02x04 - Desafios

Conto de Fernando_kalleb como (Seguir)

Parte da série Tudo Que Eu Quero

Oe meus amores, voltei com mais um ep., então curtam bastante, obrigado a vocês que tão lendo até aqui, muito obrigado mesmo, ah gente nos próximos eps., já vou começar a responder vocês. Entoa é isso aí, e la camos nós.

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"A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio."

- Martin Luther King.

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- Que? Namorados? -Digo espantando com a notícia.

- Sim, quando eles tinham 17 anos, já faz um tempo - Diz Alberto.

- O jantar já está pronto - Diz minha mãe, entrando na sala.

- Vai ficar pra jantar César? - Pergunta minha mãe.

- Sim. Vou sim - César responde.

- Eu já comi na rua, não tô com fome, vou para o quarto tenho que estudar - Saiu da cozinha e entre no meu quarto e me jogo ma cama.

Logo em seguida César vem atrás. E bate na porta.

- Toc toc, posso entrar? - Pergunta César.

- Esse som de toc toc é ridículo você sabe disso né? - Digo.

- É, eu sei.

- Entra.

Em seguida César entra e senta na cama no meu lado.

- Heey tá tudo bem? - Pergunta César com uma carinha de tristonho.

- Ahh sei lá, tô tentando digerir essa notícia - Digo.

- Não tá sendo facil também, saber que vocês serão meio irmãos...

- Não vai ser fácil, teremos que ter o dobro de cuidado.

-Amoor, olha, vai ter uma hora que vamos ter que falar a verdade, e vamos ter que parar de enganar as pessoas que amamos...

- Isso vai ser um grande desafio, eu não tô preparado, não ainda.

- Eu sei, mas as vezes é sempre bom ter noção das nossas atitudes.

César fala cada palavra me rasgando, pelo simples fato de eu saber que ele tinha razão, mas naquele momento, aquela era a minha escolha.

- César? - Digo preste a fazer uma pergunta.

- Sim?- Fala César.

- Em relação à Isabel? Você ainda sente alguma coisa por ela?

- Claro que não né. Mas que pergunta, eu gosto de você, só você, Exclusivamente você. Para com isso, beleza, eu tô aqui, e eu sou seu, só seu.

- Desculpa, é que...

- Você tá com medo, e o fato de outra pessoa voltar do passado é bem intrigante e desafiador. Mas eu não vou perder você.

- Talvez, mas...

Antes que eu termine a frase César pula em cima de mim e me beija.

- Mas eu gostooo de vocêeeee. Entendeu?

- Ok. Mas agora sai de cima de mim. E vai jantar.

- Beleza, eu vou mais eu volto. Sempre votarei.

- Tá, tá entendi, vai logo De volta para o futuro, antes que desconfie.

César sai do quarto e janta, e mal demora já está de volta, me dar uns Beijos, (talvez varios ou quem sabe muitos) de boa noite e vai pra sua casa. Com a sua saída já posso ir dormir.

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- Nossa que coisa, que tenso, que nossa, não sei nem o que falar? - Fala James, tentando entender que puta obra do destino.

- É eu fiquei assim, eu ainda tô assim - Digo, encostado na janela na frente da sala.

- E agora?

- Ah sei lá, não se James...

- Você tá com medo dessa ameaça?

- Não sei, se posso chamar de ameaça, quem sabe, não sei se é medo, de perde-lo, das consequências, eu simplesmente não sei o que fazer na porra toda.

- Olha ela não é nada ok.

- Sim James, ela não é nada.

- Mas assim por acaso, durante esses meses, você já sabe se ele é 100% gay?

- Boa pergunta. Eu não sei, as vezes eu tenho a sensação que eu não conheço o César, sabe.

- Puts, que tenso. Eii relaxa e tenta pensar em outras coisas, tipo... O seu

Aniversario de 16 aninhos...

- Ah é no mês que vem, quem tá preparando essa festinha é minha mãe, acho que vai ser lá em casa, ainda não conversei com ela sobre isso, mas vou falar com ela nessa semana ainda.

