02x13 - Nepente

Conto de Fernando_kalleb como (Seguir)

Parte da série Tudo Que Eu Quero

Oeeee genteeeney, tudo bem com vocês?Acho que sim kk

Primeiramente feliz ano novo, tudo de bom na vida de vocês, toda a felicidade, e que esse ano vocês tudão possam conseguir realizar os sonhos de vocês. E desculpa falei que ia ter especial natal e ano novo, mas aloca, a vida faz coisas que enfim kk

Então, tava vendo ontem aqui no site que houve uma premiação de melhores séries, feita pelo Edward e "Tudo o que quero", estava na lista, e tipo fiquei: NÃOOOO ACREDITOOOO. DELS ME LEVA kkk

Nossa só tenho que agradecer à todos vocês que estão acompanhado até hoje, que aguentaram a espera dos episódios e coisas tal, obrigado mesmo :')

E gentee não ganhei(a vida tem dessas kk), mas PORRA, até eu teria votado em "Em amor que só nós conhecemos" se eu tivesse entrado antes aqui no site, tipo essa série... É a série, então Parabéns César, Parabéns você é o cara, essa foi a primeira série que eu li quando comecei a entra aqui, e tipo meu forninho caiu ao descobrir a sua voltar, estou tombado até agora. Estarei lendo desde já, milhões de bjoos :* kk

E aos outros contos, acompanho algumas, e outras não, mas aloca, irei ler haha Parabéns a vocês também, vocês merecem, que vocês nunca parem de escrever suas lindas histórias :)

Entoooaaa, vamos ao episódio, já falei demais kk

-----

NEPENTE: Do grego lit. "Que faz desaparecer a dor." Algo que ajuda a esquecer a dor e o sofrimento.

.....

- Bom dia - Digo, entrando na cozinha. Havia acabado de acordar, estava coçando os olhos, meu cabelo estava completamente desarrumado, só estava de bermuda - Acordou cedo.

- Bom dia, Césinha. Não é tão cedo assim. João acordou bem mais cedo. E você pelo visto - Guto me olha de baixo pra cima, dar um sorrisinho, e volta a tomar seu suco de laranja - Pelo visto, ainda não acordou direito. Vai tomar uma banho, hoje estamos de folga e quero te levar a um lugar maneiro.

- Mas...

- Não aceito não como resposta. Olha desde quando chegamos nessa cidade você não saiu pra nenhum lugar, só ia pra faculdade, estágio e depois voltava pra casa, você ficou nesse looping, durante todo esse mês, tá na hora de dar um basta, só por hoje. Então, vai logo se arrumar. Rápido, rápido - Exclama Guto, fazendo sinal com as mãos.

- Ok, mestre. Pode pelo menos, me falar pra onde vamos? Que roupa devo usar? E... E... o João? - Pergunto.

- Surpresa, carinha. Vai com uma bermuda e camisa, é tão difícil? Ah, o João, eu envio uma mensagem.

- Que prático, deixa eu ir lá então - Digo, esboço um sorriso, Guto esboça outro de volta, e volta a tomar seu suco.

Vou para o banheiro, faço minhas necessidades, em seguida tomo um banho.

Saiu visto uma bermuda e uma camisa, ajeito meu cabelo e passo um perfume, básico, pois ainda era de manhã.

- E aí, vamos? - Digo entrando na sala.

Guto me olha, e fica levemente assustado, mas um tipo de susto bom, ele dar um sorriso sem graça, e levanta -se da cadeira.

- Modéstia não é muito sua praia né?- Pergunta Guto,pegando uma cesta que tava no sofá.

- Modéstia é pra fracos, te garanto que não sou um -Respondo - E aí, vamos?

- Nossa, acordou determinado - Comenta Guto.

- Sim, determinado, a esquecer... - Dou uma leve pausa e respiro fundo - Só preciso de uma pequena ajuda.

Guto aproxima -se de mim, e sinto o cheiros de seu perfume, era Essencial da Natura, o cheio era algo forte e bom, era mais tênue do que eu pensava, aquilo de uma maneira me afetava, e eu estava gostando.

- Espero que possa te ajudar - Comenta Guto, e logo em seguida andando em direção a porta - Então, o dia tá lindo, bora?

- Vamos! - Respondo.

Talvez estava mais do que na hora de eu partir pra outra, ou melhor... Pra outro.

(NARRAÇÃO FERNANDO)

- Se você quiser, não precisa ir - Comenta meu pai.

