02x12 - Perdidos

Conto de Fernando_kalleb como (Seguir)

Parte da série Tudo Que Eu Quero

Oee gatooos, voltei com mais um episódio, aloca vamos pro episodio...

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"Nem tudo está perdido como parece… sabe, coisas extraordinárias só acontecem a pessoas extraordinárias, vai ver é um sinal que você tem um destino extraordinário, algum destino maior do que você pode ter imaginado. "

.....

- É sério, esse médico é louco, eu nunca mais vou fazer minha terapia com ele - Fala Neto.

Estavamos no banco do jardim, da clinica de reabilitação.

- Eu não acredito, Neto ele só tá fazendo o trabalho dele - Digo rindo dele.

- Ah claro, Ferdes ele tava perguntando umas coisas que, eu cheguei a uma conclusão: Ele me quer.

- Deve ser isso - Digo, logo depois ficando em silêncio.

- Pois é. Tá fazendo um mês, que ele viajou - Fala Neto.

- É, passou bem rápido.

- Um mês, que você não vai pra aula, que você não fala com sua mãe, com seus amigos.

- É.

- Fernando, você não acha que, já tá na hora de conversar com a sua mãe, com seus amigos...

- Neto, olha, não sei. Eu preciso ir pra aulas, isso sim.

- Você foi muito radical, sabe. Você não pode se perder, só porque, ele se foi.

- Eu não tô perdido, não por causa dele.

- Ok, tá dizendo. E quanto a sua nova casa, seu pai e cia?

- Então, tá uma relação, digamos boa, me dou bem com Marcos e Ana, com a mulher dele também.

- E com seu pai?

- Digamos que as coisas estão indo...

- Isso é bom. E vocês conversar sobre sua mãe?

- Não, as vezes, ele tenta mas eu faço o possível pra fugir do assunto.

- Você sabe que vai chegar o dia, em que vocês vão conversar, os três juntos.

- Sei, mas eu posso evitar esse dia, por enquanto.

- Você que sabe, tô aqui pra te apoiar em qualquer escolha sua. Então, tenho uma reunião em grupo.

- Reunião?

- "Vai faz três meses, conheci com 17, e hoje em dia larguei..." - Fala Neto ironicamente.

- Ah entendi - Digo dando uma leve risada.

A gente se levanta do banco e nos abraçamos, ele vai pra reunião dele, e eu vou para casa.

Chegando em casa, todos estão na cozinha, subo direto pro quarto, vou para o banheiro e tomo um banho. Sai do banheiro e visto um roupa, em seguida alguém entra no quarto.

- Um mês, garoto! - Fala James, entrando no quarto.

- Primeiramente. Oi - Falo, cortando-o.

- Você pode me explicar qual o sentido de você não ir mais para as aulas? É final de bimestre, e você simplesmente caga para as provas, o que houve? - Fala James, um pouco frio comigo, talvez muito.

- Eu irei amanhã - Digo bem mais frio, deitando na cama, e começando a mexer no celular, e não dando atenção a James.

- O que tá acontecendo contigo? Você tá diferente, isso é por causa do César?

- Para, ok. NÃO É POR CAUSA DELE, E SE FOSSE E DAÍ? NÃO É PROBLEMA SEU! - Digo olhando pra ele, e voltando meu olhar para o meu celular.

James se irritar e pega o celular da minha mão e guarda em seu bolso.

- Agora que eu guardei essa droga, você vai prestar atenção no que eu vou te dizer - James dá uma leve pausa - Antes de você conhece-lo, você tinha uma vida, e não é agora que ele se foi, que ela será perdida por bobagens. Ele foi embora, e mesmo que você não admita, partes sua foi com ele, e estão perdidas na história de vocês. Você tem que entender, você precisa entender, que não existe vocês dois juntos, agora vocês estão separados, e a vida continua e essa dor aí, que eu sei que você sente, vai passar, não sei como nem quando, mas vai. E você quer saber? O bom da dor...

- É que você aprende a pior maneira de seguir em frente - Digo, interrompendo-o - Você já me falou isso uma vez.

James pega o celular e me devolve. Sentado na cama, apoiando os braços na coxa.

- Sabe, eu tô bem bolado contigo - Desabafa James -E eu não entendo o porquê de ter vindo atrás de ti, as vezes você é um idiota Fernando. É idiota, é infantil, é explosivo, um completo babaca. E ainda sim, não entendo a porra toda, de sempre eu está aqui, tentando te ajudar. E... Por favor, fala alguma coisa.

