Primeiro Contato - Chapter 1

Conto de Cinnadia como (Seguir)

Parte da série Always

Esfreguei meus olhos como se pudesse afastar o sono, assim que me sentei na cama senti o frio habitual do sul, eu gostava do frio, me fazia bem. Empurrei o cobertor e senti o frio em todo meu corpo, a cama de casal era imensa, o que me fazia ter que me arrastar pra fora dela, procurei meu chinelo que mais parecia uma pantufa e quando achei saí em direção ao banheiro para realizar minha higiene. Depois de já estar devidamente vestido, desci as escadas marmóreas e andei no hall de entrada para a cozinha, era lá que nós tomávamos o café da manhã, ao entrar no ambiente já percebi que minha família estava reunida, todos pareciam absortos na conversa, contudo antes de sentar em meu lugar, ao lado de minha irmã, minha mãe disse:

- Bom dia, querido!

Sorri e disse:

- Bom dia, á todos.

Michelle quase cortara minha saudação pra dizer:

- Estávamos conversando sobre alimentos transgênicos- disse apressada para que pudesse ganhar um aliado na conversa- e papai diz que é mais seguro investir neles, que vão dar uma colheita maior, mamãe e eu achamos que investir nos orgânicos seria uma melhor opção, já que as pessoas procuram por alguma coisa mais saudável. O que você acha?

Franzi o cenho ao pensar na questão.

- Não sei- disse finalmente, não conseguindo chegar a uma conclusão- os transgênicos são mais baratos e não precisam de tanto agrotóxicos, então a população pobre teria que consumi-lo, já os orgânicos são mais saudáveis mas também mais caros então ...

Vendo qual seria o desfecho Michelle proferiu:

- Dois votos a favor dos orgânicos, um contra e um neutro, ganhamos mãe!

As duas trocaram sorrisos cúmplices e eu ri da expressão de meu pai.

- Ganharam a discussão- disse ele brincalhão- mas vão perder o horário da escola, e justo no primeiro dia de aula.

Automaticamente tomei o conteúdo da minha xícara, que se resumia a um capuccino achocolatado, e comi uns pãezinhos amanteigados. Quando terminei voltei ao meu quarto o mais rápido que podia e peguei meu material, olhei no espelho e sorri levemente para o uniforme azul marinho, isso significava que eu já estava no ensino médio, 1º ano, esse dia era o dia que eu esperava a muito tempo, era neste dia que supostamente eu iria mudar magicamente, curiosamente me senti igual, absolutamente normal. Ora o dia ainda mal começou, disse a mim mesmo, não se desanime. Pensando na melhor da hipóteses fui até a garagem e entrei dentro do carro com minha irmã, enquanto o motorista dirigia para o colégio.

O colégio era afastado da cidade, pois antigamente era um clube campestre luxuoso, mas depois que o dono, um político rico, foi pego pela justiça em um esquema de desvio de verba pública, o lugar foi a leilão e comprado por um milionário excêntrico que resolveu abrir um colégio para seus filhos, e assim nasceu Augustine, o colégio para a elite nacional. Ali era o meu lugar, não entendia o porque, mas assim que entrava no lugar eu mudava, ficava mais confiante, me sentia quase poderoso, afinal sempre estudei ali, eu e minha irmã éramos uma família tradicional do colégio elitista. O lugar era muito bem planejado, tinha um grande lago onde se praticava canoagem esporadicamente, os dormitórios masculinos e femininos ficavam a extremos opostos do lugar, e no centro estavam as salas de aula, o colégio em si. Lá deveria ser o coração do lugar mas a lanchonete com certeza era o lugar mais movimentado, a estrutura era arrojada e clássica, os quitutes eram variados e deliciosos, já havia passado memoráveis tardes lanchando e jogando conversa fora.

O motorista parou diante do grande porta de ferro com uma letra A prateada, segundos depois o portão rangeu e abriu, continuamos o caminho até as salas de aula, onde no auditório o diretor iria falar sobre o ano letivo e todos os acontecimentos. Deixei o carro e segui ao lado de Michelle, conseguia ver as panelinhas e reconhecia rostos, de repente olhava fascinado um rosto diferente, não era o ideal europeu que estamos acostumados a desejar, mas os olhos negros eram mais bonitos que qualquer olho azul, a pele mediterrânea era mais radiante e viva que qualquer pele alva, e me perdi em seu rosto, cada traço tão novo e tão instigante, senti meu peito aquecer-se, uma sensação nova, sem perceber comecei a andar em sua direção, até que...

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Olá , esse e o meu primeiro conto, por favor comentem, falem se o tamanho do texto está bom, se gostaram ou não, qualquer palavra por favor, se gostarem vou continuar a história, já tenho muitas ideias, e garanto que haverá reviravoltas e surpresas .

Comentários

Há 3 comentários.

Por Nickkcesar em 2015-10-04 10:07:17
Ameiii kkkkk , eu não sei os outros mas eu gosto de textos mais longos . bjinhos 😘
Por Fernando_kalleb em 2015-10-04 09:59:30
Nossa tô adorando o enredo, continuava tá incrível, mal posso esperar. Bjos
Por Luã em 2015-10-04 01:21:12
Voce já tem um leitor! Gostei bastante, continua! Abraços (: