02x11 - Não olhe para trás

Conto de Fernando_kalleb como (Seguir)

Parte da série Tudo Que Eu Quero

AEOOOW Um ano de César e Fernando♥ um ano De FERDES, um ano de aprendizado, com os personagens, com vocês, e até comigo mesmo haha, não acredito que cheguei aqui, eu nem imaginava que iria além dos meus limites. Bom, por onde vou começar, primeiro quero agradecer à todos que lêem (até aqueles que não comentam), por chegarem até aqui, por terem paciencia com o meu sumiço de alguns meses, mas tô aqui, basta, chegando na metade da temporada, e se vocês por acaso já se perguntaram se vai ter terceira temporada, SIMMM, COM CERTEZA, E SE RECLAMAR VAI TER QUATRO KKK ZOA. Entoooa, como essa temporada tá desconexa com o tempo, ela vai terminar só ano que vem Êhhh vai ter episódio especial natal e especial ano novo, na série tô um pouco longe dessas datas, mas isso não é problema, pra tudo se tem um jeito. Então esse episódio especial pelo fato de um ano, novos horizontes com todos os personagens digamos, a partir daqui vou poder usar melhor alguns personagens, e relações de outros, fazer alguns ficarem maduros, mas a questão é, todos estão danificados, por erros e por infantilidade, vamos conhecer um pouco sobre o passado de certos personagens através de flashbacks, e bastante outras coisas, espero que estejam preparados, e é isso aí, agradeço novamente, e vamos a mais um episódio espero de coração que vocês gostem, e então vamos lá, bjoos no core.

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“São águas passadas, escolha uma estrada e não olhe pra trás.”

— Capital Inicial.

- TUDO O QUE EU QUERO CÉSAR... É que você saia da minha vida. Vá embora pra São Paulo, e faça seu estágio, e não olhe para trás.

Me levanto e fico em pé, na sua frente.

- TUDO O QUE EU QUERO FERNANDO, é ir embora. Eu te garanto que eu não vou olhar pra trás. Eu vou sair da sua vida, vou trabalhar, vou ocupar minha mente e esquecer você PARA SEMPRE.

- ESQUECER, SEMPRE E PARA SEMPRE.

Saiu do quarto dele sem olhar para trás, como ele mesmo havia dito...

Corro feito um louco, até a parada de ônibus, meu ônibus não demora muito pra passar, pego-o. Chegando em casa, corro e vou direto para meu quarto, meus pais estavam no quarto, não queria que eles me vissem daquela forma, destruido por fora e por dentro. Me jogo na cama, e começo a chorar feito uma criança boba que sou. Choro até, pega no sono...

(NARRAÇÃO FERNANDO)

Minha cabeça girava, parecia que eu havia bebido, e naquele momento, tinha começado minha ressaca. Meus olhos inchados, meu corpo com uma moleza patética e o meu mau humor irritante. Não estava me reconhecendo, só reconhecia a dor que parecia que nunca iria passar, não sei o que era pior, a traição de César, a traição da minha mãe, ou a dos dois.

Eu estava em um looping, pegava as roupas e estocava dentro da minha mochila, e repitia isso, cada movimento era sublime. Quando termino me sento na beira da cama, e fico olhando para as paredes, César já havia ido embora já fazia uma hora, e eu pensava comigo mesmo que esse foi o pior aniversário, nunca mais vou fazer uma festa.

Vejo pela janela do meu quarto meu pai chegando sozinho, sem sua família. Desco até a porta, com minha mochila em minhas costas, e vejo que ele está bastante contente, por estar ali, ele estranha que não tem ninguém, mas não sem importa muito, chego perto dele e o abraço. Bem forte.

- Parabéns! - Disse ele.

- Obrigado.

- O que houve? Você está abatido...

- Eu quero passar um tempo na sua casa, se não for atrapalhar - Digo, na sua frente.

- Eu vou adorar. Mas porque? Sua mãe sabe?

- Ela é o motivo! Ela traiu você, eu descobrir, ela me disse.

Ele olha pra mim, respira fundo e fica totalmente sem reação, ele não esperava aquilo.

- Não era pra ela ter dito - Indaga ele.

- Mas já disse - Digo.

- Fernando, isso é um problema meu e dela, que já foi resolvido, lá no passado, e hoje em dia... Eu nem sequer olho pra trás, pro passado. Por que sei que isso é triste de lembrar, mas hoje isso não me mágoa. Não quero que você tome alguma escolha de cabeça quente, você pode se arrepender.

- Não, dessa não. Se você não quiser que eu vá, eu entendo, vou pra algum lugar qualquer.

- Negativo, se você já fez a sua escolha, então eu vou aceita-lá. Eu só preciso avisar a sua mãe.

- Ela se trancou no quarto.

