02x14 - Um novo capítulo

Conto de Fernando_kalleb como (Seguir)

Parte da série Tudo Que Eu Quero

Volteeeeeei porra.

Bem demorei mais que o normal e já sabem né, é sempre o mesmo brabrabra na telinha da Internet. Mas tô eu aqui novamente resurgir que nem uma felix.

Mas então vamos lá...

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"Não é porque um capítulo foi ruim, que você deve desistir da história por completo."

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E lá estava o, diferente, havia algo nele que eu não sabia identificar, algo novo, o capítulo de uma história que eu simplesmente pulei, como se aquilo não importasse, mas sim, aquilo tudo importava, mas por incrível que pareça eu não era capaz de ler.

Ele estava ali, estava procurando por palavras, mas elas não se falavam por si, só gaguejava. Mas isso não podia acontecer, não agora, não agora que as coisas estavam indo bem. Havia colocado a mão na minha boca, tentando desfaçar a surpresa de ve-lo, depois de tanto tempo. Naquele momento estranho, eu comprovei que ainda havia algo aqui dentro. Algo forte.

- Fernando? Tá me ouvindo? Sou eu César...

[ALGUNS MESES ANTES]

Meus olhos tavam bem pesados, acordei um pouco cedo, mesmo não querendo, mas acordei, era sábado, de manhã, não havia nenhuma notícia de James, estava aflito, nervoso, feliz, e várias emoções, não conseguia me conter, mas será que James realmente havia terminado com Luan? E se ele voltasse atrás? Não queria me precipitar, mas era bem difícil. Resolvo ir tomar banho, faço o de sempre, nada de especial. Desco para tomar café da manhã, as coisas estavam na maior normalidade, café da manhã tava bom, o sol com uma temperatura agradável para ir ao parque com a família.

Subo para o quarto, ando de um lado para outro, quase fazendo um buraco ali no chão. Meu celular tava jogado na cama.

Depois de uns longo 5 minutos me canso e me jogo na cama. Ponho o celular no peito, esperando uma mensagem, uma ligação. Mas simplesmente nada, nenhuma notícia de James. Até que meu celular dar um sinal de vida. Uma vibração. Uma notificação de uma mensagem.

"Temos que conversar, me encontre na praça perto da sua casa, em uma hora, beijos."

(NARRAÇÃO CÉSAR)

O sábado estava nublado, com cara de que ia chover bastante, tava fazendo um frio desgraçado, e eu tava enrolado em um coberto maroto de algodão. Fiquei olhando pela janela, e em minha mente veio uma música, que naquele momento achei bem propício:

- " Se a gente já soubesse como vai ser a viagem

Não perderia tanto tempo com bobagem

E o meu peito poderia muito bem ser a tua moradia..." - Canto para eu mesmo no quarto.

- " E finjo que acredito no que dizem sobre o amor

Eu finjo que é eterno, mas te peço, por favor

Esquece tudo e vem passar comigo essa madrugada tão fria..." - Continua Guto entrando no quarto. Me dando um leve susto. Ele estava só de bermuda, com o cabelo completamente desgrenhado, bocejando e em seguida esboçando um leve sorriso.

- Desculpa não queria assusta-lo. É que vi você cantando e eu fiquei admirando por um tempo - Retruca Guto.

- Assustei não. Não sei o que você estava admirando - Respondo rindo e em segurança da sentado na beira da cama.

- Tava te admirando, não posso? Quero deixar bem claro que não gosto de namorado mandão.

- Namorado? - Digo arqueando uma sombracelha para ele.

Antes que o mesmo possa responder o céu lança uma sequência de três relâmpagos, fazendo a luz (eletricidade) do apartamento acabar.

"Que droga", digo em voz baixa, e apesar da janela está refletindo a luz do céu bem nublado, tinha uma pequena luz no meu quarto, o resto estava muito escuro.

- Ok, isso acontece, ela vai voltar. Cadê João? - Pergunto.

- E-e-ele foi pra casa de uma amiga cedo - Responde Guto, segurando na cabeceira da cama.

- Que foi? Ahhh lembrei, você tem medo de escuro...Mas nem tá tão escuro.

- Pra mim tá, e muito.

- Tá - Digo respirando fundo pra não dar uns tapas na cara de Guto - Vem aqui, fica aqui na cama. Vou atrás de velas e lanternas - Falo já me levantando.

- Vou fica aqui sozinho?