- Não pai, preciso ir sim, já deu de tanto faltar à escola - Respondo.

- Já que é assim, então vá, você tem razão.

Saiu pela porta, mas volto pois, tinha que falar algo pra ele.

- Pai - Digo coçando um pouco minha cabeça - Deixa eu explicar uma coisa, às vezes você terá que me dizer não, impor limites, sabe, isso é ser pai.

- É que... - Meu pai fica cabisbaixo.

- Tá tudo bem, você só tem que usar mais o "Não" comigo, você consegui, eu sei. Deixa eu ir, tchau - Digo, indo para a parada de ônibus.

Chego na escola, subo as escadas, e chego na porta da sala. Fico parado pelo lado de fora. Não sabia se eu estava preparado, mas não havia o que temer, eu tava ali, não estava com medo, só tinha que entrar. Não estava com medo, talvez não houvesse motivos para ter.

Estava encostado na janela que fica na frente da sala, e todos estavam lá, inclusive James.

Quando estava prestes a entrar, Luan sai pela porta e segurando na sua mão vem James, com um sorriso de orelha a orelha, que deixa de existir a partir do segundo que me vê. Tava um clima tenso, o que não era para ter, não entre nós três, tava um pouco engraçado também, James olhava pra mim e olhava para Luan, Luan olhava pra mim e eu olhava para os dois.

- Oi casal - Digo, dando um leve sorriso.

- Fernando? Nossa, você tava sumido hein, o que houve? Tava doente? - Pergunta Luan, com a maior inocência do mundo, dava até dó.

- Luan, meu caro, nem te conto, nesses últimos dias, fui diagnosticado com um começo de depressão - Digo fazendo uns gestos com as mãos, James atrás dele, só olhava para a minha cara de pau, e dava leves gargalhadas - Por sorte, isso tava no começo, tomei uns remédios, e olha eu aqui ôh - Termino cruzando os braços. E dando um sorrisinho de lado.

- Uma grande história de vida - Fala Luan - E quanto a nós dois, como você sabe?

- Ah Luanzinho, tá estampado na cara de vocês dois, e olha a cara de bobão de James - Realmente ele estava bobão perto dele - E ele também foi lá em casa, ele não te contou? Ele deve ter esquecido de te contar.

- É, ele deve ter sim- Responde Luan, um pouco com ciúmes.

- Bom, garotos tenho que entrar, e vocês iam fazer alguma coisa, então vão lá.

Eles saem da porta, e vão em direção ao bebedouro. Entrei na sala, e algumas pessoas me olhavam. E Ster estava, sentada na terceira cadeira da seguda fila, perto da parede.

Ela me olhou eu olhei pra ela, e foi tenso. Tava precisando conversar com ela, talvez esse fosse um momento bom.

Chego perto dela, ponho minha mochila na cadeira a sua frente.

- Oi - Digo.

- Oi - Responde ela.

- Então...

- Olha garoto, como você fez isso comigo?! Você me deixou aqui nessa sala, sozinha, tombada. James tá lá vivendo seu conto de fadas. Porra! Não é fácil, segurar vela pra eles. Então não faça isso, até porque nao se esqueça, sou mais macho que você - Ela respirou, olhou pra mim - Seu cabelo tá desarrumado.

- O cadarço, do seu sapato, tá desamarrado - Digo, ironicamente.

- Vai pro inferno - Responde, ela, aos risos, seguidamente me dando um abraço.

- Então, saiu de casa, morando com o pai, solteiro, e rebelde? - Fala Ster.

- Olha, as coisas não estão tão ruins assim - Digo mexendo em meu cabelo, e dando um sorrisinho pilantra.

- Hum, e esse sorriso hein safadinho? Te conheço.

- Ah, é que... - Lembro de Rafael, beijando-me. Ficamos ali, até amanhecer, não rolou nada, não trocamos número de telefone, nem cor favorita, não sei se essa era a moral de se perder, mas afinal, talvez seja, a questão é, foi bom, gostei e não me arrependo de nada.

- Hey? Volta? - Fala Ster Estalando os dedos em minha cara, fazendo eu acordar daquele flesh.

- Tô aqui gata - Digo - Só tava pensando longe.

- Hum, sei. Você pode me falar o motivo do sorriso?

- Fiquei com um garoto. Na reserva, seu nome é Rafael.

- Sobre superar o carinha do terceiro? Tá tendo. Mas vamos, conte-me, tudo, até os mínimos detalhes.

