5 - Passeio

Conto de Beats como (Seguir)

Parte da série Aquamarine

Obrigado a todos que comentaram e continuaram a ler. Vou ficar um tempo sem postar, só um dia ou dois dias, mas eu imploro, não desistam da serie por favor

Luã: Também adoro o clima da tua série, super apaixonada e apaixonante. Muita coisa ainda tá pra acontecer em Baía da Viúva.

Edward: Também acho eles super fofos,  só não posso dizer se eles vão ficar juntos.

*

O Pedro foi me buscar em ponto, às 6 horas, de bicicleta. Peguei meu celular, dinheiro, e as chaves. Fui a garagem pra pegar uma bicicleta que tinha em casa, empoeirada pelo fato de que os meus avós já eram velhos demais para aquilo.

Passeamos por uns quinze minutos e como eu sou um pouco sedentário não passei disso. Paramos na sorveteria que ficava em uma parte do calçadão que tinha umas barracas aleatórias instaladas também. Colocamos as bicicletas do lado da sorveteria, que nada mais era do que uma casinha com uns toldos vermelhos nas quatro paredes.

Sentamos em uma das mesinhas e ficamos batendo papo, do tipo futuro, profissões, um papo cabeça digamos assim.

Depois de conversar por uns 15 minutos a gente foi ao balcão e pedimos.

- E aí, vai querer de quê? -

- Eu gosto muito do de morango, mas com tantos sabores nem sei qual escolher. - eu disse com os olhos no painel com mais de 50 sabores.

- Já sei, eu vou pedir um Sundae Grande, a gente divide, mas eu pago.

- Não Pedro, não precisa de nada disso, eu posso pagar.

Ele simplesmente me ignorou e falou com o atendente que queria um ainda é grande de morango, creme, flocos, kiwi, e Ovomaltine.

Ele pagou, contra minha vontade, e sentamos um ao lado do outro e conversamos até que o nosso sandae chegasse.

- Eu vou precisar de 2 litros de insulina depois de comer tanto sorvete hahahaha. - eu disse e rindo

- E eu de 5 hahaha -

Eu comi muito, porque fazia bastante tempo que eu não comia sorvete.

- Se eu conseguir me levantar dessa cadeira, a gente pode passear mais um pouco de bicicleta pelo calçadão, o sol já tá se pondo.

- Tá fechado, geladinho.

Ele passou um pouco de sorvete na minha bocecha e começou a rir.

- Meu Deus, eu não acredito que tu fez isso. - Eu passei a mão em um pouco de sorvete no meu rosto, com aparência de raiva, mas rindo por dentro. - Pega uns lencinhos pra mim por favor?

- Tenho um jeito melhor de resolver isso.

Ele deu um beijo no meu rosto, só com os lábios, comendo quase todo o sorvete. Ficamos nos olhando de novo, mas Ele tava com um sorriso bobo no rosto, e eu com uma cara de surpresa, com a mão no lugar onde ele me beijou.

Eu nunca soube direito a minha sexualidade, nunca tive namoradas, mas eu sempre tive vontade de gostar de alguém. Isso tá evoluindo com o Arthur, e tá acontecendo com o Pedro. O Arthur sempre cuidou de mim não importando a situação, as vezes ele deixava de ficar com a familia dele pra ficar comigo. Mas como eu disse antes, eu não arriscaria perder um amigo como o Arthur, só porque eu não sei direito o que eu sinto por ele.

- Você não ousaria perder essa magnífica vista pra ficar sentado aí né? - Pedro disse estendendo a mão pra mim.

- N-Não. Vamos logo. -

Fomos de bicicleta por quase todo o calçadão. Não posso dizer se estávamos de fato conversando, porque eu só respondia coisas como aham, é legal ou bacana. Ele apontou pra um banco branco de madeira e Fomos até ele.

Ele continuou falando e eu respondendo às mesmas coisas até que ele perguntou.

- Vitor, porque tu tá me tratando desse jeito?

- De que jeito?

- Esse jeito de uhum e bacana aí. Quando a gente conversou lá em casa tu tava rindo, contando piadas, coisas sobre você. Tava tudo bem até...- ele fez uma pausa olhando ao redor e depois de volta pra mim. - até eu te beijar. - Ele falou baixinho - Vitor eu só... Desculpa, se tu não gostou, fala que eu nunca mais faço isso, eu me afasto de ti se quiser.

- Não eu... Não precisa se afastar de mim, eu gosto de ficar contigo, da tua presença, mas eu acho que eu já tenho que ir.

- Então, tu gosta da minha presença é? - aquele sorrisinho bobo me conquistava.

- Acho melhor eu ir, falei que não ia demorar - Eu ignorei a pergunta dele e subi na bicicleta pra ir logo pra casa.

Por que será que eu fiz isso? Nossa, que cena. Mas eu não tenho coragem de voltar lá agora. Amanhã eu vou na casa dele me desculpar.

*

Logo que eu cheguei em casa, liguei pro Arthur pra saber como ele tava, já fazia um mês desse a última vez que a gente se falou, na rodoviária.

- Tu não imagina o quanto eu vou sentir saudades. - ele disse me abraçando.

- Eu queria que tu fosse comigo. - Eu levantei a cabeça e olhei pra ele com um indício de lágrimas dos olhos.

- Não faz isso comigo, tu sabe que se não fosse essa droga de escola eu já estaria lá. - continuando a olhar nos meus olhos

- Pois é. - eu olhei pro lado e vi quase todos os passageiros entrando no ônibus, que na verdade eram só umas 8 pessoas. - Acho que o ônibus já vai sair. - eu fiz força pra sair dos braços do Arthur, mas ele tava me apertando, até demais.

- Arthur, o meu braço tá doendo. -

- Ah, desculpa. É que como é a última vez que eu vou te ver em 3 meses, eu queria te dar o abraço mais apertado de todos.

- Haha, tudo bem, só que agora eu preciso ir.

- Tá bom, me liga hein. - falando um pouco mais Alto por eu estar me distanciando.

- Todos os dias. Tchauu. -

Dei um beijo na ponta dos meus dedos e soprei pra ele, quase dentro do ônibus. Ele fingiu que pegou no ar, e levou até o coração.

Comentários

Há 2 comentários.

Por edward em 2016-01-09 17:22:31
Muito bommmm ,eles tem que ficar juntos <😍
Por Viihtinho em 2016-01-05 20:04:54
Aie!! Que Fofura :3 to Ancioso pelo próximo epi...bjs 😘