- Vai, não tá escuro Augusto! Para de mimimi.

Deixo o no quarto, vou na cozinha e pego as lanternas e velas, mas não acendo-as, apenas as deixo por perto, faço o mesmo com a lanterna e volto pra cama, me sentado do lado do Guto.

- Não pensei que tivesse tanto medo de escuro - Digo.

- É que, sei que parece estranho e bem embaraçado, mas sim, como eu já disse antes, tenho medo - Fala Guto.

- Tá parecendo uma criança indefesa, sabe disso né - Pergunto rindo um pouco.

- Sei sei, mas isso é desde criança mesmp cara, não posso fazer nada - Comenta Guto.

- O que aconteceu? Quer falar sobre isso? - Pergunto.

- Queria mesmo era tomar um banho.

Guto tinha uma obsessão por estar limpo, isso era a plausível. Ele sempre estava arrumado e perfumado, isso era legal, mas isso estrapolava os limites, mas já estava acostumado.

- Eu tinha sete anos, já era de madrugada, meus pais estavam dormindo, minha irmã também, ela tinha 17 anos. Eu havia acabado de acordar com muita cede, tava tudo escuro, era assustador, naquela época eu não tinha medo do escuro, pra mim era apenas algo inofensivo e bobo. Mas tudo isso mudou naquela noite. Chegando na cozinha, bebo minha água. Até que ouço passos vindo da sala. Eu fiquei com medo, pois na sala não tinha janela nenhuma, as luzes estavam desligadas, e eu não tinha altura suficiente para liga-las no botão. Então eu fui até a sala. Ando até o sofá e não consigo enxergar nada, mas realmente não havia ninguém ali no sofá. Não no sofá.

Mais um relâmpago.

- Ele tava atrás de mim. Perto da porta de entrada, com uma faca em seu pescoço - Guto fala, olhando para o nada e abraçando suas pernas - Da sua boca não saia nenhum som, ela estava chorando muito e eu não sabia o que fazer, tentei correr pro quarto pra chamar meu pai, ele não deixou. Ela fazia sinal de silêncio. No rosto do homem, saia um sorriso assustador, ele gargalhava a cada soluço dela, eu... eu... via em seus olhos uma monstruosidade que não via ninguém mais. Até que chegou um momento que ele simplesmente se cansou de tudo aquilo. Passou a faca lentamente no pescoço da minha irmã e... Começou a espirrar sangue por todos os lados em mim também. Ela caiu no chão e morreu. Ele olhou pra mim e disse "você será o próximo". Mas antes ele se ajoelhou perto dela e começou - Guto estava gaguejando, tremendo, fazendo gestos horropilantes - a esfaquea-lá. Primeiro foi no rosto, cravando no crânio, duas em seu coração, três no seu estômago e uma última dentro da sua boca, e...

- CHEGA, TÁ BEM! - Digo puxando-o pra mim.

- Ainda falta...

- Chega! - Digo, segurando em seu queixo e puxando-o para um abraço - Sinto muito, tá bem. Mas, já passou, eu tô aqui. Vou te proteger do escuro, feche os olhos e pense em mim. Toda vez que sentir medo pense em mim, das minhas palavras...

(NARRAÇÃO FERNANDO)

Eu estava sentando em um banco, ao meu lado tinha uma árvore, e sua sombra estava sobre mim, o sol não pegava no banco onde eu estava, não deixando o lugar tão quente.

Havia passado dois minutos que eu tinha chegado, James logo chegar.

- Oi - Digo me levantando e abraçando-o. O mesmo corresponde o abraço.

- Oi - Responde James sentando no banco e eu sentando ao seu lado.

- Então? O que você fez? - Pergunto.

- Eu escolhi ser feliz - Respondi James.

- Você escolheu ele?

- Não, ao contrário. Escolhi você, sem pensar duas vezes.

Um sorriso se abre em meu rosto, e olho para as nuvens, tentando disfarçar tamanha felicidade.

- Como foi lá com ele? - Pergunto com a voz bem alegre.

- Ele, simplesmente, me deixou ir. Ele disse que eu tinha que ser feliz, mesmo ele gostando muito de mim, ele abriu mão, porque isso era o certo a ser feito - Responde James.

- Disse algo sobre nós?

- Sim, tudo. Fui o mais sincero possível. Agora quero você seja sincero - James respira fundo e olha para a rua, onde está passando os carros - Esqueceu César?