Eu só prestava atenção no que ele estava falando.

- Pessoas magoadas, são mais sinceras. E aparentemente, isso é verdade - Digo.

- Não era isso que eu estava afim de ouvir, mas ok - Fala ele, dando o primero sorriso daquele dia.

- Eu sei, na verdade eu sempre soube, que lá no fundo, você só queria eu...

- Que você...

- Retribuisse os seus sentimentos - Digo, e logo em seguida sendo arqueado por um olhar confuso.

- Você sempre retribuiu, sendo um bom amigo, que faz merdas comigo, mas eu desculpo.

- Não é esses sentimentos James - Digo me levantando da cama e sentado do seu lado - Mas... Isso não vem ao caso, a questão é...

- Nando, eu tô namorando com Luan - Fala James, me interrompendo.

- a questão é que você queria ouvir, um desculpa. ENTÃO desculpa - Digo mudando de assunto.

"Tô namorando com Luan". Não sei porque, mas aquela frase, me dava um enjôo, não sabia o motivo, talvez pelo fato, dele se meu amigo, e bate o medo de perde-lo.

- Já disse. Te desculpo - Fala James.

- Vocês se conhecem, tão pouco tempo. Vocês não estão indo rápido? - Digo. Parece que a gente ia ter duas conversas, ao mesmo tempo, não é mesmo.

- Isso é detalhe. Afinal, algumas relações são rápidas, outras não - Responde James. Aliás, adorei a indireta.

- Me sinto melhor pedindo desculpas...

- Tá, tudo bem, então.

- Quem pediu quem, em namoro?

- Foi eu. A duas semanas atrás. E ele aceitou.

- Espero não te magoar, pra não ter que pedir desculpas - Digo, já um pouco confuso.

- Também espero.

- Você tem certeza que está fazendo a escolha certa com ele? - Pergunto.

- Tenho. Fernando ele é tão, decidido, ele não tem frescura, tipo, se ele quer, ele vai, independente das consequências, e esse jeito nele me passa tanta confiança, que é impresionante - Responde James.

- Tudo o que eu posso te dizer...

- Por favor, diga - James deu uma breve pausa - Desde quando te conheço, você não é bom em dizer as coisas certas. Então, por favor, diga. As palavras certas, é claro.

- Seja feliz - Digo, olhando em seu olhos.

James me olha de volta, como se esperasse eu dizer outra coisa. Lá no fundo eu sabia o que era. Mas dessa vez, ele precisava dessa chance, de ser feliz com alguém. Que no caso, não era eu.

- Acho que já está tudo bem entre nós. Então, já posso ir - Fala James.

- Também acho. Então Tchau - Digo.

- Tchau.

James se levanta da cama e sai do quarto, sem abraços dessa vez.

Sinceramente, naquele momento, não tava afim de me envolver, não com alguém do passado. Talvez, esse seja o momento de eu me perder, em um outro alguém. Perder César de vez, me perder em novas bocas, e independente das consequências eu iria me perder, me perder, e me perder. Não tava querendo um lugar fixo, não agora. Quem sabe uma aventura.

Pego minha mochila, boto algumas coisas, úteis, digamos, dentro dela.

Calço um tênis, visto uma camisa e uma bermuda. E pego um boné.

- Vou acampar, volto amanhã de manhã - Digo, descendo as escadas - Beleza?

- Acampar? Na reserva?

- Sim.

- Mas... Você precisa de uma barraca...

- E alimentos - Fala Rosa, aparecendo também - Vou preparar uma marmita.

- Obrigado - Digo.

Rosa sai em direção a cozinha.

- Não é perigoso? E a barraca? Onde você vai conseguir? - Pergunta meu pai.

- A barraca empresto de um amigo. E em relação ao perigo, temos guardas por toda extensão da reserva. Então, tá tranquilo - Respondo.

- Ok. Eu acho que não posso prender você, apesar de achar isso uma loucura. Você é de menor.

- Relaxa, vai ter várias pessoas na reserva, garanto.

- Tá aqui. Tome - Fala Rosa, chegando com uma sacola e dentro a a marmita.

- Bom? Tenho que ir, mas antes, onde estão Marcos e Ana? - Pergunto.

- Foram a casa de um amigo - Responde Rosa.

- Hum. Ok. Deixa eu ir, tchau, até amanhã de manhã.

Digo saindo pela porta de casa.