- Ok, vou lá em cima e falar com ela.

Ele sobe, e demora uns 10 minutos. Desce de volta e vamos embora pra sua casa. Não me despeço da minha mãe, ainda estava magoado demais pra despedidas.

Chegando na casa dele, todos já haviam ido dormir.

- Bom, hoje você dormi no quarto do Marcos, amanhã ajeito o seu quarto, ele está empoeirado - Fala ele.

Subimos para o quarto de Marcos, que por sinal era bem arrumado para um adolescente de 17 anos. Meu pai vinha trazendo um colchonete e coloca no chão, ele sai e volta com uns lençóis, cobertores e un travesseiro, arruma a cama pra mim, e Marcos continuava dormindo.

- Bom imagino que seu dia, tenha sido um pouco estressante. Dormi que amanhã vai está tudo melhor. Bom noite, filho - Fala meu pai, saindo do quarto.

Pego um cobertor e me embrulho e viro de lado no colchonete.

- Fernando? - Pergunta Marcos.

- Oi? - Respondo, um pouco assustado, eu pensei que ele estava dormindo.

- Seja bem vindo.

- Obrigado.

- E parabéns também.

- Obrigado de novo.

- Boa noite.

- Boa noite.

- Fecho meus olhos, e penso comigo mesmo " PARABÉNS ", e a tendência é piorar...

(NARRAÇÃO CÉSAR)

- Isso, eu decidir aceitar o estágio. Vai ser melhor - Comento com minha mãe - Viajo amanhã.

- Ok meu filho, apoio toda escolha que você fizer. Já tô com saudades. E quanto ao Fernando? - Pergunta-me, minha mãe.

- Terminamos.

- Mas vocês se gostavam.

- Pois é, depois de gostar, acabou e FIM.

- Tem certeza que quer ir? Esse garoto balança com você, eu sinto isso, seus olhinhos brilham ao falar no nome dele.

- Isso não é nadar, besteira. Ele é um garoto infantil e inconsequente.

- Ok. Ok, já fez sua escolha, saiba que tô te apoiando.

- Obrigado mãe, e o papai?

- Eu já falei pra ele a notícia ontem, ele não comentou nada. Esses últimos dias, fez com que ele pensasse sobre você, sobre tudo sabe, sobre que o amor é mais importante que qualquer tipo de raça, religião e sexualidade, mas ainda sim é cedo pra ele. Ele vai acaba aceitando a idéia, você é o filho dele, e o amor sempre vence.

- Sempre vence, ou sempre seremos vencido pelo amor. Bom mãe, vou me despedir de Neto.

- Ok. Manda um abraço pra ele.

- Tá. Mando sim.

Esse último mês, Fernando eu visitávamos Neto por duas vezes na semana. Essa seria a primeira vez que Fernando não iria comigo. Acordei hoje torcendo para que o dia de ontem, tenha sido um pesadelo, mas tudo aquilo era pior, tudo era real.

Chegando na clínica, Neto estava sentado no banco do jardim. Sento do seu lado.

- Cesinha, gostoso - Fala Neto me dando um beijo na bochecha, fazendo eu rir, pela primeira vez naquela dia - Cadê o Fernando.

- Então terminamos... - Digo, e logo em seguida explico toda a situação, digo de ontem, da porrada que eu havia levado, mas meu rosto estava melhor, digo da viagem pra São Paulo. Neto ouvo tudo atentamente, tentando entender tudo.

- Oh cara... Vocês dois só fazem merda. Mas enfim, você precisa ir - Comenta Neto.

- É Preciso... Pera, preciso? - Digo um pouco espantado.

- Sim cara, não há mais nada que te prenda aqui. Essa pode ser uma oportunidade única, e fica aqui, só vai piorar as coisas. E eu já tô melhorando aqui nessa bagaça, e o Fernando vai vim aqui.

- É olhando por esse ângulo, parece que há uma saída.

- Isso. pensa assim. Ele vai tá aqui, e mesmo eu preso, vou cuidar dele. E você, ah rapaz, é São Paulo, você está livre, e pode fazer tudo o que quiser, o mais importante: amadurecer.

- Ele também tá solteiro. Amadurecer, crescer, e o mais importante, não olhando pra trás.

- Isso, olhe pra frente, pro futuro, por que será la que estará tudo, e acredite, até ele.

- Não me importo com ele.

- Mesmo assim deseja toda a felicidade desse mundo pra ele. E ele deseja o mesmo, apesar de ambos estarem magoados. Mas isso passa, sempre passa, e se não passar, ah cara... Não pense negativo, pense que vai passar, foca na vibe do vai passar.

- Vou sentir sua falta - Digo dando leves gargalhadas.

- Também, vai ser um porre sem você aqui.