Eu já sabia a resposta, mas antes de dize-lá veio uma sequência louca de flashbacks involuntariamente em minha mente, que mostrava imagens onde estava eu e César. Mostrava nossas brigas, os momentos em que fomos felizes e por último, nosso primeiro capítulo. A escada da escola, onde o vi pela primeira vez. Da li em diante, aquilo tudo se tornava o final de um capítulo, talvez o epílogo, talvez o prólogo. Talvez o ponto final.

- Depois de tudo que aconteceu e vem acontecendo, eu o deixei de lado, não só nos meus sentimentos, mas em minha vida. Quando ele se foi eu pensei que o meu mundo tinha acabado, mas não, ele ainda ne tinha começado. Então é por isso que tenho, a total, a absoluta certeza que eu o esqueci, assim como ele me esqueceu - Respondo com um sorriso magnífico.

- Você tá preparado? Preparado pra finalmente, me deixar tentar faze-lo feliz. O cara que te beijou pela primeira vez?

- É claro que eu tô.

James se levanta e fica de joelho na minha frente. Sinceramente, ele tava fazendo aquilo, algumas pessoas passavam e olhavam, não me importava.

- Fernando, meu caro Fernando. Você aceitar ser meu confidente, meu amante, meu namorado, a metade da laranja? - Pergunta James, meio que tanto sem jeito.

- "Metade da laranja"? Isso foi bem clishê, você sabe disso né? - Digo rindo um pouco dele.

- O amor é bem clishê - Retruca James - Olha meu joelho tá doendo, fala alguma coisa, pelo amor de Deus.

- Então, deixa eu te falar... Eu aceito. Boa sorte aí comigo, você vai precisar - Digo.

James se levanta e me puxa pelos braços, me abraça e logo em seguida me beija, um beijo delicado, calmo e sereno. E eu deixei que tudo aquilo acontecesse, como se aquele dia, fosse o último de nossas vidas...

(NARRAÇÃO CÉSAR)

A luz já havia voltado, eu tinha acabado de sair do banho e estava penteando o cabelo, lá fora estava chuviscando, ia cair uma tempestade daquelas.

A porta do quarto estava fechada. Guto bate e entra.

- Tá melhor? - Pergunto ainda arrumando meu cabelo na frente do espelho.

- Tô sim - Responde Guto.

- Ah que bom.

Guto fica lá paradão, me olhando, com um certo brilho nos olhos.

Viro-me para falar algo.

- E agora o que fo... - Antes que ei termine a frase, Guto simplesmente parte pra cima de mim, se mais nem menos pela pela minha cintura e me dar um beijo surpresa, no começo tentei sair da li de seu beijo, mas Guto me puxava mais e mais. Acabamos caindo na cama e Guto cai por cima de mim. Guto prende os punhos dos meus braços com as suad mãos. E não para. Eu a essa altura já havia desistido de sair daquela situação, só deixei acontecer, porque tava bom.

Seu beijo era avassalador, ele me dominava de uma maneira irritante, mas um irritante bom. Era diferente porque não era a boca do Fernando, seu beijo era mais quente, sua língua explorava cada canto da minha boca, eu deixava.

Ele resolve parar. Ele tava bem vermelhinho, o que era estranho e legal. Pois eu não sabia se ele estava tendo algum tipo de ataque ou só tava gostando daquilo tudo.

- Augusto! Eu disse que era ora gente ir com calma - Digo, um pouco bolado com ele.

- É o seguinte, não sou seu filho pra seguir regras. E foda-se, faço o que quero - Responde Guto, respirando e inspirando rápido.

Eu começo rir e ele fica bem puto.

- Que foi?! Porque tá rindo porra? Responde! Tá rindo da minha cara?!- Pergunta Guto.

Até que ele sai de cima de mim e se dirige até a porta do quarto e sai.

Percebo que ele ficou com raiva e vou atrás.

Corro até ele, consigo pega-lo na sala. Chamo pelo seu nome e o mesmo se faz de surdo. Seguro com força em seu braço e viro-o pra minha frente.

Dou um sorriso. Ele olha para todos os lados, menos para meu rosto. Seguro em.seu queixo e faço-o olhar pra mim.

- Ei, você fica uma gracinha quando tá todo raivinha - Digo acariciando seu maxilar.

- "Gracinha"? Tá de sacanagrm comigo né? - Pergunta Guto, com as mãos na cintura.