Já era noite e na reserva haviam 4 trilhas, cada uma com o nome de uma cor (azul, amarela, verde e vermelho), cada trilha tinha detalhes que representavam suas cores. A reserva era cercada por bosques, alguns lagos e árvores imensas. Era um pouco assustador, mas eu no caso, não tinha medo de escuro ou coisas do gênero. Eu resolvir pegar a trilha amarela, pois nela não havia muitas pessoas como nas outras. Eu ficava pensando comigo, o que aquelas pessoas tem na cabeça de dormirem em uma reserva, então, enfim. Chegando no final da trilha, não havia ninguém, pois as pessoas que ainda estavam naquela trilha, desistiram com medo e foram para as outras trilhas onde havia um movimento de pessoas.

No final da trilha, só tem um círculo. No meio não há nada, somente uma área reservada para pessoas acamparam. A seu redor haviam árvores, rodeando o círculo.

Pego a barraca que eu havia pegado na casa de Neto, com a mãe dele.

Começo a arma-lá, em 30 minutos ela já estava armada.

Pego minha mochila e coloco-a dentro da barraca. Sento em um tronco que ali estava e pego a marmita que Rosa tinha preparado pra mim.

- Já falaram que a reserva é um lugar perigoso para garotinhos? - Diz uma voz masculina, vindo da trilha amarela da reserva.

Consigo ouvir seus passos, e a única luz que havia ali, era a da lua, que no caso, era nova.

- "Um lugar perigoso", então o que você está fazendo aqui? Garotinho? - Digo, com medo daquela voz, é claro.

- Você não tem medo? - Fala a voz, parada no último centímetros da trilha.

- Não da natureza.

Então aquela sombra que estava ali me observando, saiu de sua zona de conforto, e veio em minha direção.

Ele era um garoto de pele pálida, seus cabelos são castanhos bem escuros, são lisos e bagunçados.Completamente bagunçados. Seus olhos são castanhos escuros, como o cabelo. Lábios rosas. O garoto estava com uma jaqueta preta de couro, uma calça preta, acho que é skins, não sei diferencia esses detalhes, um all star e uma mochila nas costas. Ele é mais alto que eu, ele não é magro nem gordo, era normal. Eu chuto que ele tem uns 17, por aí.

- Um bad boy das trevas. Não tente me roubar, tenho spray de pimenta - Digo, com medo, mas fascinado com ele.

- Bom, eu sinto informar, mas vou ter roubar, te matar e fazer um sacrifício com seus restos - Fala o cara, sorrindo e expondo seu dentes brancos.

- Seu senso de humor é único, sem palavras- Digo, me levantando do tronco.

- Modéstia parte - Fala o garoto - Todos adoram.

- Há exceções - Digo.

- Raras exceções. Carinha aqui tá um pouco deserto, se você quiser na trilha azul, tem uns amigo meus, tocando umas músicas, algo bem de humanas, se você quiser, eles são receptivos - Fala o garoto.

- Não obrigado, não confio em estranhos.

O cara chega perto

de mim, que nessa altura já estavamos na frente da minha barraca.

- Não seja por isso - O garoto levanta o braço, para me comprimentar - Meu nome é Rafael. Mas, me chamam de Fares. E o seu?

Lá no fundo nao entendia o porquê de ainda está falando com ele, afinal, ele é um estranho, sempre falam: "Não fale com estranhos".

Mas se todos fossemos seguir regras com essa singularidade, duvido que a humanidade ainda existisse.

- Fernando - Digo cumprimentando-o.

- Então, agora você vai?

- Não tô afim. Desculpa.

- Oh, é, então, tudo bem - Eu vou indo lá, até qualquer dia, por aí, Fernando - Rafael seguir pelas trilha, meio sem entender, porque um garoto preferi fica só, invés de se divertir com músicas.

Entro para a barraca, e ajeito-me para ir dormir, penso um pouco sobre o que viria pela frente, no que Neto e James havia me falado mais cedo, sobre eu está perdido. Lá no fundo eu estava, mas bem mais fundo ainda, não era por César, disso eu tinha certeza. Minhas pálpebras já estavam pesadas, e eu já estava pegando no sono, estava um pouco frio, mas estava perfeito. Até que...

- You're gone and I gotta stay high all the time

To keep you off my mind

Uh, uh, uh, uh

High all the time

To keep you off my mind

Uh, uh, uh, uh

Spend my days locked in a haze

Trying to forget you babe

I fall back down

Gotta stay high all my life

To forget I'm missing you

Uh, uh, uh, uh...

