro - Rafael toca no meu ombro - Você guarda tanta mágoa dele do passado, de coisas que VOCÊ fez erradas, já passou tanto tempo que você se acomodou com esse sentimento aí dentro, sabe por quê? Porque é mais fácil permanecer com algo que podemos controlar do que aceitar o fato de deixar algo novo e bom acontecer na nossa vida.

- Eu falei a verdade, você não tem motivos para me tratar rude - Digo, friamente, ignorando tudo o que ele acabara de ter dito, afinal, não queria saber o que ele pensava a meu respeito, mas, eu sabia que isso afetava algo em mim, só que eu não aceitava admitir isso.

- Você não vai parar com esse plano absurdo?! - Pergunta Rafael, muito puto com meu posicionamento.

- Não, não vou. E você não vai tentar me parar - Digo, num tom desafiador.

A essa altura a mão dele já não se encontrava mais no meu ombro. Eu imaginava que Rafael estava sentindo um ódio imensurável por mim, eu não podia fazer nada, eu não poderia parar o meus planos.

- Saiba que o que estiver ao meu alcance, eu farei, você não vai atrapalha a vida dele, novamente - Comenta Rafael, virando de costas para mim.

Rafael foi embora, e as palavras não saíam da minha mente:

"Porque é mais fácil permanecer com algo que podemos controlar do que aceitar o fato de deixar algo novo e bom acontecer na nossa vida."

Vou em direção a uma mesa dá praça de alimentação, sento em uma cadeira e pego meu celular. Vejo que há mensagens na caixa postal.

Coloco em meu ouvido e os escuto:

"Álvaro sou eu Luan, então, sei que você está com o cara lá esquisito, amigo do Fernando. Mas descobrir algo sobre Isabel, liga para mim assim que escutar essa mensagem."

(NARRAÇÃO CÉSAR)

Estávamos exaustos, meu corpo só é jogado para cima do corpo de Guto. Havíamos acabado de transar, mais uma transa maravilhosa. Ele sabia o que fazer, e quando fazer, como fazer, até os mínimos detalhes, ele era um perfeito arquiteta, aquilo era um pouco estranho, mas eu já tinha me acostumado com aquele jeito dele de ser.

Me deito do seu lado.

E começo a fazer cafuné em seu cabelo.

- Posso te fazer uma pergunta? - Pergunta Guto, com um riso frouxo no rosto.

- Ah, lá vem você, faz aí - Respondo, esperando mais uma idiotisse vinda dele.

- Não vou falar merda, não (risos). Já pensou em ter filhos? Tipo, sei lá adotar.

Filhos. Aquela pergunta foi como o início de um flash em minha mente, voltando pro passado no dia em que Isabel me disse que havia abortado o bebê, como eu tinha pedido...

****FLHASHEBACK****

Eu estava no meu quarto, andando de um lado para o outro, esperando Isabel. Há mais ou menos um mês ela disse que estava grávida, e isso está sendo apavorante, só tenho 17 anos, não tenho trabalho, estudo, nossa, imagine o que meus pais iriam falar, eu não deixaria isso estragar a minha vida. Passei esses dias fazendo um bico como gogoboy, para conseguir o dinheiro para os remédios do aborto, não fui para a escola durante essas semanas para conseguir esse dinheiro. Ontem, eu tinha ido na casa dela entregar os remédios para que ela pudesse abortar a criança. Isso tudo era assustador, afinal, estava matando uma vida. Ela tava com cinco semanas de gestação, segundo ela.

Alguém bate na porta, digo para entrar. Era Isabel.

- Finalmente - Digo eufórico - Então, Isabel? Você tomou os remédios? - Pergunto. O que eu mais esperava é que aquela garota falasse que sim. Ela mais que ninguém sabia que não era possível ter aquela criança.

- Eu tomei - Fala Isabel cabisbaixa, triste, mas ela sabia que era a única saída - Assim quando você foi embora ontem, eu tomei. E de madrugada...

- Tudo bem, sem detalhes. E quanto a você? Você está bem? Seu corpo...

- FODA-SE, CÉSAR! Tiramos uma vida! Que tipo de pessoas nós somos? - Pergunta Isabel, não triste, mas com raiva, injustiçada, eu tentava entender o posicionamento dela, era no corpo dela.