Falei como foi a noite da reserva, expliquei a música que cantamos, seu estilo dark e nossos beijos.

- Nossa, e... Como assim? Você fica com o boy e nem pede pede o contato? Nossa você já foi mais rápido - Comenta Ster aos risos e gargalhadas.

- Não, não pedi, e nem ele pediu, então isso é um sinal, que devemos deixar as coisas como estão, e nunca mais vou ve-lo - Falo.

- Nunca diga nunca.

- Ah te fode aí, com suas frases feitas de efeito que não causam efeito - Digo rindo.

- Aí aí, pois é, então, desculpa eu fazer essa pergunta e tals, mas e quanto a César, seus sentimentos e tudo o que vocês viveram?

Um silêncio pairava, entre nós, e todo e qualquer sorriso que tava tendo ali entre nós era apagado, com uma única palavra tão destrutiva e ao mesmo tempo tão aliviadora.

Demorei um pouco a responder, pois nem eu sabia a resposta. Ainda sentia algo por ele? Sim. Mas, não sei, isso já não importa, pois ele se foi, e é total perca de tempo fica pensando em algo que está fora de nosso patamar, como tudo que vivemos, por exemplo.

- Ster, olha, dois caras se conheceram, se apaixonaram, começaram algo e terminaram, puff! Isso é normal hoje em dia. Qual é né! Vou partir pra outras, a vida segui - Digo com um aperto no coração, talvez isso fosse mentira, mas eu precisava fazer dela, uma verdade, aliás a única.

- Nossa. Nunca pensei em falar isso, mas, sua atitude tá sendo madura e isso é admirável - Comenta Ster pasma.

É, amadurecer. É isso que eu preciso.

- Já que você quer amadurecer, por que você não vai conversar com sua mãe?

- Quê?! -Pergunto, um pouco sem chão, não imaginava que ela fosse falar da minha mãe, não tão cedo.

- Sim, vai lá conversar com ela.

- Não mesmo.

- E pronto! Tá aí o verdadeiro Fernando, infantil que eu conheço de sempre. Cara, não vou me meter nessa história, mas você devia encarar seus problemas, e não fugir deles.

- Não tô fugindo deles, eu só...

- Está tomando dores, nas quais não são suas - Comenta Ster, me cortando.

- Ela o traiu - Digo baixando minha cabeça.

- Tá, traiu, mas e daí? Isso ficou no passado, seu pai que foi a grande vítima, a perdôo, você também pode perdoa-la. É capaz disso? É capaz de perdoa-lá? É capaz de perdoa-lo também? O César?

- Ele não fez nada, não há porquê- Digo, forçando um sorriso ridículo.

- Ele fez. E você é o único que não quer aceitar e muito menos admitir.

- Não quero aceitar admitir o quê? Porque eu não sei.

- Que ambos destruíram aquilo que, pelo menos você pensava e acreditava ser forte, concreto, verdadeiro e único. Seus sentimentos por eles.

Odiava ter que concorda, mas ela estava completamente certa.

- Tá, pode até ser, mas ambos se foram, e tô bem melhor assim - Digo.

- Um se foi, mas a sua mãe tá lá no mesmo lugar, sem você.

- Garanto que ela está bem, ela não tá sozinha.

- Nada vai pode cobrir a falta de um filho, nada.

- Que seja, não tô afim de conversar sobre isso, não agora.

- Ok, só pensa com carinho nesse assunto.

- Tentarei. Bom, passei um mês sem vir para a aula, tem algum assunto na reprografia, ou qualquer coisa do gênero?

- Sim, tem "pequenas listas de física" - Fala Ster fazendo aspas no ar com as mãos.

- Eita, vou pegar antes que a campa toque.

- Vai lá, te espero aqui, vou terminar um exercício maroto de química.

- Boa sorte - Digo, dando gargalhadas.

Saiu da sala, e vou em direção a reprografia que fica perto da entrada.

Entro na reprografia tiro a xerox da lista e saiu da sala da reprografia.

Saindo de lá, me encontro com Luan, que parece que também estava indo para a reprografia.

- Oi de novo - Digo - Cadê James?

- Foi pra sala - Respode Luan.

- Hum, veio na reprografia?

- Também, e que vi você vindo aqui e queria falar contigo.

- Fala aí.

- Então, queria a sua ajuda.

- Para?