- Comigo será a mesma coisa.

- Mas você vai voltar cara, pense na volta, na volta lacrante.

- É (risos), bom, vim aqui dizer "Tchau", por que eu vou voltar.

- Então Tchau, parceiro.

- Fica bem hein, juízo.

- Você também.

A gente se abraça, e cai uma pequena lágrima de meus olhos, mas as enxugo antes que Neto a veja. Demos umas gargalhadas, e vou embora, pra cassa arrumar a minha mala...

(NARRAÇÃO FERNANDO)

Acordo no dia seguinte, com raios de luz do sol invadindo, o quarto pela janela, percebo que Marcos não está mais no quarto. Me levanto e vou direto pro banheiro tomar um banho. Saiu e visto uma roupa, desco e vejo que não tem ninguém em casa, além de Marcos, na cozinha.

Marcos era moreno claro, assim como a mãe, cabelo era enrolado como o de sua mãe, os olhos negros, magro, ele é bonito, mas nada demais, nada demais pra alguém que acaba de sair de um relacionamento.

- Bom dia - Digo.

- Bom dia, cara - Fala Marcos abrindo um enorme sorriso espontâneo.

- Cadê rodo mundo?

- Foram ao mercado, o café da manhã, ainda tá na mesa.

- Hum. E porque você não foi?

- Você tá aqui, seu pai pediu pra não deixa-lo só.

- Saquei - Digo, virando de costas, andando em direção a mesa.

Me sento, pego um pão e começo a passa requeijão nele, pego uma xícara e ponho café com leite.

Marcos vem até a mesa e senta-se do meu lado.

- Olha cara, sei que, não somo íntimos mais nada, não entendo o porquê. Mas preciso te contar, sempre quis ter um irmão - Fala Marcos - E, nossa, sabe fazer essas coisas de irmãos, e nós somos quase irmãos, e espero que nós tenhamos essa vida de irmãos.

- Marcos... - Penso em abrir o jogo e falar que sou gay, e que não vou fazer coisa de irmãos como jogar futebol, e coisas do gênero. Mas penso, não podia ser assim com o garoto - Espero que você e eu, tenhamos uma relação, no mínimo amigável.

Marcos sorrir, e a porta faz barulho, e é meu pai, com sua mulher e com Ana, comprimento todos, termimo meu café, e puxo meu pai, pra ter uma conversa no quarto do Marcos.

- Pai senta - Digo apontando pra cama, o mesmo senta.

- O que houve? - Pergunta meu pai.

- Olha é que eu presico te contar algo... Eu sou gay!

Fica um silêncio entre nós, e o meu pai sorrir pra mim.

- Eu sempre soube, desde antes de você começar a dançar Calypso quando a vizinha colocava, quando você era criança. Você batia seu cabelo como a Joelma, e olha que seu cabelo era curto, você pegava uma camisa sua, e colocava sua cabeça no colarinho da camisa e fingia que era seu cabelo.

É realmente eu dançava, mas achei muito desnecessário me lembrar disso nessa fase da minha vida.

- Ok, já chega pai, isso é passado. Mas a questão é...

- Sim, é claro que vou te aceitar, te amo, basta, e todos dessa casa também, vão aceitar - Fala meu pai me interrompendo.

- Obrigado pai - Digo.

Pela primeira vez tive a sensação que em meio a tudo está um caos, as coisas não estavam tão amargas assim.

- E quanto ao garoto de olhos verdes? - Pergunta o meu pai - Seu namorado né? Seus olhos brilhava quando falava dele, e nesse exato momento está brilhando.

- É o sol, sim eramos, terminamos - Digo.

- Fernando agora que você tá aqui, tenho a oportunidade de te conhecer de verdade. Então se quiser pode me falar o porquê do término, se quiser, claro.

Sento - me do seu lado e explico toda a situação. Desde o começo lá nas escadas da escola, até ontem. Ele observa tudo o que eu falava.

- ... Aí ele foi embora, e amanhã vai pra São Paulo - Digo, respirando fundo.

- Olha filho, vocês tão machucados, e o melhor é se afastarem, mas, precisa ser dessa forma? Por que você não se despedi dele amanhã? Isso vai ser uma forma de amadurecimento, tanto pra ele quanto pra ti.

- Não sei, estamos tão danificados - Digo.

- Então, essa é a chance de vocês, deixe-o ir, quando ele voltar vocês vão estar mais preparados, um para o outro. Acredite. Vá lá na casa dele, ainda hoje, e só diga um simples "Tchau".

- Você tem razão. Só é um "Tchau".

Saiu correndo do quarto, todos os três que estavam na sala ficam espantando com a minha correria, vou pra parada de ônibus, o ônibus não demorou muito, pego-o. Desco na parada perto da casa dele e saiu andando até sua casa.

Chego lá e bato na porta e sua mãe vem abrir a porta, e me dar um abraço, aquela era a primeira vez que haviamos nos visto depois de cesartse asumir. Pergunto por ele e ela diz pra mim subir.

Bato na porta do seu quarto.

- A mãe, cadê aquela...- Ele abre a porta e ver que sou eu - ... jaqueta. O que você quer? - Ele volta a fazer a suas atividades, arrumar suas malas

- Vim dizer tchau.

- Diga - Disse César friamente.

- Tchau.

- Tchau, pronto, já pode ir.

- Olha eu entendo que estamos danificados por nossos erros...

- Erro Fernando?! - Disse ele voltando a olhar pra mim, me dando atenção - Eu tento te proteger? E você ainda acha que eu sou errado? Eu levei um par de chifre e você ainda sim, diz que nós erramos, quando a verdade é que VOCÊ errou.

- A gente não vai chegar a lugar nenhum, ficando se martirizando. Não quero discutir. Ontem eu fiquei muito...

- "EU","EU","EU","EU". VOCÊ só sabe pensar em você? Você já parou pra pensar que não é só VOCÊ que tá destruído!!

Baixo minha cabeça, e ficamos em silêncio, por alguns segundos, até que ele cortar o silêncio.

- Fernando, se você veio me impedir de viajar ... - Antes que ele termine, interrompo.

- Vá, siga seu caminho e não olhe para trás. Pegue todos os seus sorrisos forçados, seus sentimentos inventados e vá. Encene a sua peça tão bem criada.Finja que é feliz. Vá, Jure de pé junto a si mesmo que não sentirá minha falta quando estiver na cama, quando ouvir nossa música, ou quando a lua aparecer. Diga que não sentirá falta das nossas conversas, das brincadeiras infantis e até das brigas sem razão... E sinceramente, não sinta. Por que não estarei mais aqui quando você decidir voltar. Não vou viver imaginando e desejando por seus beijos e carinhos enquanto você os dá sem pensar a um outro alguém. Não imporarei mais os seus minutos, nem direi a você que meus sentimentos são reais. Porque você consegue saber quando olha para mim - Dou uma pausa - Que eles são reais. Adeus, César, seja feliz - Digo com meus olhos vermelhos, e não espero ele dar uma resposta. Saiu do quarto. Saiu da casa. Saiu da sua rua. Saiu da sua vida...

(NARRAÇÃO CÉSAR)

Fernando sai do meu quarto. E dessa vez não, não vou chorar.

Continuo a arrumar as minhas coisas e fingir que nada aconteceu. Mas é impossível, começo a socar a parede do quarto. Em vão, mas parece que eu estava machucado, emocionalmente e físicamente...

- NÃO VOU OLHAR, EU GARANTO - Digo pra mim mesmo.

Bom dia seguinte me acordo cedo, minhas coisas já estavam arrumadas, agora era a hora, deixa tudo pra trás. Sem olhar pra trás.

- Se cuida meu filho - Fala minha mãe.

- Prometo que vou me cuidar - Digo.

Meu pai só observava a cena.

- Bom, pai. Seu filho viado vai embora, está livre. Tchau - Digo pra ele, o mesmo não fala nada, só sobe para o quarto.

- Bom deixa eu ir, o taxi já tá aqui na frente.

Minha mãe me dar um abraço apertado. E eu saiu pela porta, ponho minhas malas no porta mala do táxi, e logo em seguida entro nele. E o táxi se vai, eu eu vou dentro.

Já estava no avião não tinha avistado nem o João nem o Guto ainda, eles que tinham falado com a coordenação sobre eu mudar de idéia.

Guto chega e se senta do meu lado. E olho pra trás e vejo João sentando a duas cadeira da gente.

- E aí César? Preparado? - Pergunta Guto.

- Sim.

O avião decola, e está subindo aos céus, dentro ia um cara, que tinha esperanças, de um amanhã melhor, sem decepções e sem nenhuma dor e sem nenhuma sequela do passado...

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Isso aeeee meus gatos, mas um episódio, e não tô muito afim de falar, é de madrugada e tô morto de sono,então já sabem né, comentem, critiquem façam o quiser bjoos...

Comentários

Há 3 comentários.

Por Brenno em 2016-01-01 22:57:56
Que triste veio :(
Por Henry Thorne em 2015-12-01 17:53:43
Que lindo e triste eles se amam mas precisam crescer :')
Por edward em 2015-11-30 14:31:14
Caralhooooo que merdaaaaa,como o cesar vai para são Paulo e deixa Fernando,que dó ,e tipo a história ta muito boa : Parabéns 😤. Espero que tudo se acerte para os dois e que nessa nova fase os dois consigam alcançar seus objetivos.bjs