Capitulo 8: Uma vida normal ...

Conto de drim_ura como (Seguir)

Parte da série Amor Em Regime Fechado

Hello guys! Vou postar mais um capitulo hoje pois não sei se poderei durante a semana, e muito obrigado por que leu e comentou, fico muito feliz que não se esqueceram de mim! Bjo PÊ!

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CAPITULO VIII

UMA VIDA NORMAL

Levei um choque quando o ouvi revelando o seu verdadeiro nome, acho que mais por ser uma coisa tão pessoal naquele tipo de ambiente, onde quase ninguém usava seu verdadeiro nome.

- Seu nome é Erik?

- Sim, meu nome é Erik, e o senhor Pierson é meu pai, eu o pedi pra contratar o Igor pra cuidar do seu caso.

- Seu pai?

- É, meu pai. Agora vamos falar de outra coisa, esse assunto não me deixa muito confortável. – ele tentou desviar o olhar mas eu não deixei e o puxei de volta ao assunto.

- Eu quero saber Castanheira, agora que você começou faça o favor de terminar! – dessa vez eu não dei brechas para meias palavras.

- O que você quer saber em senhor curiosidade? – até quando eu o encurralava ele me fazia sorrir.

- Eu quero saber dessa história do seu pai contratar um advogado pra mim e você chamar ele pelo nome ... Espera um pouco, você conhece esse advogado? – admito que o ciúme bateu sem eu estar esperando.

Ele me olhou com surpresa e começou a gargalhar de um maneira que eu não estava entendo mais nada.

- Você tá com ciúme bebe?

- Não venha tentar inverter a situação Castanheira, você conhece ou não aquele tipinho?

- Conheço.

O ódio tomou conta de mim e eu não sei o motivo.

- Conhece de onde?

- O que eu posso te dizer é que eu o Igor já tivemos nossos negócios a um tempo atrás e antes que você possa pensar em besteiras, foram só negócios mesmo, nada voltado pro lado sexual. – ele me olhou com ar de reprovação.

- Não me olha desse jeito, eu não tenho culpa de pensar ou de sentir ciu ... – quase que eu deixo escapar o que eu estava realmente sentindo.

- Ciúme, eu sei, você não tem culpa. Eu no seu lugar eu morreria ou mataria por ciúmes de você, porque é assim que nós provamos que amamos de verdade uma pessoa e agora eu sei que você me ama de verdade. – ele passou a ponta dos dedos no contorno do meu rosto e me puxou para um beijo que só ele sabia da.

- É claro que eu te amo seu bobo, nunca duvide disso. Mas agora o senhor curioso aqui quer saber essa história de você pedir pro seu pai. – ele voltou a ficar serio novamente.

- Deixa isso pra lá amor por favor, eu não gosto de falar sobre isso e além do mais eu vou ter muito tempo pra te contar sobre tudo do meu tenebroso passado.

Nessa hora lembrei-me do que o advogado dissera sobre o meu tempo nesse lugar.

- Amor eu sinto muito mas acho que a gente não vai ter tanto tempo assim como você está imaginando. – ele me olhou confuso.

- Como assim?

- O advogado disse que eu posso sair daqui um mês, porque eu sou réu primário e ele vai conseguir provar que eu não tenho envolvimento com aquele assalto fajuto.

- Só mais um mês? Não pode ser! – ele começou a chorar e bater na parede.

- Amor? Eu sei que é difícil pra você, mais não está nem um pouco feliz por eu estar saindo desse lugar horrível? – consegui de novo desarmar ele.

Castanheira se sentou na cama e me abraçou forte, eu podia sentir as lagrimas escorrendo pelo seu rosto e caindo na minha camiseta. Fiz ele olhar pra mim e limpei suas lagrimas e o beijei para tentar demonstrar que mesmo que eu saísse o meu amor por ele não sairia de mim, que ele é muito importante na minha vida e que eu o amaria até o mundo acabar.

- Eu estou feliz por você sair daqui, mais eu não sou hipócrita né bebe, eu vou sentir muito a sua falta ... Eu queria tanto que as coisas fossem diferentes.