- Fizemos o que era melhor, Isabel! - Você já imaginou? Nós dois saíndo dá escola, abrindo mão da nossa juventude para ser pais? Só temos 17 anos, Isabel. Que futuro poderíamos dar a essa criança?

- Não importa - As palavras saíam da boca dela com se dentro dela houvesse uma guerra e ele havia acabado de perder, para ela mesma - Não há mais criança, não há mais medo a temer, aliás, não há mais nada.

Eu não estava entendendo onde ela queria chegar com aquele drama todo - E quanto a nós? - Pergunto.

- Não existe mais nós! Acabou! Chega! - Esperneia Isabel.

- Mas, mas... - Não tinha motivos para terminarmos, fora aquilo, o nosso relacionamento estava bem, pelo menos era assim que eu enxergava aquilo.

- César, eu não quero continuar com isso tudo, desculpa, mas dá, isso é demais, preciso de um tempo.

- Tem certeza? Estávamos tão felizes.

- Eu vou viajar com meu pai, e... - Isabel para um pouco e pegar na minha mão - Só quero que seja feliz, e que não alimente nenhum sentimento negativo por mim. Por favor.

Nos abraçamos, e a vi deixei ir, afinal, era o fim e ambos estavam livres.

...

- César? - Chama Guto, estalando os dedos no meu rosto.

- Ah, oi! - Digo, saindo do transe - Guto, na verdade não. São tantas coisas na minha mente. Tudo tem seu tempo

- Tudo bem - Comenta Guto, me dando beijos na testa.

Meu celular toca. É um número que não estava salvo na minha agenda.

Atendo.

- Alô - Digo.

- Alô, é o César Costa? - Comenta a moça do outro lado da linha.

- É sim, pode falar...

E fico escutando o que ele estava dizendo. As seguintes palavras iam mudar o rumo de tudo, novamente...

(NARRAÇÃO FERNANDO)

Bato na porta.

Eu estava na porta da casa da minha mãe. Eu estava com fome e ela havia me chamado para o almoço lá, mais cedo.

Eu estava com uma bermuda preta e uma camisa polo, nada exagerado. James estava com uma bermuda, só que azul e uma camiseta.

- Oi, meu bebê - Diz minha mãe ao abrir a porta, e em seguida me tacando um beijo na bochecha é um super abraço - Nossa, mas tá cheiroso. Venha cá James, me dê um abraço também.

Ela o abraça forte demais, que James fica vermelho.

- Mãe, James quer respirar - Digo, rindo.

- Ah, desculpa. Vem entrem vocês dois.

- Obrigado - Disse James abanando um pouco com as mãos no seu rosto, atrás de ar.

Entramos e formos para cozinha, lá está, ninguém menos que Isabel no sofá. Ela se levanta e dá um abraço em mim e em James.

Como vão, meninos? Hoje dona Fernanda e eu fizemos uma carne assada de forno deliciosa. Vocês vão amar - Disse Isabel, super gentil. Não sei se ela estava sendo falsa, mas eu ia tentar fazer um esforço para ser educado com ela.

James me olhava com uma cara de interrogação tentando entender a atitude dela, mas eu disse para ele não ligar muito pra isso.

Passou uns 20 minutos e estávamos todos na mesa. A comida estava uma delícia, sem dúvidas. Minha mãe conversava com Alberto, fazia perguntas para James sobre a escola, Alberto me falava dos preparativos do casamento, Isabel comentava como estava contente com o casamento deles dois. E eu observei que minha mãe também estava, assim como Alberto, vez ou outra, ele pegava na sua mão e dava um beijinho. Eu achava aquilo tudo um amor, vê-la feliz me fazia bem, e nesse meio tempo e em que estávamos separados ela conseguiu se fortalecer.

Terminamos de almoçar e eu já estava muito cheio de tanto comer, digo por James também. Alberto, James e eu estávamos na cozinha lavando as louças. James e Alberto riam bastante e eu prestava atenção nas coisas bobas que James falava. Seus cachos estavam um pouco bagunçado por Alberto ter passado a mão neles. James me olhava as vezes e mandava beijo. Muito clichê, eu sei.

Terminamos de lavar as louças. Subo para meu antigo quarto. James havia ido ao banheiro.

Entro nele e vejo que tudo estava do jeitinho que eu deixei meses atrás. Sento na minha cama e começo a reviver várias coisas em minha mente, e sorrio pra mim mesmo, que nem um besta lembrando de histórias, felizes e algumas tristes, ambas César estavam nelas. A realidade que nem sempre querendo aceitar mas que existe, é que sempre teremos aquela lembrança de alguém ou algo que nos fez bem, isso não será apagado.

Alberto bate na porta pedindo licença e eu digo que sim.

- Não mudamos nada, tá a sua cara, ainda, só esperando você voltar, quando você estiver a vontade - Disse Alberto, sentando na cadeira perto da cama.

- Ah, tá uma maravilha - Digo, olhando para as paredes.

- Sua mãe disse que você vai para o casamento, eu fico bastante contente.

- Sou filho da noiva, tenho que marcar presença né - Digo rindo um pouco.

- Convidamos seu pai com a mulher dele e as crianças, espero que eles venham para o casamento.

- Não sabia que papai tinha sido convidado com a mulher dele, ainda mais depois do que houve.

- Sua mãe e ela já superaram isso, olhar pra frente, sem mágoas.

- É. Você fala como se estivesse passado por algo no passado. Aconteceu algo? - Pergunto curioso.

- Sim, um acidente que matou a mãe da Isabel - Respondeu Alberto com a cabeça baixa.

- Ah, nossa. Desculpa, sinto muito, não precisa falar... - Digo, me sentindo horrível.

Pensei que a mãe de Isabel era separada de Alberto, nunca me passou isso pela cabeça.

- Ah, tudo bem, aconteceu quando Isabel tinha 12 anos, já faz tempo. Estávamos indo viajar para o interior eu, ela e Isabel, estava chovendo muito, era ela que estava dirigindo, ela perdeu o controle e bateu de frente com outro carro. Ela ficou presa nas ferragens com o pescoço quebrado, já era tarde, Isabel havia sido arremessada para fora do carro, ela tava sem o cinto... - Seus olhos estavam um pouco vermelhos.

- Não precisar continuar - Digo, pegando em seu ombro.

- Não, tudo bem. Eu fui socorre-la, ela estava com vários estilhaços de vidro em sua barriga, perdeu muito sangue. Para ela sobreviver, teve que pagar um preço alto.

- O que houve com ela? - Pergunto curioso.

- Os estilhaços feriram drasticamente partes do seu útero, os médicos fizeram uma cirurgia perto do ovário, para parar o sangramento e retira-los de lá. Tornando-a infértil. Ela nunca poderá ter filhos.

- QUÊ? Ela... Ela, não pode ter filhos, nunca irá engravidar?! - Pergunto extremamente chocado com aquela notícia.

(NARRAÇÃO ÁLVARO)

- Então, ela mentiu! - Digo surpreso com essa virada surpreendente da história.

- O telejornal local, jornal impresso, rádios noticiaram essa notícia. O acidente na estrada deixa uma morte e moça em caso de vida ou morte, causando sequelas em suas partes tornando-a infértil - Comenta Luan.

- Mas, por que ela mentiu pra César? Por que ela estava acatando as minhas ameaças? - Pergunto-me com as mãos na cintura, tenando entender a mente de Isabel.

- Ela não queria que você fosse falar por pai por vergonha. Agora, César não sei, é uma incógnita - Responde, Luan.

- Pode até ser, mas quero ver a cara da ordinária. Imagine como César reagirá ao saber que Isabel mentiu esses anos todos - Digo rindo de toda a desgraça deles - Eu só quero ver a cara da Isabel quando eu for tratar disso com ela.

- E quanto a Fernando, eu tava pensando em algo menos pesado, sei lá, um sangue de porco, estilo Carrie, A estranha.

- Medo, Luan? - Pergunto desafiando-o.

- Só tô achando meio sem sentido, isso tudo.

- Talvez - penso um pouco e realmente ele tem razão, assim como Rafael - Está com os pacote de droga?

- Tô sim - Luan pega em sua bolsa.

Ele me dá o pacote, me levanto do banco da pracinhas que estávamos, vou ao lixeiros mais perto e jogo o pacote no lixo. Rafael estava certo, não tinha motivos para continuar com aquela loucura toda. É como se ele tivesse ligado algo em mim nem eu mesmo estava reconhecendo, algo bom, aquilo não fazia eu ligar pra Fernando, James, nem nada. Essa coisa dentro de mim queria que eu fosse atrás dele, de Rafael, era estranho, mas ia deixar tudo pra trás, e olhar para as coisas boas que estavam por vir.

- Que isso aí rapazinho? - Fala o guarda da pracinha abrindo a lixeira e vendo o pacote de drogas - Você tá traficando drogas, garoto? Isso é maconha? Garoto, você tá muito encrencado.

- Não pera, seu guarda, eu posso explicar - Digo, apavorado com aquilo. Luan se levantou para me ajudar, mas eu fiz com a cabeça para ele ir embora da li, e o mesmo sai sem o guarda perceber sua presença.

- Você vai explicar para os policiais que estou chamando - Disse ele, com o rádio na mão - Mateus, chama a polícia.

- Mas eu sou menor de idade! - Retruco, mas ele já tá segurando meu braço com suas mãos.

- Bom, provavelmente você vai parar em um abrigo - Responde o guarda.

Abrigo? Será que eu ia pagar por todo o mal que eu fiz as pessoas a minha volta?

(NARRAÇÃO CÉSAR)

- Alô, é o César Costa? - Comenta a moça do outro lado da linha.

- É sim, pode falar...

E fico escutando o que ele estava dizendo. As seguintes palavras iam mudar o rumo de tudo, novamente...

- Aqui é dá diretoria de ensino. Então, só queria dizer que seu projeto foi aprovado! Você, Augusto e João, poderão voltar para a cidades de vocês nessa semana ainda, se quiserem! Parabéns!

Eu tava sem palavras com o que a moça havia dito, eu não acreditava que ia voltar para minha cidade, ver minha família, meus amigos, retomar minha vida.

- Vocês só precisam vim aqui assinar uns papéis, nada demais, bom, só queira lhe informar isso mesmo. Passar bem.

Ela desliga.

- O que houve, C? - Pergunta Guto com preocupado com a minha feição.

- Guto, nós vamos voltar pra casa - Digo, rindo pra ele.

(NARRAÇÃO FERNANDO)

- Não, não pode - Responde Alberto.

Tento ingerir toda aquela informação, mas tava complicado.

Meu celular toca.

- Um momento, Alberto - Digo me levantando e saindo do quarto para atender o telefonema.

- Alô? - Digo.

- Alô, Fernando, sou eu Rafael. Onde você tá? Precisamos conversar, é sobre Álvaro - Fala Rafael, do outro lado da linha.

- Oi. O que esse maluco fez dessa vez? Vou te mandar a localização, tô na minha mãe.

- Ok, já chego aí.

- Tá.

Desligo o celular.

James vem subindo as escadas.

- Tudo bem, amor? Você tá pálido - Pergunta James, segurando minha mão.

- Uma grande bomba vai estourar, meu amor. E todos serão atingidos - Digo, olhando pra ele - Cadê Isabel?

- Ela saiu faz uns 10 minutos. Mas me conta o que houve...

- Um segredo veio a tona, James... - Digo esboçando um sorriso - Me lembro de uma frase de uma série: A maior arma que alguém pode usar contra nós é a nossa própria mente, aproveitando-se de dúvidas e de incertezas que ali se escondem. Somos verdadeiros com nós mesmos? Ou vivemos pela expectativa de terceiros? E se formos acessíveis e sinceros, poderemos algum dia ser realmente amados? Podemos encontrar coragem para liberar nossos segredos mais ocultos? Ou no final, somos todos incompreensíveis... até mesmo para nós mesmos?

CONTINUA...

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Comentários

Há 1 comentários.

Por Jeffs em 2017-02-18 09:37:19
Ansioso pra continuar a leitura. E ainda com essa bomba qe parou na metade. Nao demora mais pf.