- Você é bem explosivo - Digo, chegando perto dele, segurando em sua cintura - tava rindo do fato da dua atitude, não pensei que você fossr tomar esse tipo de iniciativa.

- Que foi não gostou?

- Para com isso! Comigo não rola gente ignorante, imbécil e infantil. E você sabe que eu gostei.

- Foi mal. É que...

- Não fala mais nada - Digo colocando um dedo em seus lábios - Só aproveita, você quer e eu também.

Seguro em seu maxilar e puxo em seguida e o beijo.

- Mas mas mas. que porra é essa? - Pergunta João ao abrir a porta do apartamento - Vocês, são viado?

Guto olha pra mim e abaixa a cabeça e põe o rosto no meu pescoço e começa a rir.

- Viado não. Só beijamos garotos.

- Nada contra mas, eu nunca tive amigos gays - Fala João rindo, em seguida espirrando, pois ele estava molhado da chuva lá de fora.

- Vai ser uma aventura e tanto - Digo aos risos - se quiser pode participar.

Sinto Guto apertando minha barriga.

- Não não, eu...

- Precisar ir tomar um banho maroto e trocar essa roupa toda molhada, se não você vai ficar quebrado, depois a gente conversar - Disse Guto, me largando.

- Tá, já tô indo, mas me tira uma dúvida - Fala João, escapando uma risada - Quem é a mulher da relação?

Guto pega uma revista e joga no João e ameaça correr atrás dele. O mesmo sai correndo pro quarto.

- Idiota - Fala Guto, rindo.

Ele olha pra mim e eu olho pra ele e rimos juntos.

- Não será eu - Digo.

- Muito menos eu - Retruca Guto.

Nos sentamos no sofá.

- E agora? Como vai ser? Vou ter que passar a ser aquele tipo de pessoa que serve apenas como alguém que é usado pra esquecer um terceiro nessa "relação"? - Pergunta Guto.

- Claro que não. Eu o esqueci, de verdade - Respondo.

- Não é assim, de uma hora pra outra...

- É assim sim! Ah qual é Guto, não complica essa porra. Não tá legal?

- Tá sim. Mas...

- Um relacionamento aberto.

- QUÊ?

- Sim, você ficar com quiser e eu também. So que vamos ser fixo um do outro. Vamos namorar, mas vamos beijar outras bocas. E aí, topa?

- Você tem sérios problemas, mas porém entretanto, toda via, eu aceito.

- Isso aí. Gosto é assim.

Guto aproxima sua mão da minha, ali eu sabia que se pegasse nela, seria um ponta pé inicial, pra algo louco, algo novo, algo bom, algo que por ora, ninguém vai sair sofrendo, e quanto a Fernando ele tá bem, tá feliz e tudo isso sem a minha presença, tenho certeza, chegou a hora não é mesmo?

Seguro em sua mão, a beijo e faço cafune, Guto sorrir e eu sorrio de volta. Iniciado ali, um novo capítulo...

[Algumas semanas depois]

Guto e eu estavamos bem ligados, tínhamos mais coisas em comuns que imaginávamos. E João, ele achava tudo aquilo uma loucura, mas já havia se acostumando.

(NARRAÇÃO FERNANDO)

Contei a meu pai sobre meu relacionamento com James. Bem, ele tá se adaptando, todos na casa estão se acostumando. Enquanto isso na escola Ster ficou bem contente, e os mais próximos já sabiam, inclusive Luan.

[Dois meses]

James estava no time de vôlei da escola, ele tava bastante contente, eu o apoiava. Neto estava cada vez mais se recuperando, os médicos já estavam pensando na hipótese dele sair da clínica.

(NARRAÇÃO CÉSAR)

Ja havia passado dois meses, tanto eu como Guto não tínhamos ficado com outras pessoas, tinha surgido oportunidades, mas não queríamos, talvez nosso relacionamento estivesse bem sério, isso era engraçado. Na semana passada vi uma foto no facebook do Fernando com James, uma foto bem peculiar. Se eles estão juntos, que bom. Torço muito.

[Três meses]

Meu pai e eu estávamos próximos, até sair juntos saíamos. Às vezes James vinha, eles conversavam muito, como se eles fossem pai e filho, estranho mas bom. Meu pai me chama para conversar sobre minha mãe, e fala que ela vai se casar em alguns meses. Ele disse que estava na hora de ir conversar com ela, mas eu ainda não estava preparado.

(NARRAÇÃO CÉSAR)

Guto e eu estávamos discutindo um pouco nesses últimos dias, mas depois a gente se resolvia sempre na cama. Estava percebendo que ele era bem mais paciente (e estranho em algumas coisas) que eu em alguns aspectos. Isso nos completava. Por telefone tentei falar com meu pai, mas o mesmo não estava disposto a falar com seu único filho "viado".

[Quatro meses]

- Tentou falar com ele de novo? - Pergunta Guto, em relação a meu pai.

- Sim. Mas só conseguir falar com minha mãe - Digo, encarando o teto do quarto.

- Não fica assim, uma hora vocês vão se entender, tenho certeza, afinal ele é seu pai.

- É, enquanto isso, tenho você, o namorado mais marrento e adorável da cidade de São Paulo - Digo puxando-o para o meu colo.

- Marrento? Só um pouquinho - Retruca Guto, logo em seguida me dando um beijo.

A porta estava fechada mas não estava trancada. João entra no quarto sem bater na porta.

- Fernando, você sabe onde dei... Ah que droga vocês tão transando?! Tranquem a porta! - Fala João saindo do quarto.

- Dá próxima vez, bate na porta porra! - Digo.

Guto rir.

- Hoje à tarde vou comprar uns matérias, e aí, vamos - Pergunta Guto.

- Poxa, não dar. Se lembra daquele meu amigo o Neto? Então ele sai da clínica hoje, e eu tava planejando com a mãe dele uma conversa via Skype pelo notebook, e não sei quanto tempo vai demorar - Respondo.

- Tá bem, entendo. E Fernando ele...

- Acho que vai, não sei, mas não faço questão de falar com ele.

- HUM OK.

- Êh para com isso - Digo, beijando seu peito.

- Bom, tenho que ir na loja, juízo, manda um abraço pro Neto. E se ver Fernando, fala sobre nós, vai ser bem interessante.

- Venenoso - Digo, dando gargalhadas.

- Nem queira saber o quanto.

Guto sai do quarto, para comprar seus matérias do trabalho.

Pego meu notebook e começo os procedimentos para falar com Neto, eu nunca fui muito de usar esse aplicativo, mas é por uma boa causa. Falar com Neto, é claro.

...

(NARRAÇÃO ÁLVARO)

Já eram 13h e o sol tava de acabar até com até meus últimos fios de cabelo, aquela garota, tava muito atrasada. Tava bem estressado.

- Álvaro! Quanto tempo - Diz a voz feminina atrás de mim.

- Até que enfim fim né fofa! - Digo, fazendo sinal para ela se sentar do meu lado.

- Seja lá o que for Álvaro, seja rápido.

- Ôh minha querida. Minha querida Isabel. Eu vim aqui pra falar de nosso inimigo em comum.

- Quem? Fernando? Você ainda tá nessa!

- Tô, tô sim. Ainda mais depois de descobrir que ele está com James.

- Três palavras meu querido: SU PE RE!

Isabel se levanta. E sai andando, me levando em vou atrás dela.

- E se eu dissesse que eu tenho um plano pra acabar de uma vez por toda com o garoto que roubou o pai do seu filho, que no caso foi abordado não é mesmo? - Digo, fazendo Isabel voltar. Ela estava espantada - Eu sugiro que sente novamente!

- Não posso ajuda-lo, a mãe dele vai se casar com meu pai - Fala Isabel bufando de ódio.

- Ah por favor né! Você consegue até hoje conviver com a culpa de um assassinato! O que você vai fazer não vai ser nada, perto disso! - Digo.

- Como você soube diso? Qual é o seu plano me chantagiar?

- Não importa como eu soube. Chantagiar? Não se você quiser cooperar.

- Você é um monstro!

- E você é uma assassinato, estamos quites!

- FALA LOGO.

- Ta vendo essa sacolinha? - Digo puxando da sacola que estava perto de mim, uma caixa preta - Abra-a.

Isabel abre e ver o que tem dentro e fica horrorizada.

- Você... Você, qual é o seu plano maligno?! - Pergunta Isabel em estado de choque.

- O ACAMPAJOVEM está próximo será lá o "Grand Finale" - Respondo.

- Onde eu entro nisso?

- Preciso das digitais dele. Simples. Eles nunca saberam, e você sai linda e maravilhosa dessa história.

- Ótimo.

Isabel se levanta.

- Rápido hein Isabel, tic tac, tic tac, o tempo passa rápido demais, ainda mais pra destruir a vida de alguém, aliás você é boa nisso não é? - Pergunto, rindo.

- Vai te a merda. Me responde, porque o odeia tanto? É amor encubado, primeiro César, agora isso? Você só pode ser um total fracasso como ser humano - Isabel

solta uma leve gargalhada - eu tenho pena de você! Ah, cuidado hein, a vida pode te dar uma rasteira de volta, que você NUNCA mais vai sair do chão!

Isabel se vai. Me deixando sozinho com minha caixinha do amor.

- Praga de assassina não me atinge - Digo - Que comece o fim dessa linda tragédia!

Faço uma ligação, importante para meus planos.

- Alô, tudo bem? É o Luan que tá falando? Me chamo Álvaro e tenho uma proposta irrecusável à você meu caro...

(NARRAÇÃO FERNANDO)

E lá estava Neto, saindo com o maior sorriso do mundo, nunca tinha visto aquele menino tão feliz. Sua mãe estava do meu lado, toda emocionada.

Neto corre em sua direção e abraça-a, ambos estavam emocionados.

Ele me olha e vem em minha direção me abraçando.

- Livre! Eu tô livre Ferdes! - Grita Neto, como se aquele fosse o dia de seu nascimento. Mas por ora ele tinha acabado de nascer novamente.

- Eu disse, no final tudo dar certo - Digo, vendo Neto rodopiando como um garotinho de 9 anos em um parque de diversão.

- Ele estaria muito feliz se estivesse aqui.

- De onde estiver, ele tá bem contente.

- James não veio com você?

- Digamos que ele está ocupado - Olho para a mãe dele e solto um sorriso - Então vamos logo, tá quente aqui.

Pude ver Neto eufórico, por estar livre, por finalmente poder viver o resto de sua vida fora daquela clínica, de poder continuar. Ve-lo feliz era algo tão bom, tão aliviador, simplesmente sem palavras.

Chegamos em sua casa, Neto é o primeiro a abrir a porta. Ao entrar tem uma recepção de vários amigos seus. Alguns da escola também. James e Ster estavam lá.

Todos foram falar com Neto, Neto mandou aumentar o som do aparelho de sua casa e começou a algazarra. Conversa para um lado, conversa por outro e assim se foi.

- Fernando, preciso de uma favor, meu filho - Fala.a mãe de Neto.

- Fala aí, faço com prazer, tem como você trazer k notebook que tá lá no quarto do Neto? Tô meio ocupada lá na cozinha.

- Não relaxa, vou trazer sim.

- Obrigado, meu filho.

Quando tô subindo as escadas James me chama.

- Vai aonde meu amor? - Pergunta ele com aquela de sempre, de cãozinho abandonado.

- Pegar o notebook do Neto pra mãe dele - Respondo.

- Nenhum beijinho?

- Depois, calma. Vai comer, vai.

Subo para o quarto dele, entro e pego o notebook que estranhamente já estava ligado, e do nada tem algum ligando Via Skype. Era o usuário C0021, e já havia chamadas perdidas dele, até que entendo que era um amigo de Neto que ia falar com ele. Naquele momento gelei, torcendo para não ser César. Atendo a ligação.

E lá estava o, diferente, havia algo nele que eu não sabia identificar, algo novo, o capítulo de uma história que eu simplesmente pulei, como se aquilo não importasse, mas sim, aquilo tudo importava, mas por incrível que pareça eu não era capaz de ler.

Ele estava ali, estava procurando por palavras, mas elas não se falavam por si, só gaguejava. Mas isso não podia acontecer, não agora, não agora que as coisas estavam indo bem. Havia colocado a mão na minha boca, tentando desfaçar a surpresa de ve-lo, depois de tanto tempo. Naquele momento estranho, eu comprovei que ainda havia algo aqui dentro. Algo forte.

- Fernando? Tá me ouvindo? Sou eu César...

César estava do outro lado na ligação.

Eu respirei fundo e depois de meses comecei a falar com o meu eterno carinha do terceiro.

- Oi César, quanto tempo... - Digo tentando disfarçar a alegria dentro do meu peito.

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Bem meus amores por hoje é só isso.

Então o nome do episódio já deixa bem óbvio que vamos ter algumas mudanças. É o seguinte vamos agitar essa bagaça aqui kk

Bom, comentem, critiquem, desçam até o chão, como se não houvesse amanhã. É isso aí, vou tentar postar o próximo episódio o quanto antes.

Beijos.

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