- Tipo assim, daqui a alguns dias, James e faremos um mês, e eu tava afim de comprar um presente pra ele, e vocês se conhecem a bastante tempo, e eu queria a sua ajuda para comprar um presente. Vocês se dão tão bem, você deve saber o que ele gosta e não gosta.

- Claro que eu ajudo.

- Obrigado, se você quiser podemos ir comprar juntos o presente, tipo pra ficar mais fácil.

- Tá, eu vou então, vai ser bem legal. Você me manda uma mensagem marcando o dia, horário e lugar.

- Antes de você ir pra sala, quero fazer uma pergunta, pra ti, nada demais.

- Faz aí, sem medo.

- Então, ao longo desses meses que eu conheço você e James, eu percebi que a algo entre vocês dois, e até mesmo quando você tava namorando com o cara de olhos verdes...

- Pergunta logo - Digo aos risos.

- Vocês já tiveram alguma coisa?

Aquela pergunta era um pouco difícil de se responder, porque lá no fundo, sim tivemos. Mas não rolou nada, e é complicado, então hipoteticamente tivemos.

- Sim, a gente se beijou uma vez, ja faz muito tempo cara - Digo, olhando para os lados.

- E não rolou mais nada entre vocês dois, nenhum sentimento? - Pergunta Luan.

- Sem sentimentos, de nenhum de nós, garanto - Respondo sabendo que era mentira, não queria contar que ele gostou de mim, não tava afim de estragar namoro de ninguém.

- É que, as vezes tenho a sensação que atrapalho algo que não aconteceu, e que era pra acontecer, mas enfim.

- Relaxa, não atrapalha.

- Tá. Eu só queria saber isso, e desculpa qualquer coisa.

- Tá tudo bem.

Luan vai para a reprografia e vou em direção a sala. Chego lá e vejo James na porta, com seu celular na mão. Quando chego perto dele, ele guarda o celular para fala comigo.

- Acabei de encontrar seu namoradinho lá na reprografia - Digo.

- "Namoradinho", você sempre vai usar o diminutivo né, por quê? - Pergunta James - ciúmes?

- Ciúmes, por favor né? - Respondo.

- Eu só consigo pensar que é isso, ainda mais depois do sutil veneno que você jogou.

- Veneno não querido, só falei a verdade - Respondo rindo.

- Sei sei.

- Aliás tava conversando com namoradão, oh sem diminutivo dessa vez.

- Conversando? O que? - Pergunta James.

- É segredo, mas ele vai te dar um presente de aniversário de um mês de namoro e pediu minha ajuda pra escolher, e eu sinceramente espero que você dê um pra ele também, ele tá bem feliz, com essa data.

- Você vai ajuda-lo?

- Sim, vai ser uma honra - Respondo - Compre um pra ele.

- Eu já comprei.

- Hum, é, legal - Um legal, nada legal.

- Conversaram só isso? - Pergunta James.

- Não - Falo, indo em direção à janela, apoiando meu braço lá, com as xerox da lista de física. James veio e ficou do meu lado, com os braços apoiados também.

- Você pode me falar o que mais vocês conversaram, ou é segredo? - Pergunta James.

- Não, a gente conversou sobre... - Quando eu estava prestes a falar, olho para o andar de baixo, e olho na janela, aonde fica a nossa sala do ano passado, e começo a rir.

- Que foi ?- Pergunta James, rindo um pouco também.

- Eu olhei para aquela janela, onde ficava a nossa sala.

- E se lembrou de como tudo começou né?- Pergunta James.

- Sim. Naquela época, tudo era tão diferente, e se eu soubesse a metade dessas coisas que estão acontecendo, no passado...

- Você faria tudo completamente igual - Comenta James, dando um leve sorriso.

- É verdade - Digo dando risos - E você faria tudo igual?

- Sim.

- Até ter me beijado? - Pergunto.

- Isso não, isso eu evitaria, com certeza - Responde James - Eu teria evitado certos tipos de dores.

- É, você tá certo. Devemos evitar certos tipos de dores! - Digo revoltado com a vida, tá mas eu não me importava, é claro, saiu da janela, e vou em direção a sala, quando James me pega pelo braço.

- Naquele dia quando ficamos só nós dois, é claro que eu não ia te beijar, se eu pudesse voltar atrás, eu conquistaria você, mesmo sabendo que você gosta de outro, eu ia até o final por ti garoto. E com certeza, não te abandonaria em nenhuma hipótese. Mas eu fui imbécil em te beijar.

E antes que eu pudesse responder algo, a campa toca, James me larga, o professor vem vindo em direção a sala, e Luan vem conversando com ele. E nós dois entramos como se nada tivesse acontecido.

Já estava na hora da saída, e os cinco tempos, passou tranquilamente pra quem faltou durante um mês.

Me despedir de Ster, não vi Luan e nem James, para me despedir deles.

Saiu para ir a parada de ônibus, quando um carro começa a me seguir. E reconheço o carro e é o do Miguel. Para numa esquina vazia, e o carro também para e ele abaixa o vidro do carro.

- Oi - Fala Miguel. Ele não estava vestindo roupas sociais, ele tava relaxado, com uma camisa polo e de bermuda.

- Oi - Digo friamente.

- Sabe, posso trocar uma idéia contigo? - Pergunta Miguel - Por favor.

- Você espancou meu namo... meu ex namorado, e você quer conversar? Não cara, valeu, quero distância - Respondo.

- Por favor, nunca mais vou te perturbar te prometo, só tô afim de esclarecer as coisas. Por favor??

- Tá, mas essa sera última vez que nos falamos.

Entro no carro, e ele me leva para a sua casa, pois o mesmo falou que lá seria um lugar tranquilo pra conversar.

Chegamos lá, e estava tudo normal, limpo e com seu cheiro.

- Senta aí no sofá, quer água? - Pergunta Miguel.

- Não valeu - Respondo - Pode começar a falar.

- Então, tudo começou quando Álvaro te trouxe pra cá, e sério, você estava bem bêbado, e ele perguntou se vocês dois podiam dormir aqui, então eu concordei. Álvaro propôs que você dormisse comigo, pois estava solteiro, e você tava lindo naquele dia e bêbado, mas então, formos para o quarto, e você começou a me agarrar, e me beijar, e só aconteceu isso, não fizemos nada, não transamos, e formos dormir juntos, você caiu na cama e não aconteceu mais nada, bem que eu queria, admito, mas não aconteceu. E o que Álvaro fez, eu não sabia que ele ia fazer aquilo, eu não tenho nada a ver com os planos sujos dele. Agora, por favor, me perdoa.

- É um pouco difícil de acreditar, mas... - Dou uma breve pausa e respiro fundo - Isso não importa mais, não mais, eu e Cesar rompemos, e eu só quero esquecer todas as idiotices que eu fiz. Então, o que aconteceu entre nós, e o que não aconteceu, tá tudo bem, vamos passar uma borracha em cima de tudo isso.

- Valeu, sim, vamos esquecer sim. Então podemos ser amigos? - Pergunta Miguel.

- Podemos tentar, mas não agora, vamos dar um tempo, eu preciso de um tempo - Respondo - E quanto a você e Álvaro? Ainda são amigos ?

- Não sei, não estamos nos falando desde aquele dia no seu aniversário, tô puto com ele, eu não imaginava que ele era assim - Responde - Isso tudo é culpa dele, daquele garoto, James, nossa mais eu odeio esse cara.

- O Álvaro tem essas atitudes, e o principal culpado e ele mesmo, James não tem nada a ver - Digo.

- Pode até ser, mas ele tá diferente desde quando eles dois terminaram.

- Que seja, bom, já conversamos, tenho que ir.

- Então, tá tudo bem mesmo entre nós né? - Pergunta ele, se levantando do sofá.

- Tá sim - Respondo.

- Vou te deixar na porta.

Formos em direção a porta e nos despedimos com um aperto de mão.

Não tava afim de guardar mágoas dele, de ninguém aliás.

Antes que Miguel abra a porta, a campanhia toca, Miguel a abrir, vejo uma das últimas pessoas que eu imaginava naquela porta, Rafael.

- Rafael? O que você veio fazer aqui? - Pergunta Miguel, olhando pra ele, aparente parece que eles são íntimos.

- Eu queria trocar uma idéia contigo - Responde Rafael, em seguida olha pra mim - Vocês se conhecem?

- Você conhece ele Fernando? - Pergunta Miguel pra mim.

- Sim, nos conhecemos na reserva - Respondo - Como o mundo é pequeno.

- Sim, muito - Fala Rafael - Vejo que você e meu irmão são íntimos?

- Irmão? - Pergunto surpreso.

- Sim, se lembra uma vez te emprestei a roupa dele, pois é, aí tá ele - Responde Miguel.

- Nem somos iguais, em nada, em nada mesmo - Fala Rafael.

- Hum, dá pra perceber, deixa eu ir Tchau, vou bom te revê Rafael - Digo esboçando um sorriso. Rafael só levanta as sobrancelhas e ajeita se cabelo que tava desarrumado, de novo.

Saiu andando, Miguel entra, Rafael vem atrás de mim.

- Como assim você é amigo do meu irmão? - Pergunta Rafael, atrás de mim, fazendo eu virar de volta.

- Não somos amigos, só conhecidos - Respondo, o que eu não devoa fazer, ele não é nada pra mim.

- Conhecidos que dormem juntos, ele já comentou de você pra mim, quer um conselho, se afasta dele. Ele pode usar roupas caras, ter os melhores perfumes, mas eu garanto tudo isso tem um preço.

- Que preço? - Pergunto curioso.

- Digamos que toda escolha tem consequências, tem sofrimentos e renúncias.

- Ok. Não tô nenhum um pouco afim de me meter no drama familiar de vocês, eu tô indo, até qualquer dia Rafael - Digo e saiu, deixando ele falando sozinho.

- Um amigo seu tá lá em cima esperando você - Fala Rosa, quando eu chego em casa, ela estava varrendo-a.

- Um amigo?- Pergunto.

- Sim, um branquinho de cabelo miojo - Responde Rosa.

- Ah James. Obrigado.

Vou para o quarto e James estava olhando pela janela.

Entro no quarto e jogo minha mochila na cama.

- Nem vi quando você foi hoje - Digo, sentando na cama

James vira-se pra mim e apoia suas mãos na cabeceira que havia ali perto da janela.

- Eu sai com Luan - Fala James, baixando a cabeça.

- O que houve? Vocês brigaram? - Pergunto, me levantando e chegando perto dele, tocando em seu ombro.

- Não, estamos bem. É que ele me falou da conversa de vocês...

- Falou? Qual parte? - Pergunto.

- Aquela parte que você diz que não houve nenhum sentimento entre nós - Responde James.

- Hum, sim, algum problema? Isso te incomoda?

- Se isso me incomoda? Mas é claro. Você mentiu pra ele, e nós dois sabemos disso.

- Eu sei que mentir, eu escolhi não atrapalha seu namoro.

- Escolheu? Você sabe que isso vai ter consequências, mentir, tipo isso não é legal...

- Ah por favor James, eu mentir sim e daí, e a única consequência, vai ser a sua plena felicidade. É errado querer isso?

- Não, Sim, quer dizer não sei, é complicado. Talvez não seja.

- Então, relaxa.

- Tô tentando, é que...

- Você é certinho demais pra isso, eu entendo e você tá faz...

- O que vocês realmente sentia por mim? - Pergunta James me cortando.

- Isso não importa mais - Digo, me sentado na cama.

- Fernando pra mim isso importa, sempre importou seus sentimentos sempre me importaram. Com você eu sempre me importei, mesmo que eu não queira admiti, eu sempre me importo, e nossa isso me faz da pessoas mais trouxa desse mundo, por não conseguir sair da friendzone, e por querer você - Fala James, um pouco exaltado

- Se importa? Então me explica, por que você sempre tá com outro, quando eu preciso de você?! Me explica por que você desistiu de mim no primeiro não que eu te dei?! Me explica, os seus sentimentos! Porque eu não os entendo, e acredite já desistir de entender algo entre nós - Digo, gritando um pouco com ele.

James não fala nada, o silêncio pairava entre nós. Toda aquela discussão tava sendo desnecessário.

- Você, era e continua sendo,completamente apaixonado por ele, esse é o motivo - Fala James cabisbaixo - Não posso lutar por um coração que nunca me pertenceu.

- Sem luta, sem esforço, sem sacrifício, não há vitória - Digo, ajeitando meu cabelo - Ele se foi, e todos a minha volta ainda não perceberam que meus sentimentos por ele também.

- Será? Será mesmo que seus sentimentos se foi? - Pergunta James.

Me levanto da cama, fico na frente de James.

- Sabe, a verdade é que eu sentia um enorme carinho e ainda sinto um carinho por você - Digo.

- Eu não quero só carinho, também quero seu amor - Fala James, pegando em um uma de minhas mãos e entrelaçando meus dedos aos seus, e a outra puxando meu rosto pra perto do seu.

- Então, por que tá com ele? - Pergunto. Já sentindo sua respiração em meu rosto.

