Prólogo

Conto de Cinnadia como (Seguir)

Parte da série Always

Sempre fui um bom observador, e por isso sempre senti o que movia as pessoas, a ganância, a inveja, eram combustíveis comuns, contudo o amor sempre era o mais perseverante, amor por seus filhos, amor por uma causa e amor por outra pessoa. Tudo isso era o que eu via. Os sacrifícios que uma mãe fazia por seus filhos, ou os riscos que algum ativista impunha a si próprio por aquilo que acreditava, creio não ser necessário dar algum exemplo sobre o amor entre duas pessoas, sempre vemos Romeus e Julietas no nosso cotidiano. Apesar de ver tanto, eu nunca pude sentir, parece estranho, mas nunca tinha me apaixonado antes, até encontrá-lo.

Sou Nicollas, e apesar de ter apenas quinze anos já vi muita coisa, e isso me ajudou a amadurecer minha consciência mais cedo. Não tenho a beleza arrebatadora e quase divina, mas também não sou completamente banal, cabelos cacheados, não desses cachinhos pequenos e desgrenhados, cacho grandes e bem definidos, apesar de isso parecer muito comum, desconheço outra pessoa que seja magra como eu, e apesar de a magreza ser encarada como algo elegante e delicado, eu tentava passar a imagem de uma pessoa firme e decidida,o que com meus 1,65 me fazia parecer uma piada, e o que realmente me difere dos outros são meus olhos e minha boca. Meus olhos sempre me destacaram, eram cor de mel claro, muito claro, que os deixavam com uma tonalidade dourada, meus lábios eram cheios e chamativos, sempre ruborizados. Sempre achei meu corpo desejável, a magreza me conferiu um cintura de curvas agudas, e a genética me deu um bumbum empinado, parecia harmonioso, mas quase sempre eu estava coberto por camadas e mais camadas de jaquetas, blusas e calças.

Minha família era composta por aparências, mas isso quase nunca afetou o amor que sentíamos um pelo outro. Meu pai, Lucas, era um empresário bem sucedido, seus investimentos em bolsas de valores sempre eram reconhecidos e bem rentáveis, por isso sempre tivemos um padrão de vida elevado, ele tinha a pele bronzeada e olhos verdes cintilantes, foi dele que puxei a boca cheia, os cabelos continuavam escuros naturalmente, afinal ainda tinha 38 anos. Minha mãe, Rose, era uma pessoa de contrastes, era carinhosa e meiga, ao mesmo tempo uma perua inveterada, loira artificialmente, mas poderia passar por natural, sempre admirei sua beleza, os traços finos de uma legítima dama, olhos castanhos e o nariz fino, lábios finos que sempre estavam sorrindo, pele alva e imaculada, ela parecia ter parado de envelhecer aos 25, quando já tinha 35. E finalmente minha irmã, Michelle, era a jóia da família, ela sim tinha uma beleza avassaladora, apesar de ser um ano mais nova, olhos verdes e boca cheia, bochechas coradas e a pele de marfim, os traços angelicais eram harmoniosos demais para passarem despercebidos, os corpo era humilhantemente bonito, coxas grossas bumbum grande, não tinha tanta cintura quanto eu, mas mesmo assim suas curvas eram provocantes, e por fim o farto cabelo cor de mogno que emoldurava seu rosto e descia fluido e liso até o fim de suas costas.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Luã em 2015-10-04 01:17:19
Gostei da sua escrita! Muito bem desenvolvida e rica em detalhes!