- Obaaa. Ahh você sabe que voltou?

- Quem?

- O Álvaro.

- Nossa, eu pensei que ele fosse demorar MUITO. Mas me conta ele veio atrás de você?

- Nao. Graças a deus, tô muito bem sozinho.

- Você sozinho? James conta outra.

- É sério. Tô ótimo e belíssimo sozinho.

- Mas você um cara bonito simpático e sem contar que é um dos mais gatos do vôlei, os calourinhos do primeiro, devem cair de pau.

- Bom vendo por esse lado, sim, tem uns que caem sim, mas eles só querem uma coisinha

- O que??

- Transar. Como você disse, sou tudo isso e muito mais, ou seja gostoso, bjoos.

- Nossa kk você elogia a pessoa, e ela começa a se achar, assim não dár.

- Maar claro.

- Ora ora ora, então que dizer que você tá ma larica ou melhor seca kk

- Porque eu quero né.

- Ué. Por que você não quer com eles?

- Ah Nando, só não tô afim de fazer isso com qualquer um.

-Ninguém? Ninguém daqui da escola?

- Só um cara aí, mas não ia rolar...

- Ué, por que?

- Porque essas coisas são complicadas.

- Aff, e quem é o cara?

- Humm interesado de mais na minha vida sexual, pare kk.

- Ahh nada a ver. Fala logo.

- Um dia eu direi, enquanto isso, vou beber água.

- Ahhh não.

- Vem comigo?

- Não, saeee tô bolado.

- Kkk blz até daqui a pouco.

James vai beber água, e eu ficoNa janela, esperando o professor chegar, ele está um pouco atrasado, talvez demais, enfim. O céu tava meio nublado e parecia que estaba prestes a cair, a desabar, a desmoronar o céu.

- Eitaa parece que vai cair um dilúvio - Disse Luan, chegando na mesma janela em que eu estava, e olhando para o céu.

- Sim, mas isso vai ser bacaninha, tipo já fazia um tempão que não chuvia, e cá entre nós, essa cidade é quente que só.

- É verdade, na minha cidade, não é tão quente, como aqui.

- Na sua cidade? - Digo.

- Sim, eu não sou daqui.

- Mas, mas nem sotaque diferente você tem. Onde você morava?

- Ah eu me mudei pra cá, tinha 10 anos, e em relação ao sotaque, eu fui perdendo um pouco, morava em Brasília.

- Nossa tenho vontade de conhecer lá, acho esplêndido lá.

- É bem legal lá.

- E por que se mudou pra cá?

- Ah meu pai trabalha em uma empresa que abriu uma afiliada aqui, e alguns problemas pessoais.

- Hum. E você gosta daqui?

- Ah tirando o calor, tá tudo bem, aqui é uma cidade bem legal, as pessoas daqui também, a comida é muito gostosa.

- Ah isso é verdade. Tem vontade de voltar pra Brasília?

- Ter eu tenho, mas aonde eu tô agora, é melhor.

- Hum, e da escola, tá gostando?

- Sim, essa escola é bem conceitual aqui na cidade, o ensino é bom também.

- E as pessoas daqui da escola?

- Olha cara, só falo com você e as vezes kk ainda não houve tempo pra me enturma com as pessoas lá da sala.

- Ah, olha a professora vem.vindo ali.

- Verdade.

Assim quando a professora entra na sala, eu já estava na minha cadeira sentado, em seguida James entra na porta. Luan está sentado, na penúltima cadeira de trás da fila em que eu estava.

- Nossa já tava começando a chuviscar, eu acho que a Ster não vai vim, por causa da chuva - Diz James sentando na minha frente

- Nossa será que vai chover tanto a ponto dela não vim pra aula?

- Com certeza.

Já havia se passado os 5 tempos e eu já estava mais que saturado, o céu continuava nublado.

A campa bate e começo a arrumar as minhas coisas para ir pra casa.

- Ainda não chuvei, mas já tá começando a chuver, já tô indo Nando, te cuida - Disse James, me dando um beijo na bochecha de despedida.

- Tá blz, te cuida também - Digo retribuindo o beijo.

Assim quando James sai da sala, demora alguns segundos Luan vem falar comigo.

- Mora perto da escola? - Pergunta Luan.

- Não muito, e tu? - Digo.

- Hum, moro um pouco longe. Então, já vou, acho que já vai começar a chover, amanhã a gente se fala, tchau - Luan, me dar um tapinha nas costas e vai embora.

- Ata blz, tchau - Digo.

Luan, vai embora. Fico na sala sozinho, em seguida saiu e vou ao banheiro, saiu de lá direto para o portão da saída e vou andando em direção a parada do ônibus.

Quando chego na parada, começa a chuver, forte, muito forte. Com direito a ventania e sapatos molhados.

Meu ônibus estava demorando mais que o normal, não sei o porquê da demora, e a chuva não passava e nem ficava fraca, e já tava frio.

E de repente, do nada para um carro, na frente da parada, ousado. Reconheço aquele carro.

- Ahh não pode ser, porraaa - Digo em voz baixa pra mi mesmo.

- Fernando entra aí no carro - Fala Miguel.

O que fazer? aceitar carona de um cara que eu disse que não queria a amizade ou esperar no frio, em uma chuva lascada o ônibus passar?

- Beleza - Digo, dando aquela corridinha marota e ridícula, até o carro para não me molhar. Em vão.

- E aí cara - Digo, já sentadissimo no banco da frente, no lado dele

- E aí, como você tá? - Ele pergunta.

- Ah cara, um pouco molhado, com o cabelo molhado, mas ok, a vida tem dessas.

- É kk. Quer uma toalha pra enxugar o cabelo?

- Sim, super aceito cara.

Quando o sinal fechou ele pegou a toalha numa mochila no banco de trás.

- Pega aí, tá limpinha, é da academia - Ele fala, ao entregar na minha mãe aquela toalha rosa.

Começo a enxugar o meu cabelo, e sinto que sua toalha realmente tava limpa, isso mesmo eu a cheirei discretamente.

Quando termino de enxugar, dou uma olhada melhor nele, e vejo que ele tá de bermuda e de camisa regata, e estava bem cheiroso. Aquele mesmo cheiro.

- Tava aonde? - Pergunto puxando assunto.

- Pois é, tava na academia, não posso perder a formar né? - Disse ele olhando por um segundo pra mim.

- É, é isso aí - Digo desviando o olhar, e respirando fundo.

- Que foi? Por que tá tenso? - Pergunta Miguel.

- Eu tenso? MAGINA, é o frio - Digo com o calor subindo.

- Relaxa, não vou te co..., te morder - Diz ele, parando o carro novamente, por causa do semáforo que estava fechado.

- Tomare - Digo.

- Olha cara, sei que começamos de uma maneira inusitada as coisas, e...

- O que aconteceu naquela noite? - Pergunto interrompendo ele.

- Oh, cara já te disse, só ficamos, não transamos.

- Ok. Ainda se lembra onde é a minha casa?

- Sim sim, pode ficar tranquilo. Pois é continuando de onde eu parei, aquilo não foi nada de mais, e eu fui um babaca em ficar com você bêbado. Desculpa, sério, eu quero, esquecer tudo aquilo, não quero que você fique tenso me ver, quero quenas coisas sejam normais.

- Entendo. Ok vamos esquecer, ou pelo menos fingir, vamos esquecer aquela noite. E quem saiba podemos ser amigos.

- É. Olha a chuva tá passando, e já estamos chegando na tua casa.

- Oh gloria, aleluia, essa chuva foi pelo ano todo.

- É. Mas e aí ainda tá namorando?

- Sim, tô sim, vamos fazer cinco meses, mês que vem.

- Olha, isso aí.

- E você?

- Eu? Ah isso seria um desafio pra mim? - Responde ele, rindo pra ele mesmo.

- Ah por que?

- Porque, é complicado, já tô ficando velho, não teria tempo, trabalho muito, as vezes o tempo, é um desafio. E eu já fui trouxa, sabe kk

- Oh, ficando velho nada, mas você que sabe. As vezes é preciso vencer alguns desafios.

-Nem todos cara, mas quem sabe. Bom chegamos na sua casa, tá entregue.

- Obrigado pela carona - Digo, quando tô prestes a sair, mas Miguel sai primeiro e abre a porta pra mim.

- Não precisava abrir a porta do carro- Ah cara, relaxa...

Quando de repente ouço uma voz irritante aparecendo na calçada na frente de casa.

- Fernando? - Diz Isabel.

Olho para Isabel e vejo que César tava sem camisa e estava do lado dela e ambos estavam molhados e juntos. E do meu lado estava Miguel. A cara do César não tava tão contente, nem sequer a minha.

- César Isabel, você, moldados juntos, HM - Digo, esboçando um sorriso.

- É estávamos tomando banho de chuva, foi um desafio que ei propôs a César, foi bem divertido - Responde a cadela sorridente para o César.

- Um desafio, que maneiro CÉSAR, parece que a sua tarde foo bem interessante - Digo, tentando agir naturalmente.

- É, ah que isso, parece que a sua foi MUITO MAIS INTERESSANTE. E quem é o amiguinho novo? - Pergunta César, dando um sutiu encarada, olhando da cabeça aos pés para ele.

- Ah meu nome é Miguel - Disse Miguel, levantando o braço pra comprimenta-lo. César faz o mesmo, e em seguida comprimenta Isabel.

- Miguel, esse é o César, um... amigo. E ela é filha do namorado/esposo, sei lá, da minha mãe. .

- Hum, bom tenho que ir, Tchau Fernando, até qualquer outro dia. Foi um prazer Isabel, foi um prazer também César.

- O prazer é todo meu - Fala Isabel.

- Digo o mesmo, Miguel - Fala César ironicamente.

Miguel entra no carro e vai embora. E em seguida, Eliza, César e eu entramos em casa.

Eliza vai lá com a minha mãe, pegar uma roupa que ela tinha deixado aqui para usar. César e eu subimos para o quarto.

Entro no quarto, e sim Eu estou muitooo puto. Deixo a porta entreaberta.

Pego uma toalha para César, quando ele começar a falar.

- Quem é esse cara? - Fala ele, se apoiando na comada perto da cama.

Mas antes de responder jogo a toalha na cara dele.

- Dar pra você se enxugar. Você é capaz?! É capaz de cumprir esse DESAFIO?! É capaz disso César Costa?! - Pergunto, ainda mais puro com ele.

- O que? Ãn? Não. Não. Não. Não aconteceu nada, estávamos no meio da rua. AGORA você tava dentro de um carro com um desconhecido.

- Ele não é um desconhecido, e para ok, não aconteceu nada, cadê a tua camisa? AHHH porque você tava perto dela, quase nu? Aí como eu quero dar na cara dela, sinica.

- Eu tirei e deixei aqui no seu quarto. Mas não tô achando, foda-se, você ainda não me respondeu, onde você conheceu ele?

- PORRA CÉSAR, ISSO NÃO INTERESSA, NÃO VEM AO CASO...

- Você sai de um carro com um cara daqueles que eu não conheço, e isso não interessa, isso não interessa pro TEU NAMORADO?!Ótimo.

César sai do quarto furioso, e bate a porta. Eu não ia atrás dele, pois eu também estava puto. Iamos dar um tempo esfriar a cabeça, aí sim iamos conversar, mas pelo menos hoje, iamos ficar sem se falar, só por hoje.

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Isso aí amores, até a semana que vem, Abraços e beijoooos.

Comentários

Há 4 comentários.

Por Brenno em 2016-01-01 21:06:40
Ai que foda meu deus.
Por Juju em 2015-10-04 19:28:05
Muito bom!!! Continua logo!!!!!!
Por Juju em 2015-10-04 19:27:01
Muito bom !!!! Vítima logo!!!
Por Niss em 2015-10-03 22:39:04
Gente.... Babado! Agora ferrou!! E essa garota hein..... Affs me economize, já tinha chutado ela pra longe do meu namorado... Espero pleo proximo. Kisses, Niss.