- Não sei, ele é um cara legal, mas não é você.

- James quando você sair desse quarto, vai esquecer toda a dor que eu causei a você, vai ser feliz com Luan, porque é isso o que eu quero.

- E quanto a mim? E quanto ao que eu quero?

- E o que você quer James? - Pergunto.

- O tempo todo, sempre quis você - Responde James, logo em seguida puxando minha nuca, fazendo meus lábios irem de encontro aos seus. Seus beijo ainda era o mesmo, nostálgico, peculiar, eu tava gostando, e não recuei nem nada. Mas naquilo era errado, mas nós dois estavamos querendo, então isso não era errado, ou era, por causa de Luan?

- Para - Digo empurrando James pelo peito, mas o mesmo não tava afim de parar, nem eu aliás - Luan! Pensar nele, não vou magoa-lo e nem vou deixar você fazer isso.

James para, e apoia sua cabeça em meu ombro.

- Isso não é justo -James retira a cabeça de meu ombro e apoia os braços na cintura - Não vou deixar você escapar, eu não vou!

James começa a andar pra porta.

- O que você vai fazer? - Pergunto correndo atrás de James e pegando em seu braço.

- Vou acerta as coisas. E finalmente - James me puxa, me abraça e sussurra em meu ouvido -Eu serei seu, e você será meu.

Sai do quarto, disposto a tudo, não podia impedi-lo, afinal eu gostava do fato de alguém fazer o esforço para estar do meu lado...

(NARRAÇÃO CÉSAR)

- Então gostou? - Pergunta Guto.

Estavamos no Parque Ibirapuera, terminando de fazer um piquenique, até que aqui é bem legal, nunca tinha visto, é arborizado, com várias pessoas e bem grande, antes de virmos aqui ele me levou ao Museu da Língua Portuguesa, lugar incrível, depois almoçarmos, em seguida viemos pra cá.

- Sim, pela primeira vez aqui nessa cidade, relaxei um pouco - Digo.

- Essa era a intenção.

- Então vamos? - Pergunto.

- Ainda não - Responde Guto.

- Porquê?

- Eu quero te fazer uma pergunta, um pouco íntima.

- Tudo isso pra fazer uma pergunta, faz aí.

- Você ainda pensa nele, digo, ainda sente algo por ele?

- Ah Fernando? Sabe, eu pensei que seria complicado, mas não, essas coisas são simples, só somos nós que complicamos. E hoje eu não pensei nele nenhum segundo e isso é tão aliviador, e eu posso ter a certeza que eu o esqueci, hoje você me ajudou a esquecer o último fragmento de dor, que sinto por ele. E eu não sei porque tô contando a você.

- Você confia em mim, deve ser esse o motivo.

- É, pode ser. Acho que devemos ir né.

- Sim, por hoje já sei o bastante.

- Guto você já sabe tantas coisas sobre mim, e você? A única coisa que sei é que você é um playboy - Digo rindo.

- Ok. Ok. Sobre mim, não vejo muita coisa, mas, me chamo Augusto, sim sou playboy admito, não desisto fácil do que quero, assim como você, já me magoei com alguém.

- Quem? Pode falar.

- O nome dela é Júlia, ela me trocou. Por uma garota. Mas já superei, tô bem feliz assim.

- Nossa, que merda. Continua.

- Sou de libra, minha cor preferida é verde, odeio café, por isso tomo suco, não gosto de funk, tenho medo do escuro, tenho um ego muito além dos meus limites e por último, gosto de desbravar coisas novas.

- Faltou você admitir que sente uma forte atração por mim - Digo, dando um sorriso safadinho.

- Por que acha isso jovem Cesinha? -Perguntou Guto.

- Analisei você o dia todo, e foi a essa conclusão que cheguei - Respondo.

- Bem astuto você. Mas agora vamos.

- Você ainda não respondeu. ..

- Sim, talvez eu goste, mas hipoteticamente isso não me transformar em gay. Mas sinto uma puta atração por ti - Responde Guto aos risos - Isso é estranho, mas é bom, e por momento, não quero parar, mas quero ir devagar.

- Guto eu não autorizei nada pra você ir "devagar".

- E eu preciso de alguma autorização pra tentar fazer alguém feliz? Duvido muito.

- Não tô precisando de ninguém...

- César - Fala Guto me interrompendo - Eu não sou esses garotinhos de 16 anos por aí, que tem mimimi disso, mimimo daquilo, quando eu quero algo, vou direto ao ponto, me arrisco, não importa, e se não der certo, ah é só ir pra outra.

Me aproximo dele e começo a rir.

- O que você acha que nós vamos ter? - Pergunto.

- Acho que um vai ajudar a esquecer a dor e o sofrimento que o outro obteve em relações anteriores. Mas, isso será com o tempo, não quero te forçar a nada, so fica ciente que eu vou lutar por você, afinal, não tem ninguém que nos atrapalhe e somo adultos.

Guto? Eu não me amagino com ele, deve ser por causa da sombra de Fernando ainda me acompanhar, mas tudo isso ia mudar, ia esquecer tudo que me causasse dor, tenho certeza que Fernando tá fazendo o mesmo, e por mais que tudo o que vivemos foi maravilhoso, eu estava esquecendo-o, e isso era o que eu precisava para um novo capítulo...

*** FLASH FOWARD***

O sol iluminava em meu rosto, estava com uma dor enorme em minha cabeça, só sentia que havia algo amarrado em minha boca. Tava muito tonto, não tava entendendo nada, ainda tava com o terno da festa de casamento, última coisa que me lembro foi de sair correndo pelos corredores do segundo andar do colégio, e em seguida

tropeçar nas escadas, e acordar aqui nesse lugar, acho que é um galpão.

Meus pés estão amarrados e minhas mãos também, estou jogado no chão em posição fetal. Até que ouço passos vindo em minha frente, são duas pessoas, uma é jogada do meu lado, amarrada também, não reconheço pelo fato de estar tonto. A outra não consigo olhar, so ouço sua voz.

- Quanto tempo playboy! Eu disse que ia me vingar! - Fala o cara, eu já havia ouvido aquela voz, a outra pessoa do meu lado começa a falar.

- Você não vai tocar nele, seu desgraçado - Finalmente consiguo identifica quem era. Era César.

- Defedendo o namorinho viado? Ótimo, o cara de olhos verdes será o primeiro a morrer - O cara tira da cintura um arma - Se lembra dessa arma Fernando? A mesma que seu amigo apontou pra mim, vai ser a mesma que vai matar vocês dois.

Ele aponta a arma para César, fico de joelho e me jogo em cima de César, e ouço o disparar de um tiro...

- Sempre... - Sussurro no ouvido de César.

- E para sempre... - César sussurra de volta.

-----

Isso aeeee galerinha do mal, pra quem não sabe Flash foward, é uma cena do futuro, ou seja o que vai acontecer.

Gente é o seguinte no mês de fevereiro tenho uma prova muito importante, então até lá não vai dar pra postar, por motivos de estudar que nem um escravo, avisando desde já.

Comentem, critiquem, aloca façam o que quiser...

Bjoos bjoos no core de vocês.

02x14 - Um novo capítulo: Tivemos um salto temporário, se passou alguns meses, César e Fernando, finalmente resolvem se entregar a um novo amor, Neto sai da clínica para a alegria de Fernando, fazendo César e Fernando terem um "encontro" inesperado.

Comentários

Há 4 comentários.

Por will taiso em 2016-02-06 17:14:21
Nossa é serie é ótima. Alias foi você com essa sua serie que mim deu mas determinação de escrever a minha própria série. Eu acho a história surpreendente, mas não gosto muito é do Guto, tô doido para que o César fique logo com o Fernando é isso e até a próxima.
Por edward em 2016-02-06 07:19:55
Cara eu indiquei sua serie para melhores de 2015 porque ela é perfeita.gosto dela pois ela se parece comba realidade. Bom fiquei tenso com essa flash foward.
Por Henry Thorne em 2016-01-21 15:56:15
Acho james e Fernando a melhor coisa o César e Fernando são muito mimados e terminaram por besteira e isso acontece, espero que eles não voltem, sobre o capítulo amei muito, sobre o flash foward mesmo sabendo que vai ser Fernando e César no futuro amo os dois mas são melhores separados e o fê com o james, eu espero que tudo fique bem, mas nessa vibe de inovar, pode não ficar, como eu amo o james e acho que o Fernando já esqueceu o César e gosta do James afinal ele nem pensa direito no César e quando pensa dói por que doeu mas não quer dizer que ainda o ama
Por Brenno em 2016-01-20 21:26:40
Mds saioooooo, e essa cena do futuro será que eles ficam juntos de novo e morrem juntos?? OMG Aguardando o próximo cap...