02 - Recuperação

Parte da série Aquamarine

Oii gentee, gostei muito desse episódio, e não aguentei e postei logo, no mesmo dia que o passado um pouco curto mas bem bacana. Acho que vou postar diariamente, já que os ep's São curtos. Continuem lendo e comentando. Hahaha

Nickkcesar - muito obrigado por acompanhar a série, e não devo demorar muito pra postar os próximos Haha. 💘

Edward - já li algumas histórias suas e é bem legal ter você como leitor. 😘

Luã - Obrigado, uma honra vindo de você. Hahahaha 😍

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Eu não sabia o que fazer naquele momento. Estava desesperado. Chamei por ajuda, mas não tinha ninguém na rua, por ser uma cidade pequena. Agora a pouco eu estava sentado olhando a praia com o reflexo da lua bem no meio, agora tem uma pessoa desacordada do meu lado. Eu ligo pra alguém?! Pro Arthur?! Eu levo ele pra casa?! Deixo ele aqui?! É isso. Vou levar ele pra casa. Levantei ele, botei o braço em volta do meu e não pude deixar de notar o perfume dele. Uma cheiro doce, cítrico. Olhei pro chão e vi o skate dele. Um Longboard, com a bandeira dos Estados Unidos em baixo, muito bonito. Não entendo muito de skates, mas o Arthur tem um. Arthur. O que será que ele tá fazendo agora?  Quando tudo isso se resolver eu ligo pra ele.

Em uma ocasião totalmente diferente e normal, a gente teria se dado bem, eu acho. Com muito cuidado eu me abaixei e peguei com o outro braço. Andei alguns metros e já estava cansado, com uma pequena pontada de caimbras no braço que o segurava por trás. Eu não aguentaria andar até a casa dos meus avós. - Tive uma ideia - Pensei comigo mesmo. Larguei o skate no chão, e devagar e cuidadosamente coloquei o corpo em cima. O corpo.  - Será que ele... Não, não pensa merda Vitor, ele apenas caiu e deve ter tido uma concussão na cabeça. Que tipo de pessoa morre ao esbarrar na outra? -

Levei ele devagar e rápido ao mesmo tempo, empurrando com o pé e segurando a mão dele. Se eu visse isso em qualquer programa, com certeza teria achado engraçado. - Em que eu fui me meter? -

*

Logo que chego na frente de casa, abro o portãozinho de madeira branca, carrego o garoto e coloco ele na mesma posição de antes, com os braços em volta do meu pescoço, e os meus na sua cintura, abaixo e pego o skate que me poupou de vir carregando ele até em casa, e caminhei pela pequena calçadinha de pedras até a porta.

- VÓ, ABRE AQUI POR FAVOR!!! - eu gritei, hiperventilando, umas 3 vezes.

Depois de 1 minuto e alguma coisa ela abriu a porta, com os olhos bem pequenos, piscando pra identificar quem estava na porta.

- Meu filho, o que é  isso? O que aconteceu? - ela disse colocando a mão na boca.

- Depois eu conto vó, só me ajuda a levar ele pro meu quarto, tá bom? Lá a gente cuida dele. -

- Claro, claro, entra. - ela disse segurando o outro braço dele.

No momento que nós íamos subir as escadas, o meu avô Ricardo aparece na porta da cozinha, que fica ao lado da escada.

- Fátima, Vitor? O que houve? - sem uma cara de muito preocupado.

- Uma longa história vô, acho melhor o senhor me ajudar do que a vovó aqui. - Disse apontando com a cabeça pra minha vó, e ela com cara de quem não faz exercícios a décadas.

- Tá tá, mas eu quero uma explicação assim que ele acordar. -

- Tudo bem, não creio que seja algo de grave. -

Subimos a escada, andamos um pouco e deitamos ele na minha cama. E eu sentei ao lado da cama, no chão, com as mãos na cabeça, pensativo. Sentei ao lado dele e fiquei o observando por longos minutos, vendo como aquele cabelo loiro dançava à luz da lua. Olhei pra janela, eu via o mar. Voltei a olhar pra ele, e vi ele me encarando. Confundi a lua com aquela cor azul que parecia o céu. Um silêncio não muito constrangedor pairou no ar depois de algum tempo. Eu disfarcei olhando pro braço dele, com arranhões, grandes e pequenos, que variavam por toda a pele clara.

- Err... Oi? - ele disse, com o rosto em um misto de desconfiança com vergonha e areia da praia.

*