Eu o abracei de novo e do nada aquele sonho imaginário veio na minha mente, eu o Castanheira sendo um casal normal, tenho uma vida normal. Comecei a me questionar o que essa realidade que eu sonhei era tão impossível, será mesmo que era tão difícil assim pra duas pessoas que se amam mudar suas vidas e tentar viver como duas pessoas normais? Será que seria possível esquecer todo um passado de crimes e várias outras coisas ruins e tentar começar de novo do zero? Acabei chegando a resposta para todos os meus questionamentos quando olhei novamente praquele homem, por ele eu seria capaz de tudo e eu tenho a leve impressão que ele também mudaria por mim.

O olhei sério e pronto pra ter uma conversa definitiva com ele sobre o assunto que mudaria nossas vidas.

- Porque você está me olhando assim? Parece até que eu fiz alguma coisa errado.

- Eu tenho uma coisa séria pra falar com você Castanheira, muito sério. – ele se assuntou com meu tom de voz.

- Se você está tentando me deixar com medo, está conseguindo.

- Para de gracinha, é realmente sério. – ele riu e voltou toda a sua atenção pra mim.

- Pode falar.

- Já que eu vou sair daqui pouco tempo, eu queria te dizer o que estou planejando para depois que sair e ver se nós temos uma conexão de verdade.

- Como assim conexão? O que você está planejando?

- Eu cansei Castanheira, cansei dessa vida de crimes, cansei das pessoas me olharem torto, cansei de ter medo, eu não quero mais voltar pra esse lugar. Foi então por isso que eu decidi que quando eu sair daqui por mais difícil que seja, eu quero ter uma vida normal, ou seja, eu quero trabalhar, eu quero estudar nem que pra isso eu tenha que passar por muitas dificuldades. – ele prestava atenção em cada palavra que falava e tinha reações diversas.

- E fazendo isso você espera que eu queira te acompanhar nessa vida normal e me torne um cara normal como você?

Eu senti o sarcasmo em seu tom de voz e comecei a perceber que o meu sonho está mais distante do que eu mesmo imaginava.

- Eu não espero nada de você Castanheira, estou apenas te informando o que eu farei depois que eu sair daqui. – eu me levantei pra sair da sela e ele me segurou pelo braço.

- Onde você tá indo?

- Pra minha sela oras, onde eu mais poderia estar indo? – eu me soltei dele.

- Não fique com raiva de mim bebe, por favor! Eu só acho que pessoas como nós não são pessoas normais ... – eu comecei a chorar e resolvi desabafar tudo de uma vez só pra não restar duvidas do meu sentimento por ele.

- Você não queria saber o que eu estava sonhado aquele dia? Pois bem eu vou te contar. Eu estava sonhando com a gente vivendo uma vida normal, nós dois em uma casa com dois filhos e um cachorro chamado Marley, sonhei com você brincando com os nossos filhos e o Marley no quintal e no meu sonho nós estávamos muito felizes e éramos sim pessoas normais. Eu achei que um dia esse meu sonho pudesse se tornar realidade porque eu estava contando apenas com o que eu sinto por você mas eu me esqueci de contar com que o que você senti por mim, e agora eu sei que pelo meu lado é amor e é gigante agora pelo seu lado acho que não é tão forte assim. Mesmo que você não queira, eu vou sair daqui e vou viver a minha vida da forma mais normal possível e eu tenho certeza que vou encontrar alguém lá fora que queira viver esse sonho comigo.

Ele ficou sem reação com o meu surto momentâneo de sanidade.

- Eu não sei o que te dizer ...

- Não diga nada, apenas pense em tudo que eu te disse. E a propósito meu nome é Thiago e quando eu sair daqui as pessoas vão me chamar de Thiago, porque eu vou ser como qualquer outra pessoa, eu vou ser normal.

Sai da sela dele e o deixei pensando sobre essa avalanche de coisas que eu disse.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Cowboy em 2019-01-28 03:49:38
Maravilhoso amei essa história super ansioso quero ler mais 👏👏👏