Ouço alguém cantando e o som de u. violão, saiu da barraca pra ver quem é, e é Rafael.

- Que porra é essa? - Pergunto, com um pouco de sono.

- Bom, é Tove Lo. Pensei que fosse gostar - Responde Rafael.

- Pensei que você fosse um rockeiro, das trevas, dark, e você canta Tove Lo? Esperava um AC/DC, mas vejo que não.

- Eu pensei em metal, mas você não ia gostar. Enfim, você já ia dormir?

- Essa era a meta.

- Não, vamos sentar no tronco e fazer um mini tributo a várias bandas.

- Perdi o sono mesmo.

Sentamos no tronco da árvore, e ele começou a tocar e cantar, varias músicas que não vem ao caso. E eu estava com o pensamento longe. Passou mais ou menos uma hora, e ele havia parado.

- Cansou? - Pergunto.

- De cantar, não. Mas tive que parar. Fernando, sabe, todas as pessoas que vêm pra reserva, que eu conheço, elas só tem um objetivo, pensar, sabe, sobre a sua vida lá fora. E você veio fazer o mesmo? - Pergunta Rafael.

- Pensar, me encontrar, talvez sim- Respondo

- É tudo tão complicado lá fora, temos que sempre está situado a um lugar fixo, mas no fundo, estamos perdidos, sem saber pra onde ir - Rafael respira fundo - Sendo obrigado a fazer escolhas, às vezes erradas.

- Às vezes, são as escolhas erradas que nos levam ao rumo certo.

- Frase de efeito, nossa - Fala Rafael, com um leve sorriso em minha direção.

Ele rir. Eu rio, e ficamos em silêncio.

- Uma noite longa, pr'uma vida curta, mas já não me importa. Basta poder te ajudar...

- Canto.

- E são tantas marcas

que já fazem parte,

do que eu sou agora, mas ainda sei me virar - Canta Rafael ao som do violão.

- Confesso que quando vi você naquela hora, achei que fosse aqueles caras nojentinhos babacas - Fala Rafael com um leve sorriso.

- Confesso que pensei que você fosse um bandido, e que iria me matar - Digo, rindo.

- Ah nem vem, você deveria ver sua cara, você ficou branco e todas as cores do arco-iris - Fala Rafael rindo ainda mais.

- Isso faz sentido.

- O que? A sua cara?

- As cores do arco-iris...

- Você é gay?

- Você sabe que sim.

- É, realmente. Já sabia. Desde quando vi você pegando a colher pra comer a comida da marmita com o dedo mindinho levantando, diferente doa outros dedos.

- Nossa - Digo, dando risadas - Você é um pouco observador de mais, talvez muito. E você?

- Eu? Ah por favor né, por que eu seria gay?

- Porque meu gaydar sentiu. Simples.

- É. Ele tá certo.

- Tá vendo.

- Ora ora ora, dois gays, no meio do nada, o que podemos fazer?

"Talvez, esse seja o momento de eu me perder, em um outro alguém..."

- Você tá afim de ficar comigo, admita - Digo.

- Quê?! Nossa, pensei que você fosse um garoto doce, não um garoto...

Antes que Rafael termine sua frase, seguro sua nuca com minha mão, puxo seu rosto para perto do meu, e tomo a iniciativa de beija-lo. Rafael não reagi, apenas segui o ritmo de meu beijo. Rafael era o primeiro garoto que eu tava ficando depois de César ir embora. Seu cheiro era algo bom, não era doce, era forte, uma formatura deixar uma marca.

Rafael põe sua mão em minha cabeça e puxa meu cabelo, fazendo nossos lábios ficarem longes, um do outro.

Rafael olha pra mim, respira fundo e rir, como se tivesse gostado daquela abordagem feita por mim.

Rafael com sua mão ainda no meu cabelo, puxa meu rosto e novamente voltamos a nos beijar. Desa vez, ele partiu com a iniciativa. E tava bom para nós dois. E seu violão? Seu violão já havia caído no chão.

- Fernando, cara, não podemos - Fala Rafael, respirando e inspirando, saindo de nosso beijos.

- Porque?

- Você não entendi, mas...

- Rafael, ninguém vai saber, e afinal, a gente não vai se casar. Só hoje, a partir de amanhã, a gente nunca mais vai ser ver, então, aproveita.

- Quer saber dane-se.

Rafael volta a me beijar com mais intensidade, como se não houvesse amanhã.

"...Perder César de vez, me perder em novas bocas, e independente das consequências eu iria me perder..."

(NARRAÇÃO CÉSAR)

- Já é de madrugada, e você ainda tá nesse notebook? Ah qual! César, por favor, vai dormir, larga isso - Fala Guto.

Nós dois estavamos na sala do apartamento em que eu, Guto e João, haviamos alugado. Todos nós dormiamos em um quarto, João estava dormindo e já era de madrugada, Guto havia acordado para ir tomar água. E estava só de samba calção. Deixando exposto sus músculos

- Guto, tô quase terminando, esse relatório - Falo.

- Tá bom, vou ficar aqui, até você terminar - Responde Guto, pegando o celular e sentando no sofá.

- Não precisa, vai dormir,amanhã temos trampo cedo.

- Tô de boa, continua aí.

Guto ficou lá no sofá, e a verdade é que ainda faltava muito para acabar o relatório.

Já havia passado uma hora e tinha terminado o relatório, tava muito cansado, e no sofá Guto já estava dormindo. Decido acorda-lo. Para irmos pro quarto.

- Hey! Acorda - Digo cutucando Guto.

- Já terminou? - Pergunta Guto.

- Já sim, vem,.vamos dormir.

- Vamos sim, mas antes, quero te falar uma parada - Fala Guto, levantado do sofá e ficando na minha frente com seu cabelo todo desarrumado.

- Guto, cara, deixa pra amanhã, por favor...

Antes que eu termine a frase Guto, me interrompe.

- César, você é gay? - Pergunta Guto.

Fico um poucos assustado, mas tento agir naturalmente, afinal eu era.

- Guto, senta aí - Guto e eu nos sentamos no sofá - Cara, sim. Eu sou. Desculpa não ter falado antes.

- Relaxa eu já sabia, desde antes de nós viajarmos.

- Como?

- Digamos que eu já sabia, por intuição, e aliás, eu já vi durante esse mês, você olhando para uma foto em seu celular. Nesse foto tá você e o garoto, o Fernando.

- É, a gente namorava.

- César, cara sinceramente, eu acho que você merece um homem, não um garoto, nada contra a ele, mas é tipo assim, não rola com novinhos.

- Experiência própria Guto? - Digo rindo um pouco dele.

- Tá louco! Não, não me envolveria com um novinho, eles ainda não têm cabeça pra relacionamento.

- E com outro cara da sua idade?

- Cara, eu nunca me envolvi com outra pessoa do mesmo sexo, não por coragem, acho que por falta de oportunidade. E não tenho curiosidade.

Guto levanta-se do sofá, me levanto e fico na sua frente.

- Se você não tinha curiosidade, por que perguntou se eu sou gay, quando você já sabia? - Pergunto

- Ah César. Sempre existe exceções. E por que não? - Respode Guto. Guto chega perto, a ponto de sentir sua respiração perto do meu rosto - Boa noite, Césinha!

Guto sai da sala e vai para o quarto, me deixando só, pensado comigo mesmo: Por que não?

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02x13 - Nepente:

Guto e César estão se aproximando. Fernando e Rafael terão um novo encontro inevitável. Luan e Fernando conversam. James tem uma DR com Fernando. Miguel vai atrás de Fernando.

Isso aí meus amores até semama que vem, milhões de bjoos, comentem critiquem, façam o que quiser, adeoos.

Comentários

Há 5 comentários.

Por Henry Thorne em 2016-01-05 18:47:45
Cadê a continuação? Por favor :'( necessito
Por Brenno em 2016-01-01 23:18:09
MDS que foda, amo a sua série pfr continua e n acaba nunca.
Por Henry Thorne em 2015-12-21 10:50:10
Espero que essa série nunca acabe :')
Por guh... em 2015-12-21 10:37:11
Mds :o comecei a ler sua série hoje e não consegui mais parar...é uma das melhores que eu li até agr daqui di site ...parabéns...eu ainda acredita numa volta d fesar( Fernando e César) pois na minha opinião os dois foram feitos um pró outro...quase chorei com esse rompimento final deles..kkk...mas continue que é uma ótima história e eu vou estar acompanhando a cada capítulo hehe
Por edward em 2015-12-19 18:25:28
As vezes leio sua série e fico fascinado como uma pessoa pode ter tanta afinidade com as palavras,cara parabéns.