CP7 - Capítulo Extra - A Origem do Inimigo.

Parte da série Desculpa se te quero!

Durante a leitura, você irá perceber que esse capítulo não é uma continuação da história de Roberto e João. O tempo, a distância e o preconceito não são os únicos inimigos da história, não mesmo. Quero que você conheça outro personagem importante. Aqui eu mostrarei desde o seu nascimento até... Bem, boa leitura. ***************************************************************************************************************

Materno:

Um homem beijou a mulher ao pé do COLISEU, e ela o corresponde. Ambos pousam para a foto.

Era no ano de 1952. O eles se apaixonaram, se beijaram e se casaram dois anos depois.

A mulher engravidou e nasceu uma linda menina chamada Laura.

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Paterno:

Após chegar do exército, o homem entra na casa e abraça sua esposa. Eles choraram de felicidade. Ele estava de volta, e ele prometeu não partir.

Ela engravida, e nove meses depois nasce um menino, Isaac.

O homem disse que o general mandou uma carta dizendo que ele foi promovido à capitão. A mulher não gostou, mas não impediu que marido fosse atuar em seu novo cargo.

Outra guerra, o capitão entra no jogo, e morre por um fuzil.

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Issac e Laura se conhecem em um protesto contra o governo corrupto da cidade. Eles se apaixonam pela primeira vista. Um café, outro encontro marcado, outro café e um primeiro beijo.

Em 1989, eles se casam.

Em 1991, nasce uma menina. Nasce Clara.

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- Amor, veio outra carta da diretora. – Disse Laura para Isaac – Clara aprontou de novo na escola.

- Não acredito! ESSA MENINA ESTÁ IMPOSSÍVEL!!! – GRITOU ELE – CLARA! DESCE JÁ AQUI!

Clara, agora com 15 anos, sai do quarto e desce para a sala de estar.

- Diga – disse ela.

- DIGA O CACETE! FALE DIREITO COMIGO! – ISAAC SE IRRITOU AINDA MAIS. – O que significa essa carta? – e esfrega na cara da filha a carta da diretora.

Clara pega a carta e lê, e no fim da um breve sorrisinho.

- Você acha graça? – perguntou a mãe. – Você acha graça matar um passarinho na aula de Biologia?!

- Mas mãe! A professora disse que iríamos estudar aquele passarinho! Eu não sabia que não podia mata-lo! – defendeu-se Clara.

- Aquele não era preciso! Leia a carta de novo! Já tinha um passarinho morto para ser estudado, mas não era preciso matar o vivo! A professora disse isso para você, e você a ignorou! – Isaac ainda estava respirando com ferocidade – Suba já para aquele quarto!

Clara subiu, calada.

Isaac e Laura pensaram muito sobre o futuro. Seus empregos não estavam sendo valorizado, e então decidiram se mudar para o Brasil.

Ao chegar ao Brasil, as coisas estavam prontas. A casa, os trabalhos, a escola de Clara e tudo mais. Isaac e Laura aprenderam espanhol ao longo de suas vidas, e um ano antes de mudar, eles resolveram aprender português com um professor particular. Clara aprendeu incrivelmente rápido, e outras línguas também, tais como Espanhol, Português, Inglês e Francês, além da sua língua natal. Ela tinha apenas 16 anos.

Laura decidiu levar Clara ao um psicólogo.

Laura deixa a filha sozinha com o psicólogo e aguarda na sala de espera.

A porta se abre, e de lá sai Clara sorridente e o psicólogo alegre. Parece que a consulta foi boa.

- Clarinha, lá na frente você encontrará uma sala cheia de doce e uma televisão à cabo, espere por sua mãe lá. – disse o psicólogo, e então Clara faz o que foi pedido. Ele puxa Laura pelas mãos e adentra o escritório e fecha a porta. – Sr1. Laura, preciso dizer algo sério.

Laura não entendeu o medo por trás dos olhos dele, afinal eles não se deram bem? Será que tem algo errado?

- Di.. diga, doutor. – disse ela, nervosa.

- Sua filha, Clara, bem...

- Diga logo!

- Ela é uma – disse ele abaixando a voz até virar um cochicho –... psicopata!

Laura arregala os olhos e fita o nada. Minha filha? Psicopata?

As lembranças invadem sua mente, e ela recorda dos momentos estranhos da filha. Na sala de televisão, Clara rindo das torturas Do filme Jogos Mortais. Na aula de Biologia, Clara matou o passarinho por prazer e curiosidade. No parque, Clara empurrou seu colega após ele pegar o seu lanche. Clara roubando dinheiro do pai para comprar doces. Clara afirmando que não ama ninguém. Clara isso, Clara aquilo... Clara!

Laura se põe a chorar. O psicólogo tenta confortá-la.

- O que devo fazer? – perguntou ela. – Como posso curar minha filha?!

- Infelizmente, não é algo patológico que precisa ser curado. É natural, é raro, porém natural. É ausência de sentimentos. De amor. Não digo que ela não recebeu amor, mas na mente dela, ela não sente amor, ela só quer ser grandiosa, ser melhor que todos. Ela não mede esforço para ter o que ela quer. Ela não tem senso genuíno... ao contrário de nós. Nós temos uma mente genuína, nós sentimos amor, nós sentimos culpa e remorso por tais atos. Nós nos arrependemos. Os Psicopatas não se arrependem de nada.

Laura ouviu tudo com tristeza. Não conseguia digerir aquilo. Sua filha! Sua menina!

- O que devo fazer para retardar isso? – perguntou ela chorosa.

- Bem, recomendo que afaste ela da cidade, de televisões e celulares. Ela está numa fase baixa. Psicopatas de fase baixa fazem pequenas coisas, tais como roubar dinheiro odos pais, mentir, bater nos colegas e etc. Mas tem os psicopatas de grande fase... aqueles que matam, roubam e assaltam... e não há nenhuma barreira entre essas fases, eles não se arrependem por fazer tudo isso. Eles são humanos e, ao mesmo tempo, não são!

- Okay, eu farei tudo isso.

Laura se despede e leva a filha para casa. Ligou para Isaac informando que passará um tempo em Salvador. Ele não entende e pede para ela esperar.

- Mas mãe, não quero fazer as malas, não quero viajar. Eu gosto daqui de São Paulo. E a escola?! Meus amigos! – reclamou clara.

- Que amigos, Clara?! – perguntou Laura, nervosa. – Você não tem amigos! Você é uma pessoa má, bate nos outros! Você menospreza as pessoas! VOCÊ NÃO TEM AMIGOS!

Isaac entra em casa e se depara com a cena. Ele tenta acalmar a esposa.

- Laura, se acalme. O que está acontecendo?

- Vou levar Clara embora daqui. Ela não pode ficar aqui! – disse ela, apressando as malas. – é perigoso.

- Quem disse isso? Quem falou isso? – pergunta Isaac.

- O psicólogo!

- Ele não disse nada disso para mim! Conversamos tranquilamente! – gritou Clara.

- Você mentiu o tempo todo! Você é uma ótima mentirosa! – respondeu Laura – Mas você não sabe que antes da consulta, eu entreguei fatos que você é uma pessoa desprezível, mentirosa e grossa! Mandei as cartas da diretoras! Os e-mails do seus colegas dizendo que você menospreza eles. Mandei tudo! E eu só queria ver o que você iria falar. Mas você quase convenceu né? Tentou convencer um psicólogo! Um profissional da mente!

- O QUE ISSO QUER DIZER? – perguntou Isaac, irritado com as duas.

Laura aponta o dedo para a filha, e chora.

- Ela é uma psicopata! – diz Laura.

Clara faz uma cara de desgosto, e depois começa a chorar.

- Pai! Olhe o que ela fala de mim! Ela está me acusando! – grita Clara chorando – eu não sou psicopata.

- Calma! Vocês duas! Se aclamem. – pediu Isaac.

Após conversarem, eles decidiram mesmo viajar. Apenas Clara e Laura. Mas isso aconteceria no outro dia, no entanto as malas estavam prontas.

Clara janta e volta para o quarto.

Isaac e Laura vão para seus quarto, e conversam na cama.

- Você tem certeza disso? – pergunta Isaac..

- Sim, tenho. Nossa filha tem características de psicopata e não vou arriscar. – disse ela, convicta.

- Talvez ele esteja engando, o psicólogo. – disse Isaac.

- Não! Ele está certo. Eu sei! Eu disse à ele como ela era antes da consulta. Era só um teste. E ela passou. – disse Laura. – Agora vamos dormir, pretendo sair bem cedo.

Laura fecha os olhos e se ajeita nos braços do marido.

03:00 da manhã. Alguém entra no quarto. Clara fica ao lado da mãe e a observa. Uma faca em sua mão. Ela levanta a faca e mira na garganta da mãe. Laura acorda.

- Eu disse que não vou à lugar nenhum! – disse clara, e enfia a faca na garganta da mãe. E logo em seguida sangue se espalha por toda a cama.

Isaac acorda assustado e leva uma facada no peito, no coração.

- Filha? – pergunta ele, olhando para seu peito e em seguida para Clara – eu te am...

Isaac cai morte sobre a mulher morta.

Clara observa a cena. E então sai do quarto.

Isso tudo aconteceu em 2007. E até hoje, Clara nunca foi presa. Ela mudou, manipulou, mentiu e usou as pessoas para que a inocentasse, e ainda conseguiu